Passa o intervalo, e imagina só o que houve.

Os alunos entraram na sala, e ficaram impressionados com o estado do quadro. O “Der Tod” cobria-o todo! E estava escrito de um modo macabro, tinta escorrendo.Deny entra na sala, e também se mostra admirado. Os amigos dele também. Já Tom, Bill e Jany tentam ficar na mesma situação dos demais para que ninguém perceba.

O professor que entra é o de matemática e este era muito severo.

Quando ele vê, ele fica chocado. Manda todos sentarem, e para que ninguém saia da sala.

O diretor chega, depois de ficar sabendo.

Todos os alunos estavam calados, quando o diretor começa a falar:

- Vamos! Quem foi o responsável por isso? Se teve a coragem de fazer esse tremendo estrago, terá coragem de confessar também. – diz nervoso.

Ninguém reage de nenhuma forma.

- É melhor o culpado confessar! Nós vamos acabar descobrindo e vai ser pior a situação! Confessa! – completa o coordenador.

- É, pelo que vejo, vamos ter que tomar decisões mais sérias! Eu quero que cada um de vocês peguem suas bolsas e coloquem tudo que tem dentro dela sobre a mesa. Agora! Todos! –diz o diretor, já sem paciência.

Os alunos começam a cochichar achando um absurdo ter que expor suas coisas.

Os alunos assim fazem, Tom e Bill se entreolham, todos colocam suas coisas na mesa, e Deny, sem desconfiar de nada, abre também a mochila, e despeja sobre a mesa, tudo que nela tinha. Todos voltam o olhar para os recipientes de tinta que estava entre os livros dele. Ele olha com um olho arregalado para a tinta, a sala inteira voltou o olhar a ele, inclusive o professor, o coordenador e diretor.

- Deny Marker! – exclama o diretor.- então, você é o responsável!

Deny mal sabia o que fazer naquele momento. – Diretor, eu não entendo! Armarão pra mim! Isso não é meu! Não fui que fiz isso não foi!

O diretor, sem engolir o leva para a direção, e ele acaba levando uma suspensão de quinze dias.

Na hora da saída, Bill e Tom estavam bem apressados, não daria nem para passar em casa, teriam de ir direto para o estúdio.

No caminho, Tom comemora todo o seu esforço ter valido a pena!

Passam-se dois dias desde então. Desse tempo pra cá, Tom achou estranho Nath não mais ter lhe dado atenção.

Bill e Tom estavam a caminho do colégio, dessa vez Gordon não pode lhes dar carona, e o motorista estava de folga. Pediram o carro da mãe emprestado, mas ela não deixou eles levarem o carro, já que ainda não tinham carteira pronta. O problema estava pronto: tiveram de ir andando! A mãe não os pode levar porque também estava de saída, e o caminho era diferente! Teriam de ir andando. O tempo que levava para chegar lá era de meia hora, 40 min. andando. Bill estava preocupado em alguma fã os reconhecerem na rua, iria ser uma tremenda confusão. Os garotos saíram na rua, com óculos escuros, Tom estava de capuz e boné também. Bill estava apenas de capuz. Eles estavam andando rápido, sem olhar para os lados.

Quando estavam a um quarteirão do colégio, começaram a correr, não ia dar tempo!

- Merda, Tom! Não vai dar tempo!

- Ah tem que dar! Eu não posso ter feito todo esse esforço pra nada!

Eles correm, o mais rápido que podem, o tempo estava nublado, haviam poucas pessoas na rua. E o pior: o movimento cotidiano, de alunos a caminho do colégio era zero! Ou seja, eles chegam e dão de cara com a porta! Perderam a hora! O colégio já estava fechado.

- Não! – diz Bill olhando o portão fechado.

Tom joga a mochila no chão senta no chão e diz:

- Porraa! Que azaar! Não acredito, Bill!

Bill solta um suspiro sôfrego, e encostando se no muro, com a mochila na mão diz:

- Ta vendo? Tanto esforço pra nada! – diz Bill jogando indireta para o irmão. – E a culpa é de quem? – diz olhando Tom sentado no chão.

Tom tira o óculos e o capuz, ficando só com o boné, e diz:

- Que? Que injustiça “Macky”, eu fiquei o dia todo ontem agüentando você se preparar e se preparar pra apresentação, e agora você me culpa de eu ter ficado tão cansado?

- Como assim? Eu me preparar faz você cansar? Ai essa é boa! Há, há!

- Há, há – tirando sarro de Bill – A gente tinha que voltar a canção toda a hora! Porque? Porque você achava que não estava bom...

- Claro Tom! A gente tem que dar o nosso melhor!

- Ta, Macky, ta!

- Para de me chamar disso seu porra! Ah, da licença vai! – diz saindo, meio nervoso com toda essa situação.

Tom vendo o irmão sair diz:

- Pera ai, aonde você vai?

- Como aonde eu vou? Pra casa é claro! Ou você acha que vou ficar aqui vendo se por um acaso, as ‘gêmeas Olsen’ não aparecem?

Tom se levanta pegando a mochila e os óculos, e diz:

- Calma ai, Bill! Eu não quero que a nossa mãe fique sabendo que não conseguimos entrar no colégio! Ela vai falar um monte pra mim também!

- Ah, mas ela não ta em casa!

- Mas ela vai chegar e vai ver a gente lá! – alcançando-o.

Bill para de andar e voltando o olhar para o irmão diz:

- Tom, o que você ta pensando em fazer agora?

- Bem, vamos andar por ai Bill! Pra espairecer um pouco! Depois a gente vai pra casa!

- Não, você só pode estar ficando louco! Os fãs vão ver a gente!

- Ah, i daí, Bill? Sendo garota pra mim esta bem!

- Tom, mas vai ser uma loucura! Eu amo muito meus fãs, mas não é momento! Não lembra da vez que aquela fã lá de Berlim, puxou tanto minha roupa que quase fiquei pelado em publico?

- Há, há, há como não?

- Então! É melhor irmos embora! Alias, coloca esse capuz!

- Nossa, Bill como você é exagerado! – diz descendo um pouco a rua.

- Tom! Eu vou pra casa!

- Olha, vamos passar em alguma loja e nos disfarçarmos. Ta bem assim?

Bill vai atrás do irmão e diz:

- Tom, você é louco! Vamos ir pra onde? Até que horas vamos andar por ai?

- Você já ta irritando, Bill!- diz colocando os óculos e o capuz novamente.

Contudo, Bill acaba entrando na idéia do irmão e não volta pra casa. Eles andam e andam, e Tom todo ha vontade, rindo e conversando com o seu gêmeo, o dia já estava mais claro, ele simplesmente, tira seu capuz e óculos.

Mas o que eles não perceberam também, que todos na rua estavam os reconhecendo. Quando eles menos esperam, uma legião de fãs já estavam atrás deles.

Eles até chegam a parar, tiram fotos, dão autógrafos, mas a situação estava começando a passar dos limites, e muitas fãs surgiram. Quando eles deram por si, eles começaram a correr quarteirões e quarteirões das fãs histéricas.

Quando eles viraram uma rua, eles perceberam que haviam despistado-as, e entram em uma loja.

Já dentro da loja, eles conversam cansados e arfantes:

- Nossa! Bill! Você viu? Elas queriam a todo custo que nós ficássemos com elas! – sorrindo, cansado.

- É! Você é muito descuidado também eim!

- Ah, mas não diz que você não gostou! – sorrindo segurando a camisa.

- Ah, mas a gente fugiu delas né?

- Ah, mas você preferia que nós fossemos atacados?

- Olha! Você dizendo isso! Não é você que diz que gosta do assedio das fãs?

- Mas eu gosto! – e nessa hora, a atendente da loja diz:

- Posso ajudar?

- Sim! – diz Bill, olhando pra ela. – A gente quer ver umas roupas ai! – olhando as roupas dos cabides.

- Ai! – diz a atendente os conhecendo – Vocês são os garotos da banda né?

- Sim! Somos nós mesmos! – diz Tom, sorrindo pra ela.

- Ah, que legal! Adoro vocês! E meu, olhando de perto da pra perceber bem o quanto vocês são iguais! – diz os abraçando.

- Bem... – eles acabam comprando umas roupas muito doidas, e saem bem estranhos de lá, já com o ‘disfarce novo’.

Eles saem meio olhando para os lados.

- Tom, to me sentindo um idiota! – olhando-se com aquele tênis enorme, e um boné nada a vê com ele, além da calça largona.

- Ah, mas ou é isso, ou a gente não consegue ir embora! – arrumando a bermuda largona dele, em compensação, uma camisa meio colada, preta, mais estilo Bill, também estilo nada a vê com ele.

Eles começam a andar, e depois de algum tempo, param em frente a uma casa, Tom deita no chão perto do portão da casa.

- Aaah! Puta, meu to morrendo!

- Ah, mas a idéia foi sua!- diz Bill sentando-se ao lado dele.

O celular de Tom toca, ele se senta, vê a identificação e percebe que era sua mãe.

Ele olha com um olhar meio assustado para Bill e diz:

- É a mãe, Bill!

- Atende!

E Tom atende:

- Alô, mãe?

- Oi filho!

- Esta tudo bem?

- Sim! Eu liguei essa hora porque você ainda deve estar no intervalo do colégio, né?

- Ah!... É! É! – mentindo!

- Bem, então amor, eu estou ligando só para avisar que estou com bastante trabalho aqui, e acho que vou dormir fora ta bem? Vou adiantar umas coisas na casa de uma amiga. Então acho que volto pra casa amanhã de manhã ta bem?

- Amanhã?

- É! Eu já avisei o Gordon, e por ele esta bem!

- Então ta bem, mãe, se a senhora acha que é melhor assim!

- Ok, meu anjo, manda um beijo para o seu irmão, vou morrer de saudades!

- Ta eu mando sim! – diz olhando para Bill.

- Então ta certo! Vocês vão para o estúdio hoje né?

- Sim, a gente tem um show hoje!

- Ta bem então amor, sorte ta?

- Ta mãe!

- Tchau até amanhã, filho!

- Até!

Então ambos desligam.

- O que houve?

- É que a mamãe disse que vai voltar pra casa amanhã de manhã! Porque tem muito trabalho, e tal!

- Ah!

Tom coloca o celular novamente no bolso e arregala os olhos percebendo algo de repente. Bill percebe e diz:

- O que foi? Parece que viu o fantasma!

Tom levanta-se repentinamente, e começa a procurar entre seus bolsos por algo.

- Fala, porra o que é?

- Bill! Eu acho que aconteceu um desastre!

- Desastre?

Tom uma expressão de preocupado, somente acena positivamente com a cabeça.

- O que aconteceu?– diz Bill levantando-se impaciente.

- Você... Esta sabendo que o Gordon volta pra casa daqui a dois dias né?

- Claro! Por conta da banda dele.

- Então... Acho que perdi uma coisa...

- O que foi que você perdeu Tom?

- A chave!

- Chave?

- A chave de casa! Não ta aqui!

- Pera ai! Você não ta falando sério né?

- Eu to falando sério!

- Não ta na sua mochila?

- Não!

- Mas você nem olhou, criatura!

- Mas eu não coloquei nela!

- Da isso aqui, meu! – diz, jogando a mochila dele no chão, e pegando a de Tom.

Ele abre, revira a bolsa toda de Tom, pega a calça que ele guardou dentro, olha seu bolso, mas nada dessa bendita chave aparecer!

Tom senta-se novamente no chão e diz:

- Não ta ai né?

- Não!

- Eu já sabia! Eu deixo no bolso da calça!

- Mas a gente trocou de roupa! Você só embolou a sua calça e colocou na mochila?

- Foi!

- E porque não ta nesse bolso?

- Sei lá, merda! Deve ter caído! Já era! Vamos ter que dormir na casa de alguém sei lá!

- Porra, Tom!(da um suspiro pensativo, encostando-se no portão da casa que eles estavam em frente.).

- Aah! – exclama Tom, como que se lembrando de algo. Bill somente olha pra ele. – Bom, Bill temos uma alternativa!E uma alternativa que me da muito tesão só de pensar! – diz meio sorrindo, colocando a mão no queixo.

- Há, há, o que? Dormir na casa de alguma ‘amiga’ sua?

- Bem, algo melhor! A gente tem show hoje, a gente ia chegar tarde mesmo! Vamos virar a noite!

- Amanhã tem colégio esqueceu?

- Mas amanhã não tem show, a gente desconta as ‘poucas dormidas’ depois!

- Há, há! Se a gente virar a noite, eu tenho certeza de que você não vai nem se mover pra ir ao colégio!

- Não, eu vou! Bill, pensa cara! Vamos, no show, depois dele a gente vai a uma balada noturna, chamamos o Georg e o Gustav, chamamos umas garotas também, e pronto, vai ser muito fixe!

- Olha, eu acho melhor não, Tom!

- Ah vamos Bill! Faz tempo que não fazemos isso!

- Faz tempo? Faz nada! Você vai direto!

- Mas você não! Para mano, vamos curtir!

- Olha, eu prefiro ficar em casa, lendo umas cartas de fãs, vendo umas fotos, sei lá! Não to afim não!

- Porra, Bill, como você é chato meu!

Nessa hora, uma mulher aparece no portão, dizendo:

- O que isso? Quem são vocês?

Tom se levanta, os gêmeos com a mochila na mão, ficam olhando a mulher.Ela devia ter seus 40 anos de idade.

- Bom... –diz Bill, tirando devagar seu boné.