O Herdeiro do Primeiro Peverell escrita por Britz Boll


Capítulo 14
Capítulo XI - Duelos


Notas iniciais do capítulo

E aí gente?? Tudo bem com vocês?? Bom, agradecendo mais uma vez aos reviews sempre perfects de Pryn e Ferlous no último cap. e é claro, a mais-que-linda recomendação de Carol. Thank's !!!
Depois de tanto suspense né, taí o cap. Não quis me prolongar muito aqui não, temos que seguir em frente com a história. E essa é a primeira vez que escrevo Duelos, então dêem um desconto. Espero que gostem... ^^



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Capítulo XI

Duelos

Harry estava apreensivo.

Sua garganta estava seca e ele começava a suar. Fazia algum tempo que o Processo de Seleção Especial para Aurores começara. Ele se lembrava de Kingsley poucos minutos antes do início dos duelos anunciar a grade de torneio.

– A seleção será rápida. – ele começou a falar sério. – Vocês irão duelar uns contra os outros apenas para demonstrar suas habilidades mágicas. Vocês serão avaliados pelos jurados aqui presentes, e apenas cinco serão aprovados.

Um desapontamento invadiu Harry. Ele havia se esquecido que era um “Processo de Seleção” e que, portanto, nem todos iriam passar. Ele já tinha se afeiçoado aos outros competidores, e até os achava legais. Mas agora não podia ficar pensando nisso, ele e Rony tinham que passar, e por mais que ele desgostasse da idéia todos os outros eram inimigos.

Kingsley se precipitou até a parede do lado esquerdo da bancada, e grudou com auxílio da varinha uma folha de pergaminho na parede.

– Vocês têm cinco minutos para se prepararem. – ele disse enquanto retornava a mesa dos jurados, onde Siger e a mulher de óculos pareciam estar numa ferrenha discussão.

Harry e os demais competidores se aproximaram para ler o pergaminho. O garoto deu um suspiro de alívio ao constatar que estava livre do seu maior receio: duelar contra Rony. Ele até ficou um pouco contente ao descobrir que seu adversário seria a Jessica, a menina Hippie.

Ele deu mais uma olhada na grade e viu o olhar de Rony vacilar em direção ao seu oponente. Ele iria duelar contra o Anthony Summers, o garoto de cabelos negros e pele bronzeada. Este retribuiu o olhar com determinação. A mensagem era clara: Vou acabar com você.

Depois disso um clima estranho pairou sobre o ar. Todos pareciam reflexivos, como se tentassem reunir informações dos adversários que pudessem ajudá-los na hora de lutar. O que era uma tarefa um pouco difícil já que eles se conheceram a menos de 24 horas.

Harry deu mais uma olhada em Jessica. Nada de mais. Cabelos lisos, pele albina, olhos cor de mel e uma boca avermelhada. Era pequena e não aparentava ser durona. O garoto quase teve pena dela, mas controlou seus instintos. Afinal, ela era um dos dez competidores que Kingsley classificou como os melhores dos melhores. O melhor mesmo era não subestimá-la, Harry pensou.

Findados os cinco minutos, os competidores automaticamente se afastaram da área central onde ocorreriam as lutas. Na mesa dos jurados Siger e a mulher pareciam finalmente ter terminado a discussão, ou ao menos decidido deixar para outro momento. Kingsley se sentou na cadeira do meio e fez sinal para os primeiros concorrentes entrarem.

– Não é permitido o uso de Maldições Imperdoáveis. – ele anunciou. – O objetivo é deixar o oponente incapacitado de fazer feitiços, sem matá-lo ou feri-lo gravemente. Se a situação passar dos limites a disputa se encerrará, e os responsáveis serão desclassificados.

Patrick e Steven assentiram com a cabeça. Siger tirou a varinha do bolso e murmurou um Protego. Harry viu uma camada de luz azulada se desprender da arma e fazer uma divisa entre o local onde Patrick e Steven estavam, o campo de duelos, e o restante dos bruxos da sala. O garoto discretamente aproximou a mão da barreira e sentiu seus dedos transpassarem por ela. Só servia para feitiços, pensou.

Os duelos começaram, mas Harry nem se deu ao trabalho de prestar atenção. Estava perdido em seus devaneios. Vez ou outra ele olhava para Jessica. Ela parecia concentrada, ciente de que seu oponente era ninguém menos que Harry Potter. O garoto estava menos preocupado, além se sua luta ser a última, a única coisa que ele via de ameaçador nela eram as botas marrom de estilo militar.

O que mais intrigava Harry, porém, era o feitiço de proteção do seu antigo instrutor. Ele nunca ouvira falar de um Protego constante, ele era apenas um feitiço de ação rápida. Ainda assim Siger mantinha a varinha na mão, e de lá continuava a sair aquela estranha luz azulada que se difundia ficando totalmente transparente. Era como se ela renovasse a barreira, provocando reflexos luminosos por toda a extensão dela.

Harry desviou quando o feitiço de Steven veio em sua direção. Seus instintos só se deram conta do equívoco quando um clarão de luz indicou que ele fora absorvido pela barreira invisível. Ele deu um suspiro de alívio. Olhou mais atentamente a divisa. A impressão que dava era de que os competidores duelavam dentro de uma bola, como aquela dos animais de trouxas, os hamsters.

Harry se perguntou se quem estava por dentro poderia sair passando ileso pela barreira, mas ele não teve tempo de pensar na resposta, pois nesse momento um baque anunciou a vitória de Steven que olhava com divertimento o oponente caído no chão, com a varinha jogada ao lado.

O loiro o ajudou a se levantar com uma mão, e os dois se cumprimentaram amistosamente. Do outro lado da sala Siger fez um aceno com a varinha e a barreira tremeluziu aos olhos de Harry. Patrick e Steven saíram do campo e os outros dois competidores foram chamados. Era a vez da Loren e Martin.

O menino tinha um sorriso convencido nos lábios, mas Loren mantinha a expressão controlada. Ela agora usava luvas entrededos nas mãos, bem parecidas com as de Siger, só que de um preto mais brilhoso. A garota fez a reverência e Martin a imitou logo depois, cortesia de duelos: damas primeiro.

O duelo deu início, mas Harry não registrava as imagens que passavam diante dos seus olhos. Tudo era um borrão a medida que o menino se deixava perder em pensamentos. Os outros competidores faziam barulho a sua volta, incentivando ou vaiando os duelistas. Vez ou outra eles deixavam escapar exclamações frustradas, ou gargalhadas estrondosas perante as falhas dos que estavam na arena.

Fosse pela ansiedade de Harry, ou pelo talento dos competidores, os duelos acabavam rapidamente e a vez do garoto se aproximava. Rony já se remexia inquieto ao seu lado ciente de que seria o próximo. Assim que Chris saiu vitorioso do seu duelo contra Stuart, Rony e Anthony se precipitaram para a Arena.

– Boa sorte. – disse Harry com a mão no ombro do amigo.

– Valeu cara. – Rony respondeu com um aceno de cabeça já atravessando o Protego de Siger.

Os dois garotos ficaram frente a frente, ergueram as varinhas a altura dos olhos, e depois desfizeram o movimento num rompante deixando-a ao lado do corpo. Simultaneamente fizeram uma reverência, deram meia-volta e se prepararam para contar até três. Harry acompanhou os movimentos atentamente, se lembrando do seu segundo ano em que ele e Rony participaram do clube de Duelos de Lockhart.

Um passo. Dois. Três.

Rony rodopiou num instante brandindo sua varinha. Apesar de Harry não conseguir ouvir, ele notou a boca de Rony se mexer e viu o feitiço sendo expelido em direção ao outro garoto. Infelizmente, Anthony ao perceber o ataque rolou pelo chão se esquivando do borrão de luz amarela que foi absorvido pela barreira metros depois.

O garoto bronzeado se levantou rapidamente lançando contra Rony um feixe de magia avermelhada que Harry não soube reconhecer assim de súbito. O feitiço foi refletido por um Protego desajeitado de Rony voltando em direção ao outro garoto, que novamente se abaixou. Desta vez para se esquivar do próprio feitiço.

Os dois oponentes se encararam de prontidão, preparados para atacar a qualquer sinal de movimento. Rony se mexia de um lado para o outro escolhendo o melhor ângulo. Com a varinha em punho ele observava o adversário tentando achar um ponto vulnerável em sua defesa.

A cara de frustração que Harry percebeu no amigo era justificável: não havia um meio de quebrar a defesa de Anthony. Sua posição era impecável, braços curvados de modo a proteger todo seu espaço, a perna esquerda à frente em contraposição ao braço que empunhava a varinha, lhe dando total equilíbrio para manobras rápidas, a cabeça ereta, os olhos fazendo mira. A defesa era perfeita, exceto por...

Harry teve vontade de gritar para Rony, apontar, fazer qualquer coisa para que o garoto visse o que ele demorara minutos para perceber. Porém ele se conteve. Anthony poderia se dar conta de seu erro e corrigi-lo antes que Rony pudesse se aproveitar dele, e além do mais os jurados talvez considerassem trapaça ou algo do gênero, um motivo para desclassificar os competidores. Harry ainda pensou em uma hipótese pior: talvez Rony não quisesse sua ajuda.

Ele depositou toda a fé que tinha no amigo. Vamos Rony, pensou, olhe direito. Como se parecesse captar seus pensamentos a expressão de Rony se iluminou de compreensão, mas bastou esse instante de distração e Anthony atacou. Rony não teve tempo de se recompor e o feitiço pegou de raspão o seu braço esquerdo, fazendo um esguicho de sangue melar o chão.

Os espectadores soltaram um grunhido de dor. Rony pôs a mão no ferimento tentando estancar o sangramento. Anthony estava de pé consciente de sua vitória, esperando apenas que Rony desistisse. Kingsley levantou de sua cadeira para anunciar o vencedor daquela luta, mas Rony o interrompeu:

– Eu posso continuar. – disse entre dentes. Kingsley por um momento pareceu vacilar em sua decisão, mas Siger pôs a mão em seu ombro assentindo e ele voltou a se sentar fazendo sinal para que o duelo prosseguisse.

– Tem certeza Weasley? – Anthony perguntou sarcástico. – Eu não vou pegar leve só porque está machucado.

Rony não respondeu, mas Harry podia ver a fúria em seus olhos. O garoto tirou a mão do corte e voltou a empunhar a varinha. Ele mudou de posição mantendo o braço machucado atrás de modo que não atrapalhasse seus movimentos, e nem ficasse tão exposto.

Harry não sabia como Rony poderia ganhar essa luta agora. Antes ele já estava encontrando dificuldades para furar a defesa de Anthony, e agora com um braço inutilizado, as chances não ficavam melhores.

Num assalto repentino, Rony fez uma seqüência de movimentos, disparando um feitiço atrás do outro. Anthony sem se surpreender bloqueava todos, sem o mínimo esforço. Rony continuou a atacar não dando oportunidade pra seu oponente revidar. Uma hora Anthony iria vacilar, e nesta hora, Harry tinha certeza, a luta acabaria.

O outro garoto pelo que Harry percebia começava a se cansar, mas a situação do seu amigo ruivo não era diferente. Suor escorria pelo rosto e se misturava as manchas de sangue na camisa.

Num último esforço Rony lançou mais um feitiço, Anthony fez uma aceno de varinha e uma mesa de madeira surgiu em sua frente a tempo de se chocar contra o disparo de Rony. A mesa explodiu e pedaços foram arremessados para todos os lados.

Harry se abaixou para desviar daqueles que saltaram fora do campo de duelo, assim como os outros competidores ao seu lado. Anthony caíra de joelhos devido a explosão da mesa, e no instante em que se levantava, Harry viu Rony fazer seu último movimento: um gesto rápido de varinha e a arma de Anthony foi arrancada de sua mão caindo diretamente aos pés do ruivo.

Rony se abaixou para apanhar a varinha do adversário com um sorriso triunfante no rosto. Kingsley se levantou para anunciar sua vitória, e os espectadores aplaudiram enquanto os outros jurados anotavam em suas pranchetas.

– E isso aí Rony. – Harry gritou se sentindo tão vencedor quanto o amigo. Rony tinha percebido a fraqueza de Anthony afinal. Sua posição era perfeita exceto pelo modo como ele segurava a varinha. Um simples Expeliarmus foi capaz de resolver a luta, como o garoto mostrou. A dificuldade era apenas distraí-lo para que ele não percebesse a real intenção do ataque. A mesa explodindo então tinha sido o erro fatal para Anthony.

– Valeu cara. – Rony o cumprimentou. – Sua vez.

Harry nem precisava do aviso, já sentia os nervos aflorarem. Olhou de esgoela pra Jessica, ela se preparava para entrar na arena. Os outros competidores em volta cochichavam esperando ansiosos o último duelo. A um sinal de Kingsley ele ultrapassou a barreira, sentiu um pequeno calafrio provocado pelo feitiço e tomou a posição.

Jessica veio logo atrás. Ela ficou de frente para Harry e eles fizeram a saudação. O garoto mal teve tempo de contar até três antes que um feitiço passasse raspando por sua orelha esquerda. Ele foi absorvido pela barreira metros depois, seguido de um grande assovio da platéia.

Harry manteve-se alerta, mas se sentia exposto. Em campo aberto não havia muitas chances de defesa. Olhou em volta, os fragmentos da mesa conjurada por Anthony ainda estavam num canto do chão. Harry poderia usá-los como distração, e talvez assim tivesse tempo suficiente para um ataque.

Antes que Jessica fizesse o próximo movimento, o garoto se precipitou, murmurou um Accio e vislumbrou os pedaços de madeira virem em sua direção um atrás do outro. O único problema era que Jessica estava no caminho. Ela se abaixou num rompante para desviar dos objetos que voavam velozmente e neste momento Harry usou seu trunfo.

Expelliarmus! – brandiu.

A varinha de Jessica saltou de sua mão, mas antes que Harry pudesse apanhá-la, a menina se lançou no ar e sua mão se fechou novamente em torno da arma. Harry olhou aturdido. Como, por Merlin, a garota tinha conseguido recuperar a varinha depois de um Expelliarmus? Ainda mais depois do SEU Expelliarmus.

– Eu não caio nessa Harry. – sorriu Jessica.

– É realmente uma pena. – o garoto respondeu sem graça.

Harry se sentiu desapontado. Esperava que assim como Rony poderia resolver o duelo rapidamente só com um feitiço de desarme. Mas, pelo visto com a Jessica isso não iria funcionar. Antes que o garoto pensasse em uma nova estratégia, Jessica atacou.

Harry se protegeu com um Protego e a menina voltou a atacar. Era um feitiço atrás do outro, assim como Anthony no duelo anterior, Harry mal tinha tempo de erguer a varinha para conjurar novamente outro Protego. Feixes e mais feixes de magia o atingiam com uma velocidade tremenda. Jessica não parava de atacar e Harry estava ficando cansado de se proteger.

Assim que tomou ciência disso, ele percebeu a estratégia da garota. Simples e eficaz: deixá-lo exausto e conseqüentemente incapaz de realizar feitiços. Mas ele não iria permitir. Tinha de bolar um plano, e rápido.

– Vamos Harry! – a voz de Rony chegou como um eco abafado aos seus ouvidos.

O garoto se pôs a pensar. Precisava de obstáculos, algo que pudesse distrair a Jessica de novo. Ele desviou da seqüência de ataques da garota e adotou o truque de Anthony: Conjurou várias mesas para se interporem entre a saraivada de feitiços. Jessica se surpreendeu por um momento, mas logo se recompôs. Ela deu um giro e foi destruindo todos os móveis um a um.

Harry aproveitou a ocupação da menina com as mesas e mentalizou: Levicorpus! Jessica arfou de surpresa quando foi içada pelo tornozelo ficando pendurada de cabeça para baixo. Harry imaginou que isso fosse suficiente para que ele tomasse a varinha dela, mas de novo se surpreendeu com a garota.

Encarcerous! – ainda pendurada Jessica mirou em Harry e o garoto sentiu cordas fortes enrolarem seu corpo prendendo seus braços ao lado do tronco.

Harry tentava se mexer, mas as cordas só apertavam mais e mais. Ele olhou para a garota e ela ainda apontava a varinha para ele. Ela deve estar apertando as cordas, pensou, enquanto ela estiver concentrada em mim eu não tenho como me libertar. O garoto tentou mover a varinha, mas as cordas o impossibilitavam de movimentos muito amplos.

Harry movimentou um pouco os braços até achar uma posição mais favorável. As cordas ainda o apertavam, e ele suava pelo esforço para se soltar. Tentou um Diffendo, mas no lugar que as cordas eram cortadas outras apareciam no lugar.

– Harry, eu não vou parar! – Jessica anunciou contra sua vontade. – Desista!

– Nunca! – respondeu fraco. Reuniu as forças que tinha e murmurou: - Serpensortia!

Uma cobra mediana brotou da varinha de Harry, deslizando maléfica pelo piso em direção a Jessica. Ele não sabia como essa idéia havia surgido em sua mente, mas ele estava desesperado. Havia perdido o dom da ofidioglossia depois que Voldemort matara a parte da alma dele que vivia em seu corpo, mas ainda assim aquela seria uma boa distração.

Assustada a menina olhava o animal pelo canto dos olhos. A cobra ia sinuosa em sua direção, sibilando e pondo pra fora a língua bifurcada. As cordas em torno de Harry se afrouxaram um pouco, e ele conseguiu voltar a respirar. Ele forçou as amarras pra tentar mais uma vez se soltar, mas ainda era impossível.

– Desista Jessica! – Harry conseguiu gritar para a menina. – Eu não vou parar! – repetiu as falas da garota.

– Nem eu! – respondeu ela determinada embora sua foz falhasse de medo.

Harry sentiu as cordas apertarem novamente e ficou surpreso. Nem assim a menina desviara completamente a sua atenção dele. Ele estava perdido. Não agüentaria ficar muito tempo naquela situação. Já sentia a respiração falhar novamente. Porém, ele tinha de aturar um pouco mais. A cobra já circundava Jessica, estava se preparando para dar o bote.

Harry esperava o momento que a garota desistiria. Até lá não ousou mexer um músculo com medo de que as cordas apertassem mais. Se ela resolvesse matar a cobra ia ter de tirar sua atenção do Encarcerous e nessa hora Harry fugiria. Se não o fizesse, o que Harry duvidava muito, a cobra daria o bote e os jurados o declarariam vencedor. Se ele sobrevivesse.

Jessica não parecia nem um pouco motivada a desistir. A cobra ia de um lado a outro encarando a menina pendurada pelos tornozelos. A garota não se mexia, continuava apontando a varinha para Harry com os olhos semicerrados. Provavelmente para não ver a cobra que deslizava esperando a refeição.

Harry estava começando a ficar preocupado. As cordas já estavam bem apertadas. A qualquer momento ele seria esmagado. Puxou o ar restante e conjurou uma segunda cobra. As cordas se fecharam em torno de sua varinha, aquela fora sua última chance de feitiço.

A segunda cobra foi de encontro com a primeira. As duas rodearam Jessica, e a menina parecia mais assustada que nunca. Harry imaginou que agora ela fosse desistir, mas ela continuou firme. As cobras se prepararam para o ataque, uma de cada lado. As cordas em torno de Harry apertaram mais e sua visão ficou turva. A qualquer momento ele perderia a consciência.

As cobras sibilaram e voaram pra cima de Jessica. Pontos pretos apareceram na visão de Harry, ele já não sentia seus membros. Antes que acontecesse o pior, uma figura apareceu no meio da Arena matando as cobras e liberando Harry das cordas. Era Kingsley que viera por fim ao duelo.

– Muito bem, já chega. – ele anunciou.

Harry se levantou do chão tossindo. As cordas realmente o tinham apertado, provavelmente seu corpo deveria estar todo marcado. Seu diafragma doía, seus braços e pernas estavam trêmulos e sua cabeça rodopiava. Jessica não se encontrava em situação melhor, estava pálida e soluçava.

Siger desfez o Protego e adentrou o campo. Ele rompeu o Levicorpus e Jessica caiu em seu colo. Ele a pôs no chão delicadamente e se voltou para os outros competidores.

– O resultado sai em instantes. Enquanto isso aproveitem o tempo para descansar. – ele retornou a mesa e passou a fazer uma série de anotações enquanto discutia com os outros jurados.

Harry preocupado se aproximou de Jessica. Fez um grande esforço, mas conseguiu andar.

– Você está bem?

– Não se preocupe Harry. – ela assegurou com um sorriso tímido. – É só que tenho fobia de cobras.

– Porque não desistiu? – o garoto perguntou estupefato.

– Não se pode dar pra trás nos desafios que a vida impõe. – disse simplesmente.

– Harry você está bem cara? – Rony chegou perto olhando Harry preocupado. Os outros competidores fizeram um cerco em volta dele e de Jessica.

– Estou. – disse o garoto.

– Vocês foram demais! – Loren cumprimentou. – Menina! Que coragem... – ela sorriu preocupada pra Jessica. – Mas você ainda está pálida...

– Toma isso. – Chris entregou a ela um pedaço de chocolate. A garota comeu com um sorriso. – Você também Potter. – entregou outro pedaço a Harry.

– Gostaria de anunciar – Kingsley interrompeu falando alto no meio do Salão. – que todos aqueles que venceram os duelos foram classificados! – Loren, Chris, Steve e Rony comemoraram. – E enquanto ao último duelo, depois de muita discussão tomamos uma decisão. Foi declarado empate! Portanto tanto o Potter quanto a Aley também foram classificados!

– Droga Harry, - Rony disse com escárnio. – até quando faz a coisa errada ela dá certo!

Harry riu e deu um abraço em Jessica comemorando. Ainda se sentia fraco, mas estava feliz. Os seus esforços tinham valido a pena.

– Gostaria de apresentar seu novo chefe. – Kingsley apontou para Siger que vinha de lá com um sorriso no rosto. - Os outros competidores, - continuou, se referindo a Patrick, Anthony, Stuart e Martin. – venham conosco. – ele saiu do salão acompanhado dos garotos e dos outros jurados. Siger ficou para trás e foi falar com os vencedores.

– Muito bem... – Siger parabenizou. – E... Bem vindos ao Sétimo Esquadrão.








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Notas finais do capítulo

E aí vai minha pergunta de sempre: E então? Gostaram??
Eu sei que prometi postar na sexta, mas minha net me deu um golpe. Então sorry. Mas o trato continua o mesmo, eu atualizo toda sexta e se for bônus vem no meio da semana, quarta ou terça por exemplo.
Mas voltando ao cap... Ficou muito corrido? Me justificando: Eu não queria me prender demais aqui, to louquinha pra escrever a vida de Harry "adulto"... hsuahsuashausha'
Então, até a próxima... Não esqueçam de dizer o que acharam, até os anônimos de plantão se quiserem se manifestar sabe?? Eu adoraria nem que seja um "gostei", sério!!! Então beijos, até mais. =D



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