– Claro! Eu vou ver se a Sam também quer ir - dei um risinho timido, vou ver se a Sam também quer ir? Se mata Zoey.

Ah, mas é assim? Vai conhecendo uma garota e já convida ela? Estou sonhando. Afinal era só uma festa, ele não estava me convidando para sair, ainda mais, ele disse, nos acompanhar. Louis me puxou para fora do quarto, - tenho que me lembrar de agradecer a ele - e fomos caminhando pelo corredor.

– Então... Qual seu quarto?

Acho que eu fiz uma cara de retardada porque ele percebeu que eu não lembrava.

– Tudo bem, vamos descer e perguntar senhorita amnésia.

Louis ficou tagarelando ao meu lado, que nem um disco furado, acho que ele ganhava de narrador de futebol. Ele me explicou sobre o "Boo Bear" e me contou mais algumas estórias que não pude deixar de rir. Descemos para o saguão principal, mas o que aconteceu foi meio inesperado. Pela minha pessoa é claro. Na porta do lado de fora, havia muitas, tipo, muitas mesmos, fãs gritando e cantando. Eu fiquei espantada. Realmente, quanto amor.

– Ops, é melhor eu ir! - ele já foi saindo de vista e acrescentou - da uma passada lá no quarto depois! É legal ter uma garota que gosta de Guitar Hero!

Eu ri com seu comentário, então fui perguntar para mulher sorridente o número do meu quarto. Ela me falou e comentou algo do tipo - A senhorita Smith está procurando por você. - Acho que tem algo a mais que ela não falou como: Ela está procurando você, para te matar.

Subi para meu quarto 850, anotado, não posso esquecer. E abri a porta recebendo um monte de xingamentos.

– Onde você se enfiou? Eu fiquei te procurando a tarde inteira Parker! Pensei na possibilidade de você ter sido seqüestrada, estuprada, assassinada! E ainda desliga na minha cara o que tava pensando sua louca?

Essa é a Sam preocupado.

– Calma senhorita Smith, estou bem, só houve um imprevisto...

– Zoey! Onde você estava?

Então, eu conto ou não conto? Vai que ela fica braba comigo, ou sei la o que, céus, demorei demais para mentir.

– Zoey...? - me tirou dos meus pensamentos com um tom de dúvida.

– Você não vai acreditar...

– E outra, com quem você estava porque... - começou uma linha de raciocínio, mas eu a interrompi.

– EU ENTREI NO QUARTO DA SUA BANDA PREFERIDA! - fui para o outro canto do quarto e me atirei na cama.

Contei toda a história pra ela com detalhes de camarote, então a única coisa que ela falou foi:

– NÃO BRINCA!

Eu comecei a rir, não tenho como descrever a cara dela, foi um rosto sonhador...

– ME LEVA, AGORA!

Isso foi um mandamento. Mas já era tarde da noite, então convenci ela - depois de muito tempo - de irmos no outro dia de manhã.

o o o

Acordei novamente com a Sam em cima de mim. Tive que gastar todo meu esforço para levantar, mas em minutos estávamos prontas para entrar na operação quarto. - ér...

Então subimos até o nono andar, logo acima do nosso, e, dessa vez, eu não me esqueci o número do quarto.

Bati na porta com a esperança de encontrar aqueles mesmos olhos que ontem abriram para mim, pensei que não haveria problemas em levar uma garota histérica até eles, mas ao invés disso, quem abriu foi uma senhora, creio que fosse a camareira.

– Hun, oi, com licença... - dei uma olhada para Sam que estava meio perdida - os meninos estão?

Acho que ela não entendeu.

– Os garotos que estão nesse quarto? - continuei.

– Ah, não tem ninguém nesse quarto, querida.

– Ah... Obrigada.

A little blond ficou meio irritada, pois ela saiu para longe batendo as pernas.

– Ei, Sam! - Corri atrás dela e segurei seu pulso.

Ela virou-se bruscamente e começou a despejar um monte de palavras para cima de mim.

– Então é isso, vai dizer que errou o quarto? Sabe, não talvez você não queria dizer o quarto. Ou quem sabe foi uma historinha para passar o tempo... Sabe de uma coisa deixa pra lá!

Eu nunca a vi assim, mesmo, ela estava irritada, brava e a ponto de chorar.

– Ei, Sam, porque eu inventaria uma coisa dessas? - tentei abraçá-la, mas ela me afastou.

– Sabe o quanto eu sonho em conhecer os meninos? O tempo que eu fico pensando neles e você simplesmente consegue achar o quarto deles assim sem mais nem menos, - não tenho culpa se uma pequena porcentagem da minha vida se chama : coisas imprevisíveis que acontecem com a Zoey, e, elas ocupam uns 95% - e agora nem o quarto é o certo, e você não está nem feliz parece que foi uma coisa normal e... - vi lagrimas brotando em seus olhos.

– Ei, calma, - dessa vez ela deixou que eu a abraçasse. - Mas eu tenho certeza que era esse quarto.

– Ai sua tonta, tu não é boa com números esqueceu? - ri do seu comentário.

– PUTA QUE PARIU!

– O QUE?!

– Eles mudaram de quarto, Zayn comentou que teriam que trocar de quarto por causa das fãs.

Ela ficou meio sem jeito, não me dei conta que era uma fã que estava ali na frente do suposto quarto da banda.

– Deixa de dramaticidade, vamos lá em baixo perguntar. - falei puxando minha amiga fanática.

Descemos para o saguão e fui direto com a SS, - senhora sorridente.

– Olá! - Dei meu melhor sorriso. - Poderia me informar o quarto... - hesitei por um momento, - do Liam, Liam Payne?

Ela me olhou com um tom de dúvida, que não durou muito, pois logo descubri suas palavras que iam me decepcionar.

– Desculpe, não posso lhe dar essa informação.

– Por quê?

Nossa, Zoey, porque será hein? Talvez porque já tentaram perguntar? Eu tenho que parar de falar de mim em 3ª pessoa, sério mesmo.

– Olha, tenho ordens para não dar esta informação a ninguém.

– É que eu esqueci meu casaco no quarto deles, sabe como é. - espero que ela não cheque a temperatura elevada.

– Então acho que você pode achar o quarto novamente. - Merda! Ela deu um de seus sorrisinhos.

Achei que ia funcionar essa do casaco, mulher esperta, argh. Sam se aproximou de mim e dirigiu a palavra para SS.

– Sabe, minha amiga aqui tem um problema em lembrar de números. - a loira deu um sorriso, ela realmente sabia ser simpática, por um momento pensei que a SS teria caído no papo.

Então os olhos da balconista se dirigiram para a blusa da Sam. Adivinha que blusa ela usava?! Se você falou uma do One Direction, parabéns!

– Segurança! - A mulher gritou para um guardinha na porta. FUDEU.

– Sabe, nós já estamos indo, obrigada! - Sai puxando Sam ao meu lado, que mais ia quicando do que caminhando, tropecei umas vezes, Sam parecia um defunto.

Parei para recuperar o fôlego, então olhei para minha amiga, ela parecia realmente abalada.

– Ótimo! Porque eu tinha que estar usando essa merda de camiseta? Aquela vaca que não vai dar o número do quarto, espero que caia um meteoro em cima da cabeça dela.

Arregalei meus olhos e no momento seguinte eu e Sam estavamos morrendo de rir.

– Ah, isso não vai ficar assim... - eu tinha um plano, muahahha, parei. - Vem, tenho uma idéia.

– Ei, ei, Sherlock o que é?

– Cala a boca e me segue!

– Sua louca isso nunca vai dar certo!

Deixe-me explicar a minha idéia: eu e a Sam pegamos roupas mais formais e iríamos fingir ser agentes ou qualquer outra coisa para conseguir o número do quarto dos meninos. Simples assim, não? Então, nós estávamos vestidas com blazers pretos e com coques baixos, eu peguei uma maleta que achei pelo hotel, enquanto Sam carregava alguns papéis. Não estava uma maravilha, mas acho que passava.

– Ah, vamos, você não quer conhecer os garotos? - parei em sua frente e fiquei encarando-a.

Ela hesitou por um momento, acho que sou um pouco mais aventureira nesse aspecto.

– Ta bom! Mas se der errado alguma coisa e nós formos presas você vai ver!

Admito que não pensei na possibilidade de sermos presas, mas creio que isso não vá acontecer. Como eu não sou estúpida, obviamente nós não fomos perguntar para SS novamente.

Assim, Sam foi perguntar para um carinha que estava pelo corredor e eu fui perguntar pra uma camareira. A camareira não sabia, pude ver em seus olhos que ela não estava mentindo.

– Porque você quer saber o quarto desses bixas? - ouvi uma voz masculina.

– Porque eu preciso. - Captei a voz da Sam irritada, problemas. Ninguém fala mal do One Direction perto dela. Acredite, eu já tentei fazer piadinhas.

Então me aproximei da minha "companheira de trabalho" para não haver uma 3ª guerra mundial.

– Hun, quem você é mesmo? - o garoto perguntou.

– Sou uma agente que fui contratada para os garotos, mas eles passaram o número do quarto errado...

– Sei... - ele pareceu não acreditar nessa história.

– Então...

– Nate.

– Então Nate, eu e minha assistente... - no momento que ela falou isso os olhos do garoto passaram para mim.

Tentei esconder meu rosto e desviar, fingi que estava apreciando um quadro, mas não funcionou.

– Ei, eu conheço você!

– Oi? Não, não conhece.

– Você é aquela garota da festa.

Enquanto isso Sam me olhava com cara de retardada.

– Festa? - Tentei me fazer por desentendida.

– É, moletom da Miney... Eu não ia esquecer. - Completou a frase com um sorrisinho, ai eu mereço.

– Eu? Miney? - tentei disfarçar meu nervosismo com um riso abafado. Não funcionou. - Ai, ta. Garoto do folder. - bufei. Não ia conseguir ficar enganando ele.

Porqueeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?

– O que vocês querem, hein?

– Não te interessa. - Revidei.

– Bom, acho que o que me interessa sou eu que decido. - argh.

– Não, é, da, sua, conta.

– Acho que agora é, não? - Ai, espero que ele cai da escada e um guarda-chuva atravesse o estomago.

Gente, como eu sou do mal.

– Sendo ou não sendo, eu não vou te falar, vem Sam.

– Braba assim? - ele soltou uma risadinha.

Estraga planos desgraçado. Puxei Sam até o elevador, ela estava irritadíssima.

– E agora?! O que eu vou fazer? Como eu vou viver sabendo que eu poderia ter conseguido conhecer os meninos?! - ela gritava pra mim, mas não exatamente pra mim, deu pra entender, não?

– Ah, para de drama...

– Vai, dizer que tem outra idéia?

– Na verdade... - ela me fitou com raiva.

– Mesmo?

– Se nos vestíssemos de camareiras? - abri um meio sorriso.

– Não Zoey, sem essa de incorporar outro alguém. - falando assim até parecia algo do mal. Ela se se encostou na parede do elevador brava.

Ficamos em silencio até a porta do elevador se abrir. Saímos andando até a porta do nosso quarto, mas uns metros antes Sam virou uma vítima da Medusa.

– Uou, o que ouve?

– É O PAUL! O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI?

– PAUL?! PAUL MCCARTNEY?! ONDE?! - gritei, na boa, a única coisa que eu enxergavam era um homem grande, com um sobretudo preto parado a alguns metros da nossa porta.

– Han? - A loira me olhou meio perdida. - Sua tonta, não! Não é esse velho!

– Que Paul? - perguntei. Não ouve resposta. - Sam?! Sam, Sam... SAM!

– Oi?

– Que Paul?

– O Paul! Paul Higgins!

– Ah... sei. - sei de nada.

– Ai, será que eu tenho que te explicar tudo? - Ela falava parecendo que teria que explicar que 2+2 é 5.

To brincando. Eu sei que é 4.

– Ér? Paul... han, ta, aquele... Paul, sei... - enrolada legal!

– É o segurança dos garotos, - ela deu ênfase em segurança - mas acho que ta mais pra baba mesmo... - ela riu sozinha. - Vem.

Então me puxou e nos escondeu atrás de uma planta. Estou me sentindo em uma missão secreta!

– Porque santos estamos aqui?

– Shiu, quer que ele nos ouça? - ela respondeu.

Minha cara naquele momento era parecida com uma reação, WTF?

– Sam, mas se aquele é o segurança... - ai deuses, eu estava começando a raciocinar.

– É tolinha, isso mesmo! Eles estão em algum desses quartos!

– Mas... - hesitei por um momento. - Cara! Você é muito sortuda!

Ela deu uma risada animada e então me falou:

– Vamos entrar.

– O que? Tu não ta pensando em bater na porta deles, né? Nem sabe qual é e...

– No nosso quarto, anta!

Oh sensibilidade. Eu... Esqueci que nosso quarto era aqui. Sam me puxou mas eu segurei ela atrás da planta.

– Fecha essa casaco, não é bom o Paul ali ver sua camiseta...

Passamos por ele normalmente, - fingindo ser duas garotas completamente normais - ele apenas nos deu um olhar desconfiado, parou em frente a uma porta, de frente para nossa, e então deu um sorriso amigo.

– Acho que o quarto deles é na nossa frente! - Sam gritou, gritou mesmo, enquanto fechava a porta.

– Fala baixo, se não daqui a pouco eles não estarão mais ai...

– Ah, por favor.

Ela abriu uma fresta da porta, ajoelhou-se e ficou olhando com uma super espiã caçando gnomos. Eu realmente acho que uma hora ela ira cansar, mas, como eu não conheço esse amor de fã, - pelo simples fato de que a metade de quem eu sou fã estar morto ou se decompondo, - deixei quieto.

– ZOEY! - acordei do meu cochilo com o grito estridente da Sam.

– O que? O que?! Quem morreu?

– AI SANTA VODKA!

– O QUE FOI? - perguntei novamente.

– É ELE!

Ao invés de perguntar de novo, fui e espiei pela fresta da porta, em cima da cabeça da Sam. Ela deu um gemido por causa do meu peso em cima dela, então pude ver quem era o quem.

Paul não estava mais ali - supus que tinha entrado no quarto, e Zayn estava virado para o extintor - será que ele queria ser bombeiro? - não, ele estava olhando seu reflexo. Depois eu sou a anormal.

Então ele se virou.

Desculpe, pulei uma pequena parte. Porque aposto que se dependesse dele, ficaria ali mais uma hora se apreciando. Agora que analisei bem, UAU.

O que aconteceu foi o seguinte:

Eu, tonta como sou, fui tentar ver um pouquinho melhor, - para apreciar mais daquele lindo corredor é claro - acabei empurrando um pouco mais da porta, e assim, caindo no chão, a porta se abriu, eu dei de cara com o lindo carpete. Eu ia ficar com um pára-raios na testa, perfeito.

– Ai.

– Você está bem? - Zayn tentou me ajudar, então ele viu meu rosto e deu um sorriso - Zoey?

– Zayn? - meu rosto deveria estar mais vermelho do que um tomate.

– O que você estava... - ele olhou diante de mim, - Han, sua amiga está bem?

Olhei para traz e Sam estava mais branca que fantasma com farinha. Acho que não comentei que ela ama o Zayn, não é? Pois então, ela ama, ama, ama, ama, ama, ama, ama, muito o Zayn.

E nessas horas que eu não tenho o que falar:

– Sam, Zayn! Zayn, Sam!