Just Like Brothers... escrita por Yasmim Speretta


Capítulo 6
Capítulo 6 - Big Girls Don't Cry


Notas iniciais do capítulo

Vou mudar os títulos para músicas (totalmente criativo) Espero que gostem...



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-Percy, dá uma trégua, por favor! Eu to implorando!

Fazia uns 5 dias que tudo aquilo tinha acontecido e eu estava me mudando para o mesmo chalé que meu irmão, e ele insistia com o mesmo assunto toda santa hora.

-Achei que você não queria ter alguma coisa com ele, coisa e tal... Mas acho que não posso falar nada, afinal...

-...você namora sua melhor amiga – sorri. Na verdade, era pra ninguém saber o que tinha acontecido, mas como sempre tem alguém pra saber as fofocas, a noticia foi espalhada por “uma certa” filha de Afrodite. Mas não me preocupava muito com as pessoas, mas sim com George: a última coisa que eu queria era que ele alimentasse falsas esperanças na gente. Eu estava indecisa, não sabia se ficava com medo, alegre ou...

-Pará de pensar nisso! – Percy disse.

-Mas eu... Ah, para de sentir o que eu sinto, caramba!

-Eu não controlo isso...

Comecei a organizar minhas roupas, e Percy estava lá, deitado na cama, olhando pro teto. Sabia que pensava em Annabeth, alguma coisa de querer uma missão naquele instante, ou sei lá. Acho que ficar no mesmo espaço que ele vai acabar ou me matando de tédio ou de vontade de matá-lo. Mas se fizesse isso, não seria bom pra minha imagem. Ah, quem estou enganando... Não tenho imagem faz tempo, mas tudo bem.

-Percy, vem cá... – disse Annabeth entrando no chalé - Ah, oi Kate... Não sabia que você estava aqui...

Alguma coisa acontecia pelas minhas costas, e Percy sabia disso. Olhei pra ele, e é claro que ele desviou.

-Tá, a gente pode continuar com esse joguinho ou vocês podem me falar de uma vez. O que escolhem? – eu disse sentando no meu beliche.

Eles se olharam, Annabeth pensou um pouco e finalmente disse:

-É que um velho “amigo” nosso chegou no Acampamento, e ele disse que conhece você.

Me levantei. Não conhecia ninguém, literalmente: minha mãe não queria que eu frequentasse a escola, porque tinha medo que alguma coisa pudesse me acontecer. Minha mãe tinha amigos, e é claro que conhecia alguns de seus filhos, mas todos ficaram na Califórnia. Não é?

-Ele se chama Nico. Nico di Angelo. Isso soa familiar? – Annabeth disse. Nunca havia ouvido aquele nome. Minha barriga congelou, olhei pra Percy, o qual estava esperando qualquer reação minha, e sai do chalé. Os dois me seguiram, claro. Depois pensei que isso foi um tanto idiota, já que nunca tinha visto o garoto. Virei pra Annabeth, que disse “Casa Grande” e fui pra lá.

Quiron estava em sua cadeira de rodas mágica, falando com um garoto um tanto pálido, cabelos pretos e os olhos eram muito, muito conhecidos pra mim, mesmo que não se lembrasse dele. Ele parou sua conversa com Quiron e me encarou, e caso você esteja se perguntando, eu não sentia coisa alguma por ele, só tinha olhos pra outra pessoa (as vezes sou melosa, mas não me orgulho.) Ele finalmente me cumprimentou:

-Provavelmente, não se lembra de mim. Meu nome é Nico, filho de Hades. – ele disse.

Apertei sua mão, olhando diretamente pra ele. Tudo que queria era dizer que eu o conhecia que ele sabia tudo o que precisava, que eu confiava totalmente nele, mas eu não podia...

-Annabeth disse que você me conhece, que sabe onde estive.

-Sei... – ele disse calmo.

-E então? Pode me dizer? – perguntei esperançosa.

-Não. –ele disse.

Meus pensamentos congelaram: ele veio até aqui, disse que me conhecia, que sabia o que tinha acontecido e não iria me contar? Não sabia se sentia raiva ou frustação. Fiquei uns dois minutos pensando, até que perguntei:

-Por que não?

-Você não aguentaria.

Eu não aguentaria? Eu não iria aguentar viver em mais uma mentira. Olhei pra Percy e Annabeth, e parecia que eles estavam mais surpresos que eu. Quiron estava muito pensativo, mas não sabia dizer se ele sabia sobre mim ou estava tentando adivinhar.

-Então o que faz aqui? – perguntei meio impaciente.

-Vim te alertar – ele se aproximava mais de mim, estávamos cara a cara – Não tente descobrir, não importa o quanto você queira, não corra atrás.

E ele disse isso, se virou pra Quiron e simplesmente disse:

- Era só isso que queria dizer.

O centauro indicou para que ele entrasse na Casa Grande, e os dois mais o Sr. D foram “conversar” mais uma vez.

Como ele queria que não corresse atrás? Era a minha história, quem eu era, o por que da minha mãe ter morrido, pelo meu pai nunca ter me assumido! Fiquei aturdida, achei que ia desmaiar de novo, até que percebi que um pequeno grupo tinha se reunido, entre eles, é claro, George. Olhei pra ele e simplesmente fui para meu chalé. Quando cheguei na porta, ele segurou minha mão e me virou.

-O que foi? – perguntei. Minha voz era um misto de raiva e tristeza.

-Eu te conheço, você vai atrás disse, né? – ele me disse, olhando no fundo dos olhos.

-Você me conhece? Nem eu me conheço! E se eu vou ou não seria problema meu, não é? – fui entrando no chalé.

Admito que fiquei um pouco alterada com ele, mesmo que ele não merecesse. Fechei a porta na cara dele e tranquei; não queria falar com ninguém, queria pensar em alguma coisa, ir pra algum lugar. Acabei escorregando lentamente na parede e comecei a chorar.

-Você se esqueceu de trancar a janela... – George disse sentando do meu lado. Não ia gritar com ele, não merecia. Simplesmente o abracei e fiquei por um bom tempo assim, até que adormeci.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso, não esqueçam de comentar...



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