Subconsciente escrita por Morticyun


Capítulo 4
Capítulo 4




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Acordei em um mau humor da porra, todo dia é assim, não sei quando acordo de bom humor mesmo, tomei meu banho e peguei uma roupa qualquer.

Talvez as pessoas pensem que eu ajo assim sem nenhum motivo aparente, mas isso não é verdade, é só um julgamento precipitado por parte deles.

- Flash Back On –

- Mãe? Mãaaae? Eu to com fome, faz algo para mim por favor? – Perguntei inocentemente, aos meus 9 anos.

- Vai e faz você sua retardada, você tem mãos para quê? Te pari , pra você ficar tentando viver as minhas custas? – Ela parecia mais irritada do que o comum.

- Mãe a senhora está bem? Eu fiz algo de errado? Papai ainda não chegou? – Perguntei com uma voz triste.

- Cala boca idiota, fez sim, ter nascido, me arrependo do dia que deitei com aquele porco que você chama de pai, aquele miserável , vive me traindo, maldito, não põe um tostão em casa direito, e você é só um estorvo, não deveria ter nascido, um dia ainda saiu daqui e deixo todos vocês e vocês vão perceber o quanto eu fiz falta – Ela me deu um empurrão e foi em direção ao quarto dela.

Eu cai no chão, isso não é comum dela,  mama sempre fala assim comigo ,mas ela nunca chegou a falar de papa, e ela nunca me empurrou, papa me bate bastante, principalmente quando chega esquisito, mas a mama nunca fez isso antes, por que ? por que você também mama?

Fui pro meu quarto, e me encolhi.

E assim se passava fiz meus 15 anos , só vinha piorando, cada vez mais, comecei a ficar sem falar nada, apanhava frequentemente, parei de comer, como uma vez por semana, as pessoas se afastaram, não tenho amigos, motivação nada, escutava muitos palavrões por parte de meus pais, mas teve um dia em especial que me marcou.

- SUA VADIA QUEM VOCÊ PENSA QUE É? QUEM POE DINHEIRO AQUI NESTA CASA SOU EU, VOCÊ NÃO É NADA AQUI SUA PUTA, SÓ FAZ ARRUMAR A CASA E SE ACHA NO DIREITO DE CONTROLAR AS ECONOMIAS? VOCÊ ME PRENDEU A VOCÊ COM ESSA MALDITA FILHA, ENGRAVIDOU E EU TENHO QUE FICAR PONDO COMIDA AQUI, EU CANSEI DE VOCÊS – Desci correndo as escadas sem fazer barulho e olhei na sala, meus pais discutindo, só que pior que nunca.

- VADIA É SENHORA SUA MÃE, VOCÊ NÃO POE UM TOSTÃO NESSA CASA DIREITO, CANSEI DE VOCÊ SEU ESTÚPIDO IDIOTA, NÃO SEI O QUE DEU NA CABEÇA EM TER UMA FILHA INÚTIL COMO ELA COM VOCÊ, ELA É IDÊNTICA Á VOCÊ UM CAPETA , DEVERIA TE ABORTADO – Ela gritava , enquanto lágrimas escorriam pelos meus olhos, nunca imaginei que eles me odiassem tanto.

Meu pai naquele dia agrediu minha mãe fisicamente, minha mãe tentou se defender com uma faca, e acabou fazendo um ferimento profundo, ele foi embora com raiva parece que para o hospital, e naquele mesmo dia, minha mãe tentou me matar enquanto dormia, por sorte eu tenho sono leve, e acordei, vendo ela vir com uma faca em minha direção, eu assustada comecei a gritar, e correr, ela vinha atrás de mim, e corri pelas escada, ela escorregou vindo em minha direção, e caiu em cima da faca, jorrava muito sangue, eu não aguentei e acabei desmaiando, acordei com barulho de ambulância, e de carro de policia, eles falavam algo mas não entendia muito bem, depois de começar a entender o que se passava, olhei para cima fingindo admirar a parede, veio um policial simpaticamente.

- Menina, sua mãe eu lamento, já procuramos saber de seu pai, mas parece que ele fugiu, ninguém sabe dele, só sabemos que ele passou em um Hospital na parte baixa da cidade, e nada mais, mas uma vizinha se ofereceu para cuidar de você. – Ele respondeu me olhando com pena, senti nojo disto.

Fui encaminhada para o hospital, e de lá passei 2 dias com um psicólogo, eu só o ignorava, ele deu meu caso como Bipolar, e vários outros termos, a vizinha veio me conhecer.

- Oi...Eu sou Martha , prazer em conhece-la viu Yun? – Ela respondeu sorrindo, eu encarava ela como se encarasse a parede eu acho que ela percebeu.

- Olha eu tenho um filho chamado Kin, você vai gostar muito dele, mas eu acho que você não se sentiria muito a vontade morando comigo, sabe ele mora em uma republica sabe, tudo individual, se quiser pode morar uma do lado da dele, como a dele tá cheia, mas assim pelo menos eu posso cuidar de você. – Ela ainda sim sorria, concordei com um leve acenar de cabeça e nada mais, depois disso os dias se passavam e eu conhecia o Kin, e conheci o Shin, e foi a eles que eu dei meus primeiros momentos de humor verdadeiro, mostrei meu lado marrento, xinguei, comecei a falar e etc, sou grata a eles, e vou lutar por eles, não vou perde-los para ninguém.

- Flashback OF


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Notas finais do capítulo

Urfa... caramba.



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