Save Me From The Nothing Ive Become escrita por KáAndrade


Capítulo 2
When you came into my life it took my breath away


Notas iniciais do capítulo

Hey. Mais um capítulo á pedidos. Espero que gostem porque o próximo só vai ser semana que vem ):
Ah, e o título do capítulo (When you came into my life it took my breath away) é um trecho da música do Scorpions, When you came into my life.



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— Que? — Ela gritou. Saiu do msn o mais rápido possível e começou a andar de um lado para o outro. — Eu não acredito nisso! — Ninguém nunca gostara dela. Ana achou um milagre um garoto como ele, querer falar com ela, já que ele era demais, e ela era problemática. Mas amar? Ela nunca amara ninguém, e tinha plena certeza de que ficaria sozinha. E é óbvio que sim. Quem realmente a amaria? Ninguém. Nem mesmo seus familiares, quem dera um estranho. Ela sabia que ele estava brincando, mas nem por isso deixou de pensar sobre o assunto, até quando foi dormir.

Ana acordou inquieta. Por alguma razão ela sonhou com ele, A.X.L (o que era impossível já que ela nunca vira sua cara nem por foto). E, por outra razão mais bizarra ela não queria ir para a faculdade naquele dia. Mas lembrou-se que tinha que fazer o trabalho com Daniel.

— Merda — Sussurrou, levantou-se e foi se arrumar. Quando desceu, Felipe já estava gritando para ela se apressar. O costumeiro silêncio foi quebrado por ele.

— Alguma novidade? — Perguntou hesitante.

— Hum... nada de mais. Rupert pediu para mim fazer um trabalho com um tal de Daniel. — Respondeu.

— E como está lidando com isso? Sabe como é... você não é muito fã de relacionamentos... e pessoas.

— Bom, eu... eu não sei. Acho que está tudo bem. É melhor do que fazer o trabalho com alguma garota. — Felipe estacionou o carro na frente da faculdade e Ana desceu. Ela realmente estranhou o jeito do irmão mais velho, mas deixou para lá notando que teria um dia ruim. Sentou-se no fundo da sala, o local mais afastado de qualquer pessoa, e de seu professor Rupert, pegou seu celular e fone-de-ouvido e ligou-o no último. Em algum momento, seu olhar parou na porta de entrada da sala, por onde Daniel entrou. Ela pensou que talvez ele também tenha querido faltar, e então percebeu que ele vinha em sua direção. “Olhe para seus pés” ordenou, e seu olhar obedeceu. “Talvez ele não tenha visto você olhando pra ele. Talvez ele deixe pra lá e vá santar-se em um lugar longe” Ana sentiu um roçar de mãos e levantou seu olhar para um Daniel hesitante. Tirou seu fone-de-ouvido.

— O que quer? — Soou mais rude do que pretendia.

— Como vou fazer para ir para sua casa, Ana? — Ele perguntou — Não pude ligar para você ontem para perguntar onde mora porque não tenho seu telefone — Ele bateu a mão na cabeça, rindo — Como vai ser?

— Acho que teremos de ir a pé — Disse, dando a conversa por encerrada e colocando seus fones-de-ouvido. Sentiu o olhar de Daniel recaído sobre ela por uns minutos então Rupert chegou e ele teve de se sentar.

“Ele deve me achar uma louca”, pensou e riu baixinho. Como sempre, Ana nem viu o tempo passar. Quando a aula acabou e todos sairam da sala, Daniel sacudiu o braço de Ana.

— A aula já acabou — Disse quando Ana tirou seus fones-de-ouvido.

— Tudo bem — Ana saiu com Daniel em seu encalço. Não trocaram uma palavra até chegarem lá mas, em alguns momentos, Ana sentia o roçar de seu braço com o de Daniel. — Chegamos. — Ana abriu a porta de sua casa e deu espaço para Daniel passar.

— É aqui? Minha casa é a dois quarteirões da sua.

— Hum... legal — disse. — Daniel, você quer beber alguma coisa? Água, coca-cola... vodca? — Ela riu e ele a acompanhou.

— Não, não. Eu estou bem — Respondeu.

— Ok então. Você prefere subir para o meu quarto ou eu trago o notebook pra cá?

— Bom, eu não sei... você está sozinha?

— Sim. Meus pais viajaram e meu irmão... só chega mais tarde. Por algum motivo ele inventou de procurar emprego hoje. Vamos ficar aqui na sala então. Sente-se, eu já volto. — Ana subiu as escadas rapidamente, enquanto Daniel se acomodava no sofá. — Aqui. — Sentou-se do seu lado e abriu o notebook. Assim que abriu, uma mensagem offline do A.X.L apareceu na tela.

A.X.L diz:

Hey, tudo bem? Não queria ter te assustado com aquele “eu te amo”.

Ela logo fechou a janela.

— Desculpe — Ela riu, nervosa.

— Tudo bem... bom, e então, o que você sabe sobre Benjamin?

— O que?

— Benjamin Franklin... você sabe... o cara sobre o nosso trabalho...

— Oh. Ele. Não sei nada — admitiu — Eu fico em um mundo paralelo nas aulas do Rupert — respondeu.

— Entendo. Ele me dá nos nervos. — riu. — Bom, eu também não sei nada sobre ele, então vamos ao Google. — Pegou o notebook do colo de Ana. — Benj... Espera, o que foi? — Ele perguntou, deixando o notebook de lado e olhando para uma Ana totalmente perdida.

— Eu... eu não sei. — levantou-se. — Esse A.X.L, ele... nós conversamos há um tempo, mas eu não o conheço. Quer dizer... nunca vi uma foto dele. Mas parece que ele me conhece. — começou a andar de um lado para o outro. — E ontem ele disse que me ama. Tipo, me ama. Sabe o quanto essa palavra significa? — Ela não deixou Daniel responder — Eu acho tão improvável! Como ele pode amar alguém como eu? Uma garota-problema? — suspirou — Eu nem sei porque estou falando isso pra você. Ontem você me disse com todas as letras que não gostava de mim.

— Eu não disse isso!

— Então eu interpretei errado o: “eu não gosto de você”? — perguntou. — Que outro significado teria “eu não gosto de você” senão “eu não gosto de você”?

— Tá bem, desculpe. Eu não devia ter dito isso. — Levantou-se. — Eu preciso ir. Podemos acabar o trabalho amanhã?

— Tudo bem — disse.

— Então eu passo aqui depois do almoço. Até mais. — Falou e com isso foi embora.

No dia seguinte, Daniel apareceu bem mais cedo do que Ana imaginou.

— Ah, oi. Você já almoçou? — Ela perguntou, dando espaço para Daniel entrar. — São... 11:30.

— Sim. E você? — Ele sorriu.

— Não. Não costumo almoçar. — Deu de ombros. — E aí, vamos acabar logo o trabalho.

— Porque você não costuma almoçar? — ele perguntou, entrando em sua sala.

— Ah, não sei. Não sou de almoçar — respondeu, rindo. — Enfim, vamos logo com isso, vamos subir pro meu quarto, beleza?

— Beleza — sorriu, subindo as escadas atrás de Ana.

— Aqui. Bem-vindo e sinta-se privilegiado em entrar aqui. Ninguém nunca entra. — disse.

— Ah, meu Deus! Você tem pôsters do Metallica! AC/DC! Blink-182! — falou, com os olhos brilhando.

— Bem... É. E eu tenho uma jaqueta do Metallica, olha — abriu o guarda-roupas, a procura de sua jaqueta, quando encontrou, mostrou ela para Daniel.

— É linda. — sorriu. — Bom, não podemos ficar parados aqui, não é mesmo? Vamos fazer o trabalho. — sentou-se na cama da garota, junto com ela, que ligou o notebook. O celular de Daniel tocou. — Uh, desculpa, eu preciso atender... — disse, atendendo o celular. — Oi, beleza?

— Você tá na casa dela?

— Sim.

— E?

— Tudo certo.

— Que bom, me mantém informado. Quero ver se seu poder de sedução dá mesmo certo — Daniel riu.

— Ok. Mas é verdade. Preciso ir, até mais.

— Tchau, garanhão. — E ele desligou o celular.

— Quem era? — Ana perguntou.

— Ah, o Stuckey, sabe? — perguntou.

— Não. — Ana riu.

— Bom, ele é meu amigo.

— Entendi. Olha, achei umas coisas interessantes sobre ele por aqui. — disse, e ele deitou-se ao seu lado na cama.

— Legal. Nunca saberia de todas essas coisas só pelas aulas de Rupert.

— É.

— Bem... — Ele tirou uma mecha de cabelo do rosto de Ana, sorrindo. Ela corou. — Eu acho que é só imprimir.

— Também acho — pigarreou. — acho melhor você não voltar mais aqui, ok? O resto do trabalho faço eu. A parte á mão. — falou.

Porque eu não posso voltar? — perguntou, sem entender. — Sei que essa parte é a mais difícil do trabalho e eu posso te ajudar.

— Eu não acho a mais difícil. Você já me ajudou muito. — respondeu.

— Mas...

— Obrigada por ter vindo, Daniel. Você me ajudou bastante. — disse levantando-se e descendo as escadas com o garoto em seu encalço.

— Mas Ana, desculpe se eu te fiz alguma coisa... — falou.

— Você não me fez nada — garantiu — Só não sou acostumada com relacionamentos e pessoas — disse.

— Bem, mas eu posso te acostumar com isso. Com certeza você não tem esse problema com o A.X.L, não é?

— Como sabe do A.X.L? — perguntou, surpresa.

— Bem, eu vi a mensagem que ele lhe deixou no msn, esqueceu?

— Oh. — respondeu. — Ok, mas essa coisa do A.X.L é diferente, eu não conheço ele. E nem sei porque estou lhe dando satisfações. — disse.

— Mas ele te conhece, não foi isso que você disse? E quando ele quiser aparecer para você? — perguntou.

— Bom, esse é assunto meu, tudo bem? — disse, irritada. — Faça o favor de sair daqui, da próxima vez, posso não ser assim tão gentil. 


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Notas finais do capítulo

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