Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 15
Viagem - Parte III.




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P.O.V Castiel –

Ela é completamente louca. Disso é a única coisa que eu tenho certeza daquela garota. Antes de sair, ela sussurrou algo no meu ouvido, como: "te encontro na entrada da floresta daqui uns minutos". Sim, havia uma pequena floresta de pinheiros aqui perto, só não sei o que ela quer, mas eu precisava ir.

– Amooooor? Castiel? Tá me ouvindo? – Falava lauren irritada.

– Ah Lauren, o que você quer?

– O que aquela garota tava fazendo aqui com você no escuro?

– Já falei, ela veio me agradecer só.

– Não podia fazer isso de manhã? – Ela dizia com raiva.

–Ai Lauren, chega! Acho melhor você ir dormir. – Falei me afastando dela.

– Ai amorzinho você sabe que eu não gosto dela, ainda mais depois de tudo que ela fez com você... – Ela dizia, puxando a gola da minha camiseta.

– Lauren. – Tirei a mão dela. – Tá tarde, é melhor a gente ir dormir. Levei com muita dificuldade Lauren para o seu quarto, e depois segui para o meu, tentando disfarçar. Uns minutos depois, todos já haviam ido dormir, então fui para a floresta. Não sei o que eu tinha na cabeça – Pensava enquanto caminhava sobre a grama – Ela rouba minha corrente, espiona o meu passado, perturba minha vida, e eu ainda saio as 3:50 da madrugada pra ir me encontrar com ela no meio de uma floresta! Você deve ter enlouquecido Castiel! A noite era fria, ventava bastante e eu havia esquecido de pegar um agasalho, cheguei até a entrada da floresta, e esperei, esperei, esperei. Nada dela aparecer, estava quase indo embora quando vejo ela chegar, gritando meu nome. Ela estava com uma blusa de frio quase maior que ela, um short jeans, e um coque. Ela é bem engraçada correndo, na verdade...

– D-Desculpa a demora. – Dizia ela recuperando o fôlego. E interrompendo meus pensamentos. – É que eu tive que esperar sua namoradinha dormir, pra sair. – Continuou.

– Tudo bem, agora diz logo o que você tem pra dizer.

– Pra começar, eu preciso que você prometa que ira me escutar até o fim, mesmo que seja um absurdo, você ficara calado me escutando tudo bem? –

– Acho que sim...

– Promete Castiel? – Dizia ela tocando com seus delicados dedos minha mão pra perto da dela.

A fitei por alguns segundos, e respondi. - Não acredito que vou dizer isso mas.. Tá, prometo. –

P.O.V Mari –

Eu olhava nos olhos dele, e conseguia ver que ele estava ansioso, porém quando finalmente decidi começar a contar, escutei passos. Era ela, eu tinha certeza.

– Mari? – Castiel perguntava. Tampei sua boca, e o puxei para dentro da floresta.

– Xiiiiiiiiiiu, é a Lauren, corre Castiel, Corre!

– Voce ficou louca garot... – Puxei o braço dele, e sai correndo tropeçando nos galhos e tudo mais.

– Acho que ela foi embora. - Eu dizia com a respiração ofegante.

– E agora estamos PERDIDOS MARIANA, ótimo, o que poderia ser mais empolgante e divertido do que ficar perdido com você no meio de uma floresta 4:00 da madrugada? – Castiel dizia ironicamente, me encarando com raiva.

– C-Castiel, acho que machuquei meu pé. – Falei enquanto sentava num tronco de arvore ali perto. Ele fechou a cara e não quis saber, sentou do meu lado, procurando sinal no celular. – Castiel, por favor, tá doendo, acho que pisei num espinho.

– Sabia que você ia se machucar. – Ele disse pegando minha perna e colocando no seu colo. – Tá sangrando muito mari. Ele tirou sua camiseta, e a rasgou amarrando-a em volta do meu pé. – Isso vai estancar o sangue.

– Mas e você? Vai ficar assim sem camisa? – Falei enquanto fitava seu abdômen...

– Sim, quem sabe eu morro de hipotermia e você se livra de mim, hm? – Ironizou.

– Se você morrer quem vai me salvar? – Perguntei fitando aquele par de olhos acinzentados, que se desviaram para o chão. Por um momento o silencio reinou, e eu corei.

– É... Então Mari, conta de uma vez logo o que você tem pra contar, afinal a gente tá preso aqui por causa disso. – Disse o ruivo tirando minha perna de seu colo.

– Suspiro – Você não vai acreditar em mim, tenho tanta coisa pra dizer. Mas por enquanto, eu preciso que você confie em mim, por favor, não fui eu que peguei a chave do seu quarto no dia da festa, acredita em mim Castiel por favor. – Eu disse com os olhos úmidos, enquanto me aproximava dele.

P.O.V Castiel –

Ela me olhava com os olhos mais sinceros que eu já vi, estavam cheios d’agua, ela queria chorar... Ela pedia pela minha confiança, e de alguma forma que eu não sei explicar, eu já confiava nela. Mas aquilo não podia se repetir, eu confesso, eu sentia medo, muito medo. Fiquei sem fala, quando senti ela tocar minha mão, ela me encarava apreensiva a espera de uma resposta, eu não queria sofrer de novo, como sofri pela Debrah. Eu apenas a abracei, puxei sua cabeça em direção ao meu peito, e assim ficamos. Não sei se foi pela falta da resposta, ou impulso do momento, mas ela precisava de um abraço. Senti-a chorar no meu ombro, suas lagrimas quentes escorriam pelas minhas costas que estavam geladas de frio, ela percebeu, e deslizou suas mãos quentes macias e delicadas por toda ela. O que me fazia ficar completamente confortado, não sei o que deu em mim, eu não sou assim, só sei que queria permanecer ali, no aconchego daquela garota insuportável pra sempre.

P.O.V Mari –

Não sei o que deu no Castiel de me abraçar daquele jeito, realmente ele me deixou surpresa. Até começar a pingar em nós, nos separamos daquele abraço, agora procurando um lugar pra se esconder, porque a chuva ia aumentando. Levantei mancando, foram vários espinhos, e meu pé doía muito.

– Tem uma arvore bem grande ali, será que dá pra ficar lá até a chuva passar? – Falei fitando Castiel, ele estava se encolhendo de frio.

– Acho que sim – Ele disse enquanto ia pra lá, e eu o seguia.

Ele se sentou e ficamos lá, vendo a chuva cair entre as folhas, o silencio tomava conta, tudo que prevalecia era o som dos pingos de água caindo sobre as pedras, por sorte eu tinha meus fones de ouvido, e por ironia do destino ou não, a primeira musica do aleatório foi uma musica romântica, olhei para o Castiel que estava com os olhos fechados, ele dormiu. Então eu escorei a cabeça em seu ombro, e o abracei, afinal minha blusa de frio era grande, e ele estava tremendo. Estava ventando, eu sentia seus fios ruivos virem em direção ao meu rosto, o encarei por alguns instantes, era realmente hipnotizador vê-lo dormir. Nossos rostos estavam separados por centímetros, eu conseguia sentir sua respiração, seu cabelo fazia cócegas no meu rosto, ele parecia tão angelical, não resisti, toquei com as pontas dos dedos em seu rosto, ele não se mexeu, me aproximei cada vez mais, meu coração ofegava, e meus lábios estavam a centímetros dos seus... Foi quando ele abriu os olhos, segurando meu pulso. – Eu não estou dormindo.

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Notas finais do capítulo

não me matem por parar ai hauehue ;^; esperando reviews u.u :3