A Proposta - Agora Ou Nunca! - Hiato escrita por Mad Hatter


Capítulo 9
Um último desafio!


Notas iniciais do capítulo

Lembrar: nunca subestimar uma filha de Atena... Sempre superestime todos eles, aí não terá surpresas.



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Percy:

Entramos no acampamento quando já começava a escurecer. Já estava quase explodindo, tamanha era a minha ansiedade. Eu tinha de contar a ela de qualquer jeito. Não fazia ideia de como, mas que tinha de contar, eu tinha.

Só esse pensamento já me fazia sentir como se meu corpo fosse tomado por litros e litros daquele refrigerante que você balança muito mesmo, só para sacanear quem vai abrir, borbulhando sem parar até chegar ao meu coração, que faz o refrigerante todo explodir, como se você tivesse jogado um Mentos nele.

Eu tentei me concentrar no movimento calmo das pequenas ondas do lago, meio que tentando fazer meus sentimentos e emoções se acalmarem. Fiquei desse jeito até a hora de dormir, quando praticamente implorei a Atena que fizesse sua filha me contar tudo ou me matar de uma vez e me poupar de tanta curiosidade, e também rezei a Afrodite, para que ela me abrisse os olhos para o que eu não via, e me desse coragem para falar com ela.

Acho que nem é preciso dizer com quem ou com o que sonhei. Não é novidade nenhuma para todos que, obviamente, tive sonhos com Annie. A única novidade é que, no sonho, ela me contava sobre a conta misteriosa.

A conta. Tinha certeza que ela era a resposta para todos e cada um dos problemas que tinha em entender Annabeth, e que de uma forma que eu não compreendia, aquelas respostas me dariam a coragem que eu precisava para falar com ela.

Eu acordei ainda com a esperança de que Annie iria me contar hoje o que diabos estava acontecendo e também a verdade sobre a conta e os números nos bilhetes. Também esperava que, de certa forma, o dia passasse rápido como as flechadas de Apolo e Ártemis.

Cara, como eu estava errado. Mais uma vez...

Não só o dia foi um dos mais longos de minha vida como Annie também estava me evitando: desviava de mim quando eu chegava perto e me encarava brevemente com uma expressão relutante no rosto às vezes.

Todos nós terminamos nossas tarefas cedo demais, e não havia nenhum evento especial mesmo, então me encaminhei para a arena de esgrima. Já fazia mesmo um bom tempo que eu não brincava com a Sra. O’Leary .

Eu acredito que cães infernais, assim como os sátiros, também possam ler as emoções dos semideuses, pois assim que adentrei o lugar e a vi, ela estava deitada e desanimada próxima a uma pilha de bonecos de armadura cheia de palha, bem diferente do que normalmente ficava quando avistava um ser humano.

Sentei ao seu lado e lhe afaguei a enorme orelha.

– O que eu vou fazer, hein garota? – Pergunto mais para mim mesmo do que realmente para a cadela. – O que eu vou fazer?...

– Não espera que eu tenha uma resposta, certo? Afinal, não sou eu que estou apaixonada por Annie... – Júniper diz, saindo de trás do monte de pelo negro.

Enrubesci. Como ela ficou sabendo disso?

Então me lembro de que ela é a namorada de Grover... E que só havia uma resposta para essa pergunta: ele contara a ela.

–Olá Júniper... – Suspiro sem ânimo, sabendo que não adiantaria dizer nada para Grover. Ele sempre contaria tudo para a namorada.

–Desculpe Percy. Não acho que possa te ajudar a entender Annabeth. Só acho que você poderia dar o primeiro passo tomado alguma atitude, não acha? – Ela pergunta quase sussurrando, e se senta ao meu lado.

– Concordo... Só acho que pelo menos ela podia me dar uma dica de como fazer e entender tudo isso... – Suspiro de novo.

Não queria mais falar sobre aquilo. Tudo que eu queria fazer era caminhar até o meu quarto e desabar na cama macia e confortável, e depois de Júniper se levantar e sair de vista, crio coragem e me levanto também, a fim de seguir para o meu chalé. Luto um pouco contra minhas pernas, que por algum estranho motivo se recusam a seguir os comandos do meu cérebro, mas finalmente consigo chegar até a porta, e assim que a abro, corro e me jogo na cama. Lembro que o cobertor ainda está no armário, então me levanto impacientemente para pegá-lo, até que ouço um barulho de papel caindo no chão. Suspiro.

–Já estou farto desses bilhetes ridículos! – bravejo, pegando o papel do chão.

Só então o desdobro e leio, e uma compreensão súbita de tudo me invade e toma conta do meu corpo.

Viro a caixa de bilhetes sobre a cama e nem me importo quando o chifre de Minotauro escorrega pela borda e cai no chão. Em alguns segundos, coloco-os em uma ordem estranha, e percebendo, após ler a frase completa, que a resposta esteve ali o tempo todo para mim. Sempre.

A coragem que eu estava esperando havia chegado, assim como a minha oportunidade. Era perfeito. Absolutamente perfeito: Os códigos, números, palavras... Aquele era realmente um plano digno de Atena.

Já não conseguia raciocinar direito.

Tudo que eu sabia é que se tivesse dado o primeiro passo como Júniper disse, não faria diferença: Annabeth estava, no mínimo, 10 passos a minha frente. Eu havia passado bruscamente de “realmente sem esperanças” para “esperança está transbordando de mim”. Também sabia que eu estava correndo até o lago, que tinha o pôr - do – Sol atravessando suas ondinhas, e que a única coisa a qual eu realmente estava prestando atenção, era na menina loira de costas para mim olhando para tudo aquilo.



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Notas finais do capítulo

Fiquei com dó de vcs.
to postando agora, mais o próximo vai fikar para amanhã mesmo...
EU SO MTO MÁ NEH????
kkkkkkkkkkkkkkkkk