Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 10
Encarando a escola.


Notas iniciais do capítulo

obg peloos reviews seus lindos *-*



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Acordei muito atrasada nessa segunda feira, o motivo: Fiquei até de madrugada limpando a bagunça da festa, e logicamente Castiel não me ajudou. Quando acordei coloquei o uniforme, escovei os dentes e desci correndo lá pra baixo, dei de cara com a Marta:
– Querida? Achei que já tinha ido pra escola. – Disse Marta.
– É que, eu... Eu me atrasei. Acho que não vou conseguir chegar a tempo.
– Você vai sem comer nada?
– É o jeito, até mais Marta. – Dizendo isso eu peguei minha mochila e sai correndo em direção a porta, quando trombei em alguém.
– Ai...
– M-Mari, desculpe, eu só achei que você precisava de uma carona, já que está atrasada. – Dizia constrangidamente uma voz familiar. Levantei a cabeça e pude ver Leigh, naqueles trajes de motorista com direito á um chapéu preto que o deixava mais elegante ainda.
– Leigh... Eu agradeço sua carona e vou aceitar, se eu chegar atrasada de novo, Prof. Faraize me mata. – Leigh sorriu e seguiu para o carro abrindo a porta para eu entrar.
– Obrigada Leigh, não precisava. – Falei rindo.
– É meu trabalho. - Disse ele enquanto se acomodava no banco da frente.
O caminho até a escola foi bem divertido eu e Leigh temos várias coisas em comum e ele estava se tornando um amigo fantástico pra mim. Chegamos à porta da escola, e novamente ele insistiu com aquela mania boba de abrir a porta pra mim.
– Pronto madame chegamos. – Dizia ele rindo, enquanto estendia a mão pra eu descer.
– Obrigado meu bom rapaz, só lamento não ter gorjeta hoje. Juro que depois lhe dou. – Falei enquanto ria.
– Eu vou cobrar, certo? Até qualquer dia Madame. – Dizia ele arrumando seus trajes e se despedindo.
– Até Leigh... Seu bobo. – Falei quase susurrando.
– Eu ouvi isso senhorita. – Disse ele apontando língua á alguns passos de mim, e depois entrando no carro e partindo. Ah Leigh... Não tinha idéia de como ele era um bom amigo. Agora ta na hora de encarar a escola, sinto que estou “sozinha.” Mas é o único jeito. – Suspiro. – Entrei na escola, e percebi vários olhos me fitando e fazendo comentários que eu preferia não escutar. Cheguei á porta da minha sala e vi Melody sentada em sua carteira.
– Meloooooooody, você não sabe como foi horrível, tava todo mundo falando de mim e... – Dizia eu sem perceber a expressão triste de Melody em seu rosto. – O que foi Melody?
– Ai Mari, sai daqui vai. – Disse ela cabisbaixa.
Fiquei surpresa com a atitude de Melody... Ela havia ficado com raiva porque escondi que morava com Castiel? Sentei-me na minha carteira, esperando o professor chegar. Quando vejo Ambre entrar acompanhada de sua amiga Li, ela se sentou no seu lugar – atrás de mim. – E como eu esperava soltou um comentário desnecessário.

– Bela festa ontem em Mari? – Disse Ambre com um sorrisinho branco ofuscante.
Eu preferi ignorar, já estava cheia das pessoas não pararem de falar disso. Eu já estava chateada o bastante a ponto de desabar em prantos ali mesmo... Castiel e todo aquele seu ódio por mim, não saiam do meu pensamento. Estava perdida em meios devaneios, quando vi Lysandre se sentar na minha frente. Ele havia chegado atrasado, ele se virou e me fitou de forma medonha. Ótimo, a escola inteira me odeia agora.
– Castiel me contou o que você fez Mari. – Disse ele enquanto abria sua mochila e pegava seus cadernos.
– N-Não fui eu... E-Eu juro que...
– Calma, eu sei que não foi você. E... Também sei MUITAS coisas do Castiel, sobre você... – Sussurrou Lysandre, enquanto dava um sorriso sínico e se virava para frente.
–Sobre... Mim? Castiel falava de mim para Lysandre? – Pensei comigo mesma. – Lysandre, Lysandre, Lysaandre. – Dizia eu enquanto cutucava Lysandre com minha caneta, porém não obtive resposta, apenas uma bronca do professor dando mais um motivo pra toda sala rir de mim. ÓTIMO! Fiquei calada todo resto da aula, morrendo de vontade de cutucar o Lysandre e esgoelar ele até ele dizer tudo que sabe. Porém não queria ser mais o motivo de tantos risos hoje. O sinal do recreio tocou, eu preferi ficar na sala durante o recreio, não queria encarar ninguém e provavelmente Lysandre ficaria com o Castiel e a Lauren no recreio. Não ia ter como falar com ele. Na sala ficaram apenas alguns alunos revisando matéria e Morganne, que estava terminando de copiar a matéria da Lousa. Quando ela terminou veio falar comigo, que, estava em estado deplorável com o capuz da blusa de frio na cabeça e os fones de ouvido no ultimo volume.
– Mari, não vai pro recreio? – Perguntou Morganne se sentando na carteira ao lado.
– O que?
– Recreio, você não vai? – Perguntou novamente.
– Ãm? O que?
– Me dá esses fones garota. – Disse ela puxando os fones do meu ouvido.
– Desculpa Morgan. – risos. – é que me sinto melhor quando estou ouvindo música, eu me desligo totalmente do mundo e seus conflitos.
– Eu soube do que aconteceu... Eu sinto muito Mari, eu sei que você tem uma quedinha pelo Castiel e...
– O QUEEEEEEEEEEEEE? VOCÊ PIROU MORGAN? – Perguntei desentendida.
– Calma mari. – risos. – Já notei isso em você ta? – Disse ela sorrindo.
– Isso nunca passou pela minha cabeça antes, eu e Castiel? – Pfffft. – Não viaja Morgan, por favor né. – Dei de ombros.
– Ah pequena Mari... Você nunca se apaixonou de verdade né?
–E-Eu... Acho que não.
– Dá pra notar. – Disse ela dando um risinho irritante. - Vou lá pro recreio mari, meu estomago ta roncando. – Dizendo isso ela saiu em disparada até a porta. O resto da aula foi “tranqüilo.” A medida do possível. Melody ainda não queria falar comigo, pelos menos eu podia contar com a Morgan o Nathaniel, e alguns outros que eu não conversava muito... Depois que o sinal de saída batel, fui direto ao Lysandre, o qual saiu correndo com sua mochila assim que bateu o sinal. Fui atrás dele, porém ele entrou no banheiro masculino, maldito! Eu resolvi ficar lá na porta esperando, eu tinha que saber o que Lysandre quis dizer com aquilo. Passaram-se muitos minutos e ele não saia de lá, e estava um silêncio absoluto. Resolvi entrar... Sim, eu corria um grave risco, mas aquela curiosidade era maior que tudo. O banheiro não me surpreendeu nada, todo sujo e repugnante como imaginei. Lysandre não estava lá, não tinha ninguém lá, naquele banheiro asqueroso, ele devia ter pulado a janela tentando fugir de mim. Mas que peste! Bom... Depois o acho, agora preciso sair correndo desse banheiro antes que alguém entre. E foi dito e feito! Fui correndo até a porta, quando dei de cara com o PRÓPRIO Castiel, hoje eu estava ótima pra trombar com as pessoas, incrível. Ele me lançou um olhar de surpresa e disse:
– MARI? Você tem algum problema garota? O que tava fazendo aqui? – Disse ele me empurrando de leve pra longe de seu corpo.
– D-Desculpa, eu... Eu vim procurar um... o...
– Ah quer saber, não me importo, agora, por favor, sai da minha frente. – Disse ele cabisbaixo.
– Castiel... – Sussurrei enquanto saia pra fora do banheiro, foi bom ter visto Castiel apesar de tudo, apesar do seu jeito mais durão do que nunca comigo, eu achei que iria ficar sem ver aqueles fios ruivos por um longo tempo... Caminhei pelo corredor vazio, até o portão de saída, no meio do caminho me deparei com Nathaniel que estava despercebido com alguns papéis e uma rosquinha caramelada na mão.
– Ei Nath... – Falei.
– Ah, oi mari, tudo bem? ... – Perguntou ele um tanto constrangido.
– To levando né Nath... – Falei expressando tristeza.
– Ah Mari, não fica assim, daqui a pouco todo mundo esquece isso. – Disse ele enquanto levava aquela rosquinha cheia de doces até a boca. – Quer um pedaço Mari? – Perguntou ele, quando um pedaço da rosquinha caiu em sua blusa.
– Ah cuidado Nath... Olha sujou sua camisa branca. Deixa que eu limpo. – Peguei um lenço da minha bolsa e esfreguei-o na camiseta de Nath. Ele apenas ficou me fitando, enquanto eu limpava.
– Mari... Que perfume estranho... Me lembra o... Castiel? – perguntou ele confuso.
– C-Castiel? Me abaixei e senti o aroma em minha blusa, o perfume de Castiel havia ficado em mim, devido ao trombo que dei com ele. – Er... Você deve estar imaginando coisas Nath, enfim eu tenho qu... – Parei de falar assim que vi o garoto de cabelos platinados – Lysandre. – Passar pelo corredor do fundo. – EU TENHO QUE IR NATH, ATÉ MAIS. – Dizendo isso sai correndo na velocidade da luz até Lysandre.
Quando ele me viu tentou fugir, porém o encurralei no final do corredor, ele estava cabisbaixo e parecia ter medo do que iria acontecer.

L-y-s-a-n-d-r-e! Agora você não me escapa!


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