O Namorado Da Minha Amiga. escrita por vampcobain


Capítulo 5
Capítulo 5: So Close.


Notas iniciais do capítulo

Porque Layne merece que saibamos seus sentimentos em relação á tudo o que aconteceu, né?
Gente obrigada pelos reviews ♥. Amo cada um e vou responde-los agora.
Ah, a minha amiga Mari leu a fic e amou, isso me deixou aliviada XDD. Mas espero que vocês estejam gostando também.



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Layne POV

Honestamente, não sei mais o que esperar dessa noite maluca. Primeiro teve a Ju praticamente me obrigando a vir na festa dela. Eu não ia vir, até ela dizer que minha banda poderia tocar caso eu topasse vir.

Aí enquanto estava conversando com meus amigos um deles me cutucou e apontou uma morena baixinha que estava olhando para nosso lado, olhando pra mim.

-Porque você é tão sortudo, seu cretino? –Ele perguntou, fingindo indignação.

A morena era bonita e não parecia em nada com alguém que viesse a uma festa como essa. Ela viu que a olhava e então virou o rosto, mas o rapaz loiro estava a seu lado a cutucou até ela me olhar e então ela sorriu, ok, piegas da minha parte, mas seu sorriso me pareceu a coisa mais adorável do mundo.

-Ela parece ser sou tipo. -Angel disse.

Sorri mais uma vez para a moça e me virei para discordar de minha amiga. Minha namorada deveria ser do “meu tipo” e mais ninguém. A garota era adorável, claro, isso é inegável, mas eu não trairia Julie com ninguém. Ao menos foi o que pensei.

Um cretino a cercou e Angel e eu ficamos observando para ver se ele não estava forçando a barra, quando notamos que ele estava (o cara levou um tapa e continuou lá... Babaca) eu decidi interferir. Não tinha nenhuma segunda intenção, apenas não acho justo um cara fazer esse tipo de coisa. Odeio homens que são violentos ou cretinos com mulheres.

Eu o derrubei, e como percebi que ela estava nervosa achei que seria bom conversarmos, para acalma-la. Por isso a levei para os fundos da casa, a música chegava mais baixa lá.

Conversamos e a cada minuto ela me cativava mais. Ela era tão madura, mas ao mesmo tempo tinha um jeitinho de menina... E era sincera, falava na lata o que pensava. Aprecio muito isso.

E... Bem, não sei o que deu em mim. Perdi o controle sobre meu corpo e mente, eu precisava beija-la e o fiz.

Esperava que ela me empurrasse dentro da piscina, mas depois de alguns segundos ela me correspondeu.

Droga, Alice beija tão bem... E é linda também. Eu sou humano, raios. Obviamente não consegui parar e a coisa foi esquentando. Ainda sinto o lugar onde ela me arranhou pela segunda vez latejando, não que eu esteja reclamando.

Aí o maldito celular dela tocou e ela teve que ir embora, mas tudo bem, Julie havia me ligado me chamando para conhecer os amigos dela, e isso me fez recobrar o juízo. Parcialmente...

Pena que essa coisa de recobrar o juízo foi tarde demais, logo que fui para a parte da frente da frente da casa e avistei Ju meu queixo caiu e meus olhos se arregalaram. Porra, quando a Alice falou sobre carma achei exagero, mas lá estava ela, ao lado da minha namorada e do rapaz loiro que eu havia visto com ela mais cedo.

Eu ia fugir e tentar resolver as coisas de algum jeito depois, mas Ju me viu e correu em minha direção.

Quando estávamos nos aproximando o amigo de Alice nos viu e sua reação no foi muito diferente da minha, exceto que ele ficava fazendo uns movimentos estranhos... Parecia uma gata no cio ou sei lá o que.

Aí ele virou Alice em minha direção e eu vi ela  surtar. Ju estava muito distraída falando algo que nem sei o que era e por isso não viu nada.

O amigo tapou a boca dela, e se não fosse o momento tenso eu juro que riria desesperadamente daquela cena.

E então quando Ju nos apresentou o cara, Jerry veio com indiretinhas e quis apertar minha mão. Eu tinha que corresponder o apertão, né? Alice havia dito que não tinha nada com ele, mas achei essa atitude meio suspeita.

Logo a própria Alice o arrastou pra longe, e quando eles voltaram o cara saiu arrastando minha namorada enquanto Alice e eu ficávamos para trás.

Quando achei que íamos nos acertar Julie e Jerry apareceram, e então Anthony chegou falando que Andrew e o irmão dele não poderiam tocar. Jerry se ofereceu para ajudar e falou que Alice também poderia tocar. Ele pareceu bem interessado (interessado demais) em ajudar, já Alice...

Consegui convencê-la a nos ajudar e parecia que tudo ia ficar bem.  Aí o irmão do Andrew, que era o cara que tinha dado em cima  da Alice apareceu e quis armar briga. Tenho que agradecer Jerry por ter afastado Julie.

Fui com os meninos conversar em outra parte da casa enquanto Alice e Angel ficavam nos esperando.

Iríamos resolver tudo como adultos... Só que não. Logo que entramos em um quarto o babaquinha que havia mexido com Alice veio pra cima de mim e eu me defendi, ele acertou um soco em minha boca e dei uma rasteira nele.

Mas o filho da puta me puxou e começamos a brigar no chão. Se Angel estivesse por perto ia começar a gritar “YAOI!”¹ como ela sempre faz nesse tipo de situação.

Logo senti os braços de meus amigos me segurando, pena. Eu estava dando uma boa surra no filho da puta. Olhei para Anthony e Andrew e os vi me encarando sérios. O-ou.

-Layne você passou dos limites. –Andrew disse furioso. –Eu não fico mais nessa banda com você nela. E obviamente meu irmão também não. Anthony você decide, se o Layne ficar eu to fora.

-Mas cara não tem como a gente se resolver? –Anthony tentou bancar o reconciliador. Imagino o quanto a situação era complicada para ele, afinal apesar de eu ser amigo dele á mais tempo se ele optasse por mim teria que achar dois membros substitutos, e eu era só o baterista da banda, ou seja, alguém fácil de substituir.

E por isso mesmo decidi aliviar pro lado do Ant e optei eu mesmo por deixar a banda.

Logo que Alice e Angel me viram já me olharam com um ar preocupado. Sorri fingindo que estava tudo bem, mesmo não estando. Eu havia me dedicado muito aquela banda, eu amava fazer shows com eles e boa parte das músicas eram minhas. Aliás, tenho que falar com Anthony sobre isso, não vou deixar eles tocarem coisas que eu compus...

Assim que Jerry me viu perguntou se estava tudo bem e eu disse que sim, que havia sido um engano. Não queria que Ju ficasse sabendo daquela bagunça toda, não daquela forma. E então falei que estava fora da banda.

Logo vi o olhar de Alice carregado de culpa... E olha só, ela ainda tá com o mesmo olhar enquanto Julie e Jerry debatem algo sobre carona e... Carona?

-Sério Jerry, o Layne pode levar vocês, não é problema nenhum, ele mora depois da casa da Alice, é caminho. Aí ele deixa você, depois ela e vai pra casa dele. –Ouço Julie dizer sorridente e noto o pânico no rosto de Alice.

-Não, melhor andarmos. –Alice diz, finalmente mudando seu olhar, que agora é de desespero.

-É perigoso. Deixem de ser bestas. Algum problema com o Layne pra vocês não aceitarem a carona dele?

-N-não, nenhum, mas não queremos incomodar. –Alice diz com um sorriso nervoso.

-Mas não é incomodo nenhum, né Layne?

-Ah... Não, não é. –É sim, eu vou ficar sozinho com ELA no meu carro e francamente não sei como vou poder me controlar assim.

-Pois então, está resolvido.

-M-mas-

_Alice, vamos aceitar. Você sabe como a Julie é teimosa...

Ela concorda e então nos preparamos para ir embora, Angel se despede rapidamente e saí, então abro o carro para que Alice e Jerry entrem.

-Eu vou me despedir da Ju, enquanto isso se acomodem, mas um de vocês precisa ir na frente e outro no meio do banco de trás, pra manter o carro equilibrado, ele tá meio estranho.

-Ok. –Jerry e Alice se entreolham e logo ele se senta no banco do passageiro e ela atrás.

-Cuida bem deles. –Julie diz enquanto me abraça toda manhosa.

-Pode deixar. –Sorrio e dou um beijo na testa dela, e então me afasto. Não consigo beijar sua boca, isso de alguma forma me parece algo terrível para se fazer agora.

-Quem diria hein Alicinha. –Ouço Jerry gritando de um jeito empolgado logo que entro no carro.

-O que foi? –Interrogo curioso e os dois voltam a se encarar. Sério mesmo que eles não são namorados?

-Minha filhinha está crescendo. –Jerry diz enquanto finge secar lágrimas invisíveis. –É só isso. Mas hey, quer dizer que agora você está sem banda.

-Sim. –Digo enquanto dou partida no carro. Os dois se encaram novamente. O que diabos tá acontecendo?

O carro fica silencioso por um tempo. Tenso.

-Ei cara... –Jerry quebra o silencio, me encarando com olhos carregados de empolgação. –Posso te propor algo e você me jura que pensa bem antes de responder?

-Jerry... –Alice o encara meio irritada. To perdido aqui.

--Relaxa Alice, vai ficar tudo bem. –Ele sorri. –Mas e então Layne... Você toparia participar da minha banda?

-Oi?

-Minha banda, Diamond Lie, quer se tornar parte dela? Você tá sem banda agora e nós precisamos de um membro.

-Mas vocês já tem um baterista, o irmão da Alice não é baterista?

-O Sean é nosso baterista sim, mas eu nunca disse que você seria baterista.

-E o que diabos eu vou fazer na sua banda então?

-Cantar é claro. Cara você tem uma voz legal, pergunta pra Alice, ela concorda comigo.

Olho para Alice pelo retrovisor e ela sorri meio sem jeito e então vira o rosto.

-Sua voz é linda. –É tudo o que ela diz. Mas é um tanto quanto óbvio que por mais que ela pense assim ela não me quer na banda.

-E então, sim ou não? –Jerry interroga esperançoso.

Confesso que não faço ideia do que dizer, por um lado a ideia de ser vocalista me parece fantástica, adorei cantar hoje, foi minha primeira vez nos vocais. Mas por outro lado... Alice não parece estar muito feliz com isso.

-Cara... Eu não sei.

-Vira ali. –Jerry diz, ele está me indicando o caminho de sua casa. –Faz o seguinte; pensa bem, pergunta a opinião de alguém. –Ele olha para Alice discretamente. –E depois você dá a resposta. Para aqui. –Ele diz assim que chegamos em frente á uma casa mediana de portões brancos.

-Certo, vou fazer isso.

-Aí qualquer coisa se você topar aparece aqui amanhã lá pelas duas da tarde, aí te apresento a banda. –Jerry me dá uma piscadinha e então vai para a janela de trás do carro e Alice o abraça, dando um beijo em seu rosto em seguida.

-Boa noite Jer. –Tá, confesso que ver ela falando desse jeito com ele enquanto tá abraçada assim me deixa meio desconfortável... O que diabos tá acontecendo comigo?

-Boa noite, Li. –Ele sorri e então se afasta do carro, quando está a alguns passos á frente se vira. –Juízo viu crianças? –Ele ri e volta a andar.

-Anh... Será que você podia... É... –Coço a cabeça sem jeito. Preciso pedir que Alice venha para o bando da frente, o lance de deixar o carro equilibrado.

-Algum problema? –Ela interroga meio sem jeito.

-Será que você pode vir para o banco da frente? O equilíbrio do carro...

-Ah sim. –Ela dá um sorrisinho sem jeito e se prepara para sair. –Olha... Minha casa tá pertinho, eu posso ir a pé se você quiser e-

-De modo algum, eu jamais deixaria você ir sozinha. –Sorrio tentando tranquilizá-la, então ela sai do banco de trás e se senta ao meu lado.

-Oh bem... Há... É só ir em frente.  –Ela diz e então se cala.

Dou partida no carro e... Silencio... Silencio incomodo por alguns poucos minutos.

-Você não quer que eu entre pra banda do seu amigo, né? –Interrogo. Não aguentava mais esse silêncio.

-N-não é isso. Você tem uma voz legal mesmo e... É só que... Não sei, seria meio...

-Estranho e constrangedor? –Interrogo rindo.

-Beem por aí. –Ela ri também. –Mas não seria... Bem, você sabe, não seria ruim.

-Olha, sobre mais cedo...

-Ah relaxa. –Ela me olha sorrindo. Finalmente está se soltando mais. –Já aconteceu, foi bom e não se pode voltar no tempo e mudar, então é melhor deixar pra lá.

-Mas pra ser sincero não posso dizer que me arrependo e... Péra, você disse que foi bom?

-Bonzinho. –Ela se encolhe no banco e me aponta uma direção para que eu vire o carro.

-Cara... Se você não fosse amiga da Ju-

-Mas eu sou. –Ela sorri sem graça e aponta uma casa, também mediana, mas com portão preto.

Paro em frente á casa e nos olhamos por alguns segundos, até que Alice sorri e vem beijar meu rosto para se despedir. Eu assumo, vou virar o rosto de propósito, só um pouquinho.

Viro o rosto e nossos lábios se encontram. Não consigo evitar, sério. Perco o controle perto dessa garota e nem sei por quê. Alguém que acabei de conhecer não devia mexer comigo dessa forma.

O selinho dura alguns segundos e então um beijo de verdade começa, mas logo ela me empurra e leva a mão á porta do carro com o rosto completamente vermelho.

-Cara... Isso é muito, muito errado.

-Me desculpe.

-Não estou te culpando, eu correspondi. –Ela abre a porta do carro e sai, e então se curva em frente á janela com um sorrisinho enigmático no rosto.  –Obrigada pela carona, e boa noite.

-Não foi nada.

Alice vai se afastando e eu fico observando-a, vou esperar até ela entrar em casa, e então vou embora.

Alguns segundos depois ela já está perto da porta e decido dar partida do carro, mas então ouço um “espera” e a vejo correndo para cá.

-Esqueceu alguma coisa? –Interrogo assim que ela chega na janela do passageiro.

-N-não, não é isso. Eu... Você devia entrar pra banda do Jer.

-Mas e você? E aquela coisa sobre o clima ficar estranho e constrangedor?

-Não, tudo bem. Jer falou a verdade, sua voz é linda. A voz mais linda que já ouvi. –Ela passa a mão no pescoço meio nervosa. –Isso sem falar que você tem carisma de vocalista e tals... Pode dar certo. Você realmente devia aceitar.

Alice sorri, acena um tchau e se afasta. Entrar pra banda do melhor amigo dela e do irmão dela pra fazer algo que descobri que amo, que é cantar? Hmm... Ficar um bom tempo próximo dela... É. Parece-me uma ótima ideia.

Mas e Julie? Tenho que pensar em minha namorada...


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Notas finais do capítulo

Notas: ¹: Yaoi= Yaoi é um gênero de publicação que tem o foco em relações homossexuais entre dois homens e tem geralmente o público feminino como alvo. O termo se originou no Japão e inclui mangá, anime, novelas e dōjinshis (bwahaha lol)
É isso XDD. Me diverti escrevendo do ponto de vista de Layne lol. O que vocês acharam, devo fazer mais capítulos com o ponto de vista dele ou não?
Críticas, erros achados, sugestões?