Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 23
Cap 23 - Fraco coração, fraco entendimento


Notas iniciais do capítulo

Oi galera :D
Eu nem sei se eu ainda tenho leitores, rsrs, mas o que vale é a tentativa não ;)
Eu sei que demorei para postar e não tenho perdão, mas deêm um desconto viu, afinal eu estudo, faculdade não é nada relaxante, mas eu voltei e esta ai mais um capítulo que vai fazer garota linda possívelmente chorar e também alguns marmanjos. Então boa leitura e não esqueçam de lerem as notas finais.



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Pov. Annabeth

 

Antes mesmo dos primeiros raios de sol entrarem no meu quarto eu já estava acordada. Eu sentia meu peito se apertar somente por lembrar dele. A doçura dos seus lábios, sua voz, seu jeito...

Suspirando olhei para o relógio, 05:12 da manhã. Eu nunca pensei que estaria tão ansiosa para estar na escola. Mas droga, Percy tinha esse e outros efeitos mais sobre mim.

O final de semana passou como um sonho, mas com certeza foi o melhor que eu tive em anos.

Eu ficava pensando se o que aconteceu realmente foi real. Ter um amigo que se preocupava com você de verdade era um luxo que eu jamais ousei sonhar. Mas tudo mudou, ou melhor, Percy mudou tudo, pensei sorrindo.

Eu não conseguia mais ficar cama, levantei ansiosa pensando no momento em que voltaria a ver aqueles lindos olhos que faziam meu coração pular.

Às 6 horas eu já estava na mesa, e pela primeira vez em anos meu pai estava ali e pelo olhar que ele me lançava não acreditava no que estava vendo, mas ainda assim eu podia ver o brilho de felicidade que ardia no fundo dos seus olhos.

— Bom dia pai - falei ao me sentar e por breves segundos vi seu rosto se retesar, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

— Ah... bom dia querida - Falou me olhando um pouco mais atentamente - você... hum, está... um pouco diferente hoje, aconteceu alguma coisa?

Meu pai me olhava com olhar perscrutador, mais eu podia ver um brilho de felicidade ao me encarar, como se não acreditasse que estávamos conversando.

Eu olhei para aqueles olhos azuis intensos que não olhava a anos e disse.

— Nada pai, só acordei feliz hoje - eu não estava certa se deveria falar para o meu que o motivo da minha felicidade era um certo moreno de olhos verdes, então decidi não dizer nada.

— Então deveria acordar assim todos os dias - o escutei sussurrar infelizmente não baixo o bastante para que eu não ouvisse.

Meu rosto queimou de constrangimento. Eu sabia o que ele queria dizer. Eu já não o tratava como meu pai e pensando bem hoje foi a primeira vez em anos que eu o chamava de pai.

Eu estava tão perdida com os meus próprios problemas que não conseguia ver que também estava ferindo as poucas pessoas que se preocupavam comigo.

Suspirei resignada. Eu tinha que mudar isso; agora eu podia ver que nem tudo era como eu pensava ser.

Eu agora podia sentir a dor que estava evidentemente estampada no rosto do meu pai. A dor de ter sua filha tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

Droga! Se fosse alguns dias atrás eu nem sequer iria parar para perceber isso, mas agora eu via o peso de preocupação que meu pai carregava por mim.

As vezes não podíamos esperar que as coisas se consertassem por si só. É preciso que venhamos dar o primeiro passo e eu estava prestes a dar meu naquele momento e eu não me perguntava se era o certo eu sabia que era.

— Pai?... - chamei fazendo o ganhar minha atenção imediatamente, eu podia fingir que não era nada, mas eu via a felicidade dele ao chamá-lo de pai - sabem... hum... é.… tem muito tempo que a gente não passa muito tempo juntos e... bem... err, nessas férias eu pensei sabe, se...

— Claro querida - ele falou com o maior sorriso que eu já vira em anos - eu só preciso conversar com o secretário, mas não terá problemas, aliás vou fazer isso agora, não quero que nada dê errado - falou saindo apressado da cozinha, mas eu pude ver de relance seus olhos úmidos.

Escutei alguém fungar do outro o que atraiu o meu olhar. Tia M estava ali me olhando com os olhos vermelhos e tentava inutilmente enxugar as lágrimas que desciam sem permissão pelo seu rosto.

Me levantei corri até ela. Quando a abracei pude sentir que eu também chorava, aliás nós duas chorávamos, mas não era um choro de tristeza, pelo contrário eu senti alívio, alegria. Foi como se houvessem tirado um peso que até aquele momento eu não havia percebido.

— Ah, meu amor... - tia M falou me abraçando ainda mais forte - eu estou tão feliz por você... quando ouvi você falar aquilo para o seu pai... Meu Deus! Você não faz ideia de como eu estou feliz.

Eu ri pelo nariz, meu coração agora parecia, mais leve em anos, eu ainda não acreditava no que havia se passado, era um sonho se tornando realidade.

— Pode ter certeza que eu sei Mi - falei sorrindo e colocando a cabeça no seu ombro.

— Mas agora me diz o fez você tomar essa decisão... - perguntou me lançando um sorriso malicioso - por acaso tem a ver com um certo moreno de olhos verdes que eu...

— Tudo bem pode parar - falei tentando suprimir o sorriso sem sucesso, eu podia sentir minhas bochechas arderem - Percy é...

— Ah então o nome dele é Percy - tia M falou sorrindo - você não faz ideia o alvoroço que ele fez semana passada quando você desmaiou, ele estava preocupado mesmo depois que o médico falou que era uma queda de pressão e você iria ficar bem, ele parecia a ponto de chutar o médico dali...

Meu rosto estava em brasas. Essa parte Percy não havia me contado, mas agora eu sabia porquê. Eu sentia meu coração disparando no meu peito. Eu tinha que o ver, abraça-lo, beijá-lo...

— Eu tenho que ir - falei dando um beijo estalado na bochecha da tia M, fazendo-a me olhar espantada, mas logo colocando um sorriso malicioso.

— Ainda é cedo Annabeth, pelo o que eu lembro, você nunca saiu tão cedo assim, ao menos que...

— Está bem, eu entendi - falei emburrada arrancando uma risada dela - mas eu... eu...

— Eu entendo minha menina, pode ir, e Annabeth - me chamou quando eu já estava na porta - agradeça a ele por ter trago minha menina de volta.

Sai dali com meu rosto vermelho, mas eu não podia esconder o sorriso que parecia não querer sair dali.

Sai correndo em direção a garagem, e mal liguei o carro quando sai cantando pneu. Tudo bem eu mudei, mas não era uma completa santa, e só de pensar que logo, logo eu veria aqueles lindos olhos novamente, sentia como se estivessem roubando ar dos meus pulmões.

Quando estacionei, olhei ao redor procurando o carro de Percy ou da Thalia, mas pelo o que parecia eles ainda não haviam chegado.

Suspirando desanimada desci do carro e caminhei em direção a escola. Ainda tinha poucos alunos, e os que haviam chegado estavam ocupados demais conversando com seus amigos para me notar o que eu agradecia.

Todos haviam percebido que eu tinha mudado, mas ainda sim me olhavam como se esperando que a qualquer momento eu voltasse a ser a velha Annabeth.

Caminhei pelos corredores vazios sentindo a apreensão de que no próximo corredor eu encontraria o moreno que fazia meu coração palpitar.

— Perdida Annabeth? - escutei sussurrar no meu ouvido.

Se Percy tinha o poder de fazer o meu sangue queimar e meu coração disparar, havia outra pessoa que me dava arrepios de morte.

Eu podia sentir a respiração gelada de Nico atrás de mim. Virei-me e tentei encarar corajosamente aqueles olhos negros como abismo.

Seu olhar foi do meu rosto para o meu corpo fazendo o dar um sorriso inclinado, que ao menos na minha opinião não era nem um pouco atraente.

— Então... - voltou a falar quebrando o silêncio entre nós - o que a toda poderosa Annabeth Chase faz na escola tão cedo? Duvido que tenha sido pelas aulas, pode ser...

— Escute Nico - falei segurando a vontade de o acertar com um bom cruzado de esquerda - o que eu faço ou não, não é da sua conta então...

— Calma Annabeth - ele falou se aproximando perigosamente e colocando as mãos nos meus ombros - só estou brincando, mas você tem que admitir que é meio estranho eu te encontrar aqui tão cedo - completou me olhando questionador.

Minhas bochechas queimaram ao pensar no motivo. Só de pensar nele eu sentia meu coração disparar como se houvesse acabado de correr uma volta olímpica.

— Isso não é da sua conta di Ângelo - falei me afastando de suas e voltei a caminhar pelos corredores na esperança de ver o meu moreno.

Nico me seguia como uma sombra. As vezes ele literalmente me dava medo. O garoto não parecia encarar muito bem um fora.

Parei e voltei meu olhar acusador para ele, na falsa esperança que o intimidasse claro sem sucesso algum.

— Nico o que você quer?

— Olha Annabeth - falou se aproximando um pouco mais - eu andei pensando sobre nós...

— Nunca ouve nós Nico - aquilo já estava me fazendo perder a paciência, o garoto era mais grudento do que eu esperava - e nunca haverá, agora eu tenho...

— Espera... - falou segurando meu braço e puxando ao seu encontro me fazendo encarar aqueles olhos negros que não estavam nem um pouco atraentes agora - e por causa do Jackson, não é? Vamos me fala.

Meu coração disparou, mas dessa vez de medo. O olhar que ele me lançava era assustador, beirava a ser doentio.

— Eu já falei di Ângelo, minha vida não é da sua conta, agora me sol...

— Eu sou melhor que ele Annabeth, me deixa provar - eu o encarei sem acreditar, ele nunca seria melhor do que Percy e vê-lo falando algo assim me assustou ainda mais.

—Me solte Nico - falei com os dentes cerrados, sua mão apertava meu braço ferreamente e eu não duvidava que ficaria roxo - eu falei para me soltar você está me machucando.

Isso apenas fez com que seu olhar bestial se intensificasse ainda mais. Segurando minha cabeça grosseiramente Nico aproximou seus lábios dos meus e me beijou rudemente.

Diferente de Percy que me fez ir ao céu, o beijo de Nico me fez ficar com raiva, nojo e vários outros sentimentos e nenhum deles foi positivo.

O afastei com meu peito ardendo de raiva. Olhei para Nico que me encarava ofegante e com um olhar expectante como se esperasse que eu quisesse repetir a dose.

Olhei para os lados na esperança de que ninguém houvesse visto o que aconteceu, mas nada é o que queremos.

A poucos passos o meu garoto de olhos verdes me olhava com expressão ferida. Foi como se houvessem acabado de retalhar o meu coração a faca.

Thalia me olhava com olhos tão grandes como pratos, mas que logo ficaram raivosos. Senti todo o sangue do meu rosto escoar quando eu vi Percy se afastar pisando pesadamente. Não! Isso não podia estar acontecendo.

Eu sentia como se cada partícula de ar que estivesse nos meus pulmões fosse roubada de mim. Meus olhos arderam ante a visão da única pessoa que realmente conhecia me coração me virar as costas.

— Agora você pode esquecer o Jackson e... - Nico falou me olhando superior como se esperasse que eu deixasse que minha vida ruísse de novo, a raiva fez meu sangue arder e fiz o que eu queria fazer desde o começo.

O cruzado de esquerda chegou rápido e forte. Nico caiu estatelado no chão e me olhava incrédulo. Eu senti as lágrimas começarem a descer pelo meu rosto quando falei.

— Você por acaso achou que eu ficaria com você di Ângelo? - minhas mãos doíam pelo soco, mas ao menos uma parte de mim estava feliz ao ver seu nariz sangrando provavelmente quebrado - olha você nunca, nunca terá aquilo que Percy tem, então nunca mais ouse encostar sua mão imunda em mim.

Sai dali segurando para não desabar. Por mais que eu houvesse dado um jeito em Nico eu sabia que as coisas não seriam tão fáceis com Percy. Dobrei um corredor e escorreguei até o chão. Meu peito ardia, minhas lágrimas molhavam o chão, mas eu pouco me importava.

Eu ainda podia sentir o olhar de decepção e desgosto de Percy sobre mim. Só de pensar que ele pudesse nunca mais me olhar, me abraçar, conversar comigo me fazia doente.

Alguém sentou do meu lado e eu olhei assustada. Thalia me olhava como se também estivesse prestes a chorar. Isso só me fez chorar ainda mais.

Ela passou seus braços ao redor do meu ombro e nada falou, apenas tentou me acalmar. Nós poderíamos ter ficado ali horas ou dias que eu não teria percebido. O simples pensamento de perdê-lo me fazia chorar ainda mais.

Thalia se afastou e me olhou seriamente. Eu não queria perder a única amiga que eu tinha também. Isso me destruiria ainda mais.

— Escute Annabeth - falou me olhando com seus olhos azuis mais elétricos do que nunca - eu não sei exatamente o que aconteceu, mas se você realmente gosta do meu irmão você tem de ir atrás dele...

— Mas Percy agora me odeia...

— Não Annabeth, ele não te odeia, só está confuso assim como eu, mas o conhecendo quanto mais você demorar mais difícil vai ser em convencê-lo.

Eu a olhei esperançosamente. Cada célula do meu corpo não podia mais viver sem o meu moreno de olhos verdes. Não falei nada com apenas um olhar parecíamos conversar.

Quando me levantei ela fez o mesmo e me abraçou antes de sussurrar no meu ouvido.

— Eu tinha minhas dúvidas se você era boa para o meu irmãozinho, mas com aquele cruzado eu tenho certeza que ele vai estar em boas mãos.

Quando me afastei do seu abraço, corri pelos corredores pouco me importando com as pessoas que me olhavam atravessado. Eu poderia viver com, mas não poderia viver longe da única pessoa que me fazia ir aos céus apenas por estar do seu lado.

Corri toda a escola, mas não vi Percy em lugar algum. Meu coração se apertava cada vez mais. Ao sair para a área do refeitório eu o vi e meu sangue gelou.

Percy estava a alguns passos de costa para mim e conversa com Luke, e pela tensão em suas costas eu pude ver que ele se segurava para não pular no pescoço dele.

Luke me viu sobre o ombro de Percy e falou algo rapidamente se afastando de Percy e caminhando e minha direção.

Eu o olhei e percebi uma leve diferença, mas por mais que eu me concentrasse não conseguia entender o que exatamente, eu tinha outras coisas com que me preocupar.

Ao passar por mim, Luke não parou, mas eu pude escutar ele sussurrar.

— Isso é por todos esses anos Annabeth.

Meu coração gelou. Voltei meu olhar para Percy que parecia não ter me percebido.

Eu caminhei em sua direção já esperando que ele pisasse no meu coração e aumentasse ainda mais a dor que eu sentia, mas antes eu tinha que falar o que realmente aconteceu.

Eu já tinha tudo escrito em minha cabeça, mas quando aqueles olhos verdes me encararam intensamente foi como se o tempo houvesse parado, e nós simplesmente passássemos a existir em um mundo só nosso.


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Odiaram? Não importa comentem se houver ao menos um leitor que gosta dessa fic, rsrsr.Ah se alguém quiser me ajudar sendo coautor dessa fic e manda um MP ok, e se for uma linda garota inteligente e romântica melhor ainda ;)Bem eu não tenho uma data para o próximo capítulo, mas vou escrevê-lo o mais rápido possível.Beijos para as belas musas que acompanham a fic e um aperto de mão para o restante da galera, rsrsrFabrício Q.