O Namorado Da Minha Amiga. escrita por vampcobain


Capítulo 6
Capítulo 6: Whatcha Gonna Do?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, semana corrida T^T.
Já que vocês gostaram do POV do Layne a partír de agora ele também narra a história, como nesse capítulo, que é narrado pelos dois (Alice e Lay). Nem todos serão narrados pelos dois, pra não deixar a fic muito confusa.
Queria novamente agradecer pelos reviews, pelas pessoas que começaram a acompanhar, mesmo que não deixem review( podem deixar gente, juro que não mordo mesmo tendo com um gato cheio de dentões como avatar XDD) e pelas pessoas que favoritaram, isso me dá forças pra continuar e me deixa feliz *cara de tonta alegre*
Mas é isso, vou parar de ser melosa e deixar vocês lerem a fic u.ú/



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Alice POV

Entro em casa fazendo o máximo de silencio possível, até me sinto meio ninja. Todo mundo parece estar dormindo. Ótimo, já imagino a bronca que receberia se meus pais me vissem chegando em casa ás três da madrugada.

Agora é só ir para a cama e esquecer essa... Oh não, na sala mal iluminada por uma luz fraca de um abajur há uma sombra. Não, não e não.

Um fantasma, um maníaco? Não, algo bem, BEM pior.

–Olá maninha. –A sombra, ou melhor, meu irmão Sean diz do sofá com um sorrisinho malicioso no rosto.

–Oi Sean. E nossos pais?

–Dormindo já tem mais ou menos uma hora, eles estavam querendo te esperar para te matar, mas eu disse pra eles que você tinha ido fazer um favor pra mim e por isso demorou. Aí eles relevaram, sendo assim você me deve uma.

Dever uma para Sean é pior que dever a alma para Crowley¹. Raios. E claro, é legal lembrar que só posso passar a madrugada na rua se Sean estiver por perto. Daoraavida.

–Valeu. –Dou um beijo na testa de meu irmão e vou subindo as escadas.

–A noite foi legal? –Ele interroga me acompanhando. Se eu contasse tudo o que aconteceu ele com certeza me zoaria pela eternidade, então não.

–Meio tediosa. –Digo fingindo um bocejo enquanto abro a porta do meu quarto. –Seu quarto fia pra lá. –Aponto o lado do quarto de Sean e então me jogo na cama.

–Conta tu-do! –Meu irmão diz com um jeitinho de menina fofoqueira. Medo desse menino.

–Não tem nada pra contar e... –Essa cara de pirracento, esse olhar... Ele já sabe. –Oh não... O Jerry te ligou.

–O Jerry me ligou. –Sean repete sorrindo.

–Mato ele.

–Conta tudo detalhadamente? –Ele praticamente implora com olhinhos de súplica.

–Não.

–Então... –Sean se senta á minha frente na cama. –Talvez o pai e a mãe queiram saber que a filhinha do mal deles tava aprontando...

–Sean. –Dou um tapa no braço de meu irmão e ele dá uma gargalhada baixa.

–Ow Pa- –Ele começa a chamar nosso pai meio alto, mas logo tapo sua boca.

–Eu conto.

Depois de quase meia hora ele já sabe de tudo e me olha com cara de quem vai começar a gargalhar á qualquer momento.

–Tá, pode rir. –Digo fingindo indignação.

–Sua azarada. –Sean me dá um leve empurrão e se joga de cara no meu travesseiro, começando a gargalhar com o travesseiro abafando o som.

–E o pior é que falei pra ele tentar entrar pra Diamond Lie, o que há de errado comigo?

–Você só é meio tapadinha. –Sean dá uma risadinha e me beija na testa. –Pelo menos o cara é bonitão?

–Tá interessado, é?

–Não dá, tenho namorada. Mas quem sabe quando eu estiver solteiro futuramente.

–Seu tonto.

–Ei, mas ele não foi muito atrevido não, né? Fico feliz pelo cara ter te salvado, por ter feito você conversar com alguém e se sentir bem, mas não vou aceitar marmanjo assediando minha maninha não.

–Aff Sean, menos.

–Sua bocó. Bem vinda de volta ao mundo dos vivos. Tava parecendo uma morta desde que levou a chifrada. –Sean diz enquanto se levantas e caminha em direção á porta.

–Sean vai se ferrar. E além do mais... –Olho para o lado me sentindo culpada, não posso evitar me sentir assim, afinal Layne é namorado da minha amiga. –Além do mais ele é namorado da Ju.

–Também te amo. –Sean ri, então abre a porta e me encara, sério pela primeira vez na noite. –A gente não consegue controlar por quem sente atração maninha, vê o meu caso com a Glória.

Ele me dá um sorriso carinhoso e então sai. É, ele e a Glória são um casal tão complicado quanto Layne e eu, ela é minha melhor amiga e tipo, um dia eu cheguei em casa e dei de cara com ela e o Sean... Na minha cama. Fazendo... Fazendo... O que eles faziam não vem ao caso, o que importa é que eu estava com minha mãe, e ela ficou puta da vida vendo aquilo... Não tanto quanto os pais da Glória, claro e... Péra, eu disse que Layne e eu somos um casal? Mas não somos e...

Chega de monólogos na madrugada, melhor dormir logo e finalmente descan... Meu celular tá tocando... Não. Eu só quero paz.

–Alo. –Atendo meio frustrada.

–CONTA TUDO! –Berra a voz feminina do outro lado da linha.

–O Sean te ligou Glória?

–Sim. Agora começa a contar.


É... Noite interminável.




Layne POV




Chego em casa ainda pensando no beijo dela, no sorriso, o jeito meio tímido. Não sabia que era possível sentir tanta atração por alguém desconhecido, mas parece que é.


Me jogo em minha cama e apago, Alice aparece em meus sonhos durante a noite inteira. Ora romântica e amigável em alguma conversa qualquer e ora maliciosa e voraz, me beijando com intensidade, me provocando, me fazendo enlouquecer.

No meio de um sonho bom, MUITO BOM (e meio sujo, diga-se de passagem) o meu celular me acorda. Quem diabos liga pra um pobre rapaz em plena 10 da madrugada, digo, da manhã?

–Alo?

–Layne? É o Tony.

–Anthony? O que foi?

–Eu prefiro ter você na banda.

–Oi?

–Eu prefiro substituir um guitarrista e um vocalista á substituir meu melhor amigo.

–Mas ontem você tinha concordado que-

–Eu sei o que disse, mas... Sei lá cara, você foi muito digno agindo como agiu, você preferiu sair da banda pra evitar problemas para mim, e sei o quanto essa coisa de música e banda é importante pra você.

–Olha eu... Não sei Tony, to pensando em começar uma nova fase na minha vida.

–Outra banda?

–Talvez.

–Bem, a escolha é sua, mas você sabe o quanto é importante para mim, preciso de meu baterista favorito. Agora vou desligar pra te deixar pensar, mas se você topar voltar se encontra comigo aqui em casa depois do almoço, tipo lá pelas duas horas.

E ele desliga sem esperar resposta. Ótimo, duas bandas e o mesmo horário.

De um lado meu amigo de infância querendo que eu volte pra banda que temos á alguns anos, do outro a banda que é de um grupo de caras completamente desconhecidos e que vivem grudados na tentação em pessoa, digo... Em Alice, a melhor amiguinha da minha namorada e que é também a garota com quem tive sonhos eróticos na ultima madrugada.

A escolha me parece óbvia, voltando para minha banda de sempre tudo fica normal, estarei com conhecidos, tocando minha velha bateria, curtindo um namoro normal sem remorsos por sonhos pervertidos e longe da tentação...

Então porque não consigo parar de ter dúvidas?

~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~-~--~-~-~-~-~-~--~-~-~-~-~-~-~--~-~-

As horas passaram. Agora são duas horas e estou em frente á casa escolhida. Eu passei horas ponderando as opções e fazendo minha escolha, e terminei fazendo a escolha ideal...

–Ei cara, você veio. –Sou recepcionado por um sorrisão feliz enquanto sinto alguém me apertar e então me erguer um pouco do chão.

–Jer para, você tá assustando ele. –Alice diz aparecendo do nada. Que? Eu disse que havia feito a escolha ideal, não a mais correta.

–Você é a única pessoa que assusta os outros aqui. –Jerry diz fingindo indignação e então pega o braço de Alice com uma mão e o meu com outra. –Temos que apresentar nosso vocalista para o resto da banda.

Gosto de ouvir essas palavras, vocalista... Nunca havia me imaginado em tal posição, mas é bom ouvir isso.

Somos arrastados pelo Jerry até uma garagenzinha onde estão dois caras, um de cabelo castanho quase preto um pouco abaixo do ombro meio ondulado e um pouco bagunçado. Ele me encara de forma séria e curiosa. O outro cara tem cabelo castanho meio longo e cacheado, ele está sem camisa e tem pose de modelo, jeito de galã de novela. Ele está sorrindo de forma bem amigável, aquele típico sorriso Colgate.

–Layne esse é Sean. –Jerry aponta o primeiro cara. –Sean é nosso baterista, e irmão de nossa querida sapequinha linda. Sean esse é Layne. –Sean apenas acena com a cabeça e continua m encarando, será que ele sabe que fiquei com a irmã dele?

–E esse. –Jerry aponta o cara ao lado, o de cabelo cacheado. –Esse é Mike Starr, nosso baixista. –Mike me estende sua mão todo sorridente e me diz um seja bem vindo.

–Mas e então Layne... –Sean diz enquanto aperto a mão de Mike amigavelmente. –Você é o cara que pegou minha irmãzinha doce e meiga? –Ele faz uma cara meio que de buldogue raivoso.

–Como assim? –O cara de cabelos cacheados interroga apertando minha mão com força. Que porra é essa?

–É, ele ficou com a Alice. –Sean diz com um sorriso enigmático, uma cara meio sádica de alguém que está se divertindo com a situação, e, enquanto isso Mike só falta triturar minha mão.

–Sean você prometeu se comportar. Para de querer bancar o troll. –Alice diz irritada. –E Mike... Chega com o aperto de mãos, né?

–Achei que você não gostasse de loiros. –Mike diz se afastando de mim e se encostando em um canto.

–Porque todo mundo diz isso? –Alice dá um tapa na própria testa. –De qualquer forma, o que importa aqui é o Layne e a banda, não é?

–Mas eu quero saber os detalhes mais sórdidos, vai Liiii. –Sean diz com carinha infantil e então olha para mim. –Você já contou pra Julie que traiu ela com a amiga dela? –Preciso de um buraco se abrindo no chão imediatamente...

–Ele é namorado da Julie? Alice que porra tá acontecendo? –Mike pergunta erguendo uma sobrancelha. Porque raios ele tá tão preocupado com isso?

–Ignora o Mike, ele ainda tá tentando superar o pé que minha irmã deu na bunda dele. –Sean diz com um sorriso malicioso.

–Pé... Na bunda?

–É. Eles eram namorados. –Jerry diz dando de ombros. –aí o Mike traiu a Alice e ela terminou com ele.

–Mas eu ainda amo ela. –O babaca diz de seu canto.

–Eu não imaginava que você gostava do tipo galã de filme de baixo orçamento. –O que? Se ele pode eu também posso.

–Vocês deviam se focar na banda, e não em meus relacionamentos. –Alice diz meio irritada. –Quando é que vocês vão começar os testes pra ver se o Layne entra pra banda?

–Ele tá certo, mãos á obras gente. –Jerry diz e então indica um canto que tem umas almofadas, um violão e uns dois cadernos. –Vamos te mostrar algumas músicas que temos, mostrar como elas devem soar e depois a gente faz um teste já com você cantando pra ver no que dá.


A tarde passa meio depressa, as músicas são muito boas, Jerry é um ótimo compositor. Aproveito e mostro algumas composições minhas pra ele e pra Sean, são horas aprendendo mais sobre as músicas que devemos tocar futuramente.



É, eu disse Sean e Jerry. E o Mike? O Mike tá lá, azarando a Alice com aquele jeitinho idiota de astro do rock lindão que toda garota paga pau. Alice não devia ser esse tipo de garota, mas ela fica lá, conversando com ele, rindo e se divertindo. Fazendo brincadeirinhas. Aff


–Tá incomodado Layne? –Sean me pergunta depois de várias vezes me pegar fuzilando o canto onde Mike e a irmã do próprio Sean estão.

–Oi?

–Com o Mike e a Alice? Relaxa. –Ele sorri. –Eles são amigos desde pequenos, aquilo é só amizade.

–É... Mas não eram meses atrás. Eu não quero que a Alice volte com ele. –Jerry diz meio frustrado. Eu concordo com ele, ela não deve voltar com esse Mike.

–Mike é um cara legal, ele é nosso amigo e não merece que você fale assim dele, Jerry. E você vai ver como ele é legal com o tempo, Layne.

–Legal? Ele traiu sua irmã. Aliás, você ainda deixa ele ficar na banda depois disso? Deixa ele ficar perto dela?

–Alice é crescida e sabe se cuidar muito bem cara. Eu confio na minha irmã cegamente, pois a amo mais que tudo em minha vida e quero ver ela feliz. –Sean me dá uma piscadinha. –Embora ás vezes ela faça algumas burradas. Além do mais ela mesma disse que ele deveria ficar e-

–Eu não fui “uma burrada”.

–Você tem namorada. –Sean faz um biquinho e então sorri. –Relaxa cara. Ela gostou de você, ou então jamais teria permitido que você a beijasse, você não conhece a fúria da princesa do gelo.

–É. –Jerry sorri. –Que o diga o Doug, que tentou ficar com ela e levou um chute lindo. Acho que aquele lá nunca vai poder ter filhos.

Os dois começam a rir e começo a ter noção do perigo que corri. Já pensou se ela tivesse dado um jeito de acertar meu... Dói só de imaginar a pancada. Mas me sinto bem por saber disso, se ela é mesmo a “princesa do gelo” eu dei um jeito de quebrar esse gelo, certo? Sinto-me meio especial. Que piegas.

As horas passam e depois de praticarmos umas músicas os caras se reúnem em um canto, para decidir se vou ficar na banda ou não. Aí aproveito para falar com Alice.

–Quem diria, o galã hollywoodiano?

–Mike é um cara legal. –Ela diz dando de ombros. –E é amigo de longa data, ele já fez tanta coisa por mim.

–É, ele te meteu um belo par de chifres.

–Porque mereci. –Ela diz meio séria.

–Como assim?

–Mike é um homem Layne, homens tem necessidades. Eu sabia que isso ia terminar acontecendo e me preparei antes. Não tinha e não tem mágoa alguma entre nós, só não continuei com ele porque né, a fama de corna mansa ia ser linda. –Alice sorri e juro que não entendo muito bem o que ela tá tentando dizer, mas o sorriso dela é lindo. Posso agarrar ela aqui e agora?

–Eu ainda não entendi.

–Eu não era uma boa namorada.

–Porque não?

–Um iceberg nunca é muito bom em relacionamentos. Alguém tão ferrado como eu jamais poderia fazer ele feliz. –Ela sorri de um jeito triste e fico com vontade de abraça-la, mesmo sem entender o porquê daquelas palavras e daquela expressão. A seguro pela cintura e a puxo mais pra perto de mim.

–Não me lembro de ter visto nenhum iceberg ontem á noite. –Digo sorrindo enquanto aliso seu rosto.

–Foi algo raro, nem eu sabia que podia ser assim. –Ela me olha nos olhos e fico em dúvida entre continuar olhando aqueles olhos tão profundos, virar o rosto ou beija-la mesmo correndo o risco de os meninos que estão á uns 5 metros de distancia nos vejam.

–Oi gente. Como foram as coisas? –Interroga uma voz terrivelmente familiar. Julie, e acompanhada pela amiga dela, a Glória.

Alice se afasta bruscamente e quase cai, mas eu a seguro.

–O que tá rolando? –Ju interroga nos encarando curiosa. Agora todos, repito: TODOS os olhos de pessoinhas presentes na garagem estão sobre nós e eu estou agarrado na cintura de Alice, afinal acabei de impedi-la de cair.

–Carma. –Alice e eu sussurramos ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Xover... Próximo capítulo sai no máximo terça ^.~
Uma dúvida, (amo encher vocês com minhas dúvidas lol) devo contar de forma rápida os traumas de Alice e Layne ou devo contar com calma e precisão? Talvez um capítulo onde os dois conversam sobre o que já aconteceu com eles na vida? Pq né, os dois são bem fechados e é raro se abrirem com alguém, então nada mais ideal que um se abrir com o outro.
Ahhhh. Notas
1: Crowley= Crowley é um personagem fictício do universo da série de televisão Supernatural. Aparece primeiramente como um simples demônio negociador, passando posteriormente a.... Sem spoilers XD, mas abençoada seja a wikipédia.
E eu tirei a parte da ligação do antohy de um review da LiaCollins, depois de ler o review dela achei que Lay merecia essa ligação.
Obrigada novamente pelos reviews. Fiquei tão feliz com as duas favoritações ♥
Agora correria, pq tenho que tentar responder seus reviews antes de me chamarem pra almoçar fora lol.
Pq fins de semana passam tão depressa? T^T