A Casa Imoral escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 10
Troca de Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Cês devem tá puto por eu colocar Kyte, Gackpo ao invés de Kaito e Gakupo, né? É por causa do VanaNIce e resolvi deixar assim nessa fic, mas só nela.



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Todos sentados e com o olhar desviado. Len e Rin esperavam a sentença de Kyte, ainda abalado pela primeira vez que fora chamado no colégio.

_Então. Não vão falar o que aconteceu? –Kyte.

Len estremeceu, mas começou a dizer o que seria o fim de uma relação fraternal e saudável entre os moradores da casa.

_Estou namorando. –Len.

Kyte arregalou os olhos. Ele não esperava por isso…quer dizer então que era verdade. Ele estava namorando com Nero.

_Você é muito novo, Len. –Kyte meio embaraçado com o assunto que o incomodava.

_Só porque eu sou novo não quer dizer, que, eu não tenha que gostar dele. –Len cruzando os braços.

_Não falei isso. Ah, Len, porque está pensando nisso agora? Olha só o que aconteceu! De repente isso vira nossa vida de cabeça pra baixo e você já está me respondendo como se fosse muito grande pra isso. –Kyte meio irritado com a atitude do loiro.

Len se encolheu um pouco. Ele devia isso ao Kyte, ao Gackpo, mas agora estava retribuindo com uma rebeldia infantil.

_Mas você não pode e nem a Rin pode me impedir de namorar. Eu já tenho 14 anos. –Len ficando vermelho e encarando Kyte.

O azulado sentiu-se desrespeitado e decepcionado. Era agora que Len nunca ia enxergar todos seus sentimentos, ele queria mesmo namorar com Nero.

_Você tem que se concentrar em estudar. Por experiência própria, as pessoas namoram e na maioria das vezes é com a pessoa errada. –Kyte.

Rin e  Kuro assistiam tudo em silêncio. Não entendiam o porque de Kyte estar com a aquela cara, e Len estar tão decidido.

_Mas eu preciso saber quem é a pessoa certa. –Len diminuiu o tom de voz.

Kyte engoliu e seco. Queria dizer que amava ele, que ele era a pessoa que o completaria. Mas ele não podia, de todas as formas, fazer isso.

_Você pode começar a procurar sim. –Kyte com um olhar sério.

Len sorriu olhando Kyte. Mas o azulado só ficou mais sério.

_Mas aos 16. –Kyte com uma pose de pai mandão.

Len sentiu-se desabar. O sorriso sumiu e ele ficou com os olhos azuis celestes cheios de água.

_Len…? –Rin chamando-o fraco.

Len se levantou, com as lágrimas caindo, e saiu correndo escadas acima. Rin tentou ir atrás dele, mas Kuro a pegou pela mão e a sentou. Kyte estava impassível até o loiro sumir no corredor de cima, depois abaixou a cabeça e passou as costas da mão no olho para não mostrar o quanto estava triste pra os outros dois.

_Kyte-nii. –Rin se aproximando.

_Rin, mais tarde eu falo com você. Fique à vontade, Kuro. –Kyte se levantando com as franjas cobrindo os olhos e andando para seu quarto.

Kuro estava melancólico também. Sentiu estar ferido…ele era meio que parte de Len e Rin, e os dois estavam emocionados. Era uma mistura de raiva, tristeza, pena e decepção.

O rapaz se abraçou e Rin veio ao seu encontro, estranhando o modo em que ele se encontrava.

_Kuro? –Rin com expressão culpada.

_Vocês…vocês estão tão tristes. –Kuro soltando lágrimas.

_K-Kuro? O que foi? –Rin.

O rapaz começou a chorar, ele estava sentindo toda a dor das emoções daquela família. Rin o sentou e o abraçou.

_O Len está muito mal. –Kuro.

_Ele vai ficar bem… -Rin.

_Ele nunca mais vai ser o mesmo…nunca mais… -Kuro se encolhendo.

Rin sentiu o peso e ficou preenchida pelo medo. Len nunca mais…

_Kuro, por favor, o que houve? –Rin acariciando os fios.

_E-Ele…*soluço*…v-vai f-f-icar tr-riste por muito *fungada* tempo. –Kuro enxugando os olhos.

_Isso é normal, Kuro. –Rin tendo vontade de chorar ali também.

A menina só não se derramou porque provavelmente Kyte e Len estavam morrendo afogados no próprio choro, Gackpo não estava lá e Kuro era sensível aos sentimentos expostos da família, então alguém deveria ser o pilar: ela.

Na hora do jantar, Rin chamou Miku e ela fez uma comida razoável, mas apenas Kuro e ela ficaram na mesa, ele melhor.

_Não pensei que isso pudesse acontecer. –Kuro mexendo na comida.

_O que? Briga? –Rin.

_Não…eu sentir os sentimentos profundos de vocês. –Kuro.

_É. Isso pode ser ruim. –Rin.

_Não acha melhor levar algo pra Len e Kyte comer? –Kuro.

Rin assentiu, colocando uma porção média pra cada um. Rin resolveu levar pra Kyte, já que Len ainda não estava totalmente bem com ela.

Kuro entrou sem pedir licença e sentou-se na cama de Len. Ele deixou o prato do criado-mudo e balançou a bolota de cobertas.

_Eu-não-quero-conversar. Sai. –Len.

Kuro suspirou e arrancou as cobertas com violência, sendo fuzilado pelo olhar avermelhado e frio de Len. Ele sentiu raiva crescendo no peito do loiro.

_Você tá com muita raiva, Len. Não fique assim, tudo se ajeita. –Kuro o abraçando.

_N-NÃO DÁ! –Len o abraçando e voltando a chorar.

Kuro ficou acariciar os cabelos dourados. Ele amava os dois gêmeos. Ele não gostava, desde o dia em que resolveu ficar com eles, ver seus rostos demonstrando fome, tristeza, solidão, rejeição.

_Vocês são tudo pra mim. Eu só quero ver vocês felizes. –Kuro se lembrando das inúmeras vezes em que roubou de peixarias, açougues, barracas em forma de gato apenas para alimentar as crianças.

_V-Você…eu… -Len sem entender nada, apenas continuou agarrado ao maior.

_Pode chorar, Len. Mas tira a raiva de Kyte daí do seu peito…ele só quer seu bem. Ele te ama. –Kuro medindo as palavras.

_E-ele não me deixa fazer minhas escolhas… -Len esfregando o rosto no ombro de Kuro.

Kuro suspirou. Garoto traumatizado o Len.

_Escuta, Len, o Kyte quer que você olhe bem em volta, pra você perceber quem realmente se importa com você. Não adianta você namorar o Nero e dizer que está tudo bem, porque vocês nem se conhecem tão bem assim…na verdade, você não conhece nem a Rin. –Kuro em um tom calmo, mas  firme.

_E-E quem você acha que é pra me falar essas coisas?! –Len empurrando o outro com raiva.

_Quando você amadurecer e pensar melhor eu digo. Porque pra sua irmã eu já falei…ela conquistou minha confiança. Mas e você? –Kuro meio provocativo.

_E-EU…! –Len berrando com a raiva e a tristeza abatendo forte.

Kuro se aproximou e enxugou as lágrimas do garoto.

_Porque veio aqui? –Len se recompondo aos poucos.

_Imaginei que estava com fome. –Kuro olhando o prato e pegando-o.

_A-Arigatou… –Len abaixando a cabeça e pegando o prato.

O loiro agradeceu e comeu lentamente. Tinha muitas coisas para conversar com Kuro, também tinha dúvidas e curiosidades que talvez ele pudesse esclarecer.

Rin conversava com Kyte, consolando-o da melhor maneira que conseguia. Ele comia e chorava ao mesmo tempo, e a menina baixinha apenas lhe acariciava o cabelo.

_Kyte-nii, eu não sabia que você via o Len assim. –Rin arriscando.

Ele não respondeu, só enxugou o rosto com a manga e continuou comendo. Ele limpou a boca e se virou, abraçando Rin.

_Rin-san, obrigado. Eu não queria preocupar ninguém, não quis magoar o Len. Ele não vai me entender… -Kyte segurando-a levemente nos ombros.

A menina sorriu terna e passou a mão na face esquerda de Kyte, aconchegando-o. Ela depois deu-lhe um beijo na testa.

_No fim você é uma criança também. Mas ainda é um dos nossos dois melhores amigos...ou três. –Rin com um riso.

_É mesmo. Cuide bem dele, ok? –Kyte afagando os cabelos loiros.

_Ossu! –Rin dando mais um abraço.

Ela saiu correndo gritando: “Vê se melhora, nii-san!”.


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Notas finais do capítulo

Que chororô!!! Não é meu gênero o sentimentalismo exagerado que as pessoas põe nas fics de romanceeu odeio. Eu faço na média, nem umas coisas selvagens com tiros, sequestro (se bem q normalmente eu ponho sequestro), choro, melado, atropelamento, nada disso.
Tudo com ecchi e hentai, com acontecimentos normais, nada muito forçado e extraordinário, apenas a verdade dos acontecimentos românticos maduros. (Q blefe, eu nem namoro p/saber).



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