Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 32
Violeta a cor do mal. – Festa de gala part. I


Notas iniciais do capítulo

quem ainda estiver acompanhando deixa um review só pra eu saber e continuar postando. *-* Thanks!



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P.O.V Castiel –

O almoço foi um saco, mas tenho que admitir que a lasanha que a minha sogrinha faz é deliciosa. Ela veio com um papo esquisito sobre eu e Mari termos ficados sozinhos em casa a semana toda, além disso, ela e papai ficaram se olhando o tempo todo durante o almoço. Será que eles desconfiavam de alguma coisa? Aquele chute que a baixinha tinha dado na minha perna estava doendo, pé de ferro daquela garota. Era só cutucar ou algo do tipo, simples. Subi pro quarto, tirei a camiseta e me joguei na cama. Senti meu celular vibrar e o fitei. – Uma nova mensagem – David. –

“Pensou no que te falei Castiel? Ela tá ficando impaciente, quer te ver logo cara, decide.”

Porra! Eu ia mesmo fazer isso? Reli a mensagem várias vezes e respondi receoso. Meu coração apertava. Joguei o celular em algum canto do quarto, e fui tomar banho. Eu tinha um lugar para ir hoje á noite, e infelizmente não era na festa do meu pai. Iria mesmo deixar a Mari sozinha? Eu tinha prometido para ela. Droga! Droga! Soquei a parede enfezado, percebi que minha mão havia ficava vermelha com o soco, e agora, doía muito. Mas, não tanto quanto o meu coração.

Mari P.O.V –

Já eram 20:00 horas, passei o dia todo no salão com mamãe, mas felizmente estava pronta. Subi direto para meu quarto colocar aquele vestido extremamente exagerado. Ele se encaixou perfeitamente ao meu corpo, se ajeitando a cada curva, subi o fecho, ajeitei os detalhes e pronto. Com medo fui até o espelho, fitei o meu reflexo e fiquei impressionada. Aquela no espelho nem se parecia comigo. Meu cabelo negro que geralmente ficava liso escorrido até a cintura, hoje possuía cachos magníficos. Meus olhos azuis acinzentados estavam marcados pelo delineador e a sombra preta, que contrastava com o batom vermelho aveludado que usava. Ainda não estava bom, faltava uma coisa. Fui ao meu relicário e tirei um par de brincos de prata que meu pai havia dado para mamãe quando ainda namoravam. O coloquei delicadamente, agora estava perfeito. Sorri em frente ao espelho, imaginando o quão orgulhoso ele ficaria de sua pequena agora. Escutei a voz da minha mãe do outro lado da porta me despertando do meu transe. Já estava na hora. Fechei a fivela da sandália, me olhei no espelho mais uma vez antes de ir, e sai. Era desconfortável andar com saltos tão grandes e finos. Sentia que iria cair a qualquer momento. Desci as escadas cautelosamente segurando no corrimão, ela e Joe estavam no pé da escada esperando por mim. Estavam muito elegantes. Mamãe usava um vestido Azul Celeste longo com decote em V, que valorizava muito suas curvas. Joe usava um terno preto e possuía um sorriso encantador. O ar exalava um perfume doce e muito bom.

– Então podemos ir. – Exclamou Joe tirando do bolso as chaves do carro.

– Mas e o Castiel? Ele tá se arrumando ainda né? Ele sempre se atrasa. – Eu sorri. – Eles me fitaram com uma cara de enterro que meu sorriso se desfez.

– Castiel não vai querida. Ele disse que tinha um compromisso importante. – Mamãe explicou paciente. – E você deve conhecer Castiel, não aceita receber uma ordem, ele saiu e eu nem notei. – Acrescentou Joe.

Meu sangue ferveu e minha vontade era procura-lo onde estivesse e esmurra-lo. Como assim ele me abandonou cara? Argh! – Fechei os olhos inspirando fundo tentando recuperar a calma, se não mamãe e Joe desconfiariam.

– Ok, certo! – Forcei um sorriso. – Vamos. – Espere. – Mamãe me pegou pelo braço. – Você está fantástica nesse vestido. Quem diria, minha menininha. – Ela soltou um sorriso gentil e seus olhos me fitavam de cima a baixo carinhosamente me fazendo derreter por um instante. – Fica bem ai, vou bater uma foto!

– O que? Não mãe... Eu não gosto de tirar fotos, droga! – Ela já estava com a maquina fotográfica em mãos.

– Esses momentos tem que ser relembrados. Agora sorria. – Joe ria discretamente da situação, e mamãe aguardava um sorriso meu, que estava com cara emburrada.

– Não to com vontade de sorrir mãe, nem com um pingo de humor, vai sair uma droga essa foto. – Revirei os olhos.

– Então se lembre de um momento feliz, você vai sorrir automaticamente, assim consigo a foto. – Ela me olhava esperançosa, com a maquina apontada para mim. Pensei em alguns momentos, mas nenhum deles me fez sorrir, eu estava desanimada, queria arrancar esse vestido e esses saltos e correr pro meu quarto, me enfiar debaixo das cobertas ouvindo musica até dormir. Foi ai que me lembrei de quando dormi na cama de Castiel com meu pijama azul que me fez corar, lembrei quando nos beijamos pela primeira vez embaixo daquela arvore, e quando ele me salvou de cair da escada. Lembrei-me de todos os momentos com aquele maldito ruivo, que sem perceber sorria como boba, e provavelmente devia estar corada. Ele despertava em mim razões que até mesmo eu desconhecia.

– Tic. – Um flash de luz me atingiu me tirando dos meus pensamentos. Voltei com minha cara amarrada. – Pronto mãe, conseguiu sua foto, agora vamos. Cruzei os braços indo em direção á garagem. Em poucos minutos já estávamos no salão. Haviam vários carros estacionados por lá, provavelmente estava muito cheio.

O salão era muito espaçoso, o que imaginei ser uma simples festa na verdade era como o evento mais importante do ano. Havia mesas espalhadas por todo lugar, todas elas com plaquinhas de reserva em cima, perto da parede ficava uma mesa enorme, com vários petiscos para se servir a vontade. Era iluminado por grandes lustres de cristais e ainda possuía uma pista de dança e um bar colorido. Imaginei que deviam ter drinks, batidas e tudo mais. Mais afastado de tudo havia uma escada semelhante aquelas de castelos de contos de fada. Era de uma madeira bem antiga, e percebi que levava a portas desconhecidas no andar de cima. Pra finalizar tinha um palco, onde uma banda desconhecida tocava ao vivo. Acompanhei Joe e mamãe até uma mesa, onde sentavam um homem que aparentava ser um pouco mais velho que Joe, e junto dele uma mulher visivelmente esnobe. Logo entendi que eram os parceiros comerciais de Joe. Eles se levantaram e vieram nos cumprimentar.

– Você é Giulia certo? – O homem disse se aproximando de mamãe. – Joe falou muito de você. – Ele disse dando um beijo em sua mão. – E você é a enteada, Mariana, certo?! Estou encantado, que família linda. – Ele sorriu e eu estendi minha mão envergonhada para ele.

– Sou Robert, e essa é minha esposa Verônica. – Ele disse se juntando á mulher que nos fitou cumprimentando por pura obrigação. Ela tinha cara de nojenta e minha vontade era vomitar em cima daquela mulher. Meus instintos não me enganam, quando não dou bem com uma pessoa de cara sei que tenho razão. Nos sentamos a mesa, e notei que tinha um lugar vago.

– E onde estão os seus pequenos Rob? – Joe perguntou se dirigindo ao colega de trabalho.

– Ele estava na mesa de petiscos á pouco, daqui a pouco aparece. – Ele sorriu. – Sabe como são esses adolescentes. – E a garotinha? – Joe indagou amigável.

– Ela chegou de viagem hoje e já foi rever os velhos amigos, tão ocupada que nem teve tempo de vir. – Robert olhou para mim. – Vocês duas se dariam bem, são parecidas e devem ter a mesma idade. – Ele sorriu e eu revidei sem graça.

– Ela estava viajando sozinha nessa idade? Que incrível. – Mamãe disse se juntando a conversa.

– Na verdade foi uma viajem de estudos. – Verônica soltou. – A alguns anos atrás ela teve problemas com sua antiga escola Sweet Amoris, então foi terminar estudos numa escola mais qualificada para ela. – Ela sorria vangloriosa deixando mamãe sem graça.

– Sweet Amoris é a escola mais qualificada de Londres. Que pena que sua filha não teve condições de permanecer, tem que ser esforçar bastante. – Eu revidei dando um gole na taça que o garçom acabava de colocar na mesa. Verônica estava pronta para continuar aquela discussão quando vi alguém se juntar na mesa conosco. Aqueles olhos violetas. David, o garoto novo do colégio?! O Olhei surpresa que estava indiferente. Me cumprimentou como se nunca tivesse me visto antes.

– Prazer família Corleone. – Ele se curvou beijando minha mão e me dando uma piscadela. Logo depois a de mamãe.

– Parece que os homens dessa família são todos cavalheiros. – Mamãe disse corada.

David se sentou ao meu lado, e logo aproveitei a chance.

– David! – Sussurrei. – Você é o filho do Robert?

– Sim. – Ele devolveu o sussurro. – Porque isso te incomoda?

– N-Não incomoda. Eu só não esperava. – Finalizei o assunto.

De jazz tedioso, á musica passou para Set fire to the rain – Adele Não que eu gostasse, mas com certeza era melhor que Jazz, sempre achei chato esse estilo musical, principalmente quando minha mãe ficava ouvindo o dia todo enquanto limpava a casa em Southend. Robert tirou Verônica para dançar, Joe tirou mamãe, e quando achei que ficaria tranquila na mesa, David estendeu me estendeu a mão.

– Me concede a honra? – Ele abriu um sorriso de canto.

– Não sei se deveria. – Respondi.

– Só uma musica, eu prometo. – Ele sorriu sacana.

O lancei um olhar desconfiado. Pensei por alguns instantes se Castiel ficaria com ciúme, mas acabei aceitando, se ele ficasse também, que se foda. Ele que não quis vir, senão estaríamos dançando juntinhos á essas horas.

– Claro. – Sorri aceitando o convite. David me levou para pista de dança, ele me envolveu suavemente, pousando suas mãos na minha cintura enquanto colava nossos corpos. Não queria admitir mas, David era lindo, principalmente porque seus olhos violetas e seu cabelo loiro me lembravam o personagem de um dos meus livros favoritos. Seu olhar envolvia mistério e era incrivelmente cativante. Sua boca possuía um formato perfeito, como se tivesse sido esculpida. Seu sorriso de canto, era fascinador, ele era como um daqueles Bad Boys de filme adolescente que fazia qualquer garota suspirar.

– Então você é a mais nova filha do poderoso Corleone? – Ele riu fitando Joe. – Como devo te chamar agora, de Srª. Corleone?– Ele disse acompanhando o ritmo da música.

– Não sou uma Corleone. – eu ergui a sobrancelha para ele, que desviou o olhar.

– Mas vai ser, assim que seu mais novo papai se casar com a gatona ali não é mesmo? – Ele riu se referindo a minha mãe.

– Olha como fala dela. – Pisei em seu pé propositalmente. – É minha mãe. Ele apertou os olhos com dor, mas logo voltou á expressão sacana de sempre.

– E sobre nosso segredinho com a ficha? Tá guardado? – Ele perguntou naturalmente me fazendo assustar.

– Ainda não decidi o que faço com seu segredinho. Não gosto de meninos travessos. – Luzes de todas as cores iluminavam seu rosto por conta da iluminação da pista, era difícil saber o que ele queria.

– Acho que já decidiu. Não queremos que uma princesa como você se machuque não é. – Ele sussurrou com os lábios próximos de minha orelha, fazendo com que me arrepiasse.

– Você acha que me provoca medo não é? – Sussurrei de volta.

– Provoco isso e muitas outras coisas também. – Ele me rodou numa pirueta me deixando de costas, contra seu corpo. Suas mãos me cercavam pela frente, me impedindo de recuar. Sentia sua respiração quente em minha nuca. Ele pousou seus lábios no meu pescoço e outro arrepio me percorreu. Me virei de frente para ele, a musica havia mudado e eu nem havia percebido. Poucas pessoas estavam na pista agora, David me encarava com aqueles olhos perturbadores.

– Você tem cara de anjo, mas é um demoniozinho David. – Sorri me desprendendo de seus braços. –

– Onde você vai? – Ele permaneceu na pista enquanto me distanciava.

– A musica acabou. Era só uma, lembra? – Pisquei para ele assim como ele fazia comigo. Se esse Bad Boyzinho acha que pode chegar e ir brincando comigo nesse joguinho de sedução e perigo tá muito enganado, o único Bad Boy que faz meu tipo é Castiel. – sorri e voltei para mesa.

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Notas finais do capítulo

David me possua