Save Me From The Nothing Ive Become escrita por KáAndrade


Capítulo 6
He wants to break me


Notas iniciais do capítulo

HAHAHAHA ta aí mais um capítuilo fresquinho...
Daniel, pq fez isso com a Aninha?



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— Você vai demorar muito? — Felipe disse, da porta do banheiro — É sério, você está aí desde que acordou. O que aconteceu? — perguntou ele.

— Nada, Felipe — Ana respondeu calmamente, abrindo a porta do banheiro. — Só queria me arrumar.

— Desde quando você se arruma para a faculdade?

— Desde quando isso é da sua conta? — rebateu, impaciente. Ele a olhou, surpreso.

— Eu estou acostumado a levar patadas suas mas não estou acostumado a ver você assim — disse ele, apontando para a garota, que estava com o cabelo amarrado num rabo-de-cavalo e com um pouco de maquiagem. — O que o Daniel fez ontem pra você ficar desse jeito?

— Então você sabia, seu idiota? — ela gritou, nervosa. — Ele falou pra você o que pretendia fazer e você deixou ele colocar os pés aqui em casa? — indagou, apontando um dedo para ele. — Porque você fez isso comigo?

— Eu... — o rosto dele se iluminou em um sorriso. — Então é por isso que passou maquiagem? É por isso que está arrumada? Por causa dele? Ele te beijou? — ela sentiu sangue subir ao rosto. Ela não podia estar corada, podia?

— Porque você fez isso comigo? — sussurrou, ressentida. — Eu sou sua irmã, Felipe. E eu não queria que aquilo tivesse acontecido. — disse, descendo as escadas sem olhar para ele.

— Porque não queria?

— Porque eu sei o que isso significa. E eu não quero sofrer — respondeu, abrindo a porta de sua casa e se encaminhando para a garagem, entrando no carro.

— Hum... Eu tenho certeza que, se ele te beijou é porque ele gosta de você — Felipe disse, inquieto. Mas ele sabia que a verdade não era essa. Beijar Ana fazia parte de uma aposta, e ele tinha aceitado participar disso. Deixara Daniel entrar em sua casa, mesmo sabendo que o garoto, provavelmente, quebraria o coração da irmã. Estava se sentindo péssimo.

— Eu não acredito nem por um momento nisso, Felipe — ela falou, olhando para forada janela do carro. — Mais alguns minutos de silêncio e o garoto estava estacionando na frente da faculdade. Ana saiu apressada do carro, correndo para a quadra de basquete, onde todos ficavam antes de entrarem para suas aulas. Procurava por Daniel. Encontrou-o sentando na escada, conversando com alguns garotos. Do lado dele estava Stuckey. Ela chegou mais perto e pigarreou.

— Hum... Daniel. Posso falar com você por um instante? É sobre... nosso trabalho — Stuckey olhou para Daniel de modo inquisidor, sorrindo maliciosamente. Daniel se levantou e acompanhou Ana para longe dos olhos dos curiosos.

— O que quer? — dessa vez, quem estava com o tom de voz frio era ele. A garota se assustou.

— Eu queria conversar sobre o que aconteceu... ontem a noite — respondeu num fio de voz.

— E o que aconteceu? — perguntou ele, a garota respirou fundo.

Não vamos fingir que aquilo não aconteceu, por favor — ela disse.

— Tudo bem — deu de ombros — Bom, se quer saber, foi só um beijo. Não sei porque veio me procurar. E... não quero falar com você aqui. Tem gente demais, podem me ver conversando com você — ele disse, e se afastou.

— O que? O que? — ela gritou. Andou até ele e o puxou para o lado, fazendo com que ficasse frente a frente com ela. — O que me disse?

— Foi o que você ouviu, Aninha — ele disse, ironico. Ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Quando ele virou-se para o grupo de amigos, andando na direção de Stuckey, a garota reuniu ar nos pulmões e gritou o mais alto que podia: — Seu merda! — girou seu calcanhar para fora da faculdade. Ela estava chorando. Chorando. Como ela pôde ser tão idiota?

Andava em direção a sua casa, que não ficava assim tão longe. Quando abriu a porta de casa, foi direto para a cozinha pegar uma garrafa de whisky barato, e subiu para seu quarto, trancando-o. Deitou-se na cama e começou a beber da garrafa. Idiota, idiota e idiota. As palavras de Daniel sussurravam em sua mente: “foi só um beijo... podem me ver conversando com você”

Ela acabou com a garrafa de whisky e já estava tonta. Abriu seu mini-refrigerador e pegou mais uma garrafa. Em poucos minutos tinha tomado todo o conteúdo da 2º e mais metade da 3º garrafa, quando ela caiu no sono.








Felipe tocou a campainha da casa de Daniel repetidas vezes, nervoso.

— Atende logo essa porra, Stuckey — ele ouviu o garoto gritar para seu amigo, de algum lugar. Stuckey abriu a porta.

— Ah, oi, Felipe... — disse, surpreso. — O que faz aqui?

— Cadê o Daniel? — perguntou, entrando na casa do garoto.

— Hum, ele está lá em cima, eu vou chamá-lo. — Stuckey disse, correndo escadaria acima. Felipe ouviu o tom de urgência na voz de Daniel, e percebeu que os dois estavam discutindo. Pouco mais de um minuto se passou e Daniel desceu as escadas.

— E ai? — disse.

— E ai? E ai? — Felipe gritou, andando na direção de Daniel. — O que você disse pra minha irmã hoje, na faculdade? Você ao menos percebeu que ela não estava na sala hoje? O que você falou pra ela? — perguntou, fuzilando Daniel com o olhar.

— Bem, eu só disse a verdade — ele respondeu, calmo.

— Eu não sei onde diabos ela se meteu! Não sei nem se está no quarto dela, porque a porta está fechada, e está escuro, e ela não responde. Ela pode ter feito qualquer coisa, Daniel! — Daniel olhou para Felipe, com um misto de tristeza e dúvida no olhar.

— Mas... Ela não gosta de mim, Felipe. Não entendo...

— Ah, pare com isso. Eu sou muito idiota mesmo, de ter deixado você fazer isso com ela. Ela pode estar naquele quarto, ela pode ter saído e estar lá fora. Ela pode ter feito alguma coisa ruim, Daniel.

— Quer que eu vou com você pra sua casa ver se ela está lá?

— Claro que não! Se ela estiver lá mesmo, ela pode querer arrebentar a sua cara, e isso Daniel, eu quero fazer sozinho. — disse.

— Tudo bem. Pode me bater. Eu só vou ficar preocupado com ela...

— Preocupado com ela? — Felipe gritou. — Você não ficou preocupado com ela quando disse pra ela que tudo não passava de uma aposta infantil. — o garoto respirava pesadamente, visivelmente alterado. — Eu juro por Deus, Daniel, se acontecer alguma coisa com a Ana... Eu vou acabar com você! — disse, e com isso saiu porta afora.




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Notas finais do capítulo

Daniel do mal. Sim ou não? Comentem!



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