Long Distance escrita por Laura Okuma


Capítulo 2
The Million Miles Away




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Silena chamava, na verdade gritava, mas isso não vem ao caso, as amigas para o quarto de Katie. Katie nem se preocupava em dizer para a mesma parar já que tentava em vão descobrir características sobre o homem com quem traiu Travis.

–O que foi? – perguntou, furiosa, Clarisse. - Estava batendo o recorde da Thalia na música Sweet Child O’Mine no Guitar Hero.

–Não, você não estava – rebateu Thalia vitoriosa.

–Parem. Que droga! – Annabeth revirou os olhos em quanto resmungava.

–Ah. Annie, Annie. Querida Annie. Nunca vai aprender que Clarisse e Thalia foram feitas para brigar? – resolveu Silena com cara de pena.

–Repetindo o que Clarisse disse: O que foi? – Annabeth parecia o dobro de furiosa de Clarisse.

–Katie, poderia repetir a história? – Silena queria ter sido mais cuidadosa, mas nada escondeu seu pequeno surto de desespero.

Katie olhou para elas. Pareciam curiosas e preocupadas. Nada parecia mais especial para Katie que as suas amigas. Queria desabafar, então só falou. Contou a história toda sem faltar nem um detalhe se quer. No fim Katie estava rodeada por um pequeno grupo de garotas que a consolavam.

–Não pode correr atrás de alguém que já desistiu de você – insistiu Clarisse.

–Mas e se ele não desistiu?

–Aí é outra história. – concluiu Annabeth.

–Você deve mostrar que está bem, que melhorou o seu estado, que seguiu em frente – Thalia tinha uma confiança imensa.

–Isso. Ele vai mesmo correr atrás de você se fizer isso – Silena concordava fielmente nas palavras de Thalia.

–Talvez, só talvez mesmo, - Clarisse apontava para Katie e depois continuou a falar, ainda apontando – só para provar que ele te ama, você poderia ir até, sei lá, Paris.

–Isso é uma ótima ideia! – Silena se alegrou tanto que parecia que pulava sentada. – E lá em Paris tem vários jardins. Já que você tem um pouco de dinheiro você podia construir mais um para os franceses.

–Bem, - Katie coçou a nuca de forma envergonhada – eu queria ir para Paris e construir um jardim com o dinheiro que eu guardei.

–Como sabia disso?

–Thalia, Thalia, eu li na lista de metas da Katie. – gabava-se Silena.

Todas reviravam os olhos.

Katie pensou se deveria falar o que havia a segurado nos EUA. Pensou por um bom tempo até concordar.

–Só não fui porque o Travis havia me segurado aqui.

–Como assim?! Ele te forçou a ficar contra a sua vontade? – Annabeth tinha raiva em sua voz, algo que ninguém nunca gostou de ver.

–Não, não é isso – explicou. – Eu não queria deixar o Travis e ele nunca iria querer ir até a França só para ficar com uma garota sem graça.

–Você não é sem graça – Silena sempre fora o lado amoroso e carinhoso do quinteto delas, e isso não iria mudar naquele momento.

–Sou sim. – Havia tanta certeza na voz de Katie, que por um momento elas quase acreditaram. Quase. – Ele só ficou comigo porque eu sou a menina perfeita para apresentar aos pais.

–Talvez no começo, mas depois tudo muda.

–Não sei – Katie estava absurdamente confusa sobre o que fazer.

–Vamos lá, Katie. Pense. – Annabeth acariciou o pulso de Katie afetuosamente.

–Tem outra alternativa – as sugestões de Thalia nunca foram das melhores, mas Katie precisava de qualquer sugestão.

Todas olharam ansiosas para Thalia, como se a mesma acabasse de falar que podia desativar a bomba que estava prestes a matá-las.

–Ela pode voltar para Austin e correr desesperadamente atrás do Travis.

–Talvez.

–Ou ela pode voltar para Athens e voltar a morar com os pais.

Katie estava pensando. Ir para Paris podia ser bom, mas e se ela não conseguisse dinheiro para ficar lá? Voltar para o Texas, especificamente Austin, podia dar a ela uma oportunidade de ficar com o Travis, mas e se ele a rejeitar e a humilhar de todas as formas possíveis? Voltar para Athens podia dar a ela uma chance muito boa de ter uma floricultura pelo estado de Ohio, mas e se os pais dela não a aceitarem novamente?

–Eu sinceramente não sei, meninas. Todas as alternativas têm os seus prós e contras, nenhum melhor ou pior do que o outro.

Os neurônios de Katie trabalhavam incansavelmente pensando sobre o assunto.

–Qual você acha que é pior? – disse Clarisse assustadoramente carinhosa.

–Eu não faço a menor ideia.

–Eu perguntei “acha” – e a Clarisse voltou ao ser ríspido que sempre foi.

–Acho que Athens, Ohio, porque eu saí de casa contradizendo meu pai e minha mãe, acho que eles não me querem de volta.

Todas ficaram pensando no que seria melhor para aquela menina tão simples.

–Vá para Paris, vai se sentir melhor lá. – Silena disse depois de um tempo silencioso.

–Ou vá para o Texas, vire um chiclete para o Travis – Clarisse tinha um pouco de má vontade na voz, mas, pelo menos, era só um pouco.

–Ou volte para Athens e se reconcilie com seus pais – disse Annabeth totalmente carinhosa.

–Mas você também pode ficar aqui – Thalia tinha um olhar apreensivo.

A cabeça de Katie parecia que iria explodir de tanto pensar sobre o mesmo assunto.




Ele ficou por muito tempo olhando os e-mails que havia recebido e que havia palavras quase iguais e sentidos totalmente iguais. A cada palavra seu coração se comprimia e ele se odiava cada vez mais. Suas mãos estavam suadas e seus pés não paravam de se mexer.

–E aí? Algum que não seja da Katie? – perguntou Beckendorf um tanto curioso.




Travis voltou uma página e foi até o fim da página.

–Nessa página só tem da Katie, de ninguém mais. – Depois daquele tempo todo lendo os e-mails da Katie, ele já havia se cansado de se sentir culpado ao extremo por ter feito uma coisa estúpida sem pensar duas vezes (na verdade, ele nem pensou direito sobre).

–E as mensagens de texto? São só delas?

São.” Ele respondeu mentalmente, mas ele já sabia que seus amigos sabiam da resposta.

Ele soltou um muxoxo. Precisava fazer algo a respeito de tudo aquilo.

–Eu preciso ignorar isso – sussurrou Travis na esperança de que seus amigos não ouvissem. Mas não aconteceu como o esperado.

–O QUE? – berrou um pouco alto demais o garoto de olhos negros.

–Nico, só não me fale que vai trocar a Thalia pela Katie, por favor – Percy praticamente implorou para o amigo.

–Qual é? Eu não posso me preocupar com a minha prima?

–Até esqueci que ela era sua prima, cara – confessou Beckendorf.

–Sério?

–É claro, vocês não são nada parecidos e além do mais não tem o mesmo sobrenome – relembrou Beckendorf.

–Tanto faz – respondeu Nico totalmente indiferente. – Só não ignora a Katie, ela deve estar arrasada.

Travis queria esquecer que Katie ao menos existia para não ter que lidar com tantos sentimentos, mas era improvável que ele fosse conseguisse. E isso lhe dava raiva. Foi ele que tinha feito com que todos passassem por isso, mas ela também foi culpada quando o traiu.

–Não dá mais, caras. Eu não posso fazer nada além de ficar aqui e viver minha vida.

–Na verdade, você não sabe mais sobre o futuro do que a gente – discordou Chris.

–Na verdade, eu só sei o que eu quiser saber – revidou Travis, dando uma de inteligente.

–Na verdade... – Chris iria revidar se não fosse por Nico.

–Na verdade, nenhum de nós quer que vocês briguem como idiotas com frases que tem o mesmo começo.

–Desculpa – declararam os dois, olhando para o chão.

–Que seja, o problema é que você não pode fazer isso com a Katie.

–Tem que, pelo menos, ser amigo dela.

–Caras, meninas não gostam de ter amigos por quem possuem sentimentos – cantarolou Chris.

–Então volta com ela. Vocês dois eram ótimos juntos e você era bem melhor do que agora com o skate. – falou Percy com total convicção.

–É verdade. – concordaram todos.

–Não sei. Eu gosto de ficar aqui, no Texas.

–Mas todo o mundo tem que fazer alguma coisa na vida.

–E, Travis, você não ganhou uma bolsa de estudos na universidade de Oxford, em Londres? – contou Percy.

–Sim, mas eu ainda não sei se eu quero ir para lá só para estudar.

–Então volta com a Katie – insistiu Nico.

–Ela está em Nova York e eu estou no Texas, então...

–Vai para Nova York.

–Não quero me mudar só por causa de uma garota.

–Cara, se você a ama realmente você faz tudo por ela, assim com eu que vou me mudar para Nova York só pela Annie – declarou Percy com uma cara de apaixonado.

–Clichê, mas bonito – Chris concordou com Percy.

–Mas ainda tem uma coisa que eu preciso contar para vocês – falou Travis.

–O que? – perguntaram com muita curiosidade.

–Meu pai quer que eu volte para Beverly Hills e trabalhe na empresa dele. – Quando acabou de contar, possuía um sorriso sem graça nos lábios.

Percy revirou os olhos, algo que aprendeu com Annabeth, Beckendorf murmurou algo como “Isso já era esperado.”, Chris falou algo como “Cara...” com uma cara de reprovação junto e Nico falou uma série de palavrões.

Todos bufaram e fixaram os olhares em Travis.

–Bem, você tem três opções – começou Nico.

–Quatro, na realidade – corrigiu Chris.

–Nunca fui bom em matemática, então cale a droga da sua boca – ameaçou Nico. – Quatro opções: Ir para a universidade de Oxford; ficar com a bunda colada aqui no Texas; ir para Nova York e voltar com a Katie; ou voltar para debaixo da asa do pai. Escolhe uma aí.

Por um pequeno momento Travis tirou todas as opções da cabeça e considerou se mudar para a Austrália.


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Notas finais do capítulo

Demorei, né? Desculpa mesmo pessoas lindas, mas eu quero criar uma coisa perfeita.
Notícia boa ou ruim, dependendo do ponto de vista: Esse é o penúltimo capítulo dessa fic. Eu estou com vontade de chorar, e vocês? Quem estiver em prantos, por favor se acalme, essa fic tem mais três fics de continuação, com a mesma quantidade de capítulos. E eu acho que vou colocar capítulos bônus na última fic.
Eu to um pouco triste porque não consegui assistir a estreia de A Lenda de Korra aqui no Brasil. Mas a minha tristeza vem com um mega pacote de Kit Kat (não para vocês).
Me apaixonei pela pessoa mais improvável do mundo e estou mais romântica que qualquer outra pessoa, então não estranhem se ficar meloso ou melodramático demais.
Quem gostar de Harry Potter dá uma passada no meu perfil e leia minha história de Rose/Scorpius.
E essa é a máxima quantidade que vocês podem tomar de mim hoje, então até a próxima.



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