A Proposta - Agora Ou Nunca! - Hiato escrita por Mad Hatter


Capítulo 7
Eucaliptos e (mais?!) bilhetes


Notas iniciais do capítulo

Nota mental: Nunca subestimar as idéias de Quíron...



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Devo dizer que quase arranquei os cabelos quando vi Annabeth levantando-se e se afastando de mim para se preparar para a “guerra”.

Levanto num pulo para ajudá-la a recolher seus papéis espalhados aqui e ali, amaldiçoando a concha de Quíron em pensamentos nada educados.

Já estávamos prontos, esperando as novas instruções, e era óbvio que eu não era mais a prioridade de Annabeth, porque ela rodou praticamente o acampamento inteiro arrumando a armadura, o elmo, ou o que quer que fosse que se precisasse de ajuda.

Quando ela parou ao meu lado, Quíron bateu os cascos no Punho de Zeus, e aguardou o silêncio lá embaixo, que foi quase imediato.

–Heróis! Houve uma repentina mudança nos jogos de guerra: vocês deverão procurar pelo acampamento Peleu, e trazê-lo para o limite do bosque em segurança. Ninguém aqui sabe onde o dragão se encontra, já que ele fugiu pouco depois do almoço de hoje. – Ele fez uma breve pausa, sorrindo (era CLARO que o dragão não havia fugido coisa nenhuma... Eles o soltaram.), para que os acampantes tivessem algum tempo de digerir a situação e se acostumar ás novas regras, e continuou. – Os acampantes que realizarem a missão, ganharão uma... Surpresa especial.

Ele então bateu novamente os cascos na pedra, anunciando que a “brincadeira” havia começado.

Todos os acampantes saíram em disparada em direção ao bosque, meio perdidos quanto as novas regras. Só tive tempo de ver Annabeth colocando seu boné azul dos Yankees antes de sentir seu puxão impaciente na gola de minha blusa. Fui praticamente arrastado bosque adentro, com Grover e Júniper nos meus calcanhares.

Ao chegarmos próximos de plantações imensas de eucalipto, a mão invisível afrouxou na minha blusa, e a lembrança de Zöe Doce-Amarga falando de seu dragão, Ládon, antes de morrer, me invade tão rápido que quase desabo no chão.
“ Acredite em mim, se vós tivésseis hálito de dragão, também mastigaríeis eucalipto.”

Peleu era um dragão.

E eu estava no meio de uma plantação pequena de eucalipto. Muito provavelmente ele também estava por ali, mastigando alguma árvore.

O problema? Éramos só dois campistas, um sátiro e uma ninfa para levarmos um DRAGÃO INTEIRO até o limite do bosque antes que ele nos comesse ou aleijasse.

A parte boa? Tínhamos a isca perfeita crescendo aos milhares ao nosso lado.

Annabeth e Grover se jogaram no bosque pegando todas as mudas de eucalipto que vinham pela frente e jogavam dentro de um saco enorme que Júniper carregava. Não esperei que me chamassem. Me lancei atrás deles e comecei a arrancar mudas também. Em 15 minutos, não havia mais nenhuma delas no bosque.

Annie começou a criar uma espécie de trilha de folhas de eucalipto, que levariam o dragão até o ex-pinheiro de Thalia. A trilha, segundo Grover, seria achada pelo dragão, e ele não pararia de segui-la até que achasse a planta inteira, que jogamos ao redor do pinheiro.

Peleu chegou depois de algumas horas... e de ter atropelado uma dúzia de campistas e algumas árvores pelo caminho, se enrolando no pinheiro e nos tornando vencedores dos jogos.

Quíron no parabenizou novamente e nos mandou até a casa grande pelo nosso prêmio. Quando ele voltou, trazia consigo um conjunto de flautas de última geração (nem me pergunte...) para Grover, um vestido feito de flores de verdade para Júniper, um cachorrinho para Annabeth (ao qual ela chamou de “mini - O’Leary”), e para mim...

–Percy, devo dizer que o seu presente foi o mais difícil de escolher, mas... Acho que vai gostar dele depois de tanto tempo treinando e sem muita diversão por aqui...

Ele estendeu um folheto para mim, que li com certa dificuldade:

–Eu ganhei um dia em um parque aquático?

Quíron assentiu, dizendo que em dois dias iríamos para o parque aquático Aqualândia.

A verdade e que eu ficara feliz mais por que provavelmente teria outra chance de almoçar com Annie do que por ter um dia de diversão. Queria mais uma chance para poder conversar com ela, mas era óbvio que eu me expressava melhor escrevendo do que falando. Apesar de estar farto de bilhetinhos misteriosos, escrevi para ela, prometendo a mim mesmo que seria o último, e entreguei a ela durante o jantar, sem que seus meio irmãos percebessem, claro.

“Vai almoçar comigo no parque, não é?Afinal, depois do bolo que me deu, você me deve essa. O que vai querer comer?”

Ao se levantar e passar discretamente perto da minha mesa, Annabeth fingi deixar cair um papel bem na minha frente, e não volta para buscá-lo. Também finjo não ter visto absolutamente nada.

Abro o papel, tentando escondê-lo entre as mãos, e leio.

“Comida japonesa, é claro: alga (2) com peixe e tempurá de (7) camarão. Claro que sim Percy.”

Não levo a mal a parte cobre comer peixes, afinal, sei que Annie sempre gostou da arquitetura, comida e cultura japonesa, e antes de dormir, guardo o bilhete junto com os outros e com o chifre do Minotauro dentro da caixa,e desabo na cama.



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Notas finais do capítulo

Próximo cap. amanhã.... Reviews please?