O Herdeiro do Primeiro Peverell escrita por Britz Boll


Capítulo 20
Capítulo XV - Modo Cooperativo


Notas iniciais do capítulo

Hello leitores queridos, to bajulando assim pela demora né.. -q e porque hoje é "Potter Day"!! Parabéns pra nós, Pottermaníacos!! Eu TINHA que postar hoje, de qualquer jeito ne? hsauhsauh'
Bom, não vou encher aqui de desculpas - que não são desculpas, são realidade. - pra não encher o saco. Maas, minha escola acabou e minha única "preocupação" é o Enem que ta na porta. Então, aqui está o tão esperado-demorado-odiado capítulo. Espero que o tamanho compense, hehe ^^
Uma confusão para o Esquadrão Sete resolver. Ainda bem que agora eles têm ajuda! Go, go Sexto Esquadrão!!!
* Pensamentos dos personagens em itálico.



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Capítulo XV

Modo Cooperativo

Harry apurou os ouvidos. Steven olhava de um lado pro outro do túnel escuro da caverna a procura do invasor.

– Temos de sair daqui. – o loiro decidiu. – Consegue ficar de pé?

– O suficiente. – Harry afirmou já se levantando e pondo Jessica no colo. – De que lado está vindo?

– Eu não sei. De qualquer forma não sabemos se há outra saída, temos de voltar por onde entramos.

– E arriscando dar de cara com o invasor. – Harry completou.

– Exato. – Steven engoliu em seco. Aquela idéia não o agradava nem um pouco. – Eu vou na frente. Se encontrarmos algum lobisomem eu vou tentar atrasá-lo e você tira a Jessica daqui. Me entendeu?

– De jeito nenhum vou largar você aqui! – Harry se enfureceu. – Agora não é uma boa hora pra dar uma de herói.

– Ora Potter, agora que está inválido alguém tem de fazê-lo não? - Steven disse com ironia.

Os dois garotos fitaram um ao outro tentando decidir até que ponto valeria a pena travar um duelo naquelas condições. Depois de alguns segundos, Steven pareceu se convencer sobre qual era a prioridade do momento e uma concessão muda se estabeleceu entre eles.

Lummus! - o loiro foi na frente e Harry o seguiu de perto, olhos e ouvidos atentos.

Seus passos ecoavam na pedra úmida e provocavam ecos por toda a caverna. O gotejar da água produzia uma sonoridade ritmada, contando os segundos de apreensão. Eles percorreram todo o corredor até desembocar no salão que dava passagem a saída do covil. Os três se apressaram até dar de cara com o ar frio da noite, as folhas que farfalhavam na copa das árvores, e os gritos e uivos distantes.

– Pra onde será que eles foram? – Harry perguntou.

– Não deve ser difícil imaginar. – Steven apontou para além na direção dos ruídos. – A questão é: para onde vamos?

– Eu acho que devíam... – Harry foi interrompido por um grasnido feroz. Antes que Steven pudesse fazer algo, o amigo foi atingido por um braço forte e arremessado pra longe com Jessica no colo.

Steven sacou a varinha e um feixe de luz vermelho atingiu a criatura no meio das costas. Urrando ela deu meia volta deixando Harry e Jessica de lado e se preparando para atacar o loiro. O garoto montou um novo assalto ao bicho, mas este se lançou sobre o menino numa velocidade surpreendente. Eles se enroscaram pelo chão, Steven segurando seus braços e tentando a todo custo manter a boca cheia de presas envenenadas afastada do seu corpo.

– Potter! – Steven gritou entre dentes. A força que fazia para impedir que o bicho o atacasse estava deixando o seu rosto vermelho. – Uma ajudinha até que seria legal agora sabe?

Perante o chamado, Harry se levantou de um salto, colocou Jessica de lado, e correu para ajudar Steven. Ele empunhou a varinha e tentou fazer mira.

– Atira! – o menino ordenou rolando algumas vezes pelo chão com a criatura enroscada no corpo. – Agora! – ele berrou quase sem fôlego.

– Que merda! Não dá! – Harry se desculpou aflito. – Vou acabar acertando você.

– Faz alguma coisa! – Steven gritou com todas as forças enquanto o lobisomem se debatia em cima dele tentando mordê-lo. – Esquece o que eu disse, pode vir aqui e salvar o dia... MAS TEM DE SER AGORA!

O loiro realmente não esperava aquela atitude de Harry. Foi com pânico e descrença que ele viu o companheiro abaixar a varinha, correr em sua direção e se lançar no meio do combate corpo a corpo.

Harry agarrou a criatura pelos ombros, tentando tirá-la de cima de Steven. Ele logo entendeu a jogada e lhe ajudou desferindo um chute certeiro no estômago do animal que se afastou alguns centímetros agonizando de dor. Nesse instante de fragilidade, Harry puxou a fera na sua direção. No mínimo espaço que se abriu Steven conseguiu ficar de pé. Ele olhou em volta a procura da varinha, mas estava tudo escuro como breu. Não tem saída. Vamos na força bruta. Ele se aproximou novamente e começou a dar socos pesados na carranca do animal, fazendo jorrar um sangue quente e pegajoso.

O lobisomem permaneceu imóvel apenas alguns segundos, e depois inesperadamente passou a se retorcer nos braços de Harry com uma fúria renovada. Steven tentou segurá-lo, mas a criatura se livrou do abraço de Harry, e antes que o loiro pudesse se defender ele sentiu enormes garras sendo enterradas no seu peito.

– Não! – a voz de Harry chegou distante aos seus ouvidos. – Steven!

Os olhos de Steven estavam fixos no seu agressor, a boca aberta tentando articular um pedido de ajuda. Ele tentou gritar, mostrar a dor que sentia, mas tudo que conseguiu foi emitir um gemido fraco. A criatura desencravou as unhas e o garoto, sem forças, despencou no chão gelado. Ele colocou as mãos sobre o ferimento e sentiu o líquido quente se derramando, sua visão estava ficando embaçada, sua cabeça doía.

Aos poucos ele foi perdendo a consciência do que se passava ao seu redor.

Viu Harry se levantar erguer a varinha e gritar algo, viu outros lobisomens chegarem e o amigo ser encurralado. Ele queria gritar para que Harry corresse, saísse dali, salvasse a sua vida e a de Jessica. E pensar que esta manhã eu estava zombando de Siger por dizer que a missão seria perigosa. Era uma idiota ironia do destino.

E como dói! Steven sempre ouvira falar que ferimentos muito profundos não causam dor, ou pelo menos a vítima não sente tão entorpecida está. Ele queria ter esse privilégio. O ferimento em si não doía. Pra falar a verdade o menino até tinha se esquecido dele. Eram as suas veias que estavam a ponto de explodir, uma ardência estranha que nublava sua mente e – ele percebeu com choque – o impossibilitava de se mover. Que merda é essa?

Steven virou os olhos e com esforço conseguiu vislumbrar o corte. Ele sentiu náuseas ao ver uma espécie de pus verde se misturando com o sangue que jorrava aos montes. E como um macabro “grand finale” Steven passou a se retorcer no chão. Aquela substancia estranha, seja ela qual fosse, agora detinha o poder sobre sua coordenação motora. Suas veias queimavam, e sua mente estava a ponto de estourar.

Agonizando na terra, urrando de dor, Steven abriu os olhos espumando pela boca. O mundo girou ao seu redor, e de repente só havia a escuridão.

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– Bem na hora. – disse Siger ao avistar os membros do Sexto Esquadrão surgindo no meio da praça principal. – Chris! Loren! Segurem as pontas, não deixem mais nenhum escapar.

– É fácil falar! – Loren zombou do alto de uma casa. Ela perseguia uma das criaturas nos telhados da cidade.

– Não é hora de passear Siger! – Chris gritou no extremo da praça. Estava cercado por três criaturas, lutando contra todas de uma vez, enquanto aparatava e desaparatava para fugir de seus ataques.

Há mais ou menos meia hora, o que sobrara do Sétimo Esquadrão tentava controlar a situação na cidade. Siger Crowe, Chris Hareston e Loren Price se desdobraram para enfrentar os lobisomens que estavam nas redondezas, e para impedi-los de fugir. No último quesito sem muita eficiência. Agora restavam poucos por ali, cerca de sete ou oito. Que mesmo em quantidade reduzida, já eram suficientes para dar uma bela dor de cabeça ao chefe do Esquadrão.

Nessa situação de desespero, foi com certo alívio que Siger Crowe recebeu os reforços do Sexto Esquadrão de Aurores.

– Siger... – Jason cumprimentou urgente. – Que bagunça, hã?

– Nem me fale. – Siger suspirou cansado. – Apresentações ficam para mais tarde. – ele observou Sylena e acenou rápido para Patrick, Martin, Anthony e Stuart. – Vamos ao que interessa. Jason, eu preciso que designe dois dos seus para ir até a floresta e procurar pelos desaparecidos: Potter, Moris, Aley e Weasley. Até onde sabemos apenas dois estão feridos. O restante fica para ajudar na contenção. Não precisamos exatamente vencê-los, só não deixar que escapem e esperar o efeito do amanhecer.

– E tentar permanecer vivos. – acrescentou Patrick.

– Exato. – Siger confirmou. – Bom, ao trabalho. – ele se apressou e retornou ao centro do conflito para ajudar Chris e Loren. – Vamos permanecer aqui, - gritou as ordens aos dois. – a equipe de resgate vai cuidar dos outros.

– Siger, - Chris aparatou ao seu lado. – eu vou com eles.

– Não Hareston. – ele permaneceu firme. – Temos problemas demais aqui. Você tem que tomar conta do perímetro, deixe o Sexto Esquadrão cuidar disso.

– Eles podem precisar de ajuda. – o garoto insistiu. – Não sabemos se há outros na floresta e...

– Chris Hareston. – Siger cortou. – Cubra o perímetro, isso é uma ordem expressa.

– Sim senhor. – ele respondeu com relutância, aparatando em seguida.

Siger sacou a varinha e se preparou para retornar ao combate. Não estava nem um pouco cansado, apesar de todo o esforço físico que fizera. Ele parou um momento, se concentrou e sentiu a magia fluir em seu corpo revigorando seus sentidos.

Com um sorriso convencido ele se lançou na direção dos lobisomens.

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Patrick Stane sacou a varinha e esperou as instruções do chefe. Siger Crowe acabara de retornar ao combate e Jason estava diante deles com um ar decidido.

– Patrick e Sylena vão atrás dos outros. – Jason apontou. – Vocês sabem os procedimentos básicos de remoção de vítimas. Se estiverem muito feridos tomem as medidas necessárias para tirá-los daqui diretamente para o St. Mungus. O restante vem comigo pra ajudar. Agora!

Patrick puxou a parceira sem esperar segunda ordem. Eles já estavam quase saindo da cidade quando o garoto sentiu mãos o puxarem para trás com um solavanco.

– Mas que mer... – ele se virou já preparado para golpear o que quer que fosse, quando deu de cara com Chris Hareston, pingando suor, as roupas manchadas.

– Me deixe ir com vocês. – ele pediu calmamente. Sua face não expressava nenhum tipo de emoção apenas uma racionalidade psicótica, mas Patrick imaginava o quanto ele devia estar fora de si para largar a formação.

– Chirs... – Patrick se soltou e sentiu um pingo de pena pelo colega. – Ela vai ficar bem. Eu prometo.

– Me deixe ir. – ele tentou de novo. – Já fiz o que pude aqui e agora temos reforços. Vocês vão para a floresta sozinhos, podem precisar de ajuda. E, além disso, eu sei onde eles podem estar.

– Você vai causar um desfalque aqui. – Patrick disse pesaroso. Sua vontade era ceder, pois ele podia ver a súplica desesperada daqueles olhos em busca de Jessica. – Pode ser pior.

– Não vai ser. – ele disse com convicção. – Você, - ele apontou pra Sylena. – pode ficar aqui e cobrir o meu lugar. Eu vou com o Patrick atrás dos outros. É mais lógico.

– Pode ser tudo, - a garota apertou a mão de Chris com afeto. – menos lógico. Eu fico. – ela confirmou a Patrick. – Boa sorte pros dois. – ela correu de volta para a cidade desaparecendo no meio do caos.

– Então vamos de uma vez. – Patrick disse. – Não podemos perder mais tempo.

Chris confirmou com uma aceno de cabeça e com uma determinação heróica os dois entraram na floresta, na direção do covil dos lobisomens, para sua missão de resgate.

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Harry Potter estava com medo.

Depois de tudo que passou em sua vida, ele jamais esperava sentir aquilo novamente. Uma vez ele vira um amigo morrer diante de seus olhos. Cedrico Diggory fora assassinado sem que ele pudesse fazer nada pra impedir.

Agora, Steven Morris estava com a vida por um fio.

Quando ele viu a criatura enterrando as garras no peito do companheiro, ele simplesmente ficou paralisado. Fora tudo rápido demais. Harry se ergueu o mais veloz que pode, mas não bastou. Ele encarou os olhos de Steven, viu o garoto despencar no chão e uma poça de sangue se formar ao seu redor.

Em câmera lenta viu Jessica mais a frente ainda inconsciente, Steven apalpando o ferimento desesperado, a criatura se aproximando dele com um olhar mortal... Foi aí que ele tomou sua decisão.

Harry já tinha percebido que aqueles não eram lobisomens comuns. Esses animais são movidos por apenas uma necessidade básica: comer. São ávidos por carne humana e sangue, é só nisso que pensam. Daí o fato de serem tão perigosos. Mas estes não. O fato da criatura ter ferido o Steven e virado pra atacá-lo demonstrava que eles não agiam por instinto. Era quase como se tivessem um objetivo. Uma missão. E depois que completassem-na, poderiam se divertir como quisessem.

Aqueles lobisomens eram mais homens do que lobos.

Mesmo ciente disso, Harry resolveu arriscar. Delataria sua posição com um pedido de ajuda que com certeza atrairia outras feras até o local, mas estaria seguro do resgate dos colegas. Ao menos de Steven que estava numa situação mais complicada.

Expecto Patrono! – gritou com a varinha em punho. Um cervo de luz prateada brotou da arma e galopou em volta de Harry. – Busque ajuda. – ele ordenou. O animal obediente desapareceu entre as árvores.

No mesmo instante o garoto ouviu um farfalhar de folhas ali perto e com certo horror vislumbrou mais dois lobisomens correrem em sua direção. Então é isso. Vou ao menos atrasá-los até o resgate chegar e deixar Steven e Jessica em segurança. A criatura que atacara Steven estava de pé, pronta pra atacar, esperando apenas que os seus companheiros se juntassem à carnificina. Harry pode jurar que havia um sorriso naqueles lábios descarnados.

Esperando o pior, Harry aprumou a postura, segurou firme a varinha e se preparou para a luta.

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Rony Weasley andava atento pela floresta de coníferas. A luz do luar passava por entre as copas das árvores e iluminava seu caminho. Ao longe ele já podia ouvir alguns uivos e palavras soltas. Com certeza estava perto dos seus colegas.

Meio contente, meio temeroso ele apressou o passo pronto pra voltar à luta.

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Patrick Stane correu com Chris Hareston em seu encalço assim que avistou o patrono de Harry. Eles chegaram a clareira num átimo e viram o colega cercado por três lobisomens, que com certeza, iriam fazer picadinho dele.

– Depressa! – Chris passou por ele veloz com a varinha em punho. – Impedimenta! – ele atingiu a criatura mais próxima de Harry, bloqueando seu ataque.

Sectumsempra! – Harry mirou no próximo animal no seu campo de visão. Cortes assimétricos perfuraram a carne cinzenta do lobisomem, fazendo sangue escorrer. - Chris, o Steven!

– Patrick, tira os dois daqui. – ele ordenou. – Nos cuidamos do resto. – assegurou se preparando para um novo assalto, pois o lobisomem que ele atingira já estava de pé outra vez.

O menino concordou com um aceno de cabeça e se postou de joelhos ao lado de Steven. Minha nossa! Patrick olhou atentamente o ferimento inflamado. Aquela substância estranha, que ele evitou tocar, estava por toda a parte. Inclusive saindo pela boca de Steven. Ele tomou o pulso do garoto e sentiu as batidas compassadas do coração. Muito fraco. A coisa ta feia, bem feia. Ele não tinha idéia de que tipo de composto era aquele, nunca tinha ouvido falar de algo parecido quando se tratava de lobisomens. Algum tipo de veneno talvez?

Seria arriscado tentar um antídoto e muito demorado também. Por mais controverso que pareça, naquele momento o que mantinha Steven vivo era exatamente o que o deixara naquele estado: O veneno. Olhando mais atentamente Patrick percebeu que o composto estava agindo como um coagulante no sangue, impedindo uma hemorragia grave. Retirá-lo então, seria uma péssima idéia. Ao menos no momento. Em compensação, Steven estava morrendo pelo efeito do veneno na sua corrente sanguínea. Que confusão.

Com pouco tempo pra pensar, Patrick puxou um frasquinho de um líquido amarelado que trazia na bolsa e despejou algumas gotas na boca do seu paciente. Aquela poção impediria que o veneno se espalhasse mais, dando ao Steven mais alguns minutos de vida. Depois correu até Jessica.

A situação da garota era bem melhor. O corte na cabeça estava cicatrizando, e ela apresentava sinais vitais fortes. O único problema era a febre, provavelmente resultado de alguma indigestão do café da manhã. Ainda assim, removê-la dali junto com Steven era de longe a melhor opção.

– Pessoal, to de saída. – ele avisou no momento em que Chris derrubou outro animal que tentava atacar Harry pelas costas.

– Vai! – Harry gritou. – Te daremos cobertura.

– O feitiço de proteção ainda está habilitado? – ele perguntou descrente.

– Sim. – Chris respondeu. – Não tivemos muito tempo pra desfazer sabe?

– Então só vou poder levar o Steven agora. Não tenho magia suficiente pra transportar os dois. – Patrick disse. – O caso dele é mais grave. A Jessica eu posso cuidar aqui.

– Faça o que achar melhor. – Harry respondeu lançando um feixe de luz vermelha no lobisomem que Chris derrubara segundos atrás. – Mas faça logo!

Sem esperar mais confirmações, Patrick puxou a varinha e murmurou: Expecto Patrono! Uma raposa prateada saltou da arma e flutuou ao seu redor, espalhando sua luz perolada. O garoto deu outro aceno de varinha e ergueu a mão portadora da arma, com a outra segurou Steven e esperou seu patrono seguir as instruções.

A raposa se distanciou, depois correu de volta na direção de Patrick ganhando velocidade. A poucos metros do seu objetivo ela saltou, abriu a boca e agarrou a varinha em punho do dono.

Patrick sentiu um frio na barriga. Vislumbrou uma última vez a floresta sombria e desapareceu no meio das chamas vermelhas.

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Harry não acreditava no que havia visto. Ele só vira aquela técnica sendo usada por Dumbledore, quando o Ministério o havia dado ordem de prisão acusando-o de fazer uma rebelião. Quando Harry havia criado a AD, Armada de Dumbledore.

Ver Patrick Stane sumindo nas chamas da raposa o fez voltar num turbilhão de lembranças, que ele afastou rapidamente com o perigo iminente dos lobisomens. Animais resistentes. O garoto estava começando a ficar cansado, mas ele sabia que teria de esperar só alguns minutos antes que o sol nascesse e o duelo se tornasse justo.

No instante em que Harry pensou em sugerir a Chris que eles deveriam se poupar um pouco, o inesperado aconteceu.

Todas as criaturas, com um tempo mais que cronometrado, estacaram de súbito. Os olhos ficaram vazios, fixos no nada, as posições iguais como estátuas de um museu feitas por encomenda.

– Mas que porra é essa? – Chris perguntou se aproximando de uma com cuidado. – Você fez isso?

– Não. – Harry se surpreendeu com a pergunta. Quem teria esse poder? - Eu não fiz nada.

Quando se achava que a coisa não poderia ficar mais estranha, os animais, com a mesma rapidez que ficaram imóveis, deram meia volta e correram para a floresta numa velocidade incrível. Nem Harry nem Chris tiveram tempo de reagir, e quando se deram conta do acontecido só restavam os dois e Jessica na clareira.

– Eu realmente não sei o que aconteceu. – Chris disse estupefato.

– Vamos ver os outros. – Harry disse incerto. – Talvez tenham voltado pra cidade.

Chris concordou silenciosamente ainda fitando o horizonte no lugar que os animais desapareceram nas folhagens da selva. Ele pegou Jessica no colo, e foi atrás de Harry na direção da cidade.

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Aquele silêncio não combinava com a atmosfera da cidade.

O palco da batalha contra os lobisomens, agora estava em perfeita harmonia, exceto pelas casas destruídas, calçadas quebradas, postes pendurados pelos fios soltando faíscas de eletricidade. O que acontecera ali fora inacreditável.

Não houve vencedores. Mas houve muito a perder. Siger, Loren, Jason, Sylena, Martin, Anthony e Stuart ficaram sem reação ao ver todos os lobisomens simplesmente fugir na mesma direção e ao mesmo tempo. Numa velocidade incrível até mesmo para sua espécie, os animais desapareceram na floresta sem deixar vestígios.

Os Aurores estacionaram na praça principal sem dizer uma palavra. Cada um com suas suspeitas e teorias da conspiração. Naquele instante mais duas caras confusas se juntaram ao grupo, Harry e Chris com Jessica no colo confirmaram as suspeitas de todos.

Todos os animais haviam fugido daquela forma inexplicável.

– Alguém sabe o que aconteceu? – Harry perguntou.

– Ninguém tem a mínima idéia. – Loren se manifestou.

Ouviu-se um crack e Patrick Stane se junta aos Aurores.

– O Steven está em boas mãos. Levei-o ao St. Mungus, as garras daqueles bichos tinham uma espécie de veneno. – ele disse rapidamente. – Mas o que aconteceu? Onde estão as feras?

– Depois alguém explica. – Loren interrompeu. – O melhor é: onde está o Rony?

Todos se entreolharam buscando uma resposta. Desde o momento que Siger havia mandado o garoto ir atrás de Harry para ajudá-lo, ninguém mais havia o havia visto. Os treze discutiam a altos tons sobre o paradeiro do bruxo, quando uma figura enlameada adentrou a roda.

Para alívio de todos, Rony Weasley apareceu puxando um embrulho que depois se distinguiu como um lobisomem amordaçado. O animal se debatia preso nas cordas. Harry correu para abraçar o amigo, e o ruivo largou a criatura no chão de pedra.

– Eu peguei um. – disse sem fôlego. – Estava quase chegando na clareia quando vi vários fugindo. Esse ficou pra trás e eu consegui pegá-lo.

– Boa Rony! – Loren cumprimentou.

– Ao menos temos alguém pra responder todas as questões que estão no ar no momento. – Chris salientou. – Patrick... – ele estendeu Jessica pra ele.

– Ah, claro. – o menino pediu que Chris colocasse a menina no chão e pôs-se a cuidar dela.

– E agora? – Rony perguntou. – O que fazemos?

– Vamos pra casa. – Siger respondeu cansado. Seus olhos estavam sombrios e a cicatriz pulsava no rosto. Ele acariciava o pingente no colar. O mesmo que Harry vira na primeira aula de preparação para o PSEA. – Temos muito a fazer. E algo me diz que isso é só a ponta do iceberg.









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Notas finais do capítulo

E então? Curtiram o Steven? Eu curti. A foto!! Não o fato dele ter sido envenenado, meu coração ficou em pedaços. E no restante...? Ficou grande o cap. né? Mas enfim, tinha muita coisa pra acontecer e como Siger bem disse, é só a ponta do Iceberg. Haha'
Vejo vocês na próxima, não esqueçam de dizer o que acharam. Qual é a desses lobisomens?? Eu hein... Beijos ^^ e Feliz Potter Day!



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