Nobody Breaks My Heart escrita por Dicki Toddfield


Capítulo 17
I'm blind without you...


Notas iniciais do capítulo

Oi oi amores! mais um pra vocês. Sei que essa depressão toda do Corey é chata mas é necessário, aguentem mais um tiquinho esse drama dele ok? AKMLMKAKMLAS
boa leitura. ♥



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Povs Corey

Acordei ofegante, deduzindo estar na cadeira da varanda do hotel. Cocei meus olhos e pisquei várias vezes pra me certificar que aquilo, foi um pesadelo. Um horrível pesadelo.

Levantei-me e olhei em volta, retornando a minha realidade. Uma agonia me consumia e as imagens daquele pesadelo horrível, atingiam minha mente a cada segundo.

Fui em direção à cozinha para beber um copo de água e fitei a pia, refletindo o porquê daquele sonho. Não fazia sentido... Quer dizer... Fazer... Fazia, mas não agora, antes, até que podia ser, mas agora? Depois de tanto tempo... eu sabia muito bem o que Anne quis dizer com “Olhe envolta, tudo isso foi causado por você”, ela se referia ao sofrimento que eu causei a ela, o sangue dela que eu derramei... Isso me machuca e o buraco que no qual ela me jogou, era o buraco onde eu me encontro até hoje, no sofrimento, na escuridão, sem vontade de viver e sem chance de ver a luz do sol novamente. Doía-me lembrar de tudo, queria arrancar meu cérebro fora, só pra não lembrar. Sim, eu me torturo a cada minuto, é isso que eu mereço.

Meus olhos já estavam marejados, já havia me acostumado a isso, virou rotina.

Meu celular ecoou pelo quarto, fui até ele e atendi:

Fala Gray.

E ai Taylor, tá melhor cara?

Tô sim. É... Mais ou menos. Tive um pesadelo horrível, fora isso, estou bem sim...

– Pesadelo? Sobre o que?

Ah cara...

Faz o seguinte, já já vou passar ai no teu quarto e nós vamos dar uma volta e você me conta, ok?

Posso negar? - sorri

– Não.

– Então tá, que horas?

– Daqui uns 15 minutos, beleza?

Beleza Tereza. Falou.

Ele riu. Falou irmão.

Desliguei celular e coloquei o copo na pia. Seria bom desabafar com meu irmão, afinal, ele que faz papel de psicólogo durante esses anos. Paul é um ótimo amigo, nunca parece se cansar de me ajudar e de me dar forças pra continuar a conviver com a dor. Ele era um dos motivos por eu estar vivo ainda. Ele, minha família e os meus fãs. São sempre eles que me fazem viver, sem eles, acho que já teria me afundado na terra. Agradeço muito eles por não terem me abandonado quando todos me viraram as costas. Quando Anne foi embora.

Nem troquei de roupa e nem movi um musculo durante os 15 minutos estipulados por Paul, até que a campainha soou.  Arrastei-me até mesma e a abri.

– E ai cara CARALHO QUE CARA É ESSA? - se eu não me encontrasse na pior, eu iria rir da expressão assustada do Paul. – Alguém morreu cara?

Revirei os olhos.

– Acabei de acordar Paul, dá um desconto velho. - forcei uma risada e sai, fechando a porta atrás de mim, em seguida, chamando o elevador. – Aonde vamos hein?

Sei lá, dar um rolé por ai, pegar umas meninas... - olhei para ele e começamos a rir. Sabia mais do que ninguém o quanto Paul amava Brenna e JAMAIS, a trairia.

O elevador chegou ao nosso andar e adentramos em silencio, Paul ficou estudando minha expressão acabada e se pronunciou:

Por acaso esse pesadelo, era protagonizado por uma mocinha, dos cabelos pretos e dos olhos castanhos e dona de um sorriso encantador? - Ele me olhou de canto de olho, contendo na boca um sorrisinho maroto. Olhei para ele e apenas assenti, rindo baixinho pelo nariz.

Cara foi estranho esse sonho... Parecia um... Filme de horror. - fitei a porta metálica, lembrando-me do pesadelo maldito.

Paul respirou fundo e cocou os olhos.

Cara, é horrível te ver assim sabia? Porra cara, levanta desse precipício! Vamos cara! Você tem uma carreira linda, amigos que te amam e fãs que dariam tudo pela sua felicidade. Você acha que isso, não afeta a eles também? Eles sentem sua dor Corey, eles sofrem, junto contigo.

 Ele fez uma breve pausa e suspirou fundo quando a porta se abriu.

Fomos para o seu carro e Paul deu a partida. A pequena viagem foi silenciosa, somente o ronco do motor era ouvido. Paul parou em frente a um barzinho, onde tinha uma parte ao ar livre, um lugar harmonioso, ele sabia como me animar.

Entramos e seguimos para uma mesa do lado de fora, algumas pessoas nos reconheceram vindo algumas tirar fotos e pedir autógrafos, outras apenas olharam e cochichavam algo como “Nossa, são os caras do slipknot!” mas ignorei totalmente os comentários, apenas forcei sorrisos e simpatia para os fãs. Eles não têm culpa do meu mau humor diário.

Sentamo-nos e Paul pediu duas cervejas, para começarmos a nossa conversa.

Então cara, quer falar sobre esse pesadelo?

Hesitei mas abri o jogo com Paul.

Cara, foi horrível! Eu estava em um lugar branco, ai eu vi o colar de tigre que eu dei pra Anne no aniversario de 17 anos dela, lembra? - Paul assentiu, cruzou os braços sobre o peito e me fez prosseguir. – Quando eu peguei o colar, ela apareceu chorando sangue e sorrindo diabolicamente, foi horripilante, havia sangue para todo lugar! Ela se aproximava de mim lentamente, me torturando. - pausei e abaixei a cabeça, apoiando-a com as minhas mãos e prossegui – Ela se aproximou de mim e me apertou e me arrastou pra um buraco sinistro e disse que aquilo tudo foi eu que havia causado, eu disse a ela que a amava chamei-a de Ana e supliquei pra que ela não me soltasse. Mas ela me arremessou no buraco escuro e eu acordei. - minha voz já falhava quando terminei de relatar isso ao Paul, ele pareceu estudar minhas palavras por um tempo enquanto afagava a barba curta. Em seguida suspirou.

Cara, você sabe o que isso significa né?

Assenti dolorosamente.

– É, eu sei Paul. Eu sei que ela se referia aquilo que aconteceu no passado, a dor que eu causei nela e bla bla bla. - agitei as mãos, já estava me cansando disso.

 Corey, você já está ficando piradinho hein. Você sonhou com isso porque pensa demais e se tortura demais pela Anne cara. Isso só te faz mal meu! Levanta essa cabeça, tenta passar um corretivo nisso, sei que é difícil, mas vai ser pior se você não tentar. Cansei de falar isso pra você. Não gosto de te ver assim, Anne já disse que te perdoou pelo que fez e ela foi sincera, você sabe disso! - Ele me olhou e esperou alguma reação minha. Não sabia o que falar, sei que tudo que o Paul dissera era melhor pra mim. Eu sei disso. Mas eu não conseguia tentar ser feliz, sabendo que eu estava impune pelo que fiz. Não era justo. – Cara, escuta. pelo menos... Tenta. Você nem sai conosco mais, fica no quarto mofando com seus pensamentos, isso é errado cara, não vai ser assim que você vai conseguir esquecer essas coisas.

Mas Paul, eu preciso da Anne comigo, eu dependo dela cara, eu só estou assim por causa dela! Pelo que eu fiz. Sei que isso pode parecer um drama de mocinha, mas meu, ninguém sabe como é horrível lembrar o que fiz com a mulher que eu dizia amar todos os dias. Eu odeio pensar no que ela sentiu quando eu a forcei a fazer coisas horríveis enquanto eu estava domado pela maconha cara.

MAS COREY! Isso já faz tempo cara! Você não pode viver assim meu, todos nós já erramos nessa vida! - Ele bufou levemente alterado. Mas depois regulou a respiração e me dirigiu um olhar confortador.

– E se você falar com a Anne sobre isso? Vai melhorar o que você sente?

Eu já tentei muitas vezes fazer isso, mas ela sempre fugia de mim, com medo. - suspirei derrotado e sem esperanças. Sempre que eu tentava me aproximar da Anne, ela se esquivava e fugia dos meus braços, isso me matava aos poucos.

E se... Eu falar com ela?

Duvido muito que ela aceite falar sobre isso, Paul...

Mas não custa tentar, né? - Ele sorriu amigavelmente.

Me desculpe Paul, por te enfiar na minha depressão, você é um ótimo amigo, não é justo te meter nos meus problemas...

– Alto lar meu caro! - ele levantou o dedo indicador e arqueou uma sobrancelha. – Seu problema é o meu problema entendeu? Para de ser viadinho Corey, vira homem, eu hein. - Paul disse divertidamente com seu sotaque marcado. Eu ri. – Vou falar com ela ainda hoje, vou convida-la pra jantar e já aproveito pra matar saudades da chaveirinho.

Incrivelmente eu não tinha ciúmes de Paul com a Anne, muito pelo contrario, adorava ver a amizade dos dois, eles eram tão iguais, eles pareciam irmãos. Só não me sentia confortável com o “amor” do Sid por ela, mesmo sabendo que o estranho era loucamente apaixonado pela Laís, às vezes sentia que ele a olhava diferente, mas devia ser meu ciúme possessivo.

Sabia que Paul não tinha outras intenções com a Anne, ele sempre deixava claro isso, só que o Sid nunca negou e nem se preocupou em falar algo do tipo. Olha eu de novo sendo possessivo. Tenho eu parar com isso, Sid é meu amigo e melhor amigo de Anne. Não tenho motivos pra isso.

– Obrigado Paul, de verdade, por tudo que você vem fazendo por mim.

– Obrigado nada. 100 conto. Por hora. - Ele riu.

Bebemos o resto da tarde, não a ponto de ficarmos para lá de Bagdá, ainda estávamos sóbrios.

Por uma tarde, consegui esquecer os meus problemas, eu estava feliz por ter meu amigo por perto.


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Notas finais do capítulo

reviews? :33



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