Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 24
Cap 24 - Duas máscaras


Notas iniciais do capítulo

Bem pessoal desculpe a demora, mas essa foi até justificável. Quem leu a Casa de Hades sabe o que eu estou falando. É isso ai, terminei de ler ele ontem e tipo, fiquei sem palavras, revelações a parte, eu nunca esperei aquilo do Nico, mas eu não vou dar nenhum spoiler, você que não leu vai lá compre e leia por que vale a pena.
Voltando a fic, eu seu que o capitulo esta bem pequeno, mas dei um desconto eu o escrevi em um dia, não consequi espremer mais nada da minha cabeça com o livro do Rick na minha cabeça, mas mesmo assim comentem, favoritem e recomendem



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   Pov. Percy

 

— Nada Percy, nada. Você só ... - a voz morreu quando ela olhou para o lado.

Segui os olhos de Thalia e o que eu vi fez meus olhos queimarem de ódio. Annabeth a garota que eu pensei ter mudado estava aos beijos com um garoto vestido de preto que pelo o que eu me lembrava chamava-se Nico di Ângelo.

Annabeth se afastou dele e olhou para os lados assustada. Foi quando ela me viu. Eu podia sentir a pressão nos meus ouvidos. O ódio que eu sentia naquele momento era bestial. Virei às costas para era ela e sai o mais rápido possível desejando nunca mais olhar naqueles olhos.

À medida que eu caminhava meu cérebro começava a trabalhar de uma maneira frenética. Eu não queria, mas por mais que eu tentasse não pensar naquilo a imagem dos dois se beijando voltava cada vez com mais intensidade.

Meu peito doía. Eu era acostumado a sentir dor, mas essa era diferente. Eu sentia como se minha alma estivesse sendo retalhada com uma faca em brasas.

Eu não queria ter esperança, mas desde que Annabeth havia correspondido meu beijo, eu só pensava em querer beijá-la mais.

Mas eu devia ter desconfiado. Ela não mudaria assim tão fácil, o idiota de toda história fui eu por, ao menos, ter ficado esperançoso.

À medida que eu caminhava me sentia cada vez mais arrasado. O falatório dos outros alunos passava simplesmente a serem ecos na minha cabeça.

Por alguns minutos eu caminhei pelos corredores da escola sem um rumo definido, mas quando me dei conta eu já estava no refeitório.

Havia poucos alunos ali, a maioria eram grupos que conversavam entre si esperando o início das aulas.

Corri os olhos pelas mesas, mas não encontrei ninguém conhecido. Já estava saindo quando o vi do outro lado do refeitório.

Grover se sentava com dificuldade ao lado de um grande carvalho. Ele podia parecer meio lerdo às vezes, mas sempre falava algo que valia a pena ouvir.

Atravessei o refeitório e caminhei até onde ele estava. O uniforme de Grover que antes parecia que não conhecia água há muito tempo agora estava como novo. Eu não podia deixar de notar que tinha algo acontecendo.

— Oi Grover - falei fazendo o olhar para cima e dar um sorriso.

— Fala Percy, tudo... - ele parou e me olhou atentamente, eu tinha certeza que meu rosto não mostrava emoção alguma devido aos meus anos de prática, mas Grover parecia ler meus sentimentos como se estivessem escritos em uma placa de neon - o que aconteceu?

— Nada. - respondi sentindo um bolo se formar na minha garganta.

Grover me olhou cético. Às vezes era assustador quando ele fazia isso. Era como se ele soubesse exatamente como você estava se sentindo. Eu já comente isso para ele e o que ele disse foi algo como: Hum... tem enxilhada hoje?

Ficamos um tempo sem falarmos nada. Eu sabia que Grover não me forçaria a falar nada, ele sabia que eu falaria.

— Você já gostou de alguém Grover? - perguntei depois de um tempo.

Grover engasgou na hora e olhou para mim horrorizado e com o rosto vermelho.

— Como você sabe que eu... - sua voz foi morrendo aos poucos e seu rosto ficou ainda mais corado. Demorou menos de um segundo para eu perceber que aquilo o havia pego desprevenido.

— Hum... - falei segurando para não rir da vergonha estampada no seu rosto - então alguém o fisgou Sr. Underwold.

Se Grover ficasse mais vermelho com certeza seria contratado para fazer algum comercial de marca de tomate.

Ele olhou para o outro lado do refeitório e suspirou apaixonado. Segui o seu olhar e vi uma garota pequena, com cabelos castanhos e algumas mechas tingidas de verde. Ela pareceu perceber que estava sendo observada e nos olhou.

Por mais breve que tenha sido eu vi que ela olhava para Grover com a mesma intensidade com que ele a olhava.

— Você já conversou com ela? - perguntei para Grover que me olhou horrorizado.

— Mas é claro que não... ela não iria querer nada comigo - falou cabisbaixo.

Eu olhei intrigado para Grover ele podia perceber os sentimentos dos outros com uma facilidade incrível, mas quando se tratava de sim próprio ele parecia tão obtuso quanto eu...

— Você nunca vai saber se não tentar - falei esperando que ele reparasse no olhar apaixonado que a garota lhe lançava.

— Certo... mas você não veio aqui apenas para me dar conselhos amorosos, não é? - falou me lançando um olhar curioso.

— Não... - conformei suspirando - é que eu também não sei o que pensar Grover... eu acho que...- o que fosse que eu falaria ficou perdido, pois nesse momento a terceira pessoa que eu menos queria ver apareceu na minha frente.

— Preciso falar com você Jackson - uma voz falou do meu lado.

Luke Castellan aluno daquela escola e pelo o que eu sabia antigo namorado de Annabeth me encarava com seus olhos azuis. Mas agora ele não tinha aquele olhar hostil igual à primeira vez que nos encontramos. Luke tinha um olhar cansado e até abatido.

— Eu já vou - Grover falou se levantando e me olhando preocupado.

Eu estava com raiva. Já não me bastasse ter visto Annabeth beijando alguém, agora eu tinha que encarar seu antigo namorado. Alguém devia estar com muita raiva de mim.

— Então o que você quer? - não pude deixar de notar que ao falar minha voz saiu mais rude do que eu pensei.

Luke me olhou inquisitivo e depois suspirou com um sorriso triste no rosto. Agora o olhando um pouco melhor eu vi o quanto ele estava abatido, quase como se estivesse doente.

Grandes olheiras negras circundavam seus olhos azuis e ele também parecia mais magro. O jeito encurvado como ele andava dava a impressão de estar carregando um grande peso.

Ele não parecia o mesmo Luke de quando eu entrei na escola. Agora parecia mais alguém que estivesse enfrentando uma grande dificuldade, e disso eu entendia muito bem.

— Agora eu entendo por que ela te escolheu - ele falou com um sorriso melancólico.

— O que você quer dizer - falei já sem paciência por essa conversa sem sentido.

— Olha Percy eu vou ser direto - falou me olhando seriamente - Annabeth não beijou o Nico, ele a forçou.

Ele falava com o semblante sério, mas eu não entendia o porquê daquilo e isso somente me fez ficar com mais raiva.

— E o que você tem a ver com isso? Eu não me importo...

— Pelo contrário - falou ainda mais sério - você se importa e para Annabeth você entender isso é ainda mais importante.

— E desde quando você tem alguma coisa a ver com isso.

Se fosse possível o semblante de Luke ficou arrasado para não se dizer destruído.

— Desde que eu me importo com ela... olha Jackson eu vou falar o que vi, depois você decide o que fazer, ok? Eu estava passando pelo corredor quando ouvi os dois discutirem, eu não ouvi muito bem as palavras quando me dei conta Nico a segurou com força e a beijou e se você tivesse ficado um pouco mais teria visto o idiota jogado no chão com o nariz quebrado.

Eu escutava aquilo e meu ouvido zunia. Eu estava feliz, mas ainda sim tinha algo que eu não entendia.

— E por que você está me contando isso?

— Porque eu percebi o grande idiota que eu fui... não vou te contar a minha vida Jackson, não somos amigos para isso, mas eu me preocupo com Annabeth e quando eu a vi ali arrasada eu sabia o que tinha que fazer, agora se você deve ou não acreditar no que eu falei é uma decisão sua.

— Por que você está fazendo isso? ...


O olhar de Luke foi de sério para angustiado. Eu não sabia o que ele estava passando, mas pelo seu olhar eu sabia que essa face de calma e seriedade era fachada. Por dentro ele estava quebrado.

— Por todos os anos em que Annabeth esteve comigo - falou e saiu me deixando perdido e em dúvida pelas suas palavras.

Eu queria ver Annabeth. Olhar naqueles olhos cinzentos e misteriosos e descobrir o que eu realmente sentia.

E foi como se atendendo aos meus pedidos que eu a vi me olhando, foi como se sua vida dependesse disso, como se não houvesse escola, tempo ou mundo, pois, o mundo era apenas ela e eu.


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Notas finais do capítulo

Beijos a todas a lindas semideusas solteiras ai (afinal ninguém que enfrentar um outro semideus ciumento possessivo) e um abraço pro restante da galera e até sabádo.