Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 34
Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo grandão pra vcs. *-* Nome bem criativo que eu dei hajshkahj, Um agradecimento especial a linda da Rebeca que recomendou a historia faz dez dias e eu só vi agora ;-; super feliz ~ pula ~ Obrigada de coração



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Mari P.O.V –

Minha cabeça doía, sentia como se um trator tivesse passado por cima do meu corpo, meus olhos pesavam e mal conseguia abri-los. Estava em casa, deitada na minha cama. Ainda usava o mesmo vestido vermelho de ontem, porém, estava sem as sandálias. Levantei peguei a toalha rosa jogada na mesinha do quarto, e fui em direção ao banheiro. Depois de tomar um banho demorado, vesti um short solto, e uma blusa de moletom branca. Me senti aliviada por tirar aquele vestido do corpo. Não conseguia me lembrar de nada que havia acontecido ontem. Tentei puxar minha memória pra ver se resgatava algo sobre a festa, porém minha cabeça latejava e doía demais para pensar qualquer coisa no momento. Meu estomago roncava, estava faminta. Desci as escadas onde vi mamãe sentada no sofá da sala comendo alguns cookies enquanto via algum programa desinteressante.

– Que bom que você acordou. – Ela sorriu se levantando do sofá vindo até mim. – Se sente melhor filha?

– Mãe... Acho que sim, minha cabeça dói. – Sentei no sofá enquanto roubava um de seus cookies. – O que aconteceu ontem?

– Você passou mal. – Ela foi em direção á cozinha voltando com uma sacolinha nas mãos. – Comprei alguns remédios pra você. – Ela se sentou ao meu lado.

– Porque não me lembro de nada? – Coloquei a mão na cabeça, massageando-a de olhos fechados. –Que dor insuportável. Mamãe me entregou um copo com água e um comprimido que engoli antes que ela pudesse falar algo.

– Deve ter sido a tensão, você passou o dia inteiro no salão, não tinha comido nada. Ainda bem que o filho do Robert te trouxe pra casa. – Ela sorriu pegando o controle da TV.

– Quem... ?

– David. O filho mais novo. – Mamãe ergueu a sobrancelha estranhando minha falta de memória. David... Ele me trouxe para casa? Forcei minha memória e visualizei mentalmente algumas partes do dia anterior... Vejo escadas, uma piscina e uma garrafa de vinho. Droga! David me embebedou! – Coloquei o copo com água na mesinha de centro, deitando no colo de mamãe. Não queria me lembrar de mais nada, só fechar os olhos e esquecer tudo. Pelo menos por agora.

– Ela tá melhor? – Escutei passos e uma voz familiar invadia o ambiente, porém, estava cansada demais para abrir os olhos. Adormeci.

Acordei novamente na minha cama. Estava me sentindo melhor, mais leve. Um vento gelado soprava no quarto, a janela estava aberta. Sentei-me devagar, minha cabeça não doía muito agora. Fui até a janela e me assustei, o céu já estava escuro e tinha nuvens carregadas. Deus, eu dormi a tarde inteira?! Calcei os chinelos e abri a porta do quarto, a casa estava totalmente silenciosa e escura, onde foram todos? Escutei uma musica vindo do quarto do Castiel, pensei em ir chama-lo, mas, ainda estava puta por ele ter me abandonado ontem. O vento veio mais forte e fez com que a porta do meu quarto batesse, causando um estrondo pela casa. Foi quando o ruivo apareceu.

– Você acordou. – Ele sorriu correndo até mim me apertando num abraço confortador.

– Castiel... – Recuei de seus braços. – Cade a mamãe?

– Ela foi fazer compras com meu pai, daqui a pouco voltam. – Ele me apertou novamente em outro abraço.

– Dá pra parar de ficar me abraçando? Qual seu problema? – Recuei novamente cruzando os braços.

– Eu que te pergunto, qual o seu problema? To morrendo de saudades. – O ruivo franziu o cenho emburrado.

– Você me abandonou ontem! Me deixou sozinha naquela festa com aquele bando de pessoas metidas... Quer dizer, quase sozinha. – Eu sorri provocando um olhar fuzilador em seu rosto.

– Arranjou companhia?

– Sim. E foi muito bom. – menti, David tinha me embebedado no final das contas. – A gente dançou. – Eu sorri de canto.

Seu rosto ficou vermelho. – Também né, aposto que estava linda com aquele vestido. – Ele corou como se imaginasse a cena.

– Bem, você nunca vai saber. - Descruzei os braços, dando ás costas para o ruivo indo em direção a cozinha.

– Mari. – Ele pegou minha mão. – Eu tinha um assunto sério para resolver, não fica brava comigo. Por favor. – Ele dizia com olhos pidões, que me fizeram amolecer.

– E-Então me diz que assunto era esse, e vou pensar se te desculpo.

– Eu não posso. – Ele disse sério ficando cabisbaixo. Estranhei, porém continuei firme.

– Então nada feito Castiel.

– Você me deve isso, eu te carreguei do sofá até sua cama, você apesar de parecer magrela, é bem pesada. – Ele riu enquanto eu corava.

– Foi você que me trouxe até minha cama? – Perguntei hesitante.

– Você tava dormindo no sofá quando eu cheguei, sua mãe me pediu pra te levar até seu quarto. – Ele sorriu. – Foi ótimo ter você em meus braços... Você dormindo é tão linda... Parecia com um... – Sentia meu rosto do esquentar, esperando ele finalizar a frase. – Um bicho preguiça, toda esticada nos meus braços. – Ele soltou um riso sacana, que me fez ter vontade de socar sua cara.

– Idiota! – Revirei os olhos saindo de perto dele, que me puxou pela mão mais uma vez. – O que você quer Castiel?! Que saco! To com fome porra! – Bufei.

– Calma, boquinha suja. – Ele riu. Como se ele fosse um anjinho não é. – Eu quero saber quem foi essa companhia que você arrumou, com quem dançou e porque passou tão mal. – ele me puxou pela cintura me envolvendo. – Caso se lembre, ainda sou seu namorado, mereço satisfações!

Eu queria, mas não podia contar. Enquanto eu estava bêbada, sabe se lá o que aconteceu. E mesmo assim, eu ainda estava sóbria quando aceitei dançar com David, e isso foi um erro... Mal conhecia aquele garoto, só sabia que ele era perigoso, e vivia me ameaçando por causa de uma ficha! Droga Mari, onde você tava com a cabeça! – Passei a mão pelos meus braços e um arrepio me percorreu. – Agora eu tinha, de qualquer jeito me lembrar o que havia acontecido ontem!

– E-Eu não vou te falar. Você não quis me falar sobre o “assunto importante” que tinha que resolver ontem, então estamos quites! – To com fome! – Falei encerrando o assunto da festa. Ele me fitou desconfiado porém cedeu, e não tocou mais no assunto também. Fomos para cozinha, e ele não me deixou preparar nenhum miojo sequer, colocou na cabeça que se cozinhasse um jantar para mim eu o perdoaria por ter me deixado sozinha na festa. Era fofo vê-lo tentando ser romântico. Por fim eu também acabei cedendo, me joguei no sofá e fiquei assistindo uma série qualquer enquanto esperava o tal jantar. Depois de algum tempo, ele apareceu na sala me chamando para comer. Estava todo sujo de molho, presumi que ele preparava macarrão ao algo do tipo.

– Pronta para o jantar Mi lady ? – Castiel sorriu estendendo a mão para mim.

– Você tá todo sujo. – Eu ri, pegando em sua mão me levantando do sofá.

– Queria ter tomado banho e aparecido todo cheiroso para você. – Eu corei. – Mas você tá morrendo de fome branquela, não queria te fazer esperar mais.

Castiel estava agindo de forma estranha, estava romântico demais, não que eu não gostasse, queria que ele fosse assim mais vezes, apesar de também gostar do Castiel reclamão de sempre. Ele me levou até a área da piscina, onde dava para ver o céu, tinha uma pequena mesinha para dois lá, estava escuro, o local era apenas iluminado por umas velas de essência que Castiel espalhou pelo local. Na mesa pude observar dois pratos, ele tinha preparado macarrão com um molho branco, parecia apetitoso. Ainda tinha uma rosa dentro de um jarro com água, e guardanapos! Não podia acreditar que tinha sido Castiel que preparou aquilo, um tradicional Jantar a luz de velas. Não era a cara dele de maneira alguma fazer isso, mas eu, sinceramente estava amando.

– É incrível! – Ele que vinha cobrindo meus olhos com as mãos o percurso todo, ficou feliz ao ver minha reação de surpresa. – Você fez isso tudo? – Eu sorri observando cada detalhe do local.

– Um cara apaixonado vira babaca não é mesmo? – Ele sorriu corado devolvendo o olhar para o chão.

– Cast! – O abracei apertando meu rosto contra seu peito. – Você não é babaca, é um lindo! – Meus olhos se fechavam enquanto ele correspondia ao abraço. Percebi que não conseguia sentir raiva dele por muito tempo, e não sei se isso era bom ou ruim, só sei que aquela noite, tudo que queria era pertencer á ele, meu ruivo.

O resto da noite com ele foi maravilhoso, tudo ao lado dele era incrível. Além de ele ser um cozinheiro e tanto. Eu não sabia que ele cozinhava tão bem, nem sabia que ele cozinhava. Eu sorria enquanto pensava na possibilidade de ter um marido que cozinhasse para mim toda noite. Conversamos sobre assuntos variados senti que estava mais próxima dele, e cada vez mais apaixonada.

– Cast... To com sono. – Reclamei para ele que me olhou com a boca suja de molho. – Tá sujo aqui. – eu ri passando meu polegar pelos seus lábios para limpar.

– Mas já? Você dormiu a tarde inteira, é um bicho preguiça mesmo. – ele ria enquanto recolhia os pratos.

– Não sei porque, mas minha cabeça ainda dói e me dá sono toda hora. – Bocejei. –

– Isso é coisa de quem toma porre. – Ele me olhou desconfiado. – Você bebeu Mariana?

– N-Não Castiel! Vou subir! – Finalizei o assunto enquanto ia em direção a porta da frente quando ele me puxou por trás.

– Calma. Eu subo com você. – Ele sorriu dando um beijo no meu pescoço.

Subi e fui direto pro banheiro, tomei a terceira ducha do dia, estava fazendo muito frio, então liguei o chuveiro na temperatura máxima. Sai do banheiro toda vermelha, como eu era muito branca, meu corpo ficava vermelho por conta da água. Abri a porta do meu quarto e Castiel estava sentado na cama. Corei e fiquei mais vermelha do que já tava.

– O que tá fazendo aqui? – Meu rosto esquentava, eu tava só de toalha. Ele me fitou dos pés a cabeça e soltou uma risada aguda que me fez corar mais ainda e sentir raiva. – O-O que foi?

– Você tá parecendo um tomate. – Ele ria. – Tava tomando banho em tinha vermelha? – Peguei a almofada em cima da cadeira e joguei na cara dele.

– Estúpido! Água quente me deixa assim. – Eu bati os pés no chão enquanto expulsava-o para fora. Garoto irritante meu Deus! Vejo que aquele Castiel romântico foi embora mesmo. – eu sorria lembrando do jantar. Coloquei uma calça de moletom lilás que tinha um pano fino, e uma regata branca com alças finas. Calcei minhas pantufas de gatinho pretas, e deitei na cama me encolhendo no lençol. Não tava conseguindo dormir, estava frio mesmo embaixo das cobertas. Escutei a maçaneta da porta girar, mas não abri os olhos, fingi que dormia.

– Bicho preguiça. – Escutei a voz do ruivo e o peso de seu corpo, ele tinha se sentado na beirada da cama. Sentia sua respiração perto do meu pescoço, ele tinha se aproximado mais. O que ele tava querendo? Seus dedos acariciavam meu cabelo, senti seus lábios tocarem minha bochecha. – Boa noite. – Ele sussurrou ao pé do meu ouvido, fazendo com que eu me arrepiasse, escutei seus passos se distanciando e a porta fechando novamente. Que fofo. – Eu sorria abrindo os olhos. – Será que ele fazia isso toda noite? Vinha no meu quarto enquanto dormia para me dar um beijo? Me encolhi mais ainda no lençol, estava muito frio, mamãe e Joe não tinham chegado, eu me sentia solitária, não queria ficar ali sozinha. Levantei da cama arrastando a coberta felpuda e roxa comigo, passei pelo corredor e bati devagar na porta do quarto de Castiel estava apenas escorada, ela se abriu lentamente, e pude vê-lo jogado na cama, fuçando no celular. Usava uma blusa cinza de mangas compridas e uma bermuda. Assim que ele escutou o barulho se virou e ficou parado me fitando em frente a porta.

– O que faz aqui? Você tá parecendo uma criança quando tem pesadelo e vai pro quarto dos pais. – Ele sorriu ainda deitado na cama. - Ainda mais com essa coberta enorme e essas pantufas de gatinho. – Ele veio em mim direção.

– Desculpa... Eu só não consigo dormir. – grudei a coberta em mim como se me servisse de proteção. Ele deu um riso disfarçado. – O que foi? – Falei irritada. – Melhor eu voltar pro meu quarto! Saco Castiel! – Bufei.

– Não... Desculpa, é que você é tão pequena e embrulhada assim fica menor ainda. – Ele sorriu passando a mão pela minha cintura, me envolvendo num abraço acolhedor.

Devolvi o abraço. Como era pequena, meu rosto ficava na altura de seu peito quando o abraçava, assim podia sentir seu coração.

– Posso dormir aqui com você? – Perguntei. Não podia ver seu rosto, e nem queria, estava com vergonha demais para isso, então permaneci com o rosto afundado em seu peito, esperando uma resposta.

– É claro. – Ele disse com uma voz doce que nunca tinha escutado dele antes, era como se quisesse muito. - Mas e sua mãe? De manhã com certeza ela vai te procurar no seu quarto.

– Eu acordo bem cedo, e volto pra minha cama. Ela não vai saber, juro. – Apertei sua camisa com minhas mãos, enquanto colava mais ainda meu rosto em seu peito. Eu estava frágil naquela noite, precisava de sua companhia, precisava do meu ruivinho comigo.

– Então tudo bem, vai ser um prazer. – Não pude ver, mas tive certeza que ele deu um sorriso malicioso quando disse aquilo. Me desprendi do abraço indo em direção á sua cama. Era de solteiro e bem pequena, estava escorada na parede, me encolhi no canto dando espaço para ele se deitar comigo. Castiel apagou a luz, iluminando o quarto com o celular, ele se deitou de frente pra mim, e ficamos nos encarando alguns instantes. Ele passou sua perna por cima da minha embaixo das cobertas, e me pegou pela cintura me puxando para perto dele, mais colados, impossível. Eu corei na hora, mas, gostei da sensação de tê-lo tão perto.

– Mari. – Senti seu halito fresco de hortelã enquanto ele falava. Devia ter acabado de escovar os dentes, isso me dava vontade de beija-lo.

– Oi? – Murmurei baixinho.

Ele parecia pensar por alguns segundos, depois suspirou e disse. – Nada. Deixa.

– Fala Castiel. – Cutuquei seu peito por baixo da coberta. – Não me deixa curiosa.

– Não é nada, já falei. – Ele parecia irritado.

– Fala! – O olhava séria, enquanto ele fechava os olhos fingindo que ia dormir. – Castiel! Por favor! – O sacudia que nem se mexia. – Droga, será que ele dormiu mesmo? Tentei chamar ele mais algumas vezes, porém, foi em vão então desisti. Fechei meus olhos e tentei dormir. Alguns minutos depois, o escutei murmurar perto de meu ouvido.

– Eu te amo. – Ele disse baixinho, certamente pensou que eu havia dormido, meu rosto ferveu e eu me encolhi mais ainda. Ele nunca tinha falado isso antes, por mais que quisesse responder o mesmo, não queria deixa-lo pensar que eu estava acordada. Iria ser muito vergonhoso para ambos. Dormi nos braços dele com um único pensamento que ecoava na minha cabeça: Também te amo Castiel...

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Notas finais do capítulo

É isso, jaja posto mais.