-Eu vou atrás do Naruto.... E do Neji. Se alguma coisa aconteceu, se eles estão feridos, eu sou a única que pode ajudá-los... - ela falou decidida encarando o sensei. Aqueles grandes orbes verdes e suplicantes estavam decididos. Decididos demais para se ignorar. Havia uma nova luz naqueles olhos. Kakashi nada pôde fazer a não ser, assentir. Não poderia negar isso a ela.

- Depois que encontrá-los, eu acho a vila... – fala uma Haruno decidida caminhando floresta adentro enquanto os dois ninjas restantes seguiam para a vila....

A kunoichi de cabelos róseos seguia pela floresta com passos firmes, porém sem direção. Não sabia nem por onde começar. Já procurava há algum tempo, mais não encontrou nada, nem um sinal de que eles estavam bem.

- “Me deixa! Já disse que não é nada!”.

Ela relembrava do acontecido mais cedo. Ficara realmente chateada com ele, daquela reação tão repentina, tão estranha, mas não deu o gostinho a Sasuke ou aos outros de vê-la chorando. Já o fizera muitas vezes e não pretendia fazê-lo mais uma. Manteve-se forte, não se abateria tão fácil, não mais. O tempo havia lhe ensinado a ser forte, a ser decidida, e nada, mudaria isso. Nem o fato do garoto que sempre a quis por perto, agora não a quisesse mais.

- “O que ele tem?... Porque me tratou daquele jeito?... Nem parecia o Naruto que eu conheço... Que eu gosto... Parecia o Sasuke falando, com o corpo dele... Mas quem sou eu para ficar comparando os dois!!!! - ela passou as mãos nos cabelos jogando-os para trás, cansada. – Sou apenas uma irritante.”.

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Hinata chegara à casa de Thoma, que não era muito grande nem muito arrumada, mas muito aconchegante. De alguma maneira ela se sentia segura lá e logo depois que Sasuke saiu, o humor do anfitrião havia melhorado muito. Atencioso, brincalhão e bem prosa. Até poderia lembrar o Naruto pelo seu jeitinho descontraído. Talvez. (?)

- Então qual é seu nome mesmo? – pergunta ele se sentando à mesa suja de pó. Com certeza dava para se escrever o nome, no pó, se a dona dos olhos perola o quisesse.

- Hyuga Hinata. – ela se apresentou e sorriu discreta. Thoma também sorriu.

- Vou preparar o chá, enquanto isso se sente ai que daqui dois minutos eu volto. – claro que aquilo havia sido figurativo, ele voltou muito tempo depois. Nem ela mesma sabia o quanto ele havia demorado na cozinha preparando um simples chá. Mas valeu a pena.

- Tome. – ele ofereceu o copo á Hyuga que o pegou com uma das mãos, sobrando levemente o recipiente, quente.

- Delicioso seu chá. - Comentou. E havia sido sincera, estava muito bom e também ela não saberia mentir tão maravilhosamente bem.

- Obrigado. – ele fala sorvendo um pouco do chá, com os olhos perdidos, como se o comentário dela o tivesse afetado de alguma maneira ruim. – Aprendi com minha esposa. - Hinata sorriu, perguntava-se mentalmente onde estaria sua mulher se não a seu lado, mais desistiu ao ver o rosto triste dele. Talvez fosse melhor não remexer em feridas. Ela terminou de tomar o chá em silencio e colocou a xícara sobre a mesa encarando o homem a sua frente.

- Thoma-sama pode me contar o que aconteceu aqui hoje?O que significava aqueles homens mortos na vila por onde entramos?

 Ele suspirou pesadamente.

- Um bando se assassinos, vieram pela manhã, não passava das cinco, todos nervosos sujos e fedidos. Eles estavam à procura de uma moça assim como você. Um rapazinho que conseguiu fugir nos contou. – ele falava enquanto sorvia mais um pouco de chá.

- Com ela era?

- Bem pelo que ele me falou era muito bonita, cabelos negros até a cintura, olhos verdes, não era muito alta, mais também nem muito baixa. Não sei como explicar. Ela era assim da sua altura. Eu só sei isso, mais ela conversou com o prefeito, se quiser posso te levar até lá.

- Sim claro.

Eles se levantaram devagar, Thoma pediu que o sobrinho ficasse em casa, e o advertiu para não abrir a porta para estranhos, e saiu com Hinata pela pequena vila, até a casa do prefeito, que ficava no centro do lugar. Não era muito conservada mais comparada com o lugar, parecia nova. Havia alguns guardas do lado de fora e quando eles foram se aproximando, dois dos homens moderadamente armados, fixaram seus olhos na garota de cabelos negro azulados.

- E ai gente como vão? – eles responderam animados. – Tenho uma visita pro prefeito aqui.

- Ele está com visitas na casa, mandou até que nós saíssemos. – falou o mais alto de cabelos castanhos e olhos verdes, que não conseguia tirar os olhos da Hyuga.

- Até você Ren? O próprio filho? Será porque que ele fez isso?– ele perguntou encarando o garoto debochado.

- Sabe que eu não sei. – devolveu a alfinetada com ironia. – Mas se veio falar com ele, sugiro que volte amanhã porque esse carinha com ar de arrogante vai pousar essa noite aqui, pelo visto. – ele falou apoiando-se na grade da varanda.

- Mas a moça aqui não pode esperar, ela tem urgência. – ele falava com prudência mais ao mesmo tempo com ironia. Parecia não ter coma boa relação com o rapaz, que arrumava qualquer brecha para atacá-lo.

- Claro que se ela quiser ficar... Eu arrumo um lugarzinho. – falou malicioso lançando olhares de cobiça para a moça, que ficou totalmente sem graça corando fortemente ao percebê-lo olhá-la de cima a baixo.

- Esquece Ren! Fale pro seu pai que eu o espero aqui fora com uma visita muito importante. – falou mandando que ele entrasse e informasse ao pai a presença dos dois. Meio a contra gosto ele foi, pisando duro.

Ao entrar na sala Ren pode ver que o pai falava a favas, enquanto o pobre convidado, Neji, estava com cara de tédio, morrendo de vontade de sair dali, mas que pela boa educação, não o fazia. Ren se aproximou cauteloso e se posicionou por detrás da poltrona do pai.

- Pai. – chamou baixo rente ao ouvido do homem. - Thoma tem uma visita para o senhor ali fora. Uma linda moça de olhos perola quer vê-lo. – o velho esboçou um sorriso bobo nos lábios falando alto. – Pode mandar entrar é sempre bom companhia e como disse que é uma linda moça, ai sim que pode. Quem sabe não é sua irmãzinha já que ele disse que ela tem olhos perola e só os Hyuga que tem esses olhos e...

E novamente ele começou a despejar bobagens nos frágeis ouvidos do Hyuga que maquinava em sua mente as palavras do velho. Era Hinata, só podia ser. Mas o que ela fazia ali?

Ren estava para sair, quando olhou Neji debochadamente, reparando em seus olhos iguais ao da garota do lado de fora da casa. – “Irmãozinhos!” – Riu ainda mais deixando Neji com mais cara de poucos amigos, porque afinal ele já estava muito nervoso. Ele não havia gostado de Ren desde a primeira vez que o viu. Alguma coisa nele não era muito boa. Não sabia por que mais quando não gostava de alguém, na maioria das vezes ele estava certo. Ren deu um sorriso de deboche o que deixou o Hyuga ainda mais irado. Afinal do que ele estava achando graça?

Ren saiuu do lado de fora com um sorriso bem debochado.

- A garota entra você fica Thoma. – falou se dirigindo a eles e pegando no pulso de Hinata puxando-a para dentro. Thoma o encarou nervoso retirando a mão de Ren com um empurrarão forte.

- De jeito nenhum garoto. Eu não confio nem um pouco em você. – falou entrando na casa com Hinata deixando Ren do lado de forra perplexo e nervoso. Ninguém nunca havia feito isso com ele. E não seria Thoma que o faria. Mas por enquanto ele não iria fazer nada a respeito, por enquanto!

Hinata estava meio assustada com o tom que Thoma havia usado com o rapaz, mas logo isso desapareceu quando adentrou na casa e viu Neji de costas. Sim era ele com certeza. Hinata conhecia aqueles cabelos e aquela roupa. Era Neji. Ela sorriu infantilmente.

- Que lindo sorriso! – comenta Mizake se levantando da poltrona encarando Hinata,que levou um susto com o comentário.Neji também se levantou olhando para trás,mais nem precisava,ele conhecia aqueles passos macios e o cheiros de rosas que invadiu o lugar denunciava a presença da prima.Mesmo ela estando em missão, ainda possuía aquele cheiro,menos intenso claro,mas para Neji não era.

- Hinata-sama. O faz aqui? – pergunta o Hyuga, pareceu até um pouco rude aos ouvidos dos outros, mais Hinata sabia que ele não tinha mesmo era jeito com as palavras.

- É que eu e o Sauke-kun achamos à vila, e vestígios da nossa missão, eu fiquei por aqui para saber mais enquanto ele foi buscar os outros. –Neji não expressava nenhuma emoção, o rosto estava liso, mas ele não acreditava no que acabará de escutar. Como assim Sasuke-kun? Desde quando ela o tratava dessa maneira tão intima?O Hyuga sentiu a face corar, e de repente se calou...

- Não é por menos que você não tem namorada. – fala o velho, deixando Neji ainda mais corado. – Olá mocinha como vai?Meu nome é Mizake Reita e vejo que está também na mesma missão que o Hyuga aqui. A propósito qual é o seu nome?

- Hyuga Hinata. – ela sorriu sem graça.

- São irmãos e nem me avisam! – ele falou sorridente dando uma tapinha nas costas de Neji que estava perto.

- Não exatamente... - a menina tentava se explicar mais não saia nada, estava constrangida demais, e também a cara de Neji não era das melhores, ela começou a gaguejar.

- Somos primos. – fala o Hyuga emburrado, voltando à atenção para Thoma que estava ao seu lado se divertindo com a situação. – E quem é ele? – pergunta para a prima que o encarou sorridente.

- Ele foi quem encontramos, na verdade foi ele que nos encontrou e...

- Tudo bem. – Hinata nem precisou terminar de falar e Neji já acordou falando um tudo bem, muito frio para ela. Estaria ele sendo duro demais? Estaria se comportando como um idiota? É talvez estivesse mesmo, mas não estava suportando os olhares que Ren lançava prima no fundo da sala. Thoma nem o prefeito o preocupavam mais Ren, nele Neji não confiava unicamente pelos olhos que não deixam passar um movimento de Hinata.

- Então porque não nos sentamos e tomamos mais chá (N/A: Oh povo que gosta de chá xD),enquanto eu respondo as perguntas de vocês.

Ah finalmente uma boa noticia para Neji, afinal a prima havia chegado para melhorar as coisas, já que o velho estava disposto a colaborar. Mas Neji não podia esperar pelo que viria adiante....