A Proposta - Agora Ou Nunca! - Hiato escrita por Mad Hatter


Capítulo 10
Enfim, o fim (da primeira parte)


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem arrumou um namorado superlindo? O{ME!!!)



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Annabeth:

Te (8) mando o último desafio: 4-5-1-8-3-6-7-2. Me encontre no píer quando descobrir...”

As palavras rodavam minha cabeça agora.

Na ordem correta, as palavras diziam tudo o que eu sentia por Percy quando escrevi cada um dos bilhetes. Lembro-me de quando lhe entreguei a conta, e que por conta de sua maldita dislexia, entendera tudo errado (a ordem das letras, que formavam as iniciais “P. J. S. T. A. C. D. A”, que, como no código, formava a frase “ Percabeth Juntos Sempre. Te Amo Cabeça De Alga.”.

Eu já sabia daquela história de “Percabeth” antes mesmo de Percy... EU havia falado sobre isso para Grover. Eu sempre fui a mente por trás de tudo aquilo.

Minhas mãos começam a suar frio enquanto o espero no píer, e começo a andar de uma ponta a outra com o nervosismo, tentando espantar tanto a ansiedade quanto os pensamentos de minha mente. Não quero ser pega de surpresa agora e falar algo que não devia. Devo manter a mente completamente vazia no memento. Como sempre, não consigo fazer isso.

Depois da revelação explosiva, começo a acreditar que ele ou não descobriu o código, ou também decidiu não vir. Certamente está tão nervoso quanto eu, então não duvido muito que ele não apareça assim tão cedo.

Espero mais alguns minutos, e quando estou a ponto de dar as costas ao mar e ao pôr do sol, sinto algo segurando minha cintura e se aproximando por trás, colando o queixo próximo a minha bochecha. A ansiedade do momento me congela, me impedindo de olhar para ele ou mesmo de me mexer, então o ouço pela primeira vez no dia, num sussurro profundo.

– É verdade mesmo? Tudo aquilo sobre... Você e eu?

Suspiro de volta, e respondo também num sussurro.

– Tudo. Cada mínima palavra...

Posso sentir seu coração batendo forte e de maneira completamente descontrolada nas minhas costas, e sinto que ele também estava esperando por um momento como esse para falar com todas as letras o que tinha de dizer a mim, então ele se aproxima mais de mim e sinto seus lábios próximos demais de meu rosto, mas ainda estou congelada quando ele diz.

– Sabe, eu... Eu também te amo.

Então, não consigo mais evitar. Viro o rosto na sua direção e encaro brevemente aqueles olhos de um azul profundo antes de beijá-lo, o que parece sobressaltá-lo um pouco, mas logo sinto seu corpo relaxar e seus braços novamente envolvem minha cintura, e os meus o seu pescoço. Ficamos assim por um bom tempo.

Aqueles lábios brincam nos meus de uma forma estranha, mas tão boa que me sinto forçada a acompanhá-los de um lado ao outro. Aqueles lábios perfeitos que tanto desejava e ansiava, agora finalmente são meus. Quanto mais tempo passamos assim, parece que mais ansiamos por um pouco mais de tempo nos lábios um do outro, então não hesito em continuar.

Não gosto nem um pouco quando ele se afasta de mim, me obrigando a respirar e principalmente a encará-lo, mas depois de tudo isso, não consigo evitar o sorriso que invade meu rosto, e posso ver que ele também não consegue.

– Então... Namorados? – Ele pergunta, ainda sorrindo, mas posso ver o tom de indecisão em sua voz.

Uma raiva súbita invade meu corpo. Como ele OUSA?!

– COMO É?! – Esbravejo, e o sorriso deixa seu rosto perante meu tom de voz. – VOCÊ ACHA MESMO QUE DEPOIS DE TODO O TRABALHO QUE EU TIVE...QUE EU TERIA A CORAGEM... A CARA DE PAU DE DIZER "NÃO"???

Diante da resposta, posso ver que ele está confuso por coonto do tom de voz que eu uso, mas logo sua expressão volta para o ar de aliviado, e ele volta a colocar meus braços em torno de seu pescoço e volta os seus para a minha cintura. Então, estou um pouco mais calma quando respondo sua pergunta com todas as letras.

–Namorados, então. – E volto a puxar sua boca para a minha.

O resto do dia, passamos como um casal quase normal de namorados (o que, agora, nós somos). Ele me pega no colo e pula no oceano. Eu grito, até me lembrar de que ele é filho de Posseidon e que pode formar bolhas de ar em baixo d’água.

Eu conto a ele tudo, desde meu plano com a conta, as letras nela, as palavras nas cartinhas, como eu sentia ciúmes de quando ele ria e ligava para Rachel quando não fazia isso comigo, até como eu finalmente me toquei do que estava acontecendo comigo e com ele, e pedi a ajuda do casal Grúniper para que Percy soubesse disso.

Ele também conta tudo, de quando percebeu que gostava de mim logo depois de nosso beijo no Monte Etna, de quando sentia ciúmes de Luke quando me via corar perto dele, e de quando foi para o treino de esgrima aliviar a tensão e acabou causando um pequeno terremoto. Os seus planos para me contar tudo isso nos almoços, mas de como todos eles fracassaram.

– Parece que não sou páreo para os planos de uma filha de Atena, não é mesmo? – Diz, com um tom irônico. Não perco a oportunidade de me fazer de boba e fingir que ele falava sério, então respondo a ele.

– Não, não é mesmo... – E me atiro em seu pescoço de novo, enquanto ele tenta se acostumar com meus beijos longos e repentinos.

O verão passou depressa depois disso. Eu e Percy soubemos aproveitar bem os treinamentos, que passaram a acabar não com fraturas e ossos expostos, mas com ambos rindo e se beijando (muuuuuito).

O triste mesmo foi quando tivemos que nos despedir depois disso. Se como amigos já era difícil ficarmos separados durante o ano letivo, imagine agora.

– Já arrumou suas malas, Cabeça de Alga? – Pergunto enquanto conversamos, pouco antes de meu pai chegar e me levar para casa. Ele dá de ombros.

– Não queria ir embora daqui, mas sinto muito a falta de minha família também...

Eu assenti. Também sentia falta da minha.

– Também gostaria de ficar mais tempo aqui, mas tenho que voltar para minha casa, minha escola...

– Mas você vai voltar no próximo verão, certo? – Diz ele, meio receoso com a ideia de ter que esperar mais alguns meses para me ver de novo. Eu ri.

– Você não vai se livrar de mim assim tão fácil. Não ouse pensar mais nisso... – Respondo, e com um beijo muito melhor que os outros (e mais longo também), nos despedimos.

“Que verão...” – Penso, enquanto me encaminho para o pé da colina, com um sorriso enorme no rosto. “Que verão...”.



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Notas finais do capítulo

Epílogo amanhã gente!!! Reviews please!



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