Long Distance escrita por Laura Okuma


Capítulo 3
In This Long Distance


Notas iniciais do capítulo

NOTAS FINAIS IMPORTANTÍSSIMAS!



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As rodas da pequena mala de Katie insistiam em fazer um barulho repetitivo e irritante enquanto se arrastavam pelo chão de mármore do aeroporto.

Ela foi até uma cafeteria com cupcakes na vitrine e se debruçou sobre o balcão.

–Tem cupcake de cereja?

–Er... – a atendente olhou para a vitrine e continuou: - Sim.

–Então me dê... – ela olhou para a tela do celular e completou: - quatro.

–Tudo para agora?

–Sim.

A moça colocou quatro cupcakes vermelhos em um prato e colocou no balcão. Katie tirou uma nota de vinte dólares do bolso e colocou ao lado do prato.

–Katie?

Katie olhou para os lados, procurando a pessoa que havia chamado-a e encontrou uma velha amiga, com cabelos negros e olhos cinza.

–Zoe!

–Katie! – Ela correu até Zoe e abraçou-a com vontade.

–Como está? A última vez que te vi foi no ano passado, no aeroporto do Texas junto com o Luke. Ah! E como está o Luke? Vocês ainda estão juntos? Ou ele te traiu com alguma vagabunda?

–Ahm... Bem. Bem, também. Sim, estamos sérios. Não, ele não me traiu com ninguém. – Quando Zoe respondeu todas as perguntas, Katie ficou um pouco confusa, mas não ligou. – Na verdade, eu fico bem atenta e, como precaução, tenho todas as senhas de todas as contas em redes sociais dele. E da última vez que eu chequei, que foi há uns dois messes atrás, ele tinha enviado um pedido de um anel para a Tiffany.

–Ah! Minha nossa! Ele vai te pedir em casamento? – exclamou Katie animada.

–Não sei. Ou é isso, ou ele vai oficializar nosso namoro, ou ele vai me largar por uma vagabunda qualquer. Mas eu acho que é a primeira, já que ele pediu um Etoile With Pavé-set Band, que eu amo tanto.

–Eu vou ser sua madrinha de casamento, não?

–Na verdade, você vai ser a madrinha de casamento do Luke, já que está com o Travis e o Luke vai deixar o Connor como o menino das alianças. Minhas madrinhas vão ser a Bianca, com o Ethan, e a Thalia, com o Nico.

–Então eu acho que só vou ser uma convidada – Katie segurou as lágrimas. Por que todos insistem em dizer que eu e o Travis estamos juntos? pensava ela irritada.

–Como assim?

–Eu e o Travis terminamos há mais de uma semana.

–Ah, Katie. Sinto muito. Eu... eu não fazia ideia.

–Não, tudo bem.

Passaram-se alguns segundos constrangedores e desconfortáveis para as duas. Katie abriu a boca, mas não pensou em nada inteligente para dizer, então fechou imediatamente. O sino da porta de entrada tocou e as duas viraram os rostos automaticamente. Um homem loiro, com olhos azuis e uma cicatriz, que ia desde a borda dos lábios até a metade da testa na face esquerda, entrou na cafeteria.

–Zoe! – berrou ele. Ele estava muito ansioso. Uma mão segurava a outra e era possível ver um tremor intenso só de olhar de relance para as mãos dele.

Ele andou com passos largos até as duas e parou como um carro que tem problemas com o freio. Olhou para Katie, bem surpreso.

–Não deveria estar no Texas?

–Me mudei para Nova York faz uns dias.

–Então o que está fazendo no aeroporto?

–Vou me mudar. De novo.

–Permanentemente ou vai se mudar de novo depois de uns dias?

–Espero que seja permanentemente.

–Certo... – concluiu o loiro. – Vim falar com Zoe – e ele se virou bruscamente para Zoe.

–Oi, o que quer me falar, Luke?

–Ahn... vamos nos sentar?

–Claro – e ele pegou a mão dela e a levou até uma das mesas. Puxou uma das cadeiras e foi até a cadeira do outro lado da mesa.

Ele colocou as mãos na mesa e pediu para Zoe fazer o mesmo.

–Zoe, você sabe que eu te amo, certo? – ela assentiu, concordando. – Então, ahn... Não está dando certo. Essa coisa de sermos namorados – a expressão dela mudou completamente virando um triste raivoso. – Sabe?

–Claro – ela respondeu com uma voz chorosa.

–Zoe, por favor, não me mate por eu ter terminado com você aqui. Não te achei em casa.

–Mas você deveria saber os horários dos turnos de trabalho dela, não deveria? – perguntou Katie com receio.

Zoe e Luke olharam para Katie. Ambas as expressões diziam : “Cala a boca, por favor”.

–Certo, vou ficar... quieta.

Luke respirou fundo e continuou:

–Bem, Zoe – ele olhou nos olhos dela e balançou a cabeça negativamente. – Por favor, faça qualquer coisa, só não chore. Estou lhe implorando.

–Okay. Certo, vou só... – ela fungou e piscou várias vezes, segurando as lágrimas. – Por quê?

–Como assim?

–Por que está terminando comigo?

–Porque não está dando certo sermos namorados – Luke deu uma grande ênfase na última palavra.

–Não! – gritou Katie. – Você não vai fazer assim! – e deu um tapa no braço de Luke.

–O que? O que ele não vai fazer? – perguntou Zoe.

–Eu não acredito. Zoe, você é inteligente, como não percebeu ainda?

–Do que ela está falado, Luke?

Luke fechou os olhos, respirou fundo e colocou uma caixinha de veludo azul escuro com milhares de pontinhos prateados perto da mão de Zoe. A boca dela se formou em um perfeito O.

–É sério? Você não vai me trocar por uma vagabunda qualquer? – perguntou Zoe totalmente encantada.

–Se trocasse eu seria a pessoa mais burra do mundo – ele deu um sorriso carinhoso que foi retribuído.

Katie procurou na bolsa a câmera, mas percebeu que tinha esquecido ou no apartamento ou no táxi. Deixou isso para lá e começou um dialogo mental.

Por que isso não acontece comigo?, pensou Katie feliz por seus amigos, mas triste por estar só.




Travis trocava o peso do corpo de um pé ao outro, continuamente. Ele olhou para trás pela quarta vez em dez minutos e xingou os amigos por serem mais lerdos que ele.




Os amigos reviraram os olhos em conjunto e deram passos mais largos.

–Sacanagem. Vocês são muito lerdos.

–Não é culpa nossa se você bebeu quarto xícaras de café e comeu dezessete balas de caramelo e dois sacos de puxa-puxa. – retrucou Percy.

–E porque parou na frente de uma cafeteria?

–Nico, eu quero mais cafeína, ok? – declarou Travis.

Todos reviraram os olhos e balançaram a cabeça negativamente.

–Aquela não é a Zoe? – perguntou Chris aos amigos olhando para dentro da cafeteria. – E a outra parece a Katie.

–Não seja idiota. Zoe está com o Luke em... sei lá, Vermont? E a Katie está no apartamento dela em Manhattan, junto com o resto das meninas.

–Então está bem. Vamos continuar, por que eu prefiro ficar com a Silena do que com um garoto cheio de adrenalina – concluiu Beckendorf apontando para Travis.

–Okay. Tudo bem. Vamos. – Travis fez bico e pareceu um garotinho emburrado.

Eles andaram por alguns minutos antes de esbarrarem em um homem loiro eufórico.

–Luke?

–Ah! Oi! Eu tenho que ir, vou pedir a Zoe em casamento. Tchau. – E ele saiu correndo desajeitadamente.

–O que foi isso? – indagou Percy.

–Pelo visto a Zoe e o Luke estão em Nova York e o Luke vai pedir ela em casamento. – Respondeu Nico como se o amigo fosse um idiota.

–Certo. Já que foi esclarecido, vamos ir para o apartamento das meninas para eu reconquistar a Katie – Travis reclamou.

Eles foram para fora do aeroporto e pegaram um táxi.

Quatro deles se entalaram atrás e praguejaram sobre a desculpa do Beckendorf de ir ao lado do taxista, no banco de carona:

–Sou excepcionalmente grande para caber atrás com três de vocês.

Travis se levantou precariamente para conseguir fechar a porta e se acomodou entre Percy e a mesma.

–Está confortável ai, idiota? – indagou Chris encolhido do outro lado do banco, com a bochecha amassada contra a janela.

–Muito – respondeu Beckendorf com um sorriso radiante no rosto.

Os quatro reviraram os olhos irritados. Travis sentiu algo sob si. Escorregou pelo banco e tirou uma câmera verde de cima do banco.

–Ahn... Senhor, eu achei essa câmera aqui no banco. É sua, por acaso?

O carro parou por causa do semáforo fechado e o homem olhou para trás, tendo um pouco de dificuldade pelo vidro estar um pouco sujo.

–Não. Acho que é da senhorita antes de vocês, rapaz.

Travis franziu a testa. Parece a câmera da Katie e sorriu por lembrar-se de uma viagem que os dois fizeram para o norte do Canadá, por causa do sonho de Katie de ver uma floresta de coníferas que não possuía fim. Sem perceber, ele ligou o aparelho e começou a ver as fotos que estavam gravadas ali. Ele viu uma variedade de fotos de flores e sou o nome de muitas delas. Parou em uma com um casal no meio de vários pinheiros, eles estavam se beijando, bem, o garoto estava beijando o sorriso da garota, que tentava inutilmente empurrar o namorado.

–Estes não são você e a Katie? – Percy viu o amigo olhando para a tela e, como sempre, se meteu.

–Conhecem a senhorita Katie? – perguntou o homem olhando pelo retrovisor.

–Senhorita Katie... Katie Gardner?

–Sim, a senhorita que levei ao aeroporto há pouco.

Travis esticou a mão até Nico, que olhou para o amigo confuso. Ele pediu o celular do amigo que o fuzilou com o olhar.

–É importante, cara.

Nico colocou o aparelho com muito cuidado na mão dele, que não hesitou em correr pela lista de contato e encontrar um contato com o nome de “Thalia Idiota Grace”. Selecionou esse e não demorou para a “idiota” atender.

–Oi, emo, como foi a viagem?

Travis apertou no viva-voz antes da pergunta.

–Oi, Thalia, foi tudo bem.

–E os outros?

–Está no viva-voz, Thalia – esclareceu Nico.

–Certo – depois de poucos segundos ela continuou. – Estão no viva-voz também, babacas.

–Oi, pessoal. – cumprimentou uma voz doce. Annabeth.

–Oi, meus lindos – uma voz ainda mais macia que a de Annie. Silena.

Depois de algum tempo em silêncio Silena berrou:

–Clarisse!

–O que?

–Seja educada, por favor.

–Você não é a minha mãe. – Os rapazes se entreolharam e sabiam que uma discussão estava por vir.

–Seja educada – Silena vociferou.

–Não, mamãe – devolveu ela no mesmo tom.

Todos olharam para Chris, pareciam que eles estavam implorando paque que ele fizesse algo.

–Clarisse?

–Chris? Ah! Oi, Chris.

–Ahn... Cadê a Katie?

–Travis?! Você vai morar com os meninos? – Silena parecia estar em alerta.

–Sim, porque mais eu estaria aqui, em Nova York? Então, cadê a Katie?

–Ela foi viajar – concluiu Annie.

–Viajar? Mas para onde?

–Na verdade ela estava mais se mudando – Clarisse parecia tentar amortecer a resposta da segunda pergunta, sendo mais delicada.

–Onde, garotas?

–Paris – responderam todas em conjunto.

Porque isso só acontece comigo? Travis pensou já tentando descobrir o que teria que fazer para conquistar a louca por flores e plantas.






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Notas finais do capítulo

Não me matem! Pensem bem: se me matarem, ninguém vai saber o que acontece com a Katie em Paris e o que o Travis vai fazer.
Me desculpem mesmo, mas é que meu cérebro só consegue funcionar quando eu tenho coisa demais na cachola. E agora as aulas vão recomeçar e eu vou conseguir escrever ainda mais. Estou no 9° ano (8ª série) e eu tenho TCC (trabalho de conclusão de curso) e eu vou começar a ter Química e Física (e Emprendedorismo porque a diretora odeia o mundo e desconta na gente) então vou começar a escrever mais fics.
A continuação eu ainda vou ter que escrever, então esperem. MUAHAHAHAHAHA. Me mandem também o que acharam desse final, eu gosto de opiniões sinceras.



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