Save Me From The Nothing Ive Become escrita por KáAndrade
— Agora tenho de fazer uma festa. — Daniel disse.
— Uma festa?
— É, John. — respondeu. — Vou chamar o Felipe e falar pra ele trazer a Ana junto.
— E você acha mesmo que ela vai vir? — Stuckey riu.
— Não sei, mas tenho de tentar. — disse, pegando seu celular e ligando para Felipe. — E aí, Felipe, é o Daniel, beleza?
— Beleza — respondeu. — O que manda?
— Então, eu vou dar uma festa na minha casa sábado á noite... E, bom, como eu convidei metade da faculdade, não vejo problema algum de chamar sua irmã. Pode ser?
— Bom, eu não sei, vou falar com ela, mas é capaz de ela não querer ir. Sabe que a Ana odeia pessoas — riu.
— Sei, sei... — falou. — Então tá, sexta á noite, a partir das 21:00hs, e não tem hora para acabar, ok?
— Falou, até lá então.
— Até. — disse, desligando o celular.
— E agora, quer que eu convide metade da faculdade e prepare a festa? — Stuckey adivinhou.
— Isso mesmo. Valeu cara.
— Sem chance, eu não vou naquela festa. — Ana disse.
— Bem, você vai perder toda a diversão. Vai que você conhece alguém que goste de você?
— Bem, eu passo, de qualquer jeito. Prefiro ficar sozinha em casa do que ter que aguentar o Daniel — respondeu.
— O Daniel? O que o Daniel fez pra você? — perguntou.
— Não é da sua conta. Lembra-se que ele era meu parceiro naquele trabalho do Rupert? Então, como todo mundo que eu convivo por um tempo... Percebi que ele é um mala.
— Um mala que vai dar a melhor festa do ano — Felipe riu. — Ok, fica mesmo aí, não queria que soubessem que sou seu parente.
— Haha. E nem eu quero que alguém saiba. — Disse, voltando sua atenção para o computador. Depois de alguns minutos, ouviu a porta batendo. Felipe tinha ido para a festa. — Hum... Pensando bem, não seria má ideia ir para a festa. — Sussurrou, sorrindo. Abriu seu guarda-roupas, e procurou pela sua roupa do Oasis. Colocou um jeans escuro, um all star preto e uma jaqueta de couro, fechando a porta com a chave quando saiu.
Á luz da lua, a rua estava mais escura. Dava calafrios em Ana, mas ela não sabia se era por conta do frio ou porque estava com medo. Ela não sabia onde era a casa de Daniel, como iria encontrá-la?
— E aí? — Ana pulou, assustada. — Hey, se acalma. Sou o amigo do Daniel, Stuckey. Que bom que você veio.
— Ah, sim, ok... Eu... Tudo bem. Eu não sabia onde era a casa de Daniel e...
— Tudo bem. É aqui perto, mais um quarteirão e meio. — Disse, e indicou para que ela o seguisse, e caminharam lado á lado. — Hum... Porque veio pra festa? Seu irmão disse que você não gosta de, sabe, interagir com as pessoas, achei que você vir pra festa seria impossível.
— Bom. Eu não sei porque eu vim. Acho que queria dar um tempo... de mim mesma — riu.
— Entendo... — disse ele, parando em frente á uma enorme mansão — sim, era uma mansão — com piscina, churrasqueira e até um playground. — A caixa de som estava quase estourando com a música do Metallica. — Bom, é aqui. — sorriu.
— Nossa, é... É enorme! — disse ela, maravilhada.
— Bom, tem a piscina se você quiser... Mas você está sem roupa de banho. — disse. — O Daniel tá fazendo churrasco aqui na frente, pode ir lá conversar com ele.
— Ah, não. — deu um meio sorriso. — Eu prefiro ficar lá dentro, ouvindo a música.
— Tudo bem. Mas deixa eu te servir vodca, aceita?
— Hum, mal não vai fazer. — disse e ele pegou um copo e uma garrafa de vodca com o garçom, servindo-a.
— Aqui está. Espero que se divirta.
— Também espero. — Ela disse, entrando na casa de Daniel. Stuckey correu para falar com o garoto.
— Bom, ela está aí — disse.
— Sério? — Perguntou.
— Sério. Ela acabou de entrar na sua casa. Quer que eu cuide do churrasco?
— Quero. Obrigado cara, você é demais — disse, entrando na casa, a procura da garota. Encontrou-a tomando vodca em seu sofá, enquanto tentava passar pela multidão de pessoas dançando. — Hey — disse, sentando-se do seu lado. Está gostando da festa?
— Oi. Bom, eu não sei. Não está me cherando muito bem — riu.
— Hum...
— Eu acho que vou embora — disse, levantando-se inesperadamente.
— Não! — Ele se levantou também. — Fica, hum, daqui á pouco vamos começar a tocar músicas do Blink. Quer mais um copo de vodca? — perguntou, apontando para o copo vazio que a garota segurava.
— Já tomei três copos... — respondeu. — mas mal não pode fazer. — disse, entregando-lhe o copo. Ele enxeu com vodca. — Obrigada.
— Não há de que. — Ele disse sorrindo.
— Hum... — Ela disse, olhando para Daniel. — Eu não devia estar aqui.
— Então, porque veio? — Perguntou.
— Eu... Não tenho certeza. — respondeu, sentando-se no sofá novamente.
— Mas você pode me falar.
— Eu só... eu só queria vim pra cá. Acho que não tem um motivo. Isso faz sentido?
— Nem um pouco — respondeu, rindo. Ela prendeu a respiração. — O que foi?
— Nada, eu... eu só... É! Eu acho que eu preciso ir embora agora, estou com uma dor de cabeça terrível — mentiu.
— Quer que eu te leve para sua casa? Está frio lá fora.
— Não, obrigada. Minha jaqueta me protege de qualquer coisa. — Sorriu, mas se arrependeu e um segundo depois fechou a cara. — Te vejo na faculdade.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Sei que disse que só colocaria outro capítulo semana que vem, mas já tenho 7 capítulos prontos, então... Acham que Ana está apaixonada? Comentem (: