Just Like Brothers... escrita por Yasmim Speretta


Capítulo 7
Capítulo 7 - I Trust You


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas está ai...



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O mesmo sonho de sempre: uma sala escura, com alguns atoches e três homens discutindo. Mas dessa vez, consegui ver um pouco mais claro: aquele que estava andando de um lado para o outro tinha olhos bem azuis e parecia um tanto preocupado, mas não era ele que me interessava, mas sim os outros dois que discutiam. Um deles estava de costas, mas o outro dava para ver perfeitamente bem: tinha os olhos verdes, e muito claros. Iguais aos meus e de Percy, então conclui que ele era Poseidon e o outro devia ser Hades. Ouvi “meu pai” dizer, parecia com raiva:

–Ela nunca vai te perdoar!

–Ela não devia ter feito àquilo que fez! Ela sabia das consequências e mesmo assim o fez! Não importa o que aconteça com a garota... – disse Hades

Poseidon o segurou pelo colarinho de seu terno preto muito elegante. Zeus, que não parava de andar, simplesmente disse um “basta!” e os dois pararam.

–Não importa o que aconteceu! Agora, depende somente dela, se realmente quer a verdade...

Não pude ouvir o que ele disse depois, fui acordada pelos gritos de campistas em treinamento. Já eram seis da tarde e começava a escurecer e eu tinha decidido o que ia fazer: ia dar um jeito de descobrir tudo o que tinha feito, ou tinham feito comigo. Só tinha três problemas: primeiro não sabia por onde começar. Segunda: teria que sair do Acampamento e Quiron daria minha falta, e terceiro, mas não menos importante: Percy me mataria se fizesse isso.

Me levantei da cama. Provavelmente George teria me colocado lá e pegado alguma coisa do Percy, só para não perder o costume. Sai do chalé, e pelo menos não vi ninguém, a não ser...

–Oi Kate... – disse Rachel.

Rachel era o Oráculo, ou seja, poderia me ajudar. Se pelo menos ela dissesse qualquer coisa pra me ajudar, algum nome qualquer... Só a cumprimentei de volta, na esperança de algo acontecer, e por sorte, aconteceu. Aquela fumaça verde apareceu, toda a cena que já havia visto várias vezes, mas nunca comigo. E ela me deu uma profecia:


Deverás procurar no lugar em que a Primavera é homenageada,

E a tua protetora festejada.

Terás as repostas para suas perguntas, então.

Escolherá: deixar a deusa padecer ou não.


Depois dessas palavras, ela desmoronou. Parecia um pouco assustada, como se tivesse cometido um terrível erro. Estava muito pálida e tremia muito. Pensei em chamar Quiron, mas ele perguntaria o que havia acontecido, e a levei para a ala hospitalar. Sabia que os filhos de Apolo cuidariam dela, e não a questionariam. A deitei na cama, segurei suas mãos e disse:

–Obrigada...

–Cuidado... Com as trevas – ela murmurou. E depois adormeceu.

Sai da ala pensando em tudo que tinha ouvido: deveria ir para o lugar em que a Primavera era homenageada... Não fazia sentido! E quem seria essa protetora? Fui pensando nisso até que encontrei com Percy.

–Estava te procurando. Onde tava?

Eu tinha que contar, tinha que pedir sua ajuda. Ele era meu irmão, e uma hora ou outra, descobriria. Talvez me ajudasse ou convenceria Annabeth a me ajudar.

–Vamos pro chalé. Lá eu te conto...

Quando cheguei lá, disse exatamente o que Rachel havia dito pra mim, sobre meus sonhos, tudo. Ele me olhava com bastante atenção, até que se levantou e perguntou:

–Então isso quer dizer que você vai mesmo...

–Bom, é...

Esperava que ele dissesse que não, que não devia se meter com isso ou algo do gênero, mas ele simplesmente perguntou se poderia ir comigo.

–Sabe, talvez eu possa ajudar. – ele disse. Mas sabia que era uma desculpa para que ele me protegesse. Aceitei. Ele saiu e trouxe Annabeth, porque era bem claro que ela iria com a gente.

–Repete a profecia, Kate... – ela disse depois que acabei de falar as mesmas coisas que disse para Percy. – Primavera homenageada, isso é meio comum. Em algumas partes do país existem festivais para as estações do ano. Mas são várias, como iria saber qual é a certa?

–Pasadena... – eu disse com uma voz baixa.

–O que? – perguntou Percy.

–Pasadena, Califórnia! É a cidade que nasci. Todo ano eles fazem, tipo um desfile de flores. Minha mãe dizia que era um jeito de comemorar a chegada da época mais bonita do ano...

–Eu já vi alguma coisa desse tipo, parece que eles ficam o mês todo com esses desfiles... – disse Annabeth.

–Desfiles, competições, tudo! – fiquei mais animada: finalmente sabia aonde ir! – E fica o mês de abril inteiro!

–Bom, temos tempo... Hoje é dia 20. – disse Percy

–Mas como vamos chegar lá? Temos que atravessar o país... – disse Annabeth.

Desanimei. Chegamos até aqui pra parar em uma situação tão boba? Olhei para o meu medalhão. Minha mãe disse que ele ia me ajudar, e essa era uma boa hora para começar... Ouvi uma voz, um sussurro. Parecia que vinha do próprio colar. O tirei e coloquei na cama e pude ouvir melhor: era uma voz feminina, e queria que fossemos até Pittsburgh, uma cidade da Pensilvânia, para que encontrássemos uma pessoa na ponte Fort Dusquene. Eram instruções muito exatas e fiquei com um pouco de medo. Olhei pra Annabeth.

–Aconteceu alguma coisa?

–O medalhão... Temos que ir para Pittsburgh! – eu disse, levantando.

–Achei que era para Pasadena! – disse Percy.

–E é! Mas temos que encontrar uma pessoa lá. Ela pode nos ajudar, sei disso. – olhei para os dois. Eles pareciam receosos. – Confiem em mim...

–Eu confio – disse George, aparecendo mais uma vez na janela – Como chegamos lá?

Olhei para Percy: ele pensava o mesmo: talvez fosse hora de darmos um pequeno serviço para Blackjack.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso! Comentem, por favor. Ps. Sim, a ideia do festival de flores em Pasadena tirei do filme Bee Movie...



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