O Namorado Da Minha Amiga. escrita por vampcobain


Capítulo 12
Capítulo 12: Brother


Notas iniciais do capítulo

Porfavornãomematem.
Não me matem >.>. Juro que vou compensar todo o sofrimento que minha mente cruel criou pra coitada da Alice e... *Sai correndo*
E... Eu não sabia que era capaz de criar um momento tão sensível e sentimental, mas eu gostei...
Ah sim... IUJRIOJOGJIJFDGJFJ Gente fiquei muito feliz ao acessar o Nyah e ver os reviews lindos e perfeitos de vocês, ver que havia novas leitoras acompanhando e favoritando, tipo... Eu tava tão insegura com medo de postar o capítulo e tals e no final vocês foram tão adoráveis. Obrigada ♥
Vou responder os reviews agora =)
Agora a fic >.>



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Layne’s POV

Alice encara a porta hesitante, então eu sento no chão e a puxo para que se sente ao meu lado, quando ela estiver pronta entraremos.

–Seus pais sabem que seu primo...

–Não, Sean sabe porque... –Alice olha para o lado constrangida. –Porque foram ele e os meninos que me encontraram no dia seguinte e... Era meio óbvio. Mas eu não citei nome algum, apenas confirmei que havia acontecido.

–E como Sean descobriu quem foi?

–Ele percebeu que eu ficava estranha quando estava perto do Daniel. Daniel é o nome do babaca. –Ela explica enquanto arruma o cardaço de seu tênis. –Bem, ele percebeu depois de algumas semanas. Implorei para Sean não fazer nada, pois conhecendo nossos pais eu sabia que eles dariam um jeito de me culpar. E além do mais eu achava o assunto humilhante.

–E Sean obedeceu e não fez nada com o cara?

–Layne... Sean é um amor de pessoa. Mas quando quer... Bem, ele aproveitou que Daniel, voltava do curso bem tarde e passava por alguns lugares meio desertos para pega-lo. Por sorte Jerry e Mike o seguiram e Jerry me ligou dizendo para correr para lá antes que Sean matasse Daniel.

Quando cheguei à viela onde eles estavam vi meu primo caído e Jerry e Mike tentando segurar Sean, que estava louco. Meu irmão ia mata-lo e nem os meninos conseguiam para-lo.

–Uau, o Sean agressivo?

–Pois é... Sabe o nariz torto do Daniel? Não sei se você reparou.

–Ah sim, reparei. É meio que impossível não notar.

–Aquele nariz, algumas costelas trincadas... O braço esquerdo quebrado, a cara toda machucada... Meu irmão acabou com ele. Se eu não tivesse parado Sean...

–E você ainda impediu o Sean de matar o crápula?

–Claro. Eu estava preocupada com meu irmão. Sean poderia ter sido preso. Saímos do beco e deixamos Daniel lá. Ele foi achado algumas horas mais tarde e levado até um hospital.

–E ele não denunciou seu irmão?

–Não porque naquela época todo mundo já sabia que eu estava grávida, ele sabia que se denunciasse meu irmão eu o denunciaria, afinal a prova de seu crime estava em minha barriga.

–Aí ele se recuperou e fugiu.

–Exato. Falou para minha tia que tinha um maníaco querendo mata-lo e ela terminou se mudando com ele.

–E como você descobriu a gravidez?

–Eu não descobri. Quem descobriu foi minha mãe, mulher que já teve filhos tem facilidade em reconhecer os sintomas de uma gravidez. Ela notou que eu estava enjoando muito e sentindo tontura... E então quando eu contei a ela que... Bem, que estava atrasada ela desconfiou e me levou ao médico. E ele confirmou.

–E seus pais aceitaram numa boa? Quem você disse que era o pai? –Sim, faço perguntas demais, mas eu realmente me importo com Alice e me interesso por sua vida, seus problemas.

–Eu disse que o pai era um ex namorado e não quis dizer mais nada... Quanto a aceitarem numa boa... –Alice brinca com a manga de minha blusa distraída por alguns segundos. –Layne você conhece meus pais, acha mesmo que eles aceitariam algo assim numa boa? Eles surtaram, rolou sermão com direito a “Meu Deus onde foi que errei” e tudo mais. Fui chamada de tanto nome feio que cheguei a aprender uns cinco que ainda não conhecia. E tudo isso por algo que nem, era culpa minha. –Alice sorri irônica e eu a abraço, e então a ponho em meu colo. É tudo o que posso fazer.

–Meu pai até ia me bater, mas Sean chegou e o impediu. Isso foi alguns dias antes de Sean descobrir quem havia me atacado, mas ele sabia que eu era inocente. –Ela diz enquanto se acomoda em meu peito.

–Não sabia que seu pai podia ser tão rígido.

–Pior. Ele quis me por pra fora de casa. Mas Sean garantiu que arrumaria um emprego e cuidaria de mim e do bebê. E foi o que ele fez, não só ele como Mike e Jerry também, eles compraram tanta roupinha e brinquedo para o bebê sem nem saber direito qual seria o sexo... Só faltaram chorar quando descobriram que era uma menina, ficaram planejando nomes e se for brincar até estavam planejando a faculdade antes mesmo de a Rafaela nascer. –Alice dá um sorrisinho. -Foi esse o nome que a gente escolheu depois de horas de debate.

–Rafaela é um nome lindo. –Sorrio e beijo sua testa. –E minha nossa, esses três cuidando de um bebê... Dá medo de imaginar.

–Tenha medo. Sean chorou quando ela nasceu. Embora ele negue. E Jerry e Mike quiseram ambos casar comigo, pois meus pais ameaçaram por me pra fora de casa novamente, mas eles ficariam com o bebê. E novamente Sean interferiu e eu pude ficar.

–Jerry... Casar com você? Você casada?

–O que? Eu seria uma boa esposa, tá?

–Aposto que seria. Mas a ideia de você casada... E com o Jerry... É surreal demais. Além do mais... Bem... O Mike eu até sabia que era concorrência, mas o Jer também?

–Dã seu idiota. –Alice dá uma risadinha e fica levemente ruborizada. Ela fica tão linda desse jeito. –Não existe nada entre Jerry e eu além da amizade.

–Certo... Mas vou ficar de olho nele agora. Mas continue, e Rafaela, você a deu para adoção?

–Não. Eu decidi ficar com ela, depois de nove meses carregando ela pra lá e pra cá na minha barriga eu não podia dar Rafa a ninguém.

–E onde ela está? Porque dentro desses dois meses e pouco que a gente se conhece eu nunca a vi.

–Aí é que está. –Alice se levanta e eu me levanto junto. Ela abre a porta rosa e eu fico com medo de entrar e encontrar algo estranho, mas crio coragem e entro.

O quarto é pequeno, com um berço, várias fotos de Rafaela não só com Alice, mas com todos os outros também, incluindo Glória e Julie, vários brinquedos, mordedores e mamadeiras em cima de uma estante... Um quarto de bebê comum. Exceto por um detalhe, o bebê.

–Os meninos eram só um bando de meninos de dezessete anos na época, e criar um bebê custa caro, mas mesmo assim todos eles se esforçavam.

–Até eu me esforçaria, ela é linda. –Digo segurando uma foto onde Alice segura Rafaela e todos os outros estão atrás das duas, eles parecem felizes.

–Obrigada. –Alice sorri. –Acredita que até mesmo Glória se esforçava? Ela passava horas me ajudando a cuidar do bebê. Ju comprou várias roupinhas para ela... –Alice pega um gatinho de pelúcia de dentro do berço e começa a alisa-lo. -Mas mesmo assim... Era muita coisa, principalmente para meu irmão. Sean estava acabado de tanto trabalhar, e nem tinha tempo pra mais nada. Tá isso foi bom que ele se afastou dos cretinos com quem andava, mas mesmo assim, o trabalho dele era pesado e ele ainda tinha que se preocupar com os estudos, e a gente vivia debatendo por isso. Eu amava saber que ele se preocupava tanto, mas parte de mim tinha medo de toda essa preocupação ser só sentimento de culpa, por ele ter me dispensado aquele dia, e eu odiava ver ele se sacrificando tanto. Aí um dia em uma de nossas discussões bobas eu disse que não precisava da piedade ou da culpa de Sean, que odiava minha filha, pois ela era um peso e graças á ela não podia sair e nem fazer nada, nem ao menos ir á escola. –Alice leva a mão esquerda á boca e fecha os olhos respirando fundo. –E eu disse que queria que ela nunca tivesse nascido.

Alice então cai de joelhos no chão, chorando agarrada ao gatinho de pelúcia. Eu me ajoelho a seu lado e a abraço. Ela se vira para mim e me abraça com tanta força que se eu fosse um pouco mais magro quebrava ao meio, mas é um abraço bom, eu gosto.

–Eu a amava Layne, eu amava tanto. Eu daria minha vida por ela. –Ela diz entre soluços.

–Eu sei, eu sei. Você só estava com raiva, tenho certeza de que Sean também sabe disso.

–Mas mesmo assim Deus me castigou. Ele tirou ela de mim. –Alice chora e treme em meus braços, eu a aperto com força, mas não o suficiente para machuca-la. Então é isso, a filha dela está morta. Eu imagino o quão doloroso tudo isso foi para ela.

–Como... Como aconteceu?

–Um tumor no sistema nervoso central. Um pouco mais de um mês depois de eu ter dito que ela não deveria ter nascido o tumor foi diagnosticado. Minha filha só tinha um pouco mais de um ano de vida e...

–Ela não aguentou o tratamento. –Concluo alisando o cabelo de Alice.

–Eu a amava Layne. Eu a amo. Não tem um dia que eu não me lembre dela. –Alice encosta o rosto em meu peito. Ela parece tão vulnerável. Eu quero protegê-la e fazer tudo ficar bem. Ela suspira fundo e continua. –Mas mesmo assim eu tentei fingir que estava bem, que aquilo não me afetava tanto. Meu irmão deve achar que sou um monstro frio e cruel. Eu nem chorei no enterro da Rafa. Não na frente dos outros.

–Sean sabe que você a amava, Alice. Mas se você tem dúvidas porque não diz a ele? Diga a ele que você se importava e que a amava.

–Isso soa tão idiota.

–Alice deixa de ter medo de parecer idiota. Somos todos idiotas, por isso esse grupo funciona tão bem. –Alice ri e então me deito no chão e a puxo para meu peito, fico cantando para ela por algum tempinho enquanto ela se acalma.

–Acho melhor a gente descer, é capaz de o Sean chamar a polícia se não conseguir me achar. –Alice diz sorrindo depois de uns vinte minutos.

–Tá, mas você vai ter que arrumar essa caca dessa maquiagem. –Que? Homens também choram tá? São lágrimas masculinas, carregadas de virilidade e... Cara, eu to usando maquiagem, falar que sou másculo e viril não adianta nada agora e... Arg a Alice tá me olhando com aquela cara de criança travessa.

–Chorão. –Ela diz sorrindo enquanto dá um peteleco no meu nariz. Ela parece estar melhor.

–São lágrimas de homem.

–Layne quietinho. Vem, vamos arrumar sua maquiagem, senhor machão.

–Sou muito homem, mesmo de maquiagem e posso provar. –Digo dando uma piscadela enquanto caminhamos de volta para seu quarto. Não estou sendo malicioso de verdade, apenas quero que Alice sorria.

–Layne... Cala a boquinha, cala.

–Vem calar. –Digo sentando em sua cama e fazendo bico. Alice ri e se senta em meu colo segurando um batom para retocar o que borrou.

–Layne... Obrigada. –Ela diz e me dá um beijo demorado no rosto.

–Não fiz nada de demais.

– Tenho uma lista gigante das coisas que você fez por mim, inclusive me fazer rir feito uma tonta. –Alice limpa meu rosto com suas mãos, eu amo esse toque. Ela então pega o lápis de olho pra passar em meus olhos.

–Sempre me esforçarei ao máximo para fazer a garota que amo sorrir e rir feito uma tonta. –Layne isso é piegas, piegas Layne, piegas. Como você pode dizer algo assim pra garota que ama? Alice me encara em silencio por alguns segundos e então me abraça.

Logo descemos e damos de cara com Julie nos encarando. Eu to começando a achar que ela tem ciúmes de me ver com a Alice, porque olha... Esse carão dela... Sei não.

–Layne o que é isso no seu rosto? E ei, Sean já estava considerando chamar a polícia aqui achando que você tinha sequestrado a irmã dele.

–Eu não, você que tava achando que minha irmã tinha sequestrado seu namorado. –Sean diz rabugento.

–Ah, mas não fique tão bravo assim, gatão. -Digo dando uma piscadinha pra Sean e dando uma jogadinha de cabelo. Prefiro evitar que o clima fique tenso e ei, eu sou divertido e seria uma garota linda, só pra constar.

Começo a cantar Queen of the Rodeo sem acompanhamento algum e enquanto canto vejo Alice se aproximar de Sean e sussurrar algo em seu ouvido, logo ele sorri e a puxa para um abraço. Alice dá uma viradinha para meu lado e dá uma piscadela. Sean ama muito Alice e tenho certeza de que toda a dedicação dele nada tem a ver com sentimento de culpa, fico feliz que ela tenha conseguido dizer para ele que se importava com Rafaela.

Alice’s POV.

Sean me abraça tão apertado que quase sufoco, mas é bom. Ele diz que sabe que eu amo minha filha e que sabe que sofri. Fico feliz por ele saber.

Assim que nos separamos Julie se aproxima de mim meio séria e meio bêbada.

–Precisamos conversar. –É tudo o que ela diz, e então faz sinal para que eu a siga.


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Notas finais do capítulo

Layne... É obvio que ela tá com ciúmes, bobinho -.-
Tá, o capítulo ficou bem emotivo e tals, mas não tinha como abordar a história da Alice sem ser dessa forma, e eu até tentei inserir um pouco de humor sem afetar muitoa parte séria XD
E eu tentei evitar o suspense, mas né XDD.
Ahhh, vocês querem que eu coloque as traduções dos nomes dos capítulos? Se quiserem faço uma lista no final do próximo com as traduções dos que rolaram até agora e a partir do próximo coloco a tradução em algum cantinho.
Críticas, sugestões, erros encontrados, ameaças de morte?