Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 20
“Um toque de magia”


Notas iniciais do capítulo

Ooi geeente, aqui é a amiga da Laah postando pra ela, minha amiga está sem notbook pq a coelha dela comeu os fios UHEUHE..Espero que gostem do cap. boa leitura ♥



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Mari P.O.V –

Acordei exausta já que tive que cuidar do jardim sozinha, Castiel não apareceu sequer para regar uma flor, e com certeza eu não iria atrás dele. Estava tranquila dobrando as cobertas da minha cama, quando escutei um barulho na janela. Ignorei, e continuei arrumando o quarto, porém novamente ouvi, só que mais forte.

– Lysandre? – Indaguei para mim mesma abrindo a janela. – Era ele mesmo lá embaixo tacando pedras na minha janela? WHY?

– Mari! – Ele gritou. – Preciso falar com você.

– E porque não entrou pela porta? Tá esperando eu jogar meus cabelos? – Eu ri sarcástica.

– Talvez não fosse má ideia Rapunzel. – Ele riu.

– Vou abrir a porta para você. – Disse calçando os sapatos e indo ao seu encontro.

Ele estava diferente. Usava uma camisa xadrez de botões com dois deles abertos exibindo o começo de seu peitoral definido. Junto usava uma bermuda e um tênis All Star branco.

– Gostei do novo visual. – Eu sorri espontânea.

– Está muito calor, resolvi modernizar um pouco. – Ele riu constrangido. - Quero te mostrar um lugar. –Completou.

– Que tal primeiro você entrar e me explicar porque estava tacando pedras na minha janela? – Eu ri passando a mão pelos cabelos.

– Você estava de castigo não é? Vai que tivesse algum guarda aqui na porta, ou sei lá. – Ele disse envergonhado.

– Mamãe não seria tão louca. – Ri, enquanto puxava seu braço para dentro. – Sente-se Lys, e me explique que lugar é esse. – Falei me sentando ao seu lado no sofá.

– É surpresa, mas aposto que você vai gostar. – Ele sorriu se acomodando no sofá.

– Se Castiel desconfia e resolve contar para mamãe estou ferrada. – Falei entre dentes.

– Lógico que ele vai, também vamos chamar ele. – Lys disse malicioso. – É uma oportunidade perfeita pra vocês dois se darem bem.

– Não Lys, não quero saber dele, ele desconfia de mim, e só sabe brincar com meus sentimentos. – Eu disse abafando as palavras.

– Sabe o que eu acho? Que ele precisa se sentir ameaçado a te perder, ai vai tomar coragem e assumir o que sente. – Ele disse sorrindo de canto como se soubesse tudo sobre amor.

– E como faço isso? – Perguntei confusa.

Ciúmes. – Lys me olhou esperto.

Amarrei o cabelo em um rabo de cavalo apertado, coloquei um short jeans solto, porém desfiado, e uma blusa amarela de ombro caído. Coloquei meu All Star também branco, e desci para sala. Castiel estava lá também convencido por Lysandre a ir conosco, ele usava uma blusa branca gola V, e uma bermuda preta. Ele estava lindo, possuía um charme irresistível, que por um instante me desconcentrei e achei que cairia das escadas.

– E-Então vamos? – Gaguejei constrangida.

– Vamos Mari. – Disse Lys tocando meu ombro, que me fez sorrir para ele e Castiel olhar desconfiado.

Acho que esse plano vai dar mais do que certo. – Sussurrei para Lysandre que deu uma piscadela.

Andamos muitos quarteirões e eu já estava ficando incomodada, o clima não era muito bom entre nós três, e o nosso destino parecia não chegar nunca.

– Afinal de conta, onde estamos indo Lys? – Olhei para ele preocupada.

– Não se preocupa, já vamos chegar. – Ele sorriu. – Está com sede?

– Um pouco. – Respondi.

– Vamos parar aqui. – Ele disse parando em frente á uma barraquinha de sorvetes. – De qual sabor que você quer Mari? -

– Sinto muito, não tenho dinheiro aqui Lys. – O fitei desapontada.

– Não se preocupe, eu pago para você. – Ele disse fitando sorridente Castiel que franziu o cenho.

– Se for assim tudo bem. Chocolate. – Sorri grata de orelha a orelha.

– Um de chocolate e um de baunilha. – Ele entregou o dinheiro para a idosa da barraca que nos olhava impaciente. – Aqui está seu troco. – Ela jogou as moedas na mão de Lysandre.

– Aqui está Mari. – Ele me entregou o sorvete sorrindo gentil.

– Obrigada Lys fofo! – Dei um sorriso radiante para ele que corou falso.

– Desculpe Castiel, esqueci-me de você, mas você pelo que lembro detesta sorvete não é? – Lys disse se referindo á Castiel.

– Mesmo se não detestasse. Perdi a fome. – Ele cruzou os braços e continuou a andar.

Passado algum tempo finalmente subimos por uma rua estreita e bem parada, era uma parte da cidade á qual eu não conhecia, era mais deserta e possuía mais terrenos vagos do que casas. Lysandre apontou para um grande portão coberto de ferrugem com uma placa que dizia “Um toque de magia” com letras grandes e vermelhas, porém desbotadas.

– Onde estamos? – Perguntei.

– É aqui! – Lys disse. – Costumava ser um parque de diversões bastante popular á alguns anos atrás, porém foi abandonado. – Mas adoro vir aqui, possui arvores magníficas que florescem magicamente todo ano, além de ter um clima totalmente agradável. – Ele completou.

– Agradavelmente assustador. Isso parece cenário de filme de terror. – Resmunguei aflita.

– Como sempre covarde. – Castiel disse num quase sussurro que me fez querer espanca-lo.

– Ei, parem! Vamos entrar. – Ele disse empurrando o velho portão. O chão era todo de terra, uma terra vermelha e seca, havia algumas barracas de lembranças que estavam abandonadas, várias arvores que por milagre estavam bem verdinhas, e alguns brinquedos cobertos pela ferrugem. Passamos por uma roda gigante, literalmente gigante, era tão grande que meus olhos doíam só de olhar para cima procurando o resto do brinquedo. Também observei a montanha russa, a atração principal, possuía pisca-pisca em toda parte dela, porém parece que não funcionava mais, estava toda enferrujada e a cada rajada de vento que vinha, ela se balançava cada vez mais bamba, era perigoso aquilo. Não pude deixar de notar a casa dos espelhos, de relance pela porta entreaberta pude ver alguns espelhos pareciam quebrados e sujos, mas despertou minha curiosidade.

– Estão gostando? – Lys disse empolgado. Eu e Castiel nos olhamos e permanecemos calados. – Ah, qual é galera, é divertido, e ainda não mostrei a melhor parte. – Ele disse animado novamente. Sigam-me.

– L-Lys, e se alguém pegar a gente aqui? – Perguntei temendo o que aconteceria.

– A policia só faz ronda por aqui á noite, e além do mais o que poderia ter de valioso num parque abandonado? – Ele disse dando um sorriso gentil.

Mal andamos e pude avistar um lago, era coberto por arvores imensas o que dava um charme ao lugar, o lago reluzia sobre a luz do sol, era incrível. Corri o mais depressa até lá, para poder apreciar de perto e também sentir a água fresca sob minha pele. Quando finalmente cheguei me surpreendi e minhas expectativas tinham se elevado bastante, o lago possuía uma água incrivelmente cristalina, semelhante aquela de nascentes ou fontes. Era maravilhoso como meu rosto refletia perfeitamente sob á água, podia ver pequenos peixinhos dançando lá no fundo, toquei com a ponta dos dedos para sentir a temperatura e estava bem gelada, mas era perfeito como o dia estava bem quente. O chão estava cheio de folhas secas do outono, e o clima ali era agradável até demais, às arvores deixavam todo o ambiente fresco e o lago fazia tudo se iluminar, era confortável ficar ali. Tirei meus tênis e mergulhei meus pés na água, quando finalmente os meninos chegaram.

– Você parece bem á vontade por sair enfiando os pés num lugar que nem conhece. – Castiel disse e eu ignorei-o. Apenas continuei me refrescando, até que me surgiu uma ideia e eu sorri maliciosa.

– O que pretende fazer? – Lys me olhou curioso, já conhecendo minha expressão.

– Nadar oras, este lago é o mais limpo e lindo que já vi, não vou perder essa oportunidade. – Eu disse sorrindo enquanto encarava meu reflexo na água.

– Mas de roupas? – Perguntaram Castiel e Lys em coro.

– Mas é claro que não. – Eu disse sorrindo de canto fazendo Castiel e Lys corar violentamente. – Virem-se de costas e prometam não olhar até eu estar completamente dentro do lago. – Eu disse também corada.

– P-Prometemos. – Eles disseram quase num sussurro.

Subi minha blusa lentamente para ver se alguém observava, á joguei embaixo de uma arvore junto com meus tênis, meu sutiã era realmente feio, marrom e possuía uma florzinha rosa em cada alça. Havia ganhado de presente de Rosalya, que era totalmente sem gosto. Enfim mergulhei de shorts mesmo, até que toda a água me cobrisse, entrei lenta me acostumando com á água, mas logo mergulhei profundo com as mãos em ponta para frente e meus pés auxiliando meu nado empurrando a água para trás. Abri o olhos e pude ver o quão mágico era aquele lugar.


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Notas finais do capítulo

Beeeeezos >< .