Castiel P.O.V –

Cheguei à escola com a menor vontade de ficar lá. Eu seguia para a minha sala, quando vejo uma rodinha de garotas e garotos. Me aproximei disfarçadamente pra ver do que se tratava:
– Vai ser muito legal na praia, não é mesmo Alexy ? - Dizia Armin.
– Sim, vai. – Respondia Alexy.
– Que tal a gente chamar à novata? – Dizia o treinador do clube de basquete, Dajan.
– Ótima ideia. – Disseram Melody e Morganne em coro.
– Ela é bem bonita não é? – Dizia Alexy.
– Eu a acho bem gentil. – Nathaniel falava.
Percebi que Melody já notava minha presença. Então dei um jeito de sair despercebido pra sala. Não podia acreditar, essa garota chegou ao colégio á poucos dias e já tem tantos amigos assim? Ah, mas quer saber, ela não vai á praia com esse bando de pessoas sem mente. Não vai mesmo. – Eu dizia, enquanto dava um sorriso malvado. Cheguei à sala, e tratei de colocar meu “plano maligno” em ação.
– Professora. – Disse eu me direcionando á mesa do professor.
– O que foi Castiel?
– Será que posso ir embora? Minha cabeça dói, e não paro de... – cof, cof – Tossir. – Falei ensaiando minha tosse falsa.
– Tem certeza que não está bem? – Dizia a professora desconfiada.
– Abso... – cof, cof – luta. –
– Parece que você não está bem mesmo, pode ir. – Disse ela expressando pena na voz.
– Bobinha. – Sussurrei enquanto saia da sala.

Mari P.O.V –

Cheguei em casa e coloquei um curativo naquele galo enorme na minha testa. Mamãe e Joe haviam saído pra comemorar o noivado deles, e com toda certeza não iriam voltar tão cedo. Marta estava de folga. Então fiquei sozinha em casa. Coloquei um short e uma blusinha e desci lá pra baixo, liguei a TV e fiquei assistindo. Quando escutei o barulho da porta, e vi Castiel.
– O que faz aqui tão cedo? – Perguntei enquanto abaixava o volume da TV.
– Eu... Peguei um resfriado.
– Também né, você pegou aquela chuva fria até a escola.
– É... Melody te ligou hoje?
– Ãm? Ah, ela ligou me chamando pra ir à praia hoje.
– Você vai... ?
– Vou claro, vai ser ótimo sair, e conhecer mais os garotos da escola e...
– Atchim! – Espirrou Castiel.
– Castiel, você tá mesmo doente? – Perguntei enquanto levantava do sofá. E levava a mão até a testa de castiel medindo sua temperatura. – Você não está com febre, mas é melhor ficar de cama. – Falei.
– Tá bem. – Ele subiu lá pra cima.
Fui até meu quarto, e comecei a arrumar minhas coisas. Peguei meu biquíni, toalha, protetor solar, óculos... Estava com certo remorso de deixar Castiel sozinho e resfriado ali na casa. Mas e daí, ele não liga pra nada mesmo, e acho que ele iria brigar comigo se eu dissesse que iria ficar pra cuidar dele. Em questão de minutos eu estava pronta. Coloquei meu biquíni, uma regata e o short. Peguei minha mochila, e desci lá pra cozinha. Achei melhor fazer um chá pro Castiel antes de sair, afinal foi culpa minha que ele ficou gripado. Se eu não tivesse pegado o guarda-chuva, ele não teria se molhado. Fiz o chá e levei até lá em cima, abri a porta do quarto de Castiel, e ele estava lá, como sempre jogado de bruços na cama.
– Castiel, tá dormindo? – Falei.
– Não... Pode entrar. – Dizendo isso, ele se sentou na cama e me fitou.
– Você vai sair ainda?
– Vou ué. Olha te fiz esse chá, é bom pra melhorar a gripe. E você nem está tão gripado assim, nem com febre ta. Vai ficar bem. – Dizendo isso, eu sai, e fechei a porta do quarto.

Castiel P.O.V –

Droga! E agora o que eu faço? Ela não vai sair... Não mesmo... Peguei o termômetro do meu lado, e mergulhei-o naquele chá fervendo. Gritei a Mari, e coloquei o termômetro na boca.
– A-Acho que estou com fe... –Atchim. – bre. – Falei.
Ela entrou no quarto, pegou o termômetro e se assustou.
– C-Castiel, você está ardendo de febre!
– E agora? Vai sair e me deixar aqui sozinho nesse estado? – Falei sorrindo.
Ela revirou aquele par de olhos azuis, e me fitou de modo sinistro:
– Tá legal Castiel, tá legal. Você ganhou, eu não vou mais sair! Mas... Você está doente, então quem manda aqui agora sou eu. E pra começar, tenho vários métodos e receitas pra curar gente doente. – Disse ela dando um sorriso macabro.

Castiel P.O.V -

– O que eu fui fazer [...] – Pensei comigo mesmo, enquanto ela me fitava com aquele sorriso macabro.