– Hey você está bem? - Ela disse olhando para mim. Assenti com a cabeça e ela estendeu a mão para eu pegar, e foi isso que eu fiz, e quando peguei na sua mão senti um choque elétrico percorrer o meu corpo. - Eu te conheço de algum lugar… - Ela disse pensativa, e quando eu estava quase ela me soltou. - Ah, você é Justin Bieber, o babaca que me deu uma cantada ontem. - Ela se virou e saiu andando.

Quando ela estava indo quase entrando uma porta que tinha naquele corredor, levantei e fui correndo atrás dela, peguei o seu braço e a virei em minha direção.

– Me desculpa, eu estava bêbado, podiamos recomeçar né? - Eu disse dando um meio sorriso, ela ficou me fitando, percebi que ela estava pensando em alguns segundos, mas me deu um sorriso e estendeu a mão e eu peguei, dando uma leve chacoalhada.

– Oi, prazer em te conhecer, me chamo Maddie. - E deu uma risadinha, ri junto.

– Meu nome é Justin. - Sorri pra ela.

– Tudo bem Justin, e o que você está fazendo aqui? - Ela disse curiosa

– Hm.. - Fiquei em duvida se dizia a verdade ou não, mas qual é, como eu iria mentir? - Fazendo trabalho comunitario. - Fiz uma careta e ela riu.

– Enfim tomando jeito não é? - Ela disse e eu assenti. - Quer ajuda?

Aceitei sua ajuda e começamos a lavar o corredor que estávamos, nunca me diverti tanto assim com uma garota como me diverti com ela, ela me fazia parar de ser aquele garoto arrogante e idiota.

– Sabe.. - Ela disse enquanto nos jogávamos numa cadeira de tanto cansados, ela suspirou, pegou ar pra falar e depois continuou. - Eu não sabia que você era tão legal assim, achei que você era um… babaca. - Ela disse dando um sorrisinho simples. Antes que eu pudesse responder escutei alguém me chamar.

– Oi Justin, já deu seu horário, você está liberado. - Ela disse sorrindo gentil e eu assenti, voltei a olhar para Maddie. - Ah.. - Ela continuo e olhei para ela novamente. - Vejo você no próximo domingo. - A encarei e ela saiu.

– Então… Acho que já estou indo embora. - Disse olhando pra Maddie, vi ela assentir e pegar sua bolsa também.

– É também estou indo. - Disse com um meio sorriso.

– Eu te levo pra casa. - Falei rápido e sem pensar. Vi seu rosto ter um leve tom de assustado.

– Tudo bem então, só vou me despedir dos meus amigos. Vem comigo. - Ela disse me puxando para a sala principal, onde a maioria dos velhos se encontravam. Todos os velhos ali me encaravam, só por que tinha sido rude e arrogante com eles? Por favor né. Os encarei de volta. Ela soltou meu braço e foi de encontro a eles, se despediu de todos e acenou quando já estava perto da porta comigo. Saímos de lá dentro e senti o vento passar pelo meu corpo. Eu amava aquela sensação.

– Por que não foi se despedir deles comigo?

– Por que eu acho que eles não gostam de mim. - Disse rude. - Vamos? - Ela assentiu com a cabeça.

Fomos o caminho inteiro conversando, ela era uma garota interessante, a mais interessante e menos fútil dessa cidade, além de ser a garota mais linda que já havia visto, e o sorriso dela ser mais lindo ainda. Ela era a combinação de uma garota perfeita, eu estava encantado.

Descobri que ela era da mesma escola que eu, e eu me achei um idiota por nunca ter visto ela antes, alias, eu quase não conhecia ninguém de lá, não me importava com aquelas pessoas. E sempre passava reto com a cabeça somente olhando pra frente, não ficava reparando nas coisas e pessoas daquela escola, e percebi que precisava começar a observar mais, porque se tivessem mais garotas como Maddie lá, eu estava feito.

Chegamos a sua casa, era grande e bonita. Vi que ela estava procurando a chave em sua bolsa, logo a achou e olhou pra mim sorrindo.

– Bem, chegamos. - Ela disse sorrindo e colocando uma mecha de cabelo atrás do cabelo. - Nos vemos na escola. - Assenti e depositei um beijo em sua bochecha, vi que ela corou e caminhou até a porta, a abriu e olhou pra trás acenando pra mim.

Fui pra casa com um sorriso involuntário no rosto, não entendendo o porque desse sorriso besta.

“Maddie POV”

Achava que Justin Bieber era um idiota, porém estava enganada, ele era muito fofo, gentil e engraçado. Além de lindo, acho que estava encantada. Sorri entrando em casa cumprimentando meus pais com um beijo na bochecha e subindo.

Fiz meus deveres e arrumei minha mochila. Estava ansiosa pra chegar na escola amanhã e ver como Justin ia me tratar, será que ia me ignorar? Afastei meus pensamentos e fui tomar um banho, coloquei meu pijama e dormi rapidamente.

Escutei meu despertador tocar e acordei em um pulo. Me arrumei rapidamente, peguei minha mochila e desci. Comi café da manhã bem rápido, meus pais estavam olhando assustados pra mim e expliquei que tinha que “buscar a Mel mais cedo por que ela tinha que pegar uns livros mais cedo e não queria atrasar”. Mandei uma mensagem pra Mel avisando que já estava saindo de casa. Subi, escovei meus dentes e desci de novo, pegando minha mochila no sofá, me despedindo dos meus pais e pegando a chave do meu carro no molho de chaves. Cheguei na casa de Mel em 10 segundos e buzinei. Ela saiu correndo e veio ao meu encontro, abriu a porta do carro e me olhou assustada.

– Você tá louca? Pra que sair tão cedo? Quase não deu tempo de me arrumar. - Ela perguntou curiosa.

– Que cedo o que amiga, 10 minutos antes do normal. - Disse dando um risinho, ela não fez mais pergunta sobre o assunto e logo começamos a conversar sobre assuntos diferentes.

Cheguei na escola e estacionei o carro. Tirei meu cinto e forcei meu corpo pra pegar a minha mochila que estava no banco de trás. Mel como sempre riu e perguntou

–Não era mais facil você sair do carro e abrir a porta de trás? Ah deixa.. Acho que você nunca vai aprender isso. - Ela riu e eu olhei brava pra ela.

– Para com isso tá.. - Eu falei fazendo uma careta. - É.. é a minha mania.

– Mania? - Ela gritou rindo e eu olhei brava pra ela. - Ta ta ta, sua mania, me perdoa.

Saímos do carro, arrumei minha franja que tinha ficado em cima do meu olho por causa do vento. Meus olhos fitaram todo o estacionamento e percebi que o carro do John já estava ali, sendo assim, Justin também já havia chegado, senti minhas mãos soarem. Qual é, eu era mesmo muito idiota, conheci o menino ontem e já estava igual uma idiota, qual é coração, me ajuda.

Senti o olhar curioso da minha melhor amiga em mim, olhei pra ela e dei um sorriso, ela sorriu de volta e caminhamos até a escola logo dando de cara com Ryan e Chaz brincando de lutinha, olhei pros dois e revirei os olhos rindo, idiotas como sempre, mas os meus idiotas preferidos. Eles ainda não tinham nos vistos, então sorri sacana pra Mel e ela entendeu. Corremos e pulamos nas costas deles, eu nas costas de Ryan e Mel nas costas de Chaz. Ryan começou a andar comigo em suas costas e mandei ele parar por que morria de medo que ele me deixasse cair, como da outra vez e assim ele fez, desci do colo dele arrumando minha roupa e meus cabelos. Sorri para eles e falei que ia no meu armário pegar meus livros.

Antes de chegar no meu armário, vi Justin e seus amigos rindo de alguma coisa com os olhos fechados, e quando ele abriu os olhos eles encontraram com os meus, e senti meu rosto queimar, ele me pegou observando ele. Sorri pra ele e ele devolveu com um meio sorriso. Senti isso como um “pode vim falar comigo”, caminhei lentamente até ele e senti olhares sobre mim.

– Oi Justin. - Disse sorrindo e ele me encarou serio. Continuei encarando ele e continuei. - Não vejo a hora de domingo chegar. - Os amigos de Justin deram uma risada alta, mas começaram a prender o riso logo que Justin encarou eles bravo.

–Por que isso?

– Porque achei que tivesse gostado de passar um tempo comigo ontem. - Disse seria olhando nos seus olhos.

– Da onde você tirou essa ideia garota? Não viaja. - Ele disse rindo alto e os amigos dele também. Forcei meu maxilar pra frente, passei a linguá nos lábios e logo depois os mordi. Mandei um olhar significativo pra Justin e sai andando em direção ao meu armário. Me senti uma boba e humilhada, qual é, eu era idiota mesmo.

E eu voltei a realidade, percebi o quanto era idiota por achar que Justin Bieber tinha mudado, ou melhor, por achar que ele era diferente. Meu encanto por Justin havia sido quebrado. Ele era só mais um menino igual aos outros.