Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 46
Slipped Away


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas do meu core u.u.
Primeiramente queria agradecer a essas lindas, que recomendaram a história:
— Jackeline Petrova
— Wheny

chorei com a recomendação de vocês *-* :')
Também obrigada a todos que favoritaram e comentaram esses dias. *w*
Vocês são uns lindos ç.ç

Bem, e por favor nau me matem pela demora ;-; Deve ter quase ou mais de um mês que não att, mas eu tava muito ocupada D: Juntou natal, formatura, ano novo, viagens, falta de crédito etc hsajksd, e não deu pra postar :v Mas, eu estou de volta e com um notebook novissimo que vou poder escrever sempre *u* A história já está no seu final, mas ainda quero postar muitas outras u_u



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Acordei e Castiel não estava na cama. Observei ele em pé se trocando. Corei na hora e desviei o rosto. Escutei o barulho da porta se fechando e conclui que ele já havia ido. Também me levantei, escovei os dentes, penteei o cabelo e coloquei uma blusinha de gatinho e um short desfiado.

– Bom dia Dona Helena. - Sorri vendo a senhora na cadeira saboreando uma torrada.

– Bom dia Mari. Que bom que acordou. - Levantou-se. - Preciso ir ao mercado e resolver umas coisas, você e Castiel cuidam da casa?

– Mas e a mamãe e o Joe? - Perguntei.

– Foram para a empresa. Estou indo querida, cuide bem da velha casa. - Pegou a bolsa e saiu.

– Até mais... - Disse, meio contrariada com a situação.

Sentei sozinha á mesa colocando leite na caneca de bolinhas.

– Cade a vovó? - Castiel chegou á cozinha coçando a cabeça.

– Ela foi ao mercado...

O ruivo deu de ombros e se sentou, também pegando uma caneca.

– Dormiu bem? - Ele deu sorriso de canto.

– Não me provoca, Castiel. - Rolei os olhos.

– Hoje a noite você consegue dormir sozinha ou vai ter que ir para minha cama de novo? - O ruivo se levantou e foi até a bancada.

– Você diz essas coisas, mas eu sei que você gostou de dormir comigo. - Dei uma risadinha e ele ficou vermelho, não por vergonha, mas sim raiva.

– Argh! Você me enlouquece garota. - Ele disse e se virou ficando de costas para mim, seus braços estavam apoiados na bancada.

– Diz que não é verdade? - Fui até ele o abraçando por trás.

Eu não sabia porque estava provocando-o, já tinhamos terminado a três meses, e ele não era nada mais do que o meu ex. Bom, até eu brigar com o David e ter que dividirmos o quarto. Isso nos aproximou de algum modo, e era quase como se nunca tivessemos terminado. Para mim Castiel continuava sendo o meu ruivo, e esse sentimento me irritava.

– Não é. - Ele não olhou para mim, mas também não me afastou.

– Então porque não olha pra mim?

– Porque você faz isso, Mari? Fica brincando com os meus sentimentos. - Ele cerrou os punhos, ainda de costas.

– E-Eu não faço isso...

– Ah é? E o babaca loiro? Vocês estão tendo um caso.

– Não tenho nada com o David. Eu gosto muito dele, como amigo.

Castiel virou-se abrupdamente segurando firme os meus ombros, colocando-me de frente para bancada.

– Eu queria muito, mas não acredito nisso. - Seus olhos acizentados penetaram fundo os meus.

– E nisso, você acredita?

Passei minhas mãos em seu pescoço e toquei os nossos lábios com urgência. Ele hesitou, mas correspondeu abrindo mais a boca, cedendo passagem á minha língua. Agarrei firme os seus cabelos, enquanto ele segurava minha nuca. Enlaçei minhas pernas em sua cintura e suas mãos foram para minhas coxas, sentando-me na bancada. Continuava o beijando cada vez mais intensamente, quando um barulho totalmente importuno nos desperta.

– É a campainha. - Ele disse recuperando o folêgo.

– Pode ser a mamãe, ou a Dona Helena. Fica ai, eu vou lá. - Desci do balcão ajeitando minha blusa e meu cabelo rapidamente, enquanto ia até a porta.

Meu coração pulou algumas batidas quando a abri.

– David!?

– Mari. - Ele sorriu torto.

– O que está fazendo aqui? Você não pode...

O empurrei para fora enquanto fechava a porta, temendo que Castiel viesse atrás de mim.

– Você sumiu.

– E você queria o que quando me expulsou de sua casa? - Revirei os olhos.

– Não te expulsei... Só pedi para não voltar.

– É a mesma coisa. - Fiz uma careta.

– Olha, me perdoa. - Segurou minhas mãos. - Eu senti tanto sua falta, quando estava sozinho me dei conta do quanto suas visitas eram importantes. - Seus olhos violetas estavam intensos, e o seu cabelo loiro levemente despenteado.

– Eu sinto muito que só se deu conta disso agora.

– Por favor, vamos conversar?

– Mari, quem era? - Escutei Castiel gritar de dentro da casa.

– Aqui não. - O puxei e fomos andando até um parquinho ali perto. Tinham árvores, muita areia, um balanço velho e um escorregador descascado. David se sentou embaixo do salgueiro e eu o acompanhei.

– Eu sei que você ainda gosta daquele ruivo de farmácia, mas eu vou lutar por você, pelo seu amor. Eu te quero muito. - Ele encarou o nada e o meu rosto esquentou.

– Você não sabe o que está dizendo.

– Eu tenho certeza. - Segurou minha mão.

– Não David. Você acha que me ama porque se sente bem comigo. Porque eu alivio a dor que você sente toda vez que lembra da sua irmã. Você quer ficar comigo, numa tentativa inútil de achar que posso preencher o buraco no seu coração. E isso não é amor, é necessidade.

– Uau... - O loiro soltou minha mão.

– Eu não posso suprir essa dor, muito menos preencher esse vazio. Ele vai continuar existindo em você para sempre, porque ela se foi e não vai mais voltar.

Ele mordeu o lábio, e eu vi uma lagrima escorrer do canto de seu olho direito.

– Mas. - Segurei seu rosto. - Você pode viver e principalmente ser feliz com essa dor.

– C-Como? - Sua voz saiu falhada.

– Transforme ela em lembranças felizes, em momentos que você viveu com a Debrah. E ai, não vai doer mais. Claro que vai bater saudade, mas doer, nunca mais.

– Eu queria me esquecer dela. Queria bater a cabeça no poste até conseguir ter um Alzhaimer. Se eu não posso ter ela de volta, então queria nunca ter a tido.

– Eu sei como você se sente. Eu perdi o meu pai.

David me olhou surpreso.

– Eu sei como é enlouquecer aos poucos. Eu sei como é sentir esse vazio obsoleto e amargo. Eu conheço essa dor, eu conheço a negação David. Em todas as festas de Natal que mamãe dava em nossa casa, papai estava lá, a ajudando com o Peru, com enfeites de Natal enquanto eu teimava em querer abrir meu presente antes da hora, e ele brigava comigo dizendo que eu tinha que ser paciente, e esperar até meia noite, se não o papai Noel ficaria decepcionado. Eu me lembro perfeitamente de quando o Peru não foi á mesa aquele ano em que ele se foi. Como os enfeites não pararam em nossa porta e de como o papai Noel não nos visitou. Eu lembro, de como tudo ficou amargo e preto e branco sem ele. Eu sei como é olhar para o nada desenhando o seu rosto numa nuvem, ou em um canto qualquer da parede. Eu sei como é querer partir a cabeça ao meio em um poste tentando apagar lembranças inapagáveis. Eu sei.

Só percebi que também chorava quando senti o gosto quente da lágrima em meus lábios.

– Mas. - Limpei o rosto com a manga da blusa. - Eu aprendi que não adiantava lutar, porque eu ia continuar me lembrando, mas não precisava continuar sofrendo. Eu honro sua memória toda vez que espero o relógio apontar meia-noite para abrir os meus presentes. Eu honro toda vez que sorrio quando desenho seu rosto em uma nuvem, ou em uma parede. Eu honro sendo forte, continuando minha vida por mim e principalmente por ele.

Funguei, enquanto mais lágrimas rolavam soltas pelo meu rosto.

– Se eu consegui, você também consegue. - Murmurei baixinho. O loiro chorava como um bebê na maternidade.

– Eu consigo. - Ele secou o canto dos olhos com as costas da mão.

– Vem cá. - Lenvantei-me e ele também.

Nos abraçamos apertado. E eu acariciei seus cabelos bagunçados.

– Eu tenho que ir agora, você vai ficar bem?

– Vou, pode ter certeza. Obrigada, Mari. - Deu um beijo em minha testa.

– Até mais David.

– Até mais, Mari. - Ele acenou e então saiu, seus ombros estavam leves e ele caminhava como se tivesse tirado um peso das costas.

Voltei para casa, e encontrei mamãe, Joe, Helena e Castiel com cara de enterro, no sofá.

– Ela chegou. - Helena disse, sua voz estava pesada.

– Filha. - Uma lágrima escapou do olho esquerdo de minha mãe.

Joe e Castiel me fitavam como se tivessem acabado de ver um cachorro abandonado em um temporal.

O que diabos tinha acontecido?


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? :B ainda tenho mais capitulos para postar, que nau vão demorar. *w*
Gente, eu escrevi uma One-Shot hentai com o Castiel u-u é a primeira vez que escrevo algo assim mas eu achei que ficou muito bom *w* Será que posto? Quem iria ler? u-u
Até o proximo s2