Entre O Amor, A Razão E O Coração escrita por Vanessa Fontoura


Capítulo 3
Capítulo 3. Estranhos Familiares


Notas iniciais do capítulo

Kath, eu peço desculpas por qualquer coisa, não queria causar transtorno na sua vida. Disse Fred, ele parecia sincero. Mas eu não estava convencida.
tudo bem. Menti pouco à vontade. Ainda bem que minha mãe não tinha o mesmo tato para mentiras que meu pai. Acho que ela não me conhece tão bem quanto ele. Vou desfazer as malas.



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Foi mais difícil do que eu pensei deixar meu pai partir. Apenas quando o seu carro dobrou a esquina que eu me dei conta de que tudo seria diferente dali pra frente. Soltei um longo suspiro e voltei para a cobertura. Minha mãe me esperava no quarto, terceira porta a direita. Era um ótimo lugar, e sim, coube tudo o que eu tinha no meu outro quarto, e um pouco mais, confesso que a mobília que estava ali era meio exagerada, era tudo tão branco e fofo. A colcha da cama era lilás e imitava retalhos com rendas, flores e etc. ursinhos de pelúcia espalhados pelas prateleiras e bonecas de porcelana na escrivaninha. Uma diversão em tanto para Cat. Ele adora brincar com minhas coisas. Estantes vazias estavam prontas para serem cheias com as caixas que eu trouxe com meus livros e partituras para o violino. Havia muito trabalho a fazer até conhecer a minha nova família. Estranho dizer isso.

– você ainda toca! Fico tão feliz com isso. – disse Emily.

Coloquei meus livros na estante.

– mãe, antes de conhecer as pessoas com quem eu vou viver, posso saber algumas características deles?

Ela pareceu surpresa com minha pergunta, se sentou na beira da cama e começou a tagarelar.

– bom, Fred é muito bonito, tem mais ou menos a idade do seu pai. Alto, cabelos pretos, tem expressões muito fortes. Seu filho mais velho se chama Logan é muito parecido com o pai, é estonteantemente alto e bonito. O filho mais novo, Daniel, tem uma beleza tão doce, ele é um amor.

Suspirei.

Minha mãe disse mais algumas coisas sobre eles, mas eu não prestei muito atenção, estava pensando nas coisas que deixei na Califórnia, a escola de música, na realidade a única pessoa que eu sentirei falta, Marcus, meu professor de lá.

Emily disse que eu já estava matriculada na escola dos filhos de Fred, e que por coincidência Logan estava no segundo ano como eu. Que ótimo.

Eu mal podia esperar para ser a garota nova na escola. Várias pessoas olhando, todos querendo ser amigos. Seria interessante.

Ouvi o barulho da tranca da porta, o tal Fred havia chegado.

– Emy? – ele chamou. A chamou pelo apelido, não tive como não achar aquilo fofo.

– venha querida. – ela me puxou pela mão, tranquilamente andamos até a sala onde me deparei com o tal marido.

Fred estava com Cat no colo, ele brincava com o gato que parecia gostar dele. O homem era alto mesmo, e tinha cabelos incrivelmente pretos e brilhantes, olhos azuis escuros e um rosto muito expressivo. O cara parecia que tinha acabado de sair de uma sessão de fotos. Suas roupas eram de muito bom gosto e destacavam os músculos bem definidos por baixo delas. Fiquei o olhando até que de repente do seu lado surgiu um garotinho, devia – pelo tamanho – ter uns cinco anos. Estava acanhado escondido na barra da calça do pai.

– vamos lá Dan, não seja tímido. – encorajou Fred.

Dan apareceu com o dedo na boca, as bochechas vermelhas, ele era tão pequeno, de repente me deu uma enorme vontade de proteger aquela criança. O menino me pegou de surpresa, veio correndo em minha direção e abraçou minhas pernas.

– eu estava esperando por você, minha nova irmã!

Meus olhos encheram de lagrimas, me abaixei na altura dele e lhe dei o maior abraço do mundo sem hesitar.

– como vai Katherina? – perguntou o homem.

– Kath. – intervim, ele sorriu concordando. – vou bem. É um prazer te conhecer, Fred.

– o mesmo.

– é um prazer conhecer você também, novo irmãozinho. – falei ao Dan.

Ele deu um risinho sem jeito.

– Kath, eu peço desculpas por qualquer coisa, não queria causar transtorno na sua vida. – disse Fred, ele parecia sincero. Mas eu não estava convencida.

– tudo bem. – menti pouco à vontade. Ainda bem que minha mãe não tinha o mesmo tato para mentiras que meu pai. Acho que ela não me conhece tão bem quanto ele. – vou desfazer as malas.

– é claro, quer ajuda? – perguntou Emily.

– não, não precisa.

Ouvi barulho na porta, mas eu já estava a caminho do quarto, não vi quem era.



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