Sra.Cullen Por Acidente escrita por Luiza Meireles


Capítulo 2
Capítulo 1 parte 1


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa mesmo a demora mas é que eu perdi tudinho o que eu já tinha escrito nessa merda desse pc que deu pau ontem porque acabou a luz.Enfim,vou deixar vocês lerem,me digam se gostam sim?Fiquei super orgulhosa com o número de leitores por menos de 200 palavras 8)
Boa leitura!



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Capítulo 1 Parte 1

Pov Bella

Peguei o primeiro ônibus com aquele destino pela última vez.

Bem,pelo menos naquela época,eu julgava ser uma ultima vez temporária.

Eu não botava muita fé naquele trabalho.

Era bom demais pra ser verdade.Carteira assinada e salário de 1.250 dólares para ser uma cozinheira em uma mansão no Upper West Side com residência no serviço .Acordar ás seis e meia para fazer o café,poder ficar atoa entre as refeições e folga de duas em duas semanas.

Tinha alguma coisa errada com esse trabalho.Oportunidades assim não acontecem pra pessoas como eu.A sorte nunca me foi favorável e já tinha me conformado.Descendo na Trinity segurei fortemente minha bagagem e caminhei apressada temendo as pessoas que estavam na rua aquela hora,era muito cedo e a maioria ali era muito mal encarada. Pude respirar aliviada ao encostar minha cabeça na janela do metrô no Fulton e buscar meu livro na bolsa desgastada que levava em mãos para matar meu tempo durante a viagem.

***

32 minutos depois (teste com 3 pessoa)

“A vida nunca foi muito coerente.Mas se fosse,não seria a vida afinal.

Todos temos a insistente mania de colocar nossos problemas no centro de tudo como numa grande novela mexicana,mesmo que eles não sejam tão grandes assim,mesmo que sempre haja pessoas  lá fora passando coisas infinitamente piores e não merecerem por isso.”

“A vida também não é muito justa,ás vezes”- constatou depois de ler o trecho do livro em mãos se lembrando do noticiário que via todos os dias á noite e,mesmo que não pensasse realmente dessa forma, na sua triste vida que fora de mal a pior.

No inicio era tudo perfeito aos seus olhos infantis – embora tudo geralmente seja, nessa idade- tinha a família unida, uma boa casa em um bairro de classe média,um pai padeiro,uma mãe professora e uma irmã mais velha protetora.

Aí ela cresceu.Descobriu que moravam de aluguel e que coisas maravilhosas chamadas contas apareciam todo mês em sua porta e que causavam muitos problemas.Aos 17 trabalhava em uma banca de jornais para ajudar os pais e a irmã, que fazia faculdade de medicina em New Hempshire, a pagar as contas que não paravam de chegar.

Então em um belo dia enquanto cursava o terceiro ano de faculdade,sua irmã aparece grávida e sozinha. Desse incidente nasceu a mais nova Swan.

Depois disso tudo desandou.

As contas dobraram,descobriram que a mãe tinha uma doença rara e de tratamento caro.Teve de abandonar os estudos para poder trabalhar em tempo integral já que a mãe não mais trabalhava e os remédios não eram nada baratos.Mas eles conseguiram passar por isso.Se estabilizaram,a mãe começou o tratamento e a menina já maior não precisava de tanta atenção.E quando tudo parece estar indo bem sempre tem que acontecer algo pra estragar sua felicidade.

Enquanto cuidava de sua sobrinha,já com um ano, e olhava ansiosamente para o relógio que tiquetaqueava na parede ela recebeu uma das piores noticias da sua vida:

Seus pais e sua irmã haviam morrido em um acidente de carro.

E seu mundo desmoronou.

Sozinha.Com uma criança de um ano que dependia inteiramente dela.Sem diploma.Morando de aluguel e cheia de contas pra pagar.Ela se viu tendo que se reerguer e montar novamente,por ela e por sua sobrinha,seu bebê.

Depois disso tudo,descobriu ainda que a menina tinha asma.

E ainda aquele dia horrível,o pior momento da sua vida,o choro convulso,aquelas luzes piscando,a cidade passando como um vulto…

“Os meninos na Etiópia,” se lembrou “tenho que pensar nos meninos na Etiópia.E nos mendigos.”

Foi interrompida pela parada do metrô na sua estação e,cedendo seu lugar para uma senhora que havia entrado naquele instante, ela saiu novamente para as ruas frias de New York.

Parou em uma “padaria de esquina” já conhecida, tirou o dinheiro contado centavo por centavo do bolso e pediu um café e um pão com manteiga senão morreria de fome até chegar à mansão.Mesmo que o percurso fosse pequeno,ela ia a pé e não comera nada desde a noite anterior.

Encontrando o senhor idoso dono da padaria a moça gentil começou um diálogo animado perguntando de sua esposa Maria e porque, ora pois, seu Manoel não iria á sua terra natal esse ano.

***

Apressada.

Um adjetivo que a definia bem nesse momento,embora não tivesse certeza que o termo fosse mesmo um adjetivo.Passara muito tempo conversando com seu Manuel e Maria e perdera a hora para por o pé na estrada. Agora enquanto divagava sobre o conceito de adjetivo e seus derivados andava a passos largos e rápidos pelas calçadas que a cada esquina se tornavam mais chiques e ornamentadas,torcendo para não chegar atrasada nesse dia tão importante.Irônico pensar que ela não fazia idéia do quão importante era realmente aquele dia.

 Ângela e Ben iriam a um casamento com Cristina,irmã de Ângela e assim Isabella ficaria sozinha na mansão com Lauren e as crianças que,até então nunca tinha visto as caras já que aparentemente eles nunca iam à cozinha.

Entrando esbaforida pelos portões do condomínio e acenando rapidamente para o porteiro a morena pôs-se a correr em direção a sua nova casa,torcendo para chegar na hora certa já que Lauren poderia estar precisando dela e reclamaria se a mesma chegasse depois do horário.

Pôs o avental imaculadamente branco,jogou as malas de qualquer jeito no quartinho dos fundos e correu para o fogão para olhar as horas no mostrador ao lado.

06:27.Ela tinha conseguido.Lauren acordaria só dali a meia hora,mesmo que a casa pegasse fogo ela não começaria a trabalhar mais cedo,e Bella correu para fazer o café da manha digno de um rei antes que a outra se levantasse.Ela não era má pessoa mas era mal-humorada e não gostava de crianças.Porque uma mulher se torna babá de nove crianças se não gosta de crianças Bella nunca entenderia.Ela só conhecia mesmo os caçulas e os animais de estimação que a família tinha em grande quantidade.Carlie e Anthony eram os bebês mais fofos que conhecera na vida,tirando sua florzinha, embora não tivesse muitos com quem comparar;quando os mais velhos iam a escola Lauren ficava somente com os dois e uma mais velha de dois aninhos que já andava por ai e dava muito trabalho então,quando ficava estressada (o que acontecia  com muita frequência) deixava os pequenos com Bella que estava geralmente desocupada.

Ela não tinha muito do que reclamar,adorava crianças e os dois eram uns anjinhos embora a babá mesmo fosse uma mal-amada dos infernos.

-Ah!A senhorita britânica já está aqui!Pensei que ia se atrasar novamente - disse ironicamente a voz estridente de Lauren que já vinha mal-humorada da dependência de empregados.

-Pelo amor de deus Lauren que bicho te mordeu?E o que você tem com isso?Pelo que eu me lembro quando Sue foi embora quem passou a gerenciar os serviços da casa foi Ângela e não você.-Respondeu.

-Que bicho me mordeu?Bom você ter perguntado!-Replicou histérica- o que me mordeu ontem foi a peste da criatura de dois anos que não queria a porra do vestido cor-de-rosa e saiu correndo pelada por aí até encontrar o moleque do irmão mais velho que fica se achando o adulto que anda por cima me xingou por ter feito a peste chorar depois de ter gritado com ela!Vê se pode?Quer mais algum motivo pro meu mal humor?-Continuou sem esperar resposta- Pois bem vamos enumerar:Tem a patricinha ridícula e mimada da filha mais velha que acha que tem o rei na barriga,a teimosa da anti-social loira que já bateu a porta na minha cara trinta e duas vezes desde segunda-feira,a doida que gosta de andar pela casa de skate e patins e quase destruiu a sala de estar,aquela bastarda da ruivinha pintando a parede do corredor no segundo andar com tinta vermelha e berrando comigo dizendo que eu era uma pobre sem cultura e que ninguém a entendia,ainda por cima a pirralha fazendo pirraça só porque não vai com a minha cara e as pestes dos gêmeos que não param de berrar um segundo sequer!-finalizou alterando a voz e recebendo um choro igualmente histérico em duas vozes- Viu?Eu não agüento mais isso.

Se dirigiu as escadas proferindo impropérios para deus,o mundo e principalmente o patrão que não conseguia se segurar dentro das calças.  

Isabella que ficara estática diante do monologo da outra deu de ombros ainda perplexa e começou com seus afazeres.

-Não entendo o que ela tem contra eles,parecem uns anjinhos.-Resmungou consigo mesma.-Ela é que não sabe lidar,grita o dia inteiro,elas vão acabar ficando traumatizadas,ou pior,surdas, com aquela voz irritante.

Assim que terminou de preparar o café a mulher parou na porta da cozinha.Por incrível que pareça seria a primeira vez que atravessaria essa porta.Ela nunca vira mais do que a cozinha,área de serviços e as dependências de empregados que ficavam anexas ao seu novo local de trabalho mas ela já ouvia sons vindos dos andares superiores da casa indicando que os moradores já estavam se levantando e ela tinha que se apressar se quisesse fazer seu serviço direito portanto se apressou em pegar a jarra de suco de laranja e uma bandeja, com todas as louças e talheres que esse povinho rico usava para comer o café da manhã,(como se fosse preciso algo mais que uma xícara uma faca e uma colher) e se encaminhar para a sala de refeições.

***

Deslumbrada foi como ficou ao atravessar a porta da cozinha.O ambiente aonde a grande família tomava seu café da manhã era linda.Bem clara e arejada com pé direito alto e grandes janelas no estilo vitoriano que contrastava divinamente com a decoração interior moderna com tons de creme,branco,vinho e marrom com móveis de madeira requintados e caros.

Em suma tudo o que ela nunca vira em toda sua vida;o contrário exato do seu refúgio simples e pobre no Brooklin. 

Depois de alguns minutos indo e voltando da cozinha já dava os retoques finais na mesa e também já podia começar a ouvir o início da gritaria.Definitivamente Lauren não prestava para cuidar de crianças.Os bebês que haviam parado de chorar recomeçaram seguidos de berros infindáveis das mais velhas,batidas de porta,nirvana começou a tocar ás alturas e tudo virou uma confusão já conhecida da cozinheira.Ajeitou a última rosa no copo de cristal e correu para a cozinha ouvindo o barulho da porta da sala de onde saíra sendo deslocada.(n/a é daquelas que empurra)

***

Exatos 23 minutos e 48 segundos.Esse foi o tempo que demorou para a crise.E essa,bom,essa superou todas as que presenciara na vida.Aconteceu assim:

Bella estava limpando a cozinha depois de ter preparado o café e enquanto lavava o último utensílio sujo de massa de panqueca e blueberry ela já podia ouvir os berros.Não que fosse muita novidade se ouvir berros numa casa com nove crianças e uma babá completamente pirada,e realmente ela até já se acostumara com os gritos estridentes,brigas,conversa e musica altas,mas daquela vez os gritos estavam extrapolando o nível do aceitável.

Nessie que mordia calmamente o seu chinelo e circulava por entre suas pernas se assustou quando uma Lauren ensandecida rompeu a porta da cozinha se dirigindo ao seu quarto na ala de empregados gritando a altos brados sem se referir a ninguém em especial.

-Pestes!Pra mim já chega,eu não fico aqui nem um minuto,faculdade de economia nenhuma nem chefe gostoso nenhum vale esse sacrifício,eu não aturo mais nem um dia desse inferno!Ele que pegue essa garota louca que gosta de morder os outros,a praga desse moleque que bota esse som infernal ás alturas e todo o resto e mande pra puta que o pariu!-Bella foi atrás dela assustada vendo a mulher toda descabelada e arfante jogando o resto de suas roupas de qualquer jeito na mala e fechando-a com fúria.

Lauren passou por ela como um foguete e parou por um segundo na porta da cozinha que dava no exterior da casa.Com um esgar vitorioso e um ar de escárnio estranho e maníaco ela se virou levemente para trás com o peito arfante e olhou para a mulher parada atrás de si com uma cara de total confusão enquanto ainda segurava o pano de prato.

-A gente se vê por aí,garota.Eu te desejo muita boa sorte com esses daí- ponteou as palavras com ironia e irrompeu porta-fora bruscamente deixando a morena perplexa para trás.  

 -Louca.-Murmurou consigo mesma ainda não compreendendo o que a estudante de economia fizera ainda a pouco enquanto se virava para o outro estremo da cozinha onde nove pares de olhos a fitavam..Uns com curiosidade,outros familiarizados e outros em choque.Principalmente em choque.

-O que você está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

Valeu por lerem.quero realmente saber o que acharam.Dicas?Criticas?Sugestões?Desculpe a falta de diálogo mas eu sou horrível nisso8B.



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