As Filhas De Calipso escrita por Liz Jensen, Laís di Angelo


Capítulo 24
Sequestrados


Notas iniciais do capítulo

Olá, galerinha do mal!
Como vão?
Aqui temos mais um capítulo fresquinho! :9
Aproveitem!



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POV Nico

Desaparecidos
Ayumi Fields - Tampa, Flórida.
Carlos González - Miami, Flórida
Driss Smith - Miami, Flórida
Frederick Jacobsen - Albany, Georgia
Hector Snow - Clearwater, Flórida
John Esker - Phoenix, Arizona
Lucius Regree - Albany, Georgia
Marietta Ambers - Savannah, Georgia
Oliver Potts - Tampa, Flórida
Richard Jones - Miami, Flórida
Serge Fitzgerald - Weston, Flórida
Victor Phelps - Phoenix, Arizona
Willow Iparis - Florence, Carolina do Sul

O dedo de Violet percorre o papel.

– São seis casos só na Flórida!

Estávamos reunidos no meu chalé. Partiríamos dentro de algumas horas e Alexander estava treinando um pouco com a espada e não nos importamos com sua ausência. E desde aquela hora com os cupcakes eu não consigo pensar em nada além do mar azul que eram os olhos de Violet, mas tentei me concentrar.

– Isso é bem estranho. - Cris disse analisando os nomes. - Talvez devêssemos começar por lá.

Troquei olhares nervosos com Dean.

Violet me encarou. Me afoguei novamente.

– Você não disse, antes da missão de resgatar Alexander, que tinha coisas a fazer em Miami?

Cristal me olhou também.

Passei a mão no cabelo.

– Disse.

Violet abriu a boca pra dizer algo, mas Dean interrompeu:

– Isso pode ser feito depois, não é, Nico? Não vamos nos preocupar agora.

Evitei suspirar aliviado. Só havia contado sobre a visita de Hécate pra ele pois sabia que ele me ajudaria e estava certo.

– Tudo bem - Ainda havia desconfiança nos olhos de Vi. - Vamos então.

Pegamos nossas mochilas e saímos. Violet veio caminhar ao meu lado.

– Não esqueceu nada? - Era a primeira vez que conversávamos sozinhos desde a lambança do cupcake.

– Acho que não, mãe. - brinquei e ela me empurrou com o ombro. Hoje ela prendeu o cabelo no alto da cabeça e usava jeans, camiseta escura e botas de caminhada.

Alexander chegou carregando uma pesada espada.

– Dá pra guardar isso? - Dean soltou, irritado. Cristal segurou seu braço tentando acalmá-lo.

– Se você me disser onde...

Dean praticamente arrancou a arma da mão do irmão e enfiou numa mochila com fundo mágico. Ainda dava pra ver o cabo, mas qualquer mortal veria isso como um taco de golfe ou algo do tipo.

– Satisfeito? - Dean questionou jogando a mochila de volta.

– Por enquanto, sim, maninho. - Alexander abriu um sorriso sarcástico e eu revirei os olhos.

– Como vamos pra Flórida? - Violet perguntou e tentei ignorar seu braço roçando o meu e a eletricidade que isso provocava.

– Podemos pegar um trem... - Dean começou a sugerir.

– Ou um ônibus. - Cris opinou. - Depois da última experiência num trem, prefiro não arriscar.

– Pode ser então. - Dean disse, se oferecendo para levar a mochila de Cristal. - Vamos.

POV Cristal

Compramos passagens para Jacksonville, Flórida, e em poucas horas embarcamos num ônibus grande, antigo e barulhento. Me sentei com Violet um pouco afastadas dos meninos.

– E o Dean? - Vi sussurrou pra mim enquanto abria um pacote de jujubas.

Peguei uma enquanto pensava na resposta.

– Vai bem. - respondi mordendo o doce.

Violet revirou os olhos.

– É sério.

Suspirei.

– Conversamos no trem enquanto voltávamos. Ele disse que me ajudaria a encontrar pistas do nosso pai. Nico deve ter te contado sobre Kimmi e a mestra...

– Contou - A preocupação escureceu seus olhos. - Tem alguma ideia de por que ela está atrás da gente?

– Não. Nenhuma. - Deixo os ombros caírem. - E um pouco antes desse ataque, tive um sonho.

Relatei à ela sobre nosso pai e Hécate.

– Isso é horrível! - Violet exclamou assim que terminei. - Como ela pôde?! E ainda vem me dizer em quem eu devo confiar...

– Peraí, o quê?

– Na noite da caça à bandeira, Hécate surgiu na floresta dizendo que eu deveria confiar no Nico ou ele me trocaria por você. Foi mais ou menos aí que percebi como fui tola.

Olhei pra trás. Alexander tentava conversar com os meninos, mas Dean apenas revirava os olhos enquanto Nico dava algumas respostas curtas.

– Por que ela diria isso? - Me virei para Violet.

– Você não acha que...

– O quê? Que Nico está envolvido nisso tudo? Bem, como eu posso ter certeza sobre alguma coisa?

Violet soltou um grunhido.

– Eu confio no Nico. De verdade. Não acho que ele seria capaz de nos trair, mas e se ele estava incluso no plano desde antes de nos conhecermos? E se ele se aproximou de nós por causa disso?

– Não acho que Nico seria capaz disso, Vi. Ele gosta de você.

Violet parecia querer se misturar à estampa horrorosa da poltrona.

– Cris, você sabe que eu tenho um sexto sentido afiado, não é? Talvez seja mais que isso, pode ser algum dom de Hécate ou algo do tipo, mas eu sei quando alguém tem uma aura ruim ou qualquer coisa do tipo. E eu não sinto nada disso perto do Nico.

Passo um braço por seus ombros.

– Você devia conversar com ele.

Vi suspirou.

– Eu vou. Não quero pensar nisso agora. Mas você não me respondeu. E o Dean? - Percebi que ela queria desviar os pensamentos do assunto principal, então entrei na onda.

– Bom, contei à ele sobre o sonho e disse que queria investigar sobre nosso pai. Ele disse que iria conosco...

– E... - Ela pressionou.

– Eu agradeci muito, ele disse que não aguentava mais ficar afastado de mim, disse que não sabia o que estava acontecendo entre nós, mas que é importante pra ele. E então eu disse que gosto dele.

Violet perdeu o fôlego.

Mentira! E aí?

– Ele disse que gosta de mim também. E só. Depois voltamos a conversar normalmente, mas eu ainda sinto uma tensão ou sei lá.

– E quando vocês finalmente vão se beijar? - Violet questionou, impaciente.

– Ei! - Empurrei ela com o ombro enquanto ríamos. - Eu só não quero estragar tudo.

– Existe amizade colorida, sabia?

– Desde quando você amadureceu tanto? - perguntei.

– Eu sempre fui a mais velha, esqueceu? - Ela rebateu.

Nossa risada foi interrompida por um baque vindo do fundo do ônibus. Olhamos pra trás a tempo de ver uma bolsa caída no corredor perto dos meninos. Uma garota de uns dezessete anos de cabelos negros e pele clara murmurou numa voz melodiosa:

– Me desculpe - Ela olhava fixamente para Dean. A raiva subiu pelo meu corpo. A garota abaixou para pegar a bolsa revelando um decote muito promíscuo. Eu seria muito boba se acreditasse que ninguém deu uma conferida.

– Que oferecida - Violet verbalizou meus pensamentos.

Antes de lançar um olhar ameaçador para Dean, tive um vislumbre de vermelho nos olhos da garota.

– Precisamos sair daqui. - Exclamei para Violet.

– Por quê?

– A garota oferecida - expliquei - Tem alguma coisa errada com ela.

Olhei para a frente do ônibus. Havia um aviso indicando que a próxima parada seria em alguma cidade da Pensilvânia. Muito longe do nosso destino.

Virei-me para os meninos e sibilo para Nico:

– Troca de lugar comigo, por favor.

Ele assentiu após algumas tentativas falhas de entender a mensagem.

Assim que me acomodei ao lado de Dean, disparei:

– Precisamos dar o fora.

– Por quê? - A confusão está estampada em seus olhos.

– Aquela vad... garota que derrubou a bolsa. Tem alguma coisa de errado com ela.

Ele olhou brevemente para trás.

– O único problema que eu vejo é excesso de beleza.

Dou um tapa forte em seu braço.

– Isso é sério!

– Ciúmes? - Ele questionou erguendo uma sobrancelha. Se eu não estivesse tão nervosa, derreteria.

Segurei seu queixo com a mão e virei seu rosto para a garota.

– Tem alguma coisa estranha, não tá vendo?

Ele estreitou os olhos.

– Talvez. Mas o que você quer fazer?

– Dar no pé? - Senti-me insegura por um momento.

– E como faremos isso? Nem sabemos o que ela é.

Agarrei a camisa dele pelo colarinho e pressionei meu nariz no dele.

– Dean - Minha voz implicava urgência. - Por favor.

Ele suspirou.

– Quer o modo sutil ou o eficaz?

Ergui uma sobrancelha.

– Tudo bem então - Ele se levantou e antes de caminhar até o motorista, abaixou-se para sussurrar pra mim: - Ainda acredito que uma parte disso é ciúme.

Mal eu fiquei corada, o ônibus deu uma freada brusca me jogando pro encosto do banco da frente. Escutei o grito de Violet.

– Solta ela! - Escutei Nico perto de mim. Quando levantei os olhos vi a garota oferecida segurando Violet pelo pescoço e pressionando seus braços nas costas.

– Violet! - Pulei em cima da Projeto de Terrorista, mas com um movimento de braço ela me jogou pro fundo do ônibus que deu outra guinada. Todos os passageiros pareciam bem, mas não sei direito o que eles viram, porém eu vi suas garras anormais penetrarem no braço da minha irmã. Nico estava no meio da confusão, tentando tirar Violet dos braços daquela... coisa. Alexander tentava ajudar quando um vácuo se formou no meio da confusão. De repente a garota demoníaca, Violet, Nico e Alexander foram sugados por um vórtice de energia e desapareceram.

Saí do estado de entorpecimento a tempo de ver o motorista empurrando Dean porta afora.

– Espera! - gritei, puxando todas as nossas mochilas. Percebi que a mochila de Violet e Nico não estavam ali. Cheguei à frente do ônibus a tempo de ser empurrada na direção do calçamento, em cima de Dean. - Nós pagamos pela passagem! - berrei enquanto o motorista fechava as portas na nossa cara. Chutei a lateral do veículo antes dele voltar à estrada. Praguejei em uma língua que provavelmente é grego.

Dean recolheu as mochilas e estava procurando algo nos bolsos.

– Vamos seguir a estrada, talvez consigamos carona.

Encarei-o, incrédula.

– Como você pode estar tão calmo? - esbravejei. - Minha irmã, seu melhor amigo e seu irmão desapareceram!

– Eu sei disso, Cris...

– E como pode estar assim?! - Empurrei seu ombro, mas foi como se eu empurrase uma parede.

– Alguém tem que manter a calma. - Ele respondeu simplesmente.

Esse simples comentário me encheu de raiva.

– Precisamos encontrá-los agora! - vociferei.

– Nós vamos. Você pode se acalmar, por fav...

Soco seu peito, o que causa mais danos em mim, provavelmente.

– Eu preciso salvar minha irmã! Mantê-la a salvo! Você sabe pra onde a levaram, não sabe? Sabe porque vieram atrás dela! A mestra a quer! Ela é importante!

Não percebi quando as lágrimas começaram a cair, mas num momento estava batendo em Dean e no outro estou caída no chão, envolvendo a barriga com os braços, tentando segurar o soluço.

Dean se ajoelhou ao meu lado e passou os braços ao meu redor.

– Vamos achá-la, Cris. Você sabe onde provavelmente eles estão, né?

Enxuguei o nariz e olhei para a folha que Dean estava procurando.

– Sei - Apontei o lugar mais suspeito, onde há mais desaparecidos. - Eles estão na Flórida.


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Notas finais do capítulo

Curtinho, né? Mas prometo que o próximo vai ser beeem grandão!
É sério, meus anjos, quero comentários! E bastante! Não sabem como é importante. Se não tiverem conta e puderem criar uma, por favor, façam-no porque é super importante para nós, autores, termos nosso trabalho reconhecido.
Obrigada



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