O Herdeiro do Primeiro Peverell escrita por Britz Boll


Capítulo 13
Bônus: A viagem para o Ministério


Notas iniciais do capítulo

AAAAHHHHH, estou VIBRANTE! Ganhei uma recomendação, OH GOSH! Obrigada Carol, sua linda!!! hsauhsuahsa
Fiquei tão feliz que fiz esse bônus pra vocês!! Eu particularmente ADOREI escrevê-lo, então eu espero que vocês gostem tanto quanto eu! Boa leitura, :D



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Bônus:

A viagem para o Ministério

Estava uma grande confusão em frente a cabine telefônica. Os raros trouxas que passavam naquela rua deserta em pleno Sol de meio-dia se espantavam com tanta balbúrdia num lugar tão inóspito quanto aquele. Eles passavam apressados, lançando olhares feios para os adolescentes que faziam a confusão, como se temessem serem assaltados ou ver de repente o carro do manicômio dobrando a esquina para buscar os jovens fugitivos.

De frente da cabine oito adolescentes se espremiam com grandes malas no espaço pequeno que havia no passeio. A confusão fora criada a partir do momento que chegaram ali, e ficaram perdidos sem saber o que fazer em seguida. Nenhum deles se conhecia e isso só fazia aumentar a insatisfação dos mesmos.

Eles haviam estacionado ali a poucos minutos, vindos de uma chave de portal marcada para exatamente as 12:00h. Alguns tinham chegado antes por precaução, mas sempre existiam aqueles que vinham de última hora. Por sorte do destino todos conseguiram chegar a tempo, ou talvez não tanta sorte assim. Agora eles estavam perdidos numa rua deserta, de frente de uma cabine telefônica, sem saber pra onde ir ou o que fazer.

Um dia antes da viagem todos os oito haviam recebido uma carta que continha as mesmas instruções, que diziam o horário e o local da chave de portal, e o comando de permanecerem aonde chegassem até que alguém fosse buscá-los. Tendo seguido corretamente todas elas, tudo que havia agora era a frustração de terem sido esquecidos.

Depois de muito vozerio e discussão, eles resolveram sentar e esperar como pessoas civilizadas, ou melhor, bruxos civilizados. Colocaram as malas na calçada pra evitar a sujeira do chão e se sentaram, tomando o cuidado de não se apoiar nos pertences uns dos outros.

Mais de trinta minutos se passaram, e a coisa mais interessante que roubou a atenção dos jovens por um momento foi a presença de um casal que veio adentrando a rua se agarrando sem pudor e depois se desgrudaram rapidamente ao se darem conta dos olhares raivosos da galera em frente a cabine.

– Vão procurar um motel! – gritou um menino de cabelos cor de cobre enquanto vislumbrava o casal sumir na outra esquina.

– Esses jovens... – comentou a menina de regata vermelha. – Não quero nem imaginar o uso que eles fazem dessa cabine.

Isso foi o bastante para quebrar o clima de tensão que pairava sobre o ar. Todos riram da piadinha da garota, que não se inibiu e lançou um grande sorriso para todos.

– Ainda bem que chegamos antes, ou teríamos interrompido aqueles dois em plena atividade aqui dentro. – disse outro garoto de roupa verde sentado ao lado dela apontando para a cabine.

– Vai ver quem mandou essa chave de portal quis nos livrar de presenciar essa ‘movimentação’. – respondeu a menina desenhando aspas no ar.

O menino riu e lançou para a garota um sorriso um tanto malicioso. Ela respondeu com um sorriso torto, e aproveitou para reparar nele. Ele era loiro, de olhos azuis, a pele branca da mesma cor que a sua. Os músculos se sobressaiam pela camisa de botão verde, no estilo risca de giz. Ela não pode deixar de notar os dois botões entreabertos, que lhe davam uma ótima visão do peitoral definido do garoto. Ele usava calças jeans, e um Al-Star para completar o visual de playboy.

– Meu nome é Steven Morris. – ele disse.

– Loren Price. – ela se apresentou com um sorriso.

O garoto deu uma piscadela em resposta e comentou:

– Chato ter que esperar aqui não é?

– Nem me fale. – respondeu Loren com um suspiro.

– Ninguém sabe quem vem nos buscar aqui? – ele falou alto se dirigindo a todos.

– A carta que recebi só falava da chave de portal. – uma menina mais na ponta respondeu. Tinha os cabelos pretos e os olhos cor de mel.

Os outros murmuraram em concordância. Pelo visto ninguém tinha quaisquer informações que pudessem tirá-los logo dali.

– E onde fica esse Ministério afinal? – o menino dos cabelos cor de cobre indagou frustrado.

– Não faço a mínima idéia. – disse Loren. – Só espero que quem quer que seja que venha nos buscar, chegue logo.

– Eu acho que ainda vai demorar. – um menino de preto falou convencido. Os cabelos lisos e pretos espetados na fronte deixavam aparecer as orelhas, em uma das quais refletia o brilho dos piercings.

– E por que acha isso cara? – Steven perguntou desconfiado.

– Considerando o fato de terem sido muito exigentes quanto ao horário da chave de portal, que partiu exatamente às 12:00h, percebe-se o quanto são pontuais e que o fato de não ter ninguém aqui para nos recepcionar deve-se a um imprevisto. – o menino respondeu automaticamente.

Os outros pararam para prestar atenção ao seu raciocínio.

– Se aceitarmos essa hipótese, isso quer dizer que até que eles o resolvam ficaremos esperando aqui. Já se passaram 45 minutos desde que chegamos, - ele contou no seu relógio de pulso, fez uma pequena pausa e voltou a observar os outros jovens. - se estivermos perto da entrada desse tal Ministério o tempo de locomoção será nulo, e portando não devemos considerá-lo. Então talvez seja um imprevisto que requeira muito trabalho o que nos leva a esperar cerca de uma hora a mais.

– Ta de brincadeira? – Loren perguntou indignada.

– Bom, é só um talvez. – respondeu o menino timidamente.

Se antes eles tinham esperanças, agora elas foram completamente despedaçadas. Um clima de desânimo invadiu o coração dos jovens, e o tédio tomou conta do ar. Vendo a reação dos garotos, Steven se levantou pronto para expor sua idéia:

– Já que vai demorar tanto assim, não precisamos ficar esperando aqui não é mesmo? – disse olhando os rostos desanimados. – Vamos procurar um lugar pra comer. Eu particularmente to morrendo de fome.

– Ah, boa idéia. – Loren se levantou espreguiçando. – Eu não agüento mais esperar aqui.

Todos pareceram se animar com a perspectiva de mudar um pouco de paisagem e se levantaram prontos pra deixar o lugar. Eles escoraram as malas na parede fazendo um grande monte ao lado da cabine.

– Mas e se alguém chegar aqui antes de voltarmos? – um outro garoto perguntou antes de saírem.

– Ele tem razão. – disse o de cabelos cor de cobre. – Podem pensar que desistimos ou algo assim.

– Deixa comigo. – Loren procurou sua mala e abriu um pequeno compartimento lateral de onde tirou um fragmento de papel e uma caneta esferográfica preta aparentemente normal. – Vira aí Steven. – Ela usou as costas do garoto como apoio para escrever, e depois deixou o bilhete por cima da pilha de malas. – Pronto.

Steven se aproximou para ler:

Oi, nós demos uma saída. Se você veio nos buscar para a seleção, por favor, toque aqui com sua varinha e voltaremos rapidinho. (•)

Beijos,

Loren.


– E enquanto aos trouxas? – perguntou Steven preocupado.

– Tinta anti-trouxa. – Loren apontou para a caneta sorridente. – Só os bruxos enxergam o conteúdo.

– Inteligente. – o garoto de piercings elogiou.

– Obrigada. – Loren sorriu em resposta.

– Bom vamos logo. – Steven apressou.

Eles lançaram um feitiço anti-ladrão nas bagagens e foram caminhando rua adentro. Passaram por uns dois quarteirões e o cenário começou a mudar, eles saíam de um ambiente isolado, e aqui e ali pequenas lojas apareciam e o movimento de pessoas e veículos aumentava.

Não demorou muito até encontrarem um pequeno restaurante numa rua que dava de frente para uma praça. Eles escolheram canto mais ao fundo do estabelecimento, juntaram duas mesas e a garçonete veio prontamente atendê-los.

– Boa tarde, em que posso ajudar? – perguntou com uma voz exageradamente simpática.

– Vamos dar uma olhada no cardápio ainda, obrigada. – Loren respondeu imitando o tom da garçonete. Os garotos na mesa se seguraram para não rir. A moça assentiu e saiu sem graça.

Depois de alguns minutos eles acabaram por se decidir. Com medo de pedir uma refeição mais encorpada, optaram por algo mais rápido: Cheesburgueres e refrigerante. Assim que o pedido chegou, os jovens começaram a conversar em meio as mordidas e goladas de coca.

– Bom, seria legal nos apresentarmos primeiro. – Loren começou. – Sou Loren Price. Tenho 19 anos e vim da costa oeste dos Estados Unidos. Odeio frutas e como a boa americana que sou, devo dizer que esse Cheesburguer está uma droga. – ela olhou com desprezo o sanduíche no prato, com a marca de uma única mordida, deu um gole na coca e fitou o menino de piercings que estava ao seu lado.

–Chris Hareston. – se apresentou distraído. – Tenho 22 anos e atualmente moro no sul da Itália. – ele pareceu terminar, mas sob os olhares acusadores de todos do tipo “só isso?” ele acrescentou rapidamente. – Ah... Eu tinha um cachorro que se chamava Bob.

Chris desviou a cara e tomou um gole de coca sem acreditar que havia dito isso. O pessoal ignorou como se achasse que o menino havia gastado toda a sua inteligência no raciocínio de mais cedo. Assim, a garota de olhos cor de mel que estava a sua esquerda continuou:

– Meu nome é Jéssica Aley. Tenho 20 anos e moro em Portugal. Nunca tinha pensado em ser Auror, e fiquei muito surpresa com esse convite. Adoro cerveja amanteigada e queria ter uma caneca cheia agora. – ela sorriu.

– Somos dois. – Steven concordou erguendo o copo de refri. – Steven Morris, 22 anos, Alemanha. Estava tomando café quando o convite para essa seleção caiu dentro da minha xícara. – ele riu acompanhado pelos demais. – Devo dizer que é algo que não vou esquecer.

– Martin Leston. – prosseguiu com as apresentações o menino de cabelos cor de cobre. – Sou da França, e tenho 20 anos. E apesar do lugar onde moro não sou nada romântico. –as meninas fizeram um muxoxo de tristeza e ele sorriu.

– Stuart Greysson. Norte dos EUA, 21 anos. Não acredito em carma, mas penso estar sento castigado agora por sempre me atrasar para os meus compromissos. – disse o garoto se fingindo de triste. Os demais riram da sua atuação e o menino ao seu lado continuou.

– Anthony Summers. Morando no Novo México, 19 anos. – o garoto disse imitando uma voz robótica, típica de aparelhos GPS. O pessoal vaiou e deu risadas e ele continuou com sua voz normal. – Puramente Meio-Sangue. Curto rock e sandálias havaianas.

– Patrick Stane. Austrália, 22 anos. – Loren o interrompeu com uma imitação grotesca do que parecia ser um canguru. Ele tomou um gole de coca e continuou revirando os olhos. – Só pra constar, odeio cangurus.

Demorou um pouco até que todos memorizassem os nomes. Mas logo, como era de praxe, já estavam todos conversando e rindo como se se conhecessem há anos.

O Steven e a Loren eram os mais brincalhões. Ora ou outra aprontavam alguma, e arrancavam risadas de todos os demais. Jessica e Chris eram mais reservados, conversando entre si. Patrick e Martin estavam de olho na garçonete, e não paravam de chamá-la com a desculpa de tirar dúvidas sobre os pratos do cardápio na maior cara de pau. Anthony puxava assunto com Jessica, e nessas horas Stuart trocava idéias com Chris.

Ficaram entretidos por um bom tempo, até que um bip eletrônico os chamou de volta a realidade. Loren vasculhou o bolso e tirou de lá um pequeno aparelho celular - para a surpresa geral -, que estava emitindo o som irritante. Ela o abriu e anunciou:

– O nosso guia chegou. Vamos.

Eles pediram a conta, e pagaram com dinheiro de trouxa, que todos – Graças a Merlin – sempre levavam consigo por precaução. Patrick e Martin fizeram suas últimas tentativas com a garçonete e voltaram animados com um guardanapo nas mãos que diziam conter o número dela. Estavam confiantes até perceberem que o tal número só tinha três dígitos. O pessoal claro, não perdeu a oportunidade, e fizeram todas as resenhas possíveis com os dois.

Saíram do restaurante e refizeram o caminho de antes, chegando instantes depois na velha rua deserta avistando ao longe na esquina a cabine telefônica. Um homem negro de capa roxa os aguardava, prostrado do lado das bagagens. Ele tinha uma expressão amistosa, e na sua mão direita segurava o bilhete escrito por Loren.

– Muito criativo de sua parte. – ele elogiou. – Meu nome é Kingsley Shaklebolt, sou o Ministro da Magia, e vou levá-los até o local da prova. Por aqui. – se apresentou com um sorriso amistoso indicando a cabine telefônica. – Vamos mandar primeiro a bagagem. Peço que nos desculpem pela demora, mas tivemos um pequeno imprevisto que rendeu muito trabalho.

Loren olhou admirada para Chris. Ele apenas deu um sorriso torto em resposta. Os competidores se apossaram de seus pertences e tentaram enfiar tudo na pequena cabine telefônica. Com muito esforço e alguns feitiços redutivos, toda a bagagem embarcou e Kingsley com uma última manobra, penetrou o braço no meio da confusão e conseguiu discar o número para ativar a cabine. Ele fechou a porta em seguida e eles vislumbraram todo o conteúdo interior da cabine descer, como um elevador.

Assim que o interior da cabine voltou, eles se organizaram em duplas e desceram. Desembocaram num enorme saguão de piso polido que se estendia para além do que podiam ver. Era diferente de tudo que eles tinham visto antes nos países onde moravam. Vários bruxos de longas capas quase corriam de um lado para outro, entrando e saindo de portas, elevadores e escadas. Eles pareciam ansiosos com alguma coisa, todos tinham a mesma expressão inquieta.

Kingsley os conduziu saguão adentro, passando por uma grande fonte no centro, onde haviam dois bruxos de mãos dadas nas pontas e entre eles um trouxa e um pequeno elfo segurando um ovo de dragão. A mensagem era clara: respeito e proteção a todas as espécies. Eles seguiram o homem de roxo até outro elevador mais no fundo do ambiente. Eles aguardaram alguns bruxos embarcarem e depois entraram todos juntos.

– Bom dia Sr. – um bruxo no canto saudou Kingsley. Ele retribuiu com um aceno de cabeça.


Nível oito: Átrio. Rede de flu, Pesagem de varinhas e refeitório. Bem vindo ao Ministério da Magia.


Uma voz melodiosa de mulher anunciou logo que as portas se fecharam. Quando se abriram novamente Kingsley saiu apressado, e os competidores o seguiram. Escutaram ao longe a voz da mulher anunciar tardiamente:


Nível nove: Departamento de Mistérios.


Eles caminharam até a porta que ficava no fim do corredor. Loren e os outros olharam admirados o piso e as paredes ladrilhadas, e custaram a esconder a curiosidade que sentiam. Kingsley girou a maçaneta e esperou que eles entrassem, depois fechou a porta com um baque. As paredes repletas de portas da Sala Circular começaram a girar para espanto dos candidatos, mas o Ministro os tranqüilizou.

– Não se preocupem. Isso é normal. – ele disse com um sorriso.

Quando a rotatória cessou, o bruxo pensou um momento e depois se virou para a porta a direita e a abriu. Os garotos entraram sem esperar convite, receosos de que a sala começasse a girar novamente. Deram de cara em outro salão muito amplo, ao fundo podiam divisar uma bancada e algumas cadeiras, além disso, mais nada. A sala estava vazia.

– Algumas explicações rápidas. – Kingsley disse parando a poucos centímetros da porta de onde tinham acabado de sair. Os competidores se amontoaram logo atrás. – Vocês foram selecionados para participar do Processo de Seleção Especial para Aurores. O Ministério depois da Batalha Final ficou enfraquecido, e por isso estamos recrutando reforços do ‘exterior’. A maioria dos bruxos de origem britânica que mora fora da Inglaterra, estão sendo angariados para trabalharem aqui. Será uma avaliação rápida, os juízes estão a caminho e ainda faltam dois competidores. Assim que eles chegarem nós começaremos.

Os competidores deram um suspiro de tédio perante a perspectiva de esperar mais tempo para começar. Kingsley ignorando continuou:

–Vocês são os melhores dos melhores, mas nem todos irão passar no teste. São cinco vagas apenas, o que significa que a metade voltará para casa. Mas estes cinco poderão voltar no final do ano para fazer o processo normal de seleção. Agora, esperem aqui. Volto já.

Ele saiu apressado pela porta que se fechou em seguida. Os garotos nem tiveram tempo de argumentar ou perguntar qualquer coisa, simplesmente foram deixados para trás. De novo.

– Só cinco vagas hã? – Steven comentou. – E eu que estava me acostumando com a cara de vocês.

– É cara. – Patrick disse. – Agora não tem jeito, todos são adversários.

– Mas vocês ouviram o que ele disse. Podemos voltar no final do ano. – ressaltou Jessica. – Não é um adeus definitivo.

Eles concordaram intimamente. Sabia que voltariam a se ver. Completamente entediados foram em direção ao único alvo da sala: a bancada de madeira. Bisbilhotaram em tudo, mas só encontraram um exemplar muito amassado de um jornal intitulado O Profeta Diário. Como era a coisa mais interessante por ali, eles leram a manchete da primeira página.


Harry Potter: O Eleito Definitivo

A reestréia do Profeta Diário traz o enredo completo do menino que derrotou Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Os obstáculos, as amizades, traições, e mistérios. Tudo revelado!


– Olhem! – Jessica chamou apontando para a foto no jornal. – É o Potter.

– Esse cara sim é um herói! – disse Martin. – Sempre estive do lado dele.

– Eu também. – disse Loren. – Duro foi resistir contra a invasão dos Comensais lá na escola.

– E vocês conseguiram resistir? – Steven perguntou interessado.

– Por um bom tempo. – ela respondeu. – Depois que o Ministério daqui caiu, os demais enfraqueceram. Como não podíamos mais contar com os Aurores tivemos que nos virar, e deu certo. Por um tempo.

– Eu estava viajando na época. Viajando, entendam: fugindo. – disse Martin com um sorriso. – Não era uma boa época para Mestiços. Mas se soubesse que ia acontecer uma batalha em Hogwarts teria vindo pra cá na hora!

– Eu também. – Stuart disse. – Tirando o fato de não saber onde fica a escola, eu teria vindo numa boa.

– A maioria viria. – Chris sentou na bancada. – O problema é que foi de surpresa. O Potter desapareceu por um bom tempo, aliás grande jogada dele essa. Muitos já o tinham dado como morto, pouco a pouco os regimes caíam, Comensais dominavam tudo e todos, a esperança começou a ficar escassa. O único meio de comunicação entre os ‘rebeldes’ era o Observatório Potter, e pelo visto nem mesmo ele sabia dos passos do Harry porque só anunciou seus planos quando ele voltou a Hogwarts.

– Aí já era tarde demais pra ajudarmos. – Loren terminou.

– Mesmo assim, não foi só por aqui que houve guerra. – Anthony continuou. – Pelo que eu soube houve uma grande confusão na América do Sul, muitos bruxos refugiados foram para o Novo México. O único país que se manteve por mais tempo no controle foi o Brasil, mas mesmo assim acabou derrotado.

– Então houve uma Dominação-Comensal por todo o mundo? – Patrick perguntou.

– Pelo que sei sim. – respondeu Chris. – A coisa aqui na Inglaterra foi mais divulgada porque foi aqui que tudo começou, e era aqui que poderia terminar. Todas as fontes revolucionárias acreditavam que Harry e seus companheiros estavam por perto esperando a chance de derrotar Voldemort. Mas no resto do globo também reinou o caos. Tudo acabou quando o Potter deu a cartada final.

– Que triste. – Jessica comentou alto com o jornal entre as mãos. – Harry perdeu muitas pessoas no caminho. – ela leu alto. - Além de sua mãe e seu pai mortos quando ele tinha um ano de idade, seu colega Cedrico Digory morreu na última prova do Torneio Tribruxo. Um ano depois, seu padrinho Sirius Black, faleceu na luta contra os Comensais da Morte na Invasão do Ministério (ver pág.7). Alvo Dumbledore foi o próximo da lista, Diretor de Hogwarts que tinha uma forte ligação com Harry, foi assassinado na Torre de Astronomia pelo professor Snape sob seu pedido (ver pág. 12). Recentemente, Ninfadora Tonks , Remo Lupin e Fred Weasley também foram mortos na batalha final...

– É o preço que se paga. – Chris disse distante. – Tudo para um bem maior.

– Você leu aquele livro idiota? – Loren perguntou se referindo ao livro de Rita Skeeter, A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore.

– E quem não leu? – ele respondeu. – Mesmo sabendo que a maioria das coisas eram distorções da realidade, os fatos eram verdadeiros.

– Verdade. Até eu li. – Stuart se manifestou indignado. – O livro ficou umas duas semanas na lista de Best-Sellers do The New York Witches.

– Ainda assim. – Loren continuou. – Não vou com a cara daquela Skeeter.

– Nossa! O Harry ganhou o torneio Tribruxo... – Jessica intemrrompeu ainda lendo o jornal.

– Você não sabia disso? – Chris perguntou.

– Sabia que ele estava participando. – ela argumentou.

– Pois ele ganhou. – disse Steven. – O cara é uma lenda. Matou um basilisco no segundo ano, depois lutou contra milhares de dementadores no ano seguinte, era integrante da Ordem da Fênix, ficou foragido durante meses e ainda derrotou o maior bruxo das trevas de todos os tempos. Tudo isso com a nossa idade. Ele fez muita coisa que Auror treinado jamais sequer pensou em fazer.

– Não se esqueça dos amigos dele. – Patrick disse. – O Potter é bom, mas não seria muita coisa sem ajuda.

– Pra mim ele continua sendo foda. – constatou Loren. O restante concordou em uníssono. Claro, eles ouviam falar de Harry Potter desde sempre.

– Então vocês vão adorar saber que ele e seu amigo são os outros dois competidores. – disse Chris olhando para uma folha pregada na bancada.

– Ah mentira! –Loren disse pasmada se virando para Chris.

– Como sabe disso? – Stuart se aproximou preocupado.

– Tá escrito aqui. – Chris pegou o papel e leu em voz alta. – Processo de Seleção Especial para Aurores, competidores: Stuart Graysson, Martin Leston, Anthony Summers, Patrick Stane, Loren Price, Steven Morris, Chris Hareston, Jessica Aley... – ele deu um suspiro e confirmou os temores de todos os outros candidatos:

Rony Weasley e Harry Potter.





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Notas finais do capítulo

E aí, ficou legal ou eu falo demais??? Tá eu falo demais, eu sei. hsuahsuahsua'
Foi mal a euforia gente, mas to feliz demais da conta!
Essa é a Loren Price, interpretada pela Emma Stone. Todo cap. do esquadrão vai ter uma fotinha dessas, uma de cada personagem... E como a Loren foi a principal deste...
Bom, espero que tenham curtido. Não esqueçam de dizer o que acharam... MIL BEIJOS, ;p



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