Isabella Potter escrita por Sophia Burlak


Capítulo 17
Capítulo 17 - Minha vida não é normal, literalmente


Notas iniciais do capítulo

Estou decepcionada com vocês pela falta de comentários.



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Percy P.O.V.

Oi, meu nome é Perceus, sim como aquele da mitologia – eu escrevi até que senti minha visão embaçar, maldita dislexia, eu ia tirar um zero, de novo. Vocês devem se perguntar como assim? A professora de inglês tinha passado um trabalho, uma autobiografia escrita à mão, se eu conseguisse escrever mais de uma linha sem ter minha visão comprometida talvez conseguisse ao menos um cinco, porque eu não escrevo muito bem. Bufei sentado na cadeira sem a mínima vontade de descer para tomar meu café da manhã, era sábado e nós tínhamos uma excursão, mas olhar para cara do Gabe nojento de manhã devia ser considerado um crime. Acho que nem os biscoitos azuis da minha mãe iam me fazer ficar legal hoje. Se o Sr. Brunner não tivesse insistido tanto eu nem iria. Fui obrigado a sair da minha mesa aonde se encontrava minha redação de uma linha, me troquei e desci, sem passar pela sala, dito para a cozinha.

– Oi Percy, acabei de fazer – ela disse tirando uma fornada de biscoitos azuis do forno, meus preferidos. – É hoje aquela excursão, no Museum of Art? – eu assenti enquanto colocava uma daquelas delícias na minha boca.
– Preciso ir mãe, o Grover já chegou lá. – minha mãe se despediu de mim e eu saí pela porta da cozinha mesmo, para evitar o meu padrasto, não sei porque minha mãe continua com ele.

Eu juro que estava determinado a não fazer nada, como nas outras excursões, mas assim que eu e Grover entramos no ônibus a cleptomaníaca da Nancy Boloft começou a acertar o Grover com pedaços de pão. Entendam, a culpa não é minha se eu não aguento provocações não é, aquela menina era o Demônio.
Grover era magrelo, usava muletas e não podia nem se defender pois já estava sobre aviso, isso é se algo acontecesse com ele, ele seria expulso.
– Eu vou mata-la – eu murmurei. E ele demorou um pouco para me acalmar me impedindo de fazer algo estupido.

– Percy se alguma coisa nessa excursão der errado a culpa vai ser sua, cá entre nós seu histórico de excursões escolares é péssimo. – Ele falou, eu decidi ficar no meu canto, e não esperava que fosse me arrepender por isso.

O sr. Brunner foi quem guiou o passeio pelo museu. Ele foi na frente nos guiando e fazendo explicações sobre as estátuas e sobre os nomes delas, ele era professor de Latim mas sabia muito sobre mitologia. Havia algumas caixas de mármore de dois mil anos, eu fico pensando como isso sobreviveu a dois mil anos?

Eu estava com dificuldade de ouvir o que ele dizia porque todos ao meu redor estavam falando e eu realmente queria escutar. Sempre mandava carinhosamente que eles calassem a boca a Sr. Dotts, a outra professora acompanhante, me olhava com cara feia, ela nunca gostou de mim e sempre adorou Nancy. Posso chutar que 98% do meu histórico escolar foi sujado por ela, eu ficava de detenção todos os dias, uma vez eu cheguei a falar com o Grover que ela não parecia ser gente e ele concordou comigo até com mais convicção que eu.

Eu estava até indo bem na tarefa de escutar até que mandei eles calarem a boca um pouco alto de mais, o sr. Brunner me fez uma série de perguntas e me deu meio ponto porque eu só não soube responder o “qual é a importância para a vida real de sabermos porque Cronos matou os filhos” , não é possível que alguém saiba isso. Depois ele veio com um papo estranho de que eu devia saber aquilo porque era vital. Eu fiz uma cara estranha, mas assenti e murmurei algo sobre me esforçar mais, ele as vezes pegava muito pesado comigo, ele sempre queria que eu fosse o melhor na matéria dele, não bastava eu passar.

O sr. Brunner disse para turma que iriamos fazer uma pausa para o lanche, então nós saímos do museu e nos sentamos em bancos de uma calçada em frente a ele. Eu estava na minha (como sempre) com Grover ao meu lado, assim que comecei a desembrulhar meu sanduiche com pasta de amendoim azul, não me pergunte como ela ficou assim, Nancy jogou resto de seu lanche no colo de Grover. Eu tentei continuar na minha, contei até dez, tentei pensar no que o orientador da escola me dizia sempre sobre controlar o meu gênio essas coisas. Mas estava tão furioso que parei de raciocinar, escutava uma onda rugindo nos meus ouvidos e quando abri os olhos Nancy estava dentro do chafariz, mas eu não me lembrava de sequer tocar nela.

– Você viu ele me jogou – Nancy falou.

Vi todos me olharem estranho e murmurarem coisas como “Você viu? A água abraçou ela”. Senti o olhar de reprovação da sra. Dotts em mim.

– Não foi ele fui eu – Grover disse tentando me salvar de uma detenção ou algo pior, mas a sra. Dotts nem deu bolo e me mandou acompanha-la. Depois não me lembro de nada, so de concordar com ela que estava causando problemas e depois ela disse umas coisas sobre eu confessar algo, ela se transformou em uma espécie de bicho e me atacou com uma espada e depois o sr. Brunner me jogou uma caneta que virou uma espada, eu a atingi com a espada e ela desapareceu e eu fiquei com uma caneta na mão. Acho que o lanche devia ter comido alguma coisa que não me fez bem. Eu sai de lá sozinho e o Sr. Brunner estava normalmente sentado em sua cadeira, como se nunca tivesse saído de lá.

– Cadê a Sra. Dotts professor – eu perguntei ao professor Brunner, ela tinha sumido, tinha que ter explicação.

– Não sei de quem você está falando Percy, e da próxima vez traga sua própria caneta – ele me respondeu pegando a caneta que de acordo com a minha mente era uma espada.

– A Sra. Dotts a outra professora que estava nos acompanhando – eu insisti, talvez os sinais da velhice tivessem chegado a ele.

– Percy nem mesmo há uma Sr. Dotts trabalhando na Academia Yancy, quem veio na excursão foi a professora de álgebra, a senhora Kerr, está se sentindo bem? – Sim, digo claro que eu não estava me sentindo bem, e sim, minha dislexia devia ter piorado tanto que agora minha mente até cria alucinações. Alucinações muito reais.

Aquilo foi tão real pra mim que eu pensei o ano inteiro naquela alucinação bizarra. Todos da sala lidavam como se a Sra. Dotts nunca tivesse existido mas quando eu tocava no nome dela com Grover ele sempre hesitava em me responder. Com o passar do tempo eu achei que fosse parar de pensar naquilo, mas não, todo dia eu tinha um pesadelo da Sra. Dotts me atacando com garras e asas de couro. Tudo ficou pior quando ouvi o papo mais estranho da minha vida entre o Meu melhor amigo e o Sr. Brunner. Eles estavam falando sobre mim, e algo de eu precisar amadurecer, uma benevolente na escola, Névoa. Eu fiquei tão perplexo que deixei meu livro cair e tive que me esconder em uma sala para não ser visto.

E depois o Sr. Brunner veio com um papo de que eu não era normal, aquilo realmente me deixou mal. Eu aguentei até o último dia de aula para perguntar ao Grover sobre Benevolentes, esperei até entrarmos no ônibus nada nos impediria ali.

Ele ficou nervoso, eu expliquei a ele que ouvi a conversa sem querer e ele disse mentiu novamente sobre a Sra.Dotts, mas qual é, eu não sou tão burro assim. Depois ele me deu um cartão e disse que era para se eu precisasse dele nas férias, e me disse que ele tinha que me proteger. Eu li o cartão com muito esforço e estava escrito um telefone e um endereço Colina meio sangue, Grover me disse que era seu endereço de verão.

Eu pretendia continuar com minhas perguntas se não fosse o ônibus ter um defeito e nós precisamos sair. Eu observei as barraquinhas de frutas do outro lado e vi três velhinhas tricotando, e elas estavam olhando para mim quando cortaram o fio.

Assim que Grover viu aquilo se desesperou um pouco e me obrigou a voltar para o ônibus com ele. Ele me perguntou o que eu tinha visto, e eu respondi que tinha as visto tricotarem uma meia, até fiz uma piada sobre a meia servir em mim, mas ele não achou a menor graça e quando eu disse que vi elas cortarem o fio ele me fez prometer que deixaria ele me acompanhar até a rodoviária, apesar de ser uma promessa estranha eu prometi mesmo assim.

Grover murmurou coisas como “por que sempre no sétimo ano” o resto da viajem e assim que chegamos na rodoviária eu o mandei ir para casa, não fui muito educado mas qual é? Ele já estava me irritando. E para pior tudo lá estava Gabe cheiroso (Um outro apelido “carinhoso” do meu padrasto, ele costumava ter um cheiro horrível). Ele era deplorável, fui obrigado a dar a ele o meu troco do ônibus e depois fui até minha mãe conversar sobre a nossa viajem de férias. Não seria uma viajem longa, mas seria bom sair de casa (le-se ficar longe do Gabe Nogento-Cheiroso).

No sábado pela manhã depois de ouvir umas vinte vezes a voz de gabe para não arranhar seu precioso carro, finalmente chegamos a Mountauk, íamos para lá desde que eu nasci minha mãe ia até mesmo antes disso, foi o lugar que ela conheceu meu pai. De acordo com minha mãe meu pai foi o cara mais legal que ela já conheceu, ele se perdeu no mar e uma viajem, ai depois veio o idiota do Gabe, que acha que um garoto de doze anos pode dirigir.

Chegamos no início do por do sol, abrimos as janelas do nosso chalé rosa de sempre, alugado, e fizemos uma pequena limpeza no lugar e depois fomos até a praia onde assamos marshmellows azuis e começamos uma conversa sobre o meu pai e sobre mim. Minha mãe como sempre disse que ele era muito gentil, alto, bonito, forte e que teria orgulho de me conhecer. Minha mãe me disse que não me mandava para internatos porque queria e sim porque precisava e ela não podia pensar em me mandar para onde meu pai queria que eu fosse porque seria desistir de mim para sempre, eu não entendi muito bem essa parte mas Okay.

Naquela noite eu tive um pesadelo diferente alo relacionado a cavalos, acordei com um trovão e com a minha mãe gritando furacão. Para mim nem mesmo era possível ter furacões em long island, mas a julgar por tudo que tem acontecendo. Um tempo depois escutamos batidas na porta e minha mãe abriu. Graver entrou em sobressalto e questionou a minha mãe sobre o que estávamos fazendo ali, ela olhou para mim e me perguntou oque eu não tinha lhe contado sobre a escola então eu disse uma coisa sobre a Sra. Dotts e as senhoras que cortaram o fio, mas não cheguei a falar a história toda com clareza. Minha mãe pegou nossas coisas rapidamente e nos mandou ir para o carro. Eu olhei para Grover que estava correndo depressa, ou melhor trotando, porque no lugar de seus pés havia cascos fendidos.


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Notas finais do capítulo

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