A Proposta - Agora Ou Nunca! - Hiato escrita por Mad Hatter


Capítulo 6
Planos, estratégias e explicações


Notas iniciais do capítulo

Lembrete a mim mesma: Nunca mais aceitar ajuda dos filhos de Afrodite...



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Annabeth:

Não fiquei surpresa com a recepção calorosa de Percy. Fiquei muito feliz, mas tudo que eu conseguia pensar era algo como:

“Por favor, por favor, por favor, não repare na minha testa vermelha e inchada”.

Pela primeira vez nos meus 9 anos de acampamento, aceitei a ajuda dos filhos de Afrodite, que cobriram meu rosto com, no mínimo, 5 bases de cores diferentes (segundo eles para acertar o tom exato de minha pele), 5 camadas de um outro produto que não sei o nome, e me convencerem a passar debaixo de uma chuva de perfumes Dolce & Gabanna, Chanel, Carolina Herrera, e vários outros importados.

O pior de tudo era que a combinação desses tantos aromas era irresistível, o que achei muito esquisito: nenhum daqueles perfumes deveria combinar, mas de uma forma estranha, combinavam.

Soltei-me do abraço sufocante de Percy porque as pessoas do refeitório já estavam nos enviando olhares maliciosos, mas eu realmente não queria me soltar dele. Logo depois de me livrar da armadilha mortal de seu abraço, ele me fitou preocupado e me bombardeou de perguntas. Que fofo! Ele estava preocupado comigo...

–Pelos deuses Annabeth! Onde você esteve? O que aconteceu com você? Porque raios você não queria que eu fosse te ver?

Enrubesci com a última pergunta. Não podia simplesmente dizer a ele que não queria que ele me visse com a testa deformada e vermelha como um tomate fresco, então, primeiro respondi as outras perguntas:

– Eu estava no hospital, Cabeça de Alga. E como Júniper deve ter te falado, a bola-fogueira de Clarisse me acertou durante o treinamento. – tive uma brilhante ideia para a terceira resposta. – Quíron pediu para que eu repousasse até que ele tivesse certeza sobre a gravidade dos ferimentos. Não podia receber muitas visitas porque ficaria agitada demais...

Ele caiu nessa, e para a minha felicidade, voltou a puxar minha cintura para um novo abraço, agora sorrindo e mais tranquilo. Voltou a se afastar só para perguntar sobre o plano para hoje à noite, na captura da bandeira.

A verdade é que eu só sabia uma coisa: pelo menos dessa vez, não queria me envolver nos jogos de guerra. Mas como uma filha de Atena, não pude deixar isso transparecer, o que me levou a simplesmente repetir o que havia escrito no bilhete.

– Todos nós vamos ficar juntos. Vou bolar um plano depois do almoço.

A desculpa era novamente perfeita: eu não sabia qual seria o elemento surpresa que Quíron acrescentaria á captura de hoje, o que me daria o dia todo junto de Percy, para bolar um plano que muito provavelmente não iríamos usar, enquanto o casal Grúniper estaria ocupado namorando (como eu gostaria de estar ocupada daquele jeito também...), enquanto nós bolaríamos os planos de ataque e defesa (até parece...).

Essa noite seria eu, Percy, Grover, Júniper, o chalé de Ares, de Atena, de Hermes e mais alguns outros chalés menores contra os filhos de Afrodite, Hefesto, Dionísio, Apolo e alguns outros também, então não estava preocupada (exceto é claro pelo fato de Percy não ser meu namorado!), afinal, o chalé de Afrodite era formado por uns 26 campistas que odiavam jogos de guerra, por isso sentavam ao redor do Punho de Zeus e esperavam um vencedor. O de Dionísio era composto por 3 acampantes pequenos e pouco atléticos.

Provavelmente só teríamos problemas com os chalés de Apolo (que era contava com excelentes arqueiros, mas que não eram tão bons assim no combate corpo a corpo), e Hefesto (alguns grandalhões fortes e robustos que sozinhos ocupavam um cinema inteiro fácil).

Não estou realmente prestando atenção em Percy, até que percebo que estou praticamente no meio de um monólogo, então olho para ele e o pego me encarando com uma expressão um tanto quanto sonhadora no rosto enquanto eu escrevia e falava ao mesmo tempo.

Largo imediatamente a caneta vermelha que segurava e me inclino sobre o caderno na grama, encarando-o de volta. Ao ser surpreendida por ele, que continua sustentando o olhar, pergunto a ele:

– Percy, pode me dizer qual é a raiz quadrada de 4 mais 4?

Foi uma pergunta idiota, eu sei, mas só queria ter certeza se ele estava prestando atenção em mim. Ele volta a si depois de um tempo e responde:

– Sim... Errr... Claro. 2 é a raiz quadrada de 4. Dois mais 4 dá 6.

Não dou atenção à resposta porque percebo nossos olhares se cruzando novamente, mas dessa vez nossos corpos agem quase como ímãs, nos fazendo inclinar na direção um do outro.

“Isso iria acontecer uma hora ou outra mesmo...” – penso quando nossas testas se colam. – “Não existe razão para evitar isso, agora que eu sei o que ele sente por mim, não é mesmo?”.

Nossos narizes se unem, e um arrepio estranho percorre meu pescoço em direção à coluna. Agora posso ouvir e sentir sua respiração leve e calma, ainda que sinta que ele anseia o momento de nossos lábios se tocarem tanto quanto eu anseio.

Por apenas alguns milésimos de segundo para nossos lábios se encontrarem, somos interrompidos pela concha de caramujo que Quíron assopra.

Já é noite. E temos 5 minutos para nos preparar para os jogos de guerra.



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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo em breve...Reviews, please!



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