Suddenly escrita por Lara


Capítulo 5
5. Festa!


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa gatas e lindonas!

Estou muuuuuuuuuuuuuuuuito feliz com os lindos reviews que me deixaram, mesmo! Muito obrigada!

Sei que demorei um pouco para postar, mas foi difícil escrever uma festa, e tive que fazer alguns textos pro colégio!

Não sei se é o que vocês esperavam, mas tomara que gostem!

Boa leitura!



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– O azul? Aquele do tipo "Shakira"? O brilhoso é lindo... mas não. O roxo? Talvez o listrado?

Emma já estava querendo me estrangular naquele momento. Eram 18:00 e eu ainda não tinha escolhido meu vestido.

– Pamy! É só escolher um... você já fez isso milhares de vezes. - ela disse com uma voz cansada de tanto tentar me persuadir.

Niguém me entende! Opa, sinal de TPM á vista...

– Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! Chega! Não vou mais a essa festa! Argh! - gritei estressada e me atirei na cama.

Muita TPM, muita.

Acho que os garotos ouviram minha pequena crise, porque o Justin gritou lá da sala "ela tá bem?" e Emma botou a cabeça para fora da porta para explicar o que estava acontecendo.

Só ouvi as várias gargalhadas deles atrás da porta. Claro, para eles é muito fácil! Não tem que lidar com vestido, maquiagem, e coisas assim, porque são garotos idiotas. Como eu queria ser um garoto. Mesmo que idiota.

Emma veio calmamente até a cama e olhou nos meus olhos.

– Pamy... olha só, você é linda por natureza já, não precisa usar um vestido maravilhoso, ok? - disse naquela voz que acalma as pessoas. Eu nunca tive essa voz.

Me sentei na cama, segurei meus joelhos e me encolhi.

– Mas eu não tenho roupa...

– Pamella! C-H-E-G-A! Você não tem roupa? - gritou tão enfurecida que até arregalei os olhos. Vish, a mina é bipolar!

Ela foi até as minhas roupas e começou a cavocar ali, veio com um vestido, sapatos e mostrou a maquiagem que eu ia usar, tudo perfeito para aquela noite.

Dei um salto da cama e pulei dando um grande abraço nela.

– Emmaaaaaaaaa! Obrigada! Sou sua fã, me dá um autógrafo? - falei brincando e sorrindo.

Ela piscou um olho e jogou um beijinho como uma estrela de cinema.

Dei uma risada que me fez sentir bem melhor. O que seríamos sem amigas?

Um tempo depois terminamos finalmente de se arrumar, o vestido de Emma era mais brilhoso que o meu. Achei bem parecido com a sua personalidade extrovertida. Meu sapato era lindo, mas eu ainda preferia meu tênis. É claro que a Emma nunca deixaria eu ir de tênis, eu tinha até comentado isso com ela, mas ela não me deu ouvidos. Cadê minha liberdade de expressão?

Ouvimos uma forte batida na porta.

– Morreram aí dentro?! - gritou Chaz.

– Não, eu consegui ressucitá-la! - falou Emma rindo, lembrando da minha crise.

Eu já estava completamente animada pra essa festa. Será que vou encontrar aquele loirinho de olhos verdes?

– Tomara que ela não tenha voltado como zumbi. - falou Justin rindo atrás da porta.

– Querem parar de zoar com a minha cara? - falei com ar de riso, abrindo a porta.

Os garotos estavam completamente lindos. Justin me analisava de cima a baixo, parecendo meio sem folêgo. Eu teria feito o mesmo com ele, mas me contive.

Ultimamente eu tenho sentido algo diferente quando olho pra ele... como uma euforia. Mas vou esquecer isso por hoje.

Fui tirada da minha bolha tensa com Justin, quando reparei no Chaz quase babando em cima da Emma, que estava vermelha como um pimentão. Esses dois ainda se casam...

****

A entrada da festa estava m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a, era algo muito lindo de ver, no escuro da noite, aquelas luzes brilhantes davam uma ar muito bom de festa.

Dava até para sentir aquela batida entusiasmada da música que vinha do salão. Entramos e vimos uma enorme pista de dança, lotada de gente. Fomos direto ao bar, e escolhemos bebidas. Eu escolhi uma que nem sei o que é, mas Chaz disse que era bom. E era. Muito.

Depois de um tempo observando aquela incrível festa, olhei para o lado, Chaz paquerava uma garota e Justin já estava quase em cima de outra. Detalhe: os vestidos mostravam até a alma daquelas duas. Eca, como esses garotos podem ser tão... tão... garotos?

– Argh. - disse Emma revirando os olhos.

– Vem dançar Emma! - eu disse a puxando pelo braço e a levando euforicamente até a pista. Entramos na multidão e imediatamente se adaptamos ao ritmo da música.

Aceitei várias bebidas que me ofereciam, todas eram boas, e eu não conseguia resistir. Reze para eu não ficar bêbada. Eu e Emma estávamos dançando animadamente, quando uma mão toca o meu braço. Me virei subitamente e vi que era o garoto que eu tinha encontrado ontem. O loiro de olhos mais que verdes agora me olhava com um sorriso de orelha á orelha.

– Oi! - ele disse - você veio!

– É, segui seu conselho - eu disse piscando um dos olhos.

Ele riu simpático.

– Qual é o seu nome? - ele indagou.

– Me chame de Pamy - eu sorri.

– Eu sou o Nick. - ele disse estendendo a mão para eu apertar.

Apertei rindo do gesto.

Ficamos um tempo em silêncio, porque eu ainda estava envergonhada demais para perguntar de onde ele era.

– Quer dançar? - perguntou numa tentativa de quebrar o gelo.

– Claro - falei sorrindo - só tenho que avisar a minha...

Procurei por Emma, mas não a achei em lugar nenhum.

– Acho que ela me abandonou. - eu disse fazendo uma falsa cara de triste.

– Não se preocupe, eu estou aqui agora. - ele disse com ar de riso, me levando para o meio da pista de dança.

Posso empacotá-lo e levá-lo embora comigo?

Começamos uma dança tímida, que se tornou quente rapidamente. O fato de que a pista estava completamente lotada, fazia ficarmos muito perto. Seus olhos não paravam de me analisar. De repente, levei um empurrão nas costas e quase caí em cima dele. Eu e minha sorte de cair em cima das pessoas.

Ele me segurou para que eu não desse com tudo no chão, só que para impedir esse desastre, teve que segurar justo na minha coxa. É agora que eu morro.

Quando ficamos em pé normalmente, estávamos praticamente grudados, e ele ainda não tinha retirado sua mão dali. Ele segurou o meu queixo delicadamente, fazendo eu olhar no fundo dos seus olhos e se aproximou. Fechei os olhos e também me aproximei.

– PAMY! PAMELLA! PAMY! - alguém grita. É a minha consciência? Dê o fora consciência.

– PAMY! - gritou de novo. Desta vez, reconheci a voz de Justin.

Surpresa, me afastei repentinamente de Nick. Virei meu rosto, e ali estava! Justin, parado me olhando com uma cara não muito boa.

– O que você quer Justin? - perguntei brava.

– Pamella, eu já não disse que esse cara é um canalha? - ele disse bravo.

– Hey! - gritou Nick e quando ele estava prestes a falar algo não muito bom para o Justin, eu o interrompi.

– Espera Nick - falei e arrastei Justin até o bar.

– O que você está pensando? - perguntei, sem acreditar, quando ficamos sozinhos.

– Pamy, ele só quer se aproveitar, não está vendo? - falou e eu o olhei incrédula. Vi que Nick já tinha saído da pista de dança. Droga! Arggggh! Vou matar o Justin!

– Desde quando você se intromete com quem eu fico?! - falei enfurecida.

– Ele vai te usar uma vez e vai te largar! Estava até com a mão na sua coxa!

– É?! E o que é que você estava fazendo com aquela vadia antes?! Brincando de quem deixa mais impressões digitais?

Ele vacilou sua expressão um pouco.

– Eu não... hã... é diferente! Ela não é como você! Como você disse, ela é uma vadia!

– Ah, e se eu ficasse com o Nick, eu seria uma vadia? - falei raivosa e incrédula.

– Não! - ele gritou rápido demais - não! Só achei que você ia se arrepender depois, quando ele te desse um pé na bunda.

Quer saber? Não estou mais afim de ficar discutindo.

Sentei em um dos bancos do bar e pedi uma bebida, sem se quer falar uma palavra com o Justin. Ele fez o mesmo.

Ficamos um tempo ali, ignorando um ao outro.

Um tempo depois, ele se virou para mim, com uma expressão de dar pena, e disse:

– Pamy... desculpa. Eu não devia ter feito isso. Eu só... - ele não conseguia continuar.

Eu só assenti, num sorriso sem mostrar os dentes. Minha raiva já tinha se dissipado.

– Então... já que eu espantei seu par - ele disse envergonhado - que tal irmos dançar?

– Vamos! - falei rindo.

Ele me levou aonde estava mais apinhado de gente.

– Ouça essa música a partir de agora -

Ficamos um tempo se adaptando a batida da música. Depois de um tempo, parei bem na sua frente, e movi minha cintura de um lado para o outro meio sensualmente (ou tentei).

Ele arregalou os olhos, impressionado. Hum, gostei. Não sei se é a bebida agindo (provavelmente), mas decidi me aproveitar um pouco mais.

Me virei de costas para ele, e coloquei uma das suas mãos na minha cintura e desci rebolando até o chão e subi do mesmo jeito (provavelmente, não consegui ser nada sensual). Me arrepiei com sua mão quente. Me virei novamente o encarando. Ele me olhava com uma expressão muito intensa. Parecia que estava se segurando para não fazer algo.

Me aproximei de seu corpo, colocando minha mão em sua nuca, e movi minha cintura de um lado para o outro, como antes. Coloquei agora suas duas mãos em cada um dos lados de minha cintura e movi as cinturas com o ritmo da música. Vi que ele já estava ficando louco e gostei disso.

Ele colou nos corpos, seus olhos ardendo nos meus. Ele se aproximou lentamente, mas eu queria torturá-lo mais um pouco. Ele merecia, né?

Cheguei tão perto do seu rosto que dava pra ver cada centímetro do mesmo. Variei olhares de seus olhos até sua boca, e rocei meus lábios delicadamente no seus, mas logo me afastei um pouco, não dando tempo dele fazer nada. Mordi os lábios e virei de costas novamente.

Percebi que ele já estava frustrado. Estou com uma imensa vontade de rir, mas não posso estragar esse momento. Comecei a deslizar colada ao corpo dele, ainda de costas.

Quando subi, eu acho que ele não aguentou, então agarrou firmemente a minha perna, com sua mão quente e me virou de frente. Quando virei, nossos rostos estavam a centímetros, e dessa vez não hesitei. Ele se aproximou e lábios macios e quentes tocaram os meus.

– PAMY! PAMY! - dizia uma voz. AH NÃO! De novo nãaaaaaaaaaaaaaaaaaao! Quem és tu, ser inconveniente? Dessa vez eu vou ignorar!

– Pamy! - gritou mais uma vez. A voz era chorosa e surpreendentemente reconheci que era de Emma.

Me afastei rapidamente de Justin.

Olhei e vi Emma com lágrimas nos olhos. Ela arregalou os olhos quando finalmente me enchergou por inteiro e percebeu que eu estava quase beijando o Justin.

– Ahn... desculpe. - ela disse. Ela parecia péssima.

– O que houve? - eu disse preocupada.

– Eu... eu... - ela meio que soluçava e tentava enxugar as lágrimas.

Olhei para Justin com um sincero olhar de desculpas. Ele entendeu e assentiu. Mas ainda parecia frustrado.

Levei Emma imediatamente para fora da festa e fomos andando até o nosso quarto, com um vento frio nos rodeando.

– O que foi Emma? - perguntei.

– O que foi, foi o Chaz! - ela falou meio triste, meio raivosa.

Só podia ser.

– O que ele fez?

– Ele... ele... apareceu, nós dançamos um pouco, ele tentou me beijar, eu não... eu não deixei - ela dizia soluçando - e depois encontrei ele... quase... quase... quase se comendo com uma vadia! Estou... tão confusa.

– Mas Emma, se você não quis beijar ele, por que ficou assim quando viu isso? - questionei.

Ela não me respondeu, só abaixou a cabeça. Óh meu Deus, como não percebi antes?

– Você gosta mesmo dele! - afirmei quase obviamente. Ficamos um tempo em silêncio.

Chegamos no quarto 5 e tomamos um banho. Depois Emma decidiu que ia dormir.

O banho parecia que tinha renovado ela um pouco, mas ela ainda parecia péssima e com os olhos inchados de chorar. Ela me olhou com uma expressão triste. Fui até ela e a abraçei.

– Vai ficar tudo bem, ok? Eu prometo.

– Obrigada - ela disse simplesmente. Apaguei a luz e deitamos. Minutos depois, Emma já dormia profundamente, mas eu não estava nem com um pouco de sono.

Logo após, ouvi barulhos de gente abrindo a porta da frente e passos. Alguém ligou o chuveiro do quarto ao lado, e ouvi um barulho de gente sentando no sofá.

Caminhei silenciosamente até a porta, e a abri num mínimo espacinho, e espiei. Ali estava Justin, com uma cara de cansado e encostado no sofá.

Sua expressão era pensativa. Ele parecia estar em conflito consigo mesmo. Passou tão naturalmente a mãos nos cabelos que algo fez meu corpo se arrepiar. E, de repente, sorriu sem mostrar os dentes, como se estivesse lembrando de algo. Eu sorri seguidamente.

Algo pulsava dentro de mim, algo estranho, mas, tenho que admitir, era uma boa sensação. Logo após, deitei na cama, ainda sorrindo, lembrando de algo, como Justin.


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Notas finais do capítulo

Então... é isso! Me contem o que acharam!

Até logo, XOXO ;*