Nobody Breaks My Heart escrita por Dicki Toddfield


Capítulo 19
My feelings are so confused ...


Notas iniciais do capítulo

Olá coisas lindas da Dicki! No cap passado achei que tinha dado os parabéns pro nosso palhaço lindo, mas fui ver hoje que não tinha colocado. Enfim, dando os parabéns pro gordinho mais lindo e sensual do planeta, atraso. Coiso lindo!
Enfim, boa leitura.



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Povs Anne

– LAÍS! SOCORRO!

– AI MEU DEUS DO CÉU ANNE, CADÊ VOCÊ? ENTREGA TUDO AMIGA, NÃO REAGE! ELE PODE ESTAR ARMADO! - Gritou a Laís, vindo da cozinha correndo, já estava chorando. Ela chutou a porta do meu quarto que quase quebra ao meio, ela ia me pagar por isso. – O QUE FOI, MEU DEUS?! - Laís estava desesperada e eu comecei a rir da cara dela. – DO QUE VOCÊ TÁ RINDO? CADÊ ELE? - Lay começou a vasculhar meu quarto. Olhou embaixo da cama, atrás do armário, no banheiro e parou a minha frente.

– Ele quem Laís?

– O ladrão caralho!

– Que ladrão?

Ela parou e me encarou furiosa.

– VOCÊ ESTAVA GRITANDO POR QUÊ, SUA CRETINA?!

– É... - medo da reação da Laís em três... Dois... – Eu quero que você me ajude a escolher uma roupa pra eu sair com o Daniel.

– O QUE? VOCÊ DEU ESSE CHILIQUE SÓ POR CAUSA DE ROUPA?! EU QUASE TIVE UM ENFARTO SUA RETARDADA!

– É, com o Daniel Adair...

– NÃO ME INTERESS... O que? Daniel Adair? - Ela arregalou os olhos e ficou perplexa, ri das ações de minha amiga e assenti. – AI MEU CARALHO INEXISTENTE! - Lay ergueu as mãos pro céu e depois as pousou sobre suas bochechas. – DANIEL ADAIR? VOCÊ TÁ FALANDO SÉRIO? O BATERISTA LINDO DO NICKELBACK? - Ela me chacoalhou pelos ombros, apenas fiquei rindo e assentindo.

– É! O Daniel Adair!

– MEU CRISTO DO CÉU! COMO ASSIM? COMO VOCÊ O CONHECEU, CRIATURA? VOCÊ NÃO ME FALA NADA SUA, CRETINA? DESGRAÇA!

Chilique da Laís mode on.

– Ei, preciso me trocar antes, depois eu te falo!

– NÃO! A SENHORA VAI ME CONTAR, AGORA MESMO! Cala a boca e senta ai na cama. SEM RECLAMAR. Vai, solta a prosa.

Ela agitou as mãos no ar, com os olhos ainda arregalados, a Laís tem bipolaridade, não é possível meu Zeus.

Assenti tediosa e sentei na cama, ainda de toalha e cabelos molhados.

– Então, fui hoje lá com o Adam no festival, ai o nickelback estava lá, ai depois de um tempo o Daniel veio falar comigo, ficamos um bom tempo conversando, ai quando ele estava indo embora, ele perguntou se eu queria sair e eu disse que sim. Fim. - falei tudo rápido e em seguida me levantei indo em direção ao meu guarda roupa. Laís me olhava perplexa.

– Tá de zoa né? Conte-me isso direito! Ele não é casado?

– Acho que não mais, ele ficou “tretando” com a ex-esposa ou esposa sei lá, pelo telefone. Ai depois ele disse que queria logo se separar dela e bla bla bla.

– CARA ELE TÁ TÃO NA SUA! ... Como ele é pessoalmente? - Ai ela começou com ataque do viado, começou a dar pulinhos “ala Synyster Gates”, dava gritinhos e essas coisas. – FINALMENTE VOCÊ VAI DESENCALHAR! – Laís pulou na minha cama e começou a dançar, parei e fiquei olhando pra ela com uma cara que até Deus ficou com medo. – Ai amiga to brincando. - Enfim a Lay desceu da minha cama e me ajudou com o figurino, deveria estar impecável!

Acabamos por optar uma regata preta com tachinhas ao redor da costura do pescoço, uma jaqueta de couro, uma saia preta com cintura média, que prendia a regata por dentro, com a ajuda de um cinto fino dourado que delineava minha cintura. Coloquei uma meia fina preta desenhada e nos pés, um scarpin preto e vermelho. Na maquiagem, Lay que fez. Esfumou meus olhos com sombra preta e dourada, em seguida rímel e um gloss incolor nos lábios. Não gosto muito de ficar me lotando de maquiagem, fica muito pesado, então assim, já estava de bom tamanho.

– UAU AMIGA! Se eu fosse um homem, eu te pegava de jeito.

– Avê maria Laís, parou com a viadagem, ok?

– Ok, hoje você é só do Daniel delicia! - Lay gritou pulando e dando mais dos seus ataques de purpurina.

Fui pra cozinha tomar uma água e meu celular começou a tocar novamente, dessa vez, era Daniel.

– Alô?

– Oi Anne, é o Daniel... já está pronta?

– Já estou sim, Daniel...

– Tô aqui em baixo já.

Pronunciei um “ele já tá aqui” mudo pra Laís, que saltou e correu em direção a janela pra espiar lá em baixo. Ela olhou e fez um sinal positivo dando outro gritinho “mudo”. Revirei os olhos e disse a Daniel que já estava descendo.

– MEU DEUS DO CÉU ANNE, O CARRO DO CARA É UMA S10, CARALHO! - Laís gritou vindo até mim, me abraçando e depois correndo de novo pra janela, babar na linda picape de Daniel. Eu, curiosa, a acompanhei na janela. Olhei pra baixo e vi Daniel sair de sua grandiosa S10, vestindo uma jaqueta de couro, ele estava lindo daqui de cima.

Quase babei. Quase.

– MINHA FILHA, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI AINDA? DESCE LOGO CARA! - Laís me empurrou em direção à porta, fui rindo. Ela me jogou pra fora do apartamento, gritou um “bom passeio, me conta tudo depois” e fechou a porta na minha cara.

– Pelo menos eu posso pegar minha bolsa? Cretina. - Abri a porta e lá estava Laís pendurada na janela novamente. Rolei os olhos, peguei minha bolsa e fechei a porta. Meu coração palpitava forte, não descontrolado, mas ansioso, enquanto eu esperava o elevador chegar ao meu andar.

Logo ele já estava ali. Andrei no mesmo e aguardei até o Térreo.

Sai do prédio, estava bem frio e senti minhas pernas seminuas, tremerem com o contato gélido, abracei meus próprios braços e fui em direção à luxuosa caminhonete parada a frente, e lá estava Daniel, encostado na porta, com uma mão no bolso e a outra sustentando o celular nas mãos.

Ele estava simplesmente, *suspiros* lindo. Estava trajando uma jaqueta de couro, que na qual estava aberta, e por baixo usava uma camiseta, também preta, com desenhos aleatórios pintados em tons branco e preto. Sua calça era jeans preta também e nos pés, uma bota meio cano, também preta, estava simplesmente, perfeito.

Quando ele notou minha aproximação, colocou o celular no bolso e abriu aquele sorriso que mata a pobre aninha do coração. Dirigi o mesmo sorriso e ele desencostou do carro e andou um pouco pra chegar ao meu encontro.

– Wow Anne! Você está linda!- Daniel me deu um beijo no rosto e me abraçou. Seu cheiro masculino, adentrou nas minhas narinas e cutucou meu coração, que estava hibernando (?). Assim, ele começou a pulsar rapidamente, estranhei isso. Mas apenas retribui o abraço.

– Você também está muito bonito, Daniel.

Ele sorriu novamente.

– Vamos então? Você parece que está com frio.

– Ah dá pra aguentar, fique tranquilo. - sorri.

Ele abriu a porta do seu carro me dando passagem, sorri com seu gesto cavalheiro e ouvi Laís dando um baixo (lê-se escandaloso) assovio, olhei pra cima e ela estava com o polegar e o indicador na boca e com a outra mão acenando exageradamente do nono andar do prédio. Ri de minha amiga e balancei a cabeça negativamente.

Em seguida, Daniel acomodou-se no seu devido lugar. Eu ainda estava rindo baixinho e ele se inclinou sobre o volante e olhou para cima.

– É a sua amiga? A Laís, se eu não me engano?

– É... É ela mesma...

Ele riu pelo nariz e eu fiquei roxa de vergonha, Laís não tinha noção da vida, acho bom que ela prese porque eu queria tira-la depois desse mico que ela me fez passar.

Daniel deu a partida no carro e seguimos naquele silencio torturador e constrangedor. Ele pareceu se incomodar também e se pronunciou:

– Você gosta de comida japonesa?

Meus olhos brilharam.

– Eu adoro! Amo demais! - me virei um pouco em sua direção sorrindo loucamente. Ele me olhou de canto de olho e me mostrou seus dentes em um perfeito sorriso torto, aquele que faz qualquer menina desmaiar, ele pareceu satisfeito com a minha reação.

– Então você vai gostar aonde vamos.

A “viagem” não foi longa, durante o caminho conversamos sobre algumas coisas, sobre o festival e tudo mais.

Daniel parecia muito empolgado para tocar no festival national, ele dizia ter muito orgulho da sua profissão e que nunca a largaria, dava pra notar a paixão do Daniel pela música, seus olhos brilhavam quando falava de sua carreira de shows lotados e fãs ensandecidos. Daniel parou o carro em frente a um restaurante, obviamente japonês.

Era um lugar harmonioso, com pouca luz e calmo, me sentia bem nesses lugares, me sentia em paz. Entramos e cumprimentamos uns garçons que vieram nos receber com um “boa noite”.

– Senhor Adair? - o recepcionista pronunciou enquanto olhava para um notebook.

– Sim. - Disse Daniel tirando um cartão da carteira e entregando ao rapaz a nossa frente. O mesmo conferiu o cartão e o guardou.

– Me acompanhem, por favor. - O jovem sorriu e nos guiou até uma mesa na varanda do lugar, não estava tão frio ali, estava agradável.

Daniel agradeceu o rapaz que se retirou e fez sinal para um garçom que viesse nos atender. Daniel puxou a cadeira pra eu me sentar, agradeci. “Achei que o senhor não fabricava mais homens cavalheiros” pensei comigo mesma, tendo uma prosa rápida com o cara lá de cima. Ri em pensamento e olhei Daniel se sentar minha frente.

Ele era um homem muito lindo, muito mesmo. Seus olhos cintilantes brilhavam refletidos a pouca luz do ambiente, seus cabelos castanhos escuros pareciam tão sedosos que dava vontade de fazer carinho. Sua pele era num tom neutro, um pouco mais bronzeado que eu (convenhamos que eu pareça um palmito de saia), sua estatura era alta, um homem forte e bem sensual (a louca). Perdi-me admirando Daniel, só depois percebendo que o mesmo me olhava meio confuso.

Despertei-me e olhei pra fora, morrendo de vergonha, ele deu um risadinha maliciosa e voltou atenção ao garçom que matracava os tipos que continha no rodizio.

– ...  Sumonomo, missoshiro, shimeji na manteiga, rolinho primavera, gyoza, yakissoba, lula empanada, file de frango empanado, combinado de sushi e sashimi, temaki e himaki. Posso incluir todos esses?

Daniel assentiu e eu arregalei os olhos. Pra onde ia toda essa comida, meu Deus! Daniel olhou para mim e sorriu.

– Vai querer beber o que? Que tal um vinho?

– Claro, pode ser.

– Tinto?

– Aham. - sorri

O Garçom anotou e Daniel pediu um drink, logo o rapaz dos cabelos loiros saiu e Daniel voltou sua atenção para mim.

– Acho que não vamos dar conta de comer tudo isso Daniel. – eu ri e ele sorriu.

– Daremos sim, eu sou obeso de mente.

– Então somos dois!

– Aí sim! Vamos devorar tudo isso aqui! - Ele riu e eu o acompanhei. Conversamos mais um pouco sobre nossa obesidade mental e logo os barquinhos recheados chegaram.

Comemos muito, rimos muito e conversamos muito. Daniel me contou quase que a sua vida toda, incluindo suas peraltices de criança e também já homem.

Daniel era muito engraçado, sabia fazer um humor inteligente, mais um ponto positivo na minha lista. Ele era muito agradável, simpático, bonito e educado. Era o verdadeiro príncipe do rock.  Não lembro como, mas a conversa rumou ao meu relacionamento antigo, com o Corey.

– É... Desculpa a pergunta, mas você e aquele cara do Slipknot, o Corey Taylor, já namoraram né? - Ele me perguntou hesitante. Olhei para ele meio desconfortável, não gostava de falar sobre isso. Assenti.

– Sim, namoramos um tempo.

– E eu li algo sobre o fim do relacionamento de vocês, ser meio conturbado... Essa gente só sabe inventar merda, não tem o que publicar, e coloca uma pilha de mentiras pra render matéria.

– Ah... - hesitei em falar, acho que não nos conhecíamos o suficiente pra me abrir assim com Daniel, ele era um cara muito legal e me fazia sentir uma imbecil por não falar essas coisas pra ele.

– Oh, me desculpe, minha curiosidade às vezes extrapola. - Ele riu. – Conversamos sobre isso em outra ocasião. - Ele continuou rindo, meio sem graça e eu relaxei um pouco.

– Acho que não é uma história muito agradável pra se contar, num encontro. - Daniel olhou pra mim meio sério, e logo sorriu de novo. Deu a entender que eu já estava com outra intenção ao falar “encontro”. Anne ficando roxa novamente...

– Eu gosto muito da sua companhia Anne, você é incrível...

– Eu também gosto muito de conversar com você Daniel, você é incrivelmente incrível. - Ele riu e eu sorri.

– Olha, não sei o que aquele Corey fez e com muito respeito... Ele foi um idiota em te deixar escapar. - Daniel ficou serio e segurou a minha mão que estava em cima da mesa, corei com esse contato, enquanto ele apertava levemente meus dedos entre os dele. Sorri envergonhada, fiquei fitando nossas mãos juntas, e logo dirigi meu olhar em direção ao dele.

Que homem perfeito meu Deus.

Claro que sempre tem aquele ganso brotando das trevas pra quebrar o clima né, dessa vez foi o garçom que trazia os nossos sucos. Daniel deu uma maneirada na bebida, pois tinha que voltar dirigindo, agradeci mentalmente por ele ter noção disso.

Soltamos nossas mãos, eu corei mais ainda e fitei meu colo, enquanto Daniel agradecia o garçom, que se retirava novamente. Ele me entregou o suco de uva e apanhou o de laranja. Bebemos e conversamos mais um pouco, até que a prosa rumou pra onde eu queria. Brittany.

– Então vocês, não estão mais juntos?

– A muito tempo, fazem uns quatro meses já que estou dormindo na casa do Chad. - Ele riu e ficou brincando com o canudo do seu suco. – Não aguentava mais a Brittany no meu pé, ela se tornou insuportável, não era mais a mesma que eu havia me apaixonado antes, ela tentava me controlar a todo o momento, já até agrediu uma fã que passou a mão na minha bunda. – ele riu e eu o acompanhei.

– Tem fã que não tem juízo algum! - continuei rindo

– É verdade, mas são fãs e elas às vezes encontram esses tipos de carinho pra se expressar sabe. 

– Sei como é. Já tive várias vezes vontade de fazer isso com o James Hetfield. - continuei rindo.

– Você é apaixonada por esse cara né? Ele é mesmo boa pinta, apesar da idade. - Ele me fitou enquanto eu ria.

– Ah eu sou muito fã dele. Não só dele, mas de todos do Metallica. É uma das minhas bandas favoritas.

– E quais são as outras? Pera! Deixa-me adivinhar! É... Iron Maiden! Acertei, né?

– Isso! Olha você me conhece bem.

– Claro, você não poupa elogios pra esses caras. - Daniel riu e eu assenti. Bem que Laís disse que eu não calava a boca quando começava a falar do Maiden ou do Metallica, tudo que eu ia falar com ela, coloca os caras no meio, chegava a ser “doentio”.

– Eles são fodas mesmo. Só não concordo que são bonitos! Pelo amor de Deus Anne! - Ele riu e eu fiquei séria, o encarei divertida.

– Ah é? Pois fique sabendo que o Bruce e o James são atores dos meus sonhos pervertidos, ok? - fiz uma cara debochada e Daniel ria, e depois sorriu malicioso.

– Hummmm, então rola sacanagem com o senhor Dickinson e o com o senhor Hetfield?

– Claro que rola. - eu ri mais ainda e Daniel me acompanhou. – Olha, não sou pervertida tá?- fiz um bico infantil e Daniel pareceu... Admirar-me. Ficou me olhando com um sorriso torto nos lábios, parecia me estudar, fiquei meio envergonhada.

Conversamos mais um pouco e então resolvemos ir embora. Daniel pagou a conta e fomos pro seu carro. Depois de alguns minutos, Daniel estacionou na frente do meu prédio, e se virou para mim.

– Foi muito boa essa noite. Podemos repetir mais vezes.

Virei-me em sua direção, o encarando.

– Eu também adorei Daniel, de verdade. – sorri.

– Você é incrível Anne... Acho que já é a milésima vez que falo isso essa noite. - Ele riu e eu sorri.

– Eu fico feliz de saber isso, porque a Laís sempre fala ao contrário, ele me ama demais. – ri e ele sorriu.

Ai aquela pausa dramática aconteceu e eu me desesperei. Eu ali sozinha, com o Daniel...

Ele se aproximou de mim, segurou minha mão e a beijou, logo me encarou, muito perto. Ficamos nos encarando durante uns segundos que pareciam a eternidade, não tive coragem de desfazer esse contato, parecia que Daniel continha um imã, que era impossível tirar o olhar dos seus olhos azuis. Ele foi se aproximando e pude sentir sua respiração quente sobre meu nariz e bochechas, era uma brisa suave, gostosa de ser sentida, me perdi naquele momento.

Parecia que todos os meus problemas e angustias, haviam sumido, só restava eu e Daniel.


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Notas finais do capítulo

Reviews pra pobre moça?