Shooting Stars escrita por Emma Swan


Capítulo 24
Forever & Always


Notas iniciais do capítulo

comemoremos!! sério não demorei TANTO assim gente, normalmente eu sempre demoro bem mais kkk ainda respondi todos os reviews, é comemoremos hsuahsu
vou contar uma coisa pra vcs... As coisas só vão piorar, então esse cap é só de tristeza, tristeza msm kk
e esse capitulo tá meio que combinando muito com a música Forever and always da taylor swift, por isso o titulo haha



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Meu primeiro pensamento foi fugir dali. Meu pai estava louco, só pode. O que ele queria dizer com não poder ter meu bebê? Ele não vai fazer nada que me impeça de tê-lo porque isso é uma crueldade sem tamanho que nunca irei perdoar. Eu fiz merda, to consciente disso, e não vou culpar uma criaturinha totalmente inocente que vai crescer dentro de mim por isso. Não sou eu quem vou tirar a vida do meu bebê.

Começo a entrar em desespero. Sair dali, sair dali. Mas para onde ir? Casa da Madge, é o único lugar o qual eu posso ir. Não sei onde é a casa da Annie. Johanna deve me odiar depois do dia da diversão. É, só Madge. Mas ai é o problema, também é a casa do meu namorado, pai do meu futuro filho. Ok, eu só faço merda nessa vida mesmo.

- Madge? – Falo assim que ela atende o telefone.

- Kat, e ai? Como você está?

- Péssima, meu pai... Ele descobriu. – Falo com um nó na garganta.

- Meu deus, santo pai todo poderoso, como você ainda está viva criatura?- Ela pergunta exagerando, bem Madge sem exagerar não é Madge.

- Bem, nem eu sei, mas meu pai está me assustando muito Madge. – Só de pensar as minhas lágrimas começam a descer. – Preciso da sua ajuda. – Falo já chorando.

- Ai não chora... O que posso fazer para te ajudar?

- Tenho que sair daqui, posso ir pra sua casa? – Pergunto.

- Claro que pode, sempre será bem vinda, mas você vai... Meio que fugir não é?

- Sim, só vou esperar eles dormirem e me mando daqui, não posso ficar aqui...

- Certo Kat, respira, tudo vai dar certo, vou te ajudar.

- Obrigada, você é minha melhor amiga Mad. – Falo ainda chorando.

- Ow, você também é a minha melhor amiga, sempre foi, só que você não sabia. – Ela disse, acho que também estava chorando.

- No fundo sempre soube, até mais.

- Até Kat.

Desligo e tento parar de chorar, mas não consigo de maneira alguma. Vejo os embrulhos com os presentes. Presentes de Madge e Annie. Dei uma olhada, peguei os presentes, tentando parar de tremer. Assim que abri, não me contive e chorei mais ainda. O presente de Madge era um ursinho de bebê. Morri de tanto chorar. O de Annie eram sapatinhos pequenininhos. Abracei os dois presentes junto a mim e me deitei na minha cama

Fechei os olhos e acho que dormi.

...

Assim que abri os olhos, tudo estava escuro. Olhei no relógio e vi que já eram 23horas. Era ótimo, coloquei algumas roupas dentro de uma roupa. Peguei meu celular e saí de casa. Como imaginei, meu pai já havia ido dormir. Mandei o motorista me deixar na casa de Madge, e ainda dei um dinheiro extra pra não entrar em detalhes de onde fui para o meu pai.

Chegando lá, suspirei e mandei uma mensagem para Madge. Demorou alguns minutos e ela abriu a porta me dando um abraço apertado.

- Como é bom ver você melhor amiga. – Ela diz sorrindo.

- Digo o mesmo melhor amiga, obrigada por me acolher.

- Por nada meu anjinho. – Ela sorriu e me puxou delicadamente para dentro da casa.

Sorri um pouquinho.

- Eu abri os presentes em casa, e me matei de tanto chorar. – Falei baixo, sabia que todos deviam estar dormindo, inclusive Peeta, só de pensar nele, meu coração deu uma apertada.

- Ai, você abriu no momento errado então Kat, mas acho que deve ter gostado.

- Eu amei, foi muito fofo.

Madge sorriu.

- Que bom, vamos, arrumei uma cama no meu quarto.

- Mad, se importa se eu ficar ao lado de Peeta essa noite?

- Mas ele nem sabe que você veio. – Ela diz.

- Eu sei, mas amanhã vai saber de qualquer jeito.

- Tudo bem, vai lá. Boa noite. – Ela depositou um beijo na minha testa.

- Boa noite Mad. – Falei.

Subi as escadas e fui para o quarto de Peeta. Ele estava dormindo, obviamente. Deixei minha mochila de lado, tirei os sapatos e deitei ao seu lado. Ele parecia um anjo dormindo, o que fez eu me sentir totalmente segura. Puxei um pouco da coberta, de modo que não o atrapalhasse, e virei para o seu lado, vendo ele dormir.

Toquei no seu rosto devagar.

- Eu te amo. – Sussurrei. Ele nem saberá que eu disse isso, mas eu queria que ele soubesse, que ele dissesse que me amava também. Mas isso é algo que ele deveria escolher falar ou não. Esperava que sim. Porque eu amava ele demais.

Fechei os olhos e dormi novamente.

...

Assim que abri os olhos, o quarto já estava todo iluminado, olhei para o lado e não vi nenhum sinal de Peeta. Então ele já devia saber que eu estava ali. Esfreguei os olhos e pulei da cama, peguei minha bolsa e fui para o banheiro. Lavei meu rosto e escovei os dentes. Até que levantei um pouco minha blusa, me olhando no espelho, inclusive para minha barriga. Não notava nenhuma diferença que qualquer outro poderia notar. Apenas algo mínimo. Respirei fundo.

Queria saber quanto tempo já fazia que eu estava grávida.

- Onde está o amor da minha vida? – Escutei a voz de Peeta. Eu meio que congelei, com a menção de Amor da minha vida. Era bom demais pra ser verdade.

E como o banheiro do quarto dele, ficava exatamente no quarto dele, abaixei a minha blusa rapidamente, com um sorriso do tamanho do mundo.

- Sua amante? No seu banheiro. – Falo brincando um pouco.

Ouvi ele soltar uma risada e abriu a porta do banheiro.

- Oh droga, não é minha amante. – Ele fala e sorri.

- Que história é essa de amante Sr. Mellark? – Pergunto cruzando os braços e fingindo cara de brava.

- Nada que você precise se preocupar. – Ele diz e me puxa pela cintura em sua direção. Descruzo os braços e fico fitando ele. Depois sorri levemente. – Foi uma surpresa agradável acordar e deparar com uma bela moça do meu lado. – Ele diz.

- É mesmo é? Não vai perguntar o motivo de eu aparecer misteriosamente por aqui? – Questiono.

- Eu até perguntaria, mas Madge já me explicou tudo. – Ele fala.

Eu perco a cor. Explicou tudo? Ai céu amado, o que Madge falou?

- Hey, Kat? Porque você ficou pálida desse jeito? Ela só disse que você brigou com seu pai, e não quis ficar lá, qual o problema.

- Ah... – Solto mais calmamente. – Han, nada não. – Falo e me afasto dele saindo do banheiro, ele me segue e segura meu braço, fazendo eu virar em sua direção.

- Mas agora... – Ele começa. – Quero que me explique o que anda acontecendo com você. Katniss. Tem alguma coisa errada.

- Peeta... – Falo procurando as palavras, mas não acho.

- Não até porque quero entender, primeiro você está agindo de modo estranho, passa muito tempo com Madge, tenho certeza que ela sabe, sempre anda com uma expressão mais preocupada do que o normal. Está totalmente pálida, e tenho a leve impressão que isso tem haver comigo, porque não quer me falar e foge do assunto. – Ele fala agora sério.

- Não sabia que você percebia tanto em mim. – Resmungo.

- Katniss! Você está fugindo novamente do assunto, e sim, eu percebo muito em você porque talvez eu seja seu namorado, me preocupo com você e te... – Ele para de repente.

- E me...? – Questiono, não acreditando que ele havia parado ali.

- Te... – Ele para novamente. Sinto as lágrimas subirem aos olhos, mas me esforço para elas não caírem. – Te entendo na maioria das vezes, só que dessa vez não.

Abri a boca pra falar algo, mas não encontrei palavras. Apenas aquela frase idiota que ele soltou me destroçou, acabou comigo.

- Katniss, eu... – Acho que ele percebeu minha reação.

- Cala a boca. – Mandei amargamente e fechei os olhos porque senti as lágrimas virem mais forte e descerem mesmo. Ele ainda segurava meu braço, mas ao ver minha reação me soltou.

- Eu falei algo errado? – Ele perguntou.

- Falou. – Eu disse meio embolada, não sabia se chorava ou gritava com ele. – Porque é tão difícil pra você hein Peeta? Porque é tão difícil dizer que me ama? QUE DROGA, SE NÃO ME AMA NÃO PRECISA MAIS FICAR COMIGO. – Gritei a última parte e ele me olhou aflito.

- Desculpa Katniss, só tive medo de não ser correspondido. Você não entende?

- Ah claro, eu disse isso ontem, infelizmente você não estava acordado para ouvir. – Falei baixo.

- Eu ouvi. – Ele diz.

Arqueei a sobrancelha.

- É mesmo? ENTÃO VOCÊ SABIA QUE SERIA CORRESPONDIDO, SEU GRANDE IDIOTA. – Voltei a gritar.

Madge apareceu na porta, assustada.

- Gente o que...? – Ela ia perguntar mas eu saí quase atropelando ela na porta e fui para o quarto dela. Fechei a porta.

Senti uma tontura incomum. Era tudo o que eu precisava para melhorar meu dia. Passar mal agora. Respirei fundo tentando me acalmar, e madge apareceu no quarto.

- Você não pode ficar tão exaltada assim, pode fazer mal ao bebê. – Ela disse delicadamente.

- Mal a quem? – Ouvi a voz de Peeta. Ele meio que empurrou Madge, estava com uma expressão abalada, e chocado.

Engoli em seco. Madge e suas palavras, agora fudeu tudo, tudo, absolutamente tudo.

- A ninguém. – Respondi rispidamente.

- Mas eu ouvi. – Ele fala tentando manter a calma.

- Kat, conta logo. – Madge insistiu.

- DROGA. – Gritei. – Isso mesmo que você ouviu Peeta, mal ao bebê, porque eu estou grávida e o pai é você, óbvio mas é tão angustiante que o pai não ame a mãe do seu futuro filho, nem mesmo o filho. – Falei tão irritada. Não pretendia contar assim, não desse jeito, não magoada, e de um jeito horrível, mas ai estava à situação e não podia mais esconde-la.

- Grávida. – Ele falou baixo, mas eu escutei, depois se virou e saiu do quarto.

Madge estava totalmente pálida.

- PEETA. – Gritei, não podia acreditar que estava saindo sem ao menos me falar nada. Pulei da cama e saí atrás dele, que já descia as escadas.- VOCÊ NÃO TEM NADA PRA ME FALAR? – Grito. Isso faz ele parar por algum minuto.

- Não. – Ele respondeu de modo frio.

- Não? – Perguntei incrédula.

- É, não. Você também não tinha NADA pra me falar não é mesmo? Estava escondendo de mim, e pretendia me falar quando? Quando já estivesse com uma barriga razoável para se notar?

- O que? Você acha que é fácil pra mim? Afinal, sou eu que estou com a vida lascada. – Falo muito irritada. – E eu ia te contar, mas temia exatamente ESSA REAÇÃO.

- Podia ter sido diferente. – Ele falou e terminou de descer as escadas e saiu de casa, me deixando lá plantada no meio da escada.

Nem preciso dizer que me acabei de tanto chorar.

 Xxx

- Vamos Katniss, coma só um pouquinho. – Insistiu Annie. Ela estava parada com uma bandeja cheia de comida no quarto de Madge. Eu estava largada na cama, sem condições de fazer nada.

- Não quero. – Neguei pela terceira vez. Já era fim da tarde, eu não havia comido nada e não tinha nenhum sinal de Peeta, ele passara o dia todo fora sem dar nenhuma satisfação. Meu celular tocou umas milhares de vezes, mas não atendi nenhuma, porque era meu pai.

- Você precisa comer. – Agora Madge que falou. – Se não vai passar mal, ai vai ser pior. – Ela fala preocupada.

- Acontece que eu NÃO quero, vocês não entenderam isso ainda? – Pergunto, estava me sentindo levemente enjoada, e se comesse colocaria tudo pra fora no mínimo.

- Tudo bem, tudo bem. – Annie disse. – Mas ainda não estou acreditando que ele reagiu assim. – Ela fala

Madge lhe deu uma cotovelada, e ela exclamou um “ai”.

- Sem problemas, acho que já digeri o fato de não ter apoio dele. – Falo de modo frio.

- Não fala isso. Kat ele só estava surpreso. – Madge fala.

- Não, dessa vez não vou acreditar no que você acha que seu irmão pode ter, sabe Madge?

- Ai, ai, ai. Mas tenho certeza que quando ele chegar, ele vai conversar com você, eu vou obrigar ele, se não... – Annie fala.

- Não o obrigue a nada, amanhã mesmo vou voltar pra casa, vou ter que encarar meu pai uma hora ou outra. – Falo já cansada dessa situação.

- Mas e se seu pai estiver surtado e querer que você não tenha o bebê? – Madge pergunta meio receosa.

- Ele não vai me obrigar a nada que eu não queira. Ele não é louco a esse ponto. Eu acho. – Falo.

Ouvimos um barulho de porta.

- Anh... Acho que ele chegou. – Annie disse.

- Vou ir falar com ele, agora. – Madge disse.

- Não. – Falei, mas ela já tinha saído. Revirei os olhos.

Annie se sentou na poltrona ao meu lado e sorriu levemente.

- Finnick já sabe. – Ela disse calmamente.

- Já sabe do que? – Pergunto.

- Que você está grávida, juro que não contei nada, mas ele percebeu, e acho que ouviu a discussão entre você e seu pai. – Ela falou.

- Nem me surpreende. Finnick é esperto. – Falo, em breve todos já estariam sabendo.

- Verdade. – Ela disse com um sorrisinho bobo, típico de apaixonada.

- Como vocês estão? – Pergunto devagar.

- Bem, ele me contou toda a historia, no começo fiquei meio receosa, não queria ser um problema, depois nos resolvemos e tudo mais.

- Você não é um problema, se não ele não ficaria por você. – Falo, o que era verdade, depois fico pensando que eles sim eram um casal apaixonado, que enfrentaram as dificuldades juntos e ele não deixou ela de lado, o que era totalmente meu contrário. 

Annie me olhou preocupada. Mas eu fiquei quieta e virei para o lado, querendo ter sono, mas não conseguia, querendo ter fome, mas não sentia eu estava uma droga. Cheguei até mesmo a ouvir a discussão de Madge e Peeta.

Depois de um tempo, não teve nenhum sinal de Madge e minha barriga começou a doer.

- Vou ir lá embaixo. – Falo já me levantando.

- Eu vou com você. – Annie assegurou.

- Não precisa, só vou pegar uma fruta ou algo do tipo, não quero comida mesmo. – Falo.

- Você que sabe, tem certeza? – Ela pergunta de modo gentil.

- Sim, estou grávida, não com uma doença em fase terminal Annie. – disse e ela sorriu.

Desci as escadas devagar, chegando na cozinha, peguei uma maçã e me sentei na mesa, começando a comer, até que ouvi passos na escada. Droga, droga, droga que não seja...

- Oi Katniss. – Peeta falou.

Droga mais uma vez. Deixei meu olhar caído sobre a maçã que eu estava comendo e não respondi.

- Vai me ignorar? – Ele perguntou. – Você está péssima.

- Eu sei. – Falei e dei uma mordida na maçã e continuei com o olhar baixo. Ele acabou se sentando a minha frente, mais que inferno.

- Foi por isso que você fugiu de casa?

- Amanhã eu volto pra casa. – Falo ignorando sua pergunta anterior.

- Não me respondeu. – Ele disse. – Faz isso quando está brava.

- E eu realmente estou. – Falei e agora cruzei os braços. Levantei a cabeça devagar e vi que ele estava com o rosto todo vermelho, cara de quem chorou. Para tudo, Peeta Mellark chorando? Essa é nova.

- Minha reação não foi... Como se dizer, adequada. – Ele falou delicadamente.

- Não me diga. – Falei com ironia.

- Ah não, ironia de novo não, é igual quando...

- Quando...? – Questionei e apoiei os braços na mesa.

- Quando eu te conheci, Katniss não quero mais discutir com você, o assunto é sério.

- Realmente. – Falo. – Tão sério que você só foi perceber isso agora, e me virou as costas quando eu te disse.

- Não te virei às costas porque ia te abandonar, apenas porque precisava processar isso tudo.

- Hum. – Solto ainda não convencida.

- Faz quanto tempo... Que você hum... – Ele disse.

- Que eu estou grávida, pode falar Peeta, não doí não. – Falo, hoje eu estava afiada, na verdade aquilo era só uma proteção, igual eu usava quando conheci ele, para não transparecer o quanto eu era e sou fraca.

- Katniss, por favor... Não complique as coisas.

- Tudo bem, tudo bem, não sei exatamente, mas não mais de 1 mês, ou quase isso, ou isso. – Falo.

- Você não foi a um médico?

- Não, mas meu pai quer me levar em um. – Falo.

Ele quase engasgou.

- Seu pai... Então ele sabe? Como ainda estou vivo?

Soltei uma risadinha sem graça.

- Ele descobriu ontem medroso. Por isso estou aqui. Se é o que tanto quer saber.

- Ah... Eu não sou medroso... Só que...

Fomos interrompidos quando Madge entrou na cozinha, parecia que tinha visto um fantasma.

- Han. Katniss tem uma visita pra você. – Ela falou e fez uma careta horrível.

- Quem é? – Pergunto e me levanto da cadeira.

- Seu pai. – Ela disse. – O que eu faço?

Ai que Peeta levantou, ficando mais branco que Madge. Depois não é medroso.

- Pode falar pra ele vir aqui. – Disse calmamente.

- O que? – Peeta pergunta.

Madge assentiu. Eu não respondi Peeta, e fiz menção para ele ficar onde estava. Não demorou para meu pai entrar na cozinha, ao seu lado estava Effie, pronto, tenho certeza absoluta que ela sabe, eles não trazem expressões muito amorosas no rosto, mas tento não me preocupar com isso.

Meu pai fuzila Peeta com os olhos, mas não passa disso.

- Precisava fugir de casa? – É a primeira coisa que ele pergunta.

- Você estava me assustando. – Falei seriamente.

- Katniss... – Ele pareceu pensar antes de falar. - Effie já sabe também.

- PEETA MELLARK. – Agora era Effie que falou, já gritando com uma voz estridente que até deu medo e eu sei que o negócio ia pegar fogo, literalmente, ou não. – VOCÊ É UM IRRESPONSÁVEL. O QUE TINHA NA CABEÇA? O QUE TINHA NA CABEÇA? – Ela repetiu esperando uma resposta.

- Mãe. – Ele ia começar, mas logo falou.

- NÃO ME INTERROMPA, PORQUE AI SUA SITUAÇÃO FICA PIOR.

Vish, ai que o negócio ficou feio.

- Irresponsável. – Ela continuou mais baixo agora. – Vai fazer 17 anos e como vai viver agora? Terá que arrumar um trabalho pra sustentar seu filho, porque EU não vou sustentar, e acho que muito menos o pai da Katniss, porque vocês fizeram burrada, vocês que se ajeitem.

Ele assentiu devagar, e isso só irritou mais ela.

- E Katniss. – Agora meu pai se virou pra mim. – O que vai fazer em relação a sua carreira? Logo agora que tudo estava indo muito bem...

- Eu posso continuar até...

- Até que percebam? Se você não pensou nisso eu já pensei e já tomei uma decisão.

Aquilo me assustou um pouquinho.

- Q-Que decisão?

- Irá sair da cidade. – Ele disse, eu arregalei os olhos. – No interior tem uma certa tia sua, irmã da sua mãe que irá lhe receber e você passará os meses de gravidez lá.

- O QUE? – Pergunto incrédula. – Eu não vou aceitar isso – Falo horrorizada.

- Muito menos eu. – Peeta disse e ficou do meu lado. – De jeito nenhum.

- De jeito nenhum o que seu moleque? É melhor ficar quieto, ou eu resolvo fazer o pior. – Meu pai diz irritado. Effie olhou pra ele com um olhar de reprovação.

- Mas pai, isso não vai adiantar e eu não quero.

- Pois vai tratando de querer e se acostumar com a ideia, porque talvez se voltar ainda consiga recuperar um pouco da carreira. – Ele diz e parece incomodado com algo.

- Se eu voltar? O que quer dizer com isso? – Pergunto.

- Só um médico dirá. – Ele fala. – Falando nisso já marquei uma consulta amanhã. Daqui a algumas semanas você viaja, e já preparei uma ótima desculpa, dizendo que irá estudar em um internato. – Ele fala.

Não consigo dizer nem um “A” se quer. Meu pai e Effie saem da cozinha, sabe se lá para onde, e sinto dois braços me envolverem em um abraço. Peeta.

- Eu não... Eu não... Quero. – Falo abraçando ele com força, esquecendo a briga inútil entre nós dois, que não tem a mínima importância em comparação a isso que acabei de ouvir.

- Kat. – Ele fala me apertando mais no abraço, como se não quisesse mais me soltar. – Não posso deixar que ele leve você embora.

- Faz alguma coisa então Peeta, eu não sei o que fazer. – Falo meio desesperada.

- Vou fazer o possível e impossível. – Ele diz e para de me abraçar, agora olhando nos meus olhos. – Eu amo você. – Fala o que eu mais queria ouvir, desde sempre.

- Também amo você. – Disse. 


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Notas finais do capítulo

esse foi um dos maiores capitulos que já fiz u.u
ok, me matem, ja to esperando sisaksjas mas pelo menos o peeta ja sabe né?
beijos , 20 reviews e próximo cap ;))