Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 25
Cap 25 - Bate, bate coração - Part I


Notas iniciais do capítulo

Sim eu ainda estou vivo, perdoem esse pobre autor que não colou nada novo durante um bom tempo, mas agora nem precisam ficar tão ansioso, novo capitulo saindo na segunda.
Aproveitem a até!!!!!!



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     Pov. Annabeth

 

 

     Antes mesmo dos primeiros raios de sol entrarem no meu quarto eu já estava acordada. Eu sentia meu peito se apertar somente por lembrar dele. A doçura dos seus lábios, sua voz, seu jeito...

     Suspirando olhei para o relógio, 05:12 da manhã. Eu nunca pensei que estaria tão ansiosa para estar na escola. Mas droga, Percy tinha esse e outros efeitos mais sobre mim.

     Eu ainda não acreditava no enorme loop que a minha vida deu. Se alguém me falasse que eu Annabeth iria cair de amores por alguém, com certeza daria alguns tapinhas nas costas e riria do absurdo.

      O final de semana passou como um sonho, mas com certeza foi o melhor que eu tive em anos. Cada dia pareceu estar pagando com juros o tempo vazio que eu havia vivido antes.

      Eu ainda ficava pensando se o que aconteceu realmente foi real. Ter um amigo que se preocupava com você de verdade era um luxo que eu jamais ousei sonhar. Mas tudo mudou, ou melhor, Percy mudou tudo, pensei sorrindo.

     Eu já não conseguia mais ficar cama, levantei ansiosa pensando no momento em que voltaria a ver aqueles lindos olhos que faziam meu coração pular.

     Às 6 horas eu já estava na mesa, e pela primeira vez em anos meu pai estava ali e pelo olhar que ele me lançava não acreditava no que estava vendo, mas ainda assim eu podia ver o brilho de felicidade que ardia no fundo dos seus olhos.

      - Bom dia pai - falei ao me sentar e por breves segundos vi seu rosto se retesar, como se não acreditasse no que estava ouvindo.

       - Ah... bom dia querida - Falou me olhando um pouco mais atentamente - você... hum, está... um pouco diferente hoje, aconteceu alguma coisa?

      Meu pai me olhava com olhar perscrutador, mais eu podia ver um brilho de felicidade ao me encarar, como se não acreditasse que estávamos conversando.

      Eu olhei para aqueles olhos azuis intensos que não olhava a anos e disse.

      - Nada pai, só acordei feliz hoje - eu não estava certa se deveria falar para o meu que o motivo da minha felicidade era um certo moreno de olhos verdes, então decidi não dizer nada.

      - Então deveria acordar assim todos os dias - o escutei sussurrar infelizmente não baixo o bastante para que eu não ouvisse.

       Meu rosto queimou de constrangimento. Eu sabia o que ele queria dizer. Eu já não o tratava como meu pai e pensando bem hoje foi a primeira vez em anos que eu o chamava de pai.

      Eu estava tão perdida com os meus próprios problemas que não conseguia ver que também estava ferindo as poucas pessoas que se preocupavam comigo.

       Suspirei resignada. Eu tinha que mudar isso; agora eu podia ver que nem tudo era como eu pensava ser.

       Eu agora podia sentir a dor que estava evidentemente estampada no rosto do meu pai. A dor de ter sua filha tão perto e ao mesmo tempo tão longe.

      Droga! Se fosse alguns dias atrás eu nem sequer iria parar para perceber isso, mas agora eu via o peso de preocupação que meu pai carregava por mim.

      As vezes não podíamos esperar que as coisas se consertassem por si só. É preciso que venhamos dar o primeiro passo e eu estava prestes a dar meu naquele momento e eu não me perguntava se era o certo eu sabia que era.

      - Pai?... - chamei fazendo o ganhar minha atenção imediatamente, eu podia fingir que não era nada, mas eu via a felicidade dele ao chamá-lo de pai - sabem... hum... tem muito tempo que a gente não passa muito tempo juntos e.… bem... err, nessas férias eu pensei sabe, se...

     - Claro querida - ele falou com o maior sorriso que eu já vira em anos - eu só preciso conversar com o secretário, mas não terá problemas, aliás vou fazer isso agora, não quero que nada dê errado - falou saindo apressado da cozinha, mas eu pude ver de relance seus olhos úmidos.

      Escutei alguém fungar do outro o que atraiu o meu olhar. Tia M estava ali me olhando com os olhos vermelhos e tentava inutilmente enxugar as lágrimas que desciam sem permissão pelo seu rosto.

     Me levantei corri até ela. Quando a abracei pude sentir que eu também chorava, aliás nós duas chorávamos, mas não era um choro de tristeza, eu sabia que não havia feito muito, mas o pouco que eu já havia conquistado naquela manhã era o início de algo incrivelmente melhor.

     Depois disso eu sai praticamente correndo dali eu nuca fui de mostrar minhas emoções assim, mas ultimamente meu coração parecia um carrossel desgovernado. Foi só quando eu já estava no carro a caminho da escola que eu comecei a lembrar de quão sortuda eu sou.

Flashback

 

— Isso é por todos esses anos Annabeth. – Luke falou a passar por mim.

Meu coração gelou. Voltei meu olhar para Percy que parecia não ter me percebido.

Eu caminhei em sua direção já esperando que ele pisasse no meu coração e aumentasse ainda mais a dor que eu sentia, mas antes eu tinha que falar o que realmente aconteceu.

Eu já tinha tudo escrito em minha cabeça, mas quando aqueles olhos verdes me encararam intensamente foi como se o tempo houvesse parado, e nós simplesmente passássemos a existir em um mundo só nosso.

— Oi – Ele falou tão baixo que se eu não estivesse o olhando tão fixamente acharia que estava imaginando.

— Olá – quando eu falei eu sabia que a minha voz estava tão esganiçada que duvidava que ele estivesse ouvido, mas pelo sorriso torto eu sabia que não.

— Eu... hum, queria conversar com você, tudo bem?

— Cla..claro – droga de língua, é nessas horas que ela te abandona.

Percy pegou a minha mão e me arrastou para longe dos corredores, eu só não sabia para onde, a única coisa que eu sabia era que eu estava prestes a ter um ataque cardíaco.

Eu sei que isso era idiota, mas meu coração com certeza não fazia a menor ideia do que era isso, pois batia tão forte que era um milagre que as pessoas por quem passávamos não achasse que eu fazia parte da banda escola.

Quando Percy parou eu ainda demorei algum tempo para perceber, mas quando me dei conta de onde estávamos, meu coração aqueceu. Aquele era o nosso lugar.

Debaixo da antiga arvore no pátio da escola, eu não pude esconder o pequeno sorriso que formou no meu rosto. Quando olhei novamente para Percy, ele me encarava de forma tão intensa que automaticamente senti meu rosto corar.

— Me desculpe Annabeth – sim, eu sei que no momento que ele falou isso eu estava o olhando procurado para ver se havia crescido antenas cor de rosa, mas ninguém pode me culpar por escutar algo que nem esperava, Percy deve ter percebido, pois continuou – quando eu te vi com o D’Ângelo, puxa... eu ... eu fiquei louco Annabeth.

— Ah... hum... eu também – pela cara que ele vez devia estar me achando louca – bem quero dizer, aquilo me pegou de surpresa, Nico e eu bem... a gente nunca foi assim sabe.

Minhas mãos praticamente lutavam judô uma com as outras de nervosismo, eu não sabia ainda o que éramos, mas eu sabia que não queria perdê-lo.

— Nico ele me forçou, eu nunca faria isso, eu...

— Eu sei Annabeth – ele falou de forma tão cansada que quase engasguei tentando entender.

— Você sabe?

— Sim... bem, mais ou menos, Luke me falou...

— Luke... – minha cabeça ainda estava cheia de nuvens, mas me lembrava perfeitamente das palavras dele quando passou por mim.

— É.… ele me fez abrir os olhos para o que eu estava perdendo.

— É? E o que era – Agora eu tinha certeza eu que se não haviam ouvido meu coração antes com certeza, agora dava para ouvi-lo no centro da cidade.

 

 

                                                                                 Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Comentem!!!



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