Wine Red escrita por Janis Joplin


Capítulo 8
Confessions and... Shudder.




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Annabeth Liddel POV

– É a última vez que você toma banho aqui. – Nós estamos comendo os nossos preciosos tacos de macarrão quentinhos vindo direto do mexicano lá, aquele lá do bigodão.

– Tudo bem, vamos falar de coisa boa? Vamos falar da nova Tekpix!

– Sem gracinha. – Eu reviro os olhos e tomo um pouco de SUCO DE UVAAAA! Ual, delicious.

– Ei, a Suzi Quatro é mãe do seu pai ou da sua mãe? – Isso vai ser engraçado. Eu bebo mais um pouco de suco.

– Dos dois. Minha mãe e meu pai eram irmãos. Fugiram quando minha mãe tinha dezessete e ele vinte e dois. Alguns meses depois eu nasci. Eu não sabia que era neta da Quatro até meu pai/tio morrer.

– Nossa.

– Nossa mesmo. Sabe o quão constrangedor é você dizer que seu pai é o seu tio também? Mas hoje isso chega a ser engraçado. Se eu estou aqui é por que eu tive uma ótima base e educação e carinho não me faltaram. Pena eu não ter desfrutado tanto das qualidades dos meus pais. Tudo começou quando eu tinha doze anos.

– Continue Anna.

– Tinha um garoto. Matt. Ele era da minha sala. Eu estava na sexta série. Nós ficamos no baile de inverno e ele me levou pra uma esquina do meu antigo colégio e eu me droguei pela primeira vez.

– Você... Se drogava? Mas... Como? – Andy ta com a maior cara de mongo agora. Até parece que ele nunca se drogou.

– Primeiro eu comecei cheirando... Maconha. Depois ele me ensinou a fumar heroína... Todo tipo de droga eu já provei. Quando eu tinha quatorze eu roubava coisas e as vendia pra poder comprar seringas pra injetar drogas em mim. Eu virei uma maníaca. Sempre que me drogava tentava me matar e as tatuagens do meu pulso cobrem alguns cortes. Eu sabia que estava chegando ao extremo. Quando a minha mãe descobriu. Eu e ela estávamos acompanhando um grupo de reabilitação e eu estava tão bem. Tão sadia. Eu tinha mudado até de colégio e as minhas notas estavam fantásticas. Até que Matt apareceu novamente. E foi uma recaída. E dessa vez não teve jeito, minha mãe contou pro meu pai e assim ele... Ele tinha uns problemas no coração e infartou. E morreu. Minha mãe contou sobre o passado dela e... Ela me deixou quando eu tinha quinze anos. Foi pra Ásia pintar e vender quadros e se tornou uma artista tão renomada... Ela não ligava mais pro que eu fazia e eu ficava depressiva cada vez mais e cheguei a parar de fumar, beber e me drogar de tão só e excluída que eu estava. As cadelas magras lá do meu colégio viviam me humilhando por que eu era uma ex drogada, era horrível. Então, eu conheci Joan, Cherrie, Cady e Sandy num bosque, uma vez.

– As Wines.

– Os meus anjos. Sem elas eu não estaria aqui. Se não tivesse morrido, provavelmente estaria mendigando comida por aí. Ou presa, já que furtar virou uma obsessão até então.

– Desculpe ter que lembrar do seu passado. Eu nem deveria mencionar o nome da sua avó ou... – Eu o calo delicadamente com os meus dedos nos seus lábios.

– Foi bom lembrar do que eu era. Eu meu sinto cada vez mais forte e confiante. Eu venci barreiras. Eu conquistei a confiança de pessoas que me esnobavam apenas pelo fato de eu ser como eu era. Eu só precisava de ajuda.

– Pode me beijar se quiser. – Mas esse cara não perde uma oportunidade! Um dia eu ainda vou usar o meu chinelo. Ou na cara do Juca Estrupador ou na cara do Andy Safadenho.

– Eu agradeço o seu apoio moral mas eu não vou me jogar nos seus braços só por causa de algumas lembranças. – Argh, ta difícil até beber essa merda de suco.

– Eu só estava tentando ser amigável, querida.

– Sei. – Nós começamos a rir. – Eu só não quero voltar a ser como eu era. Fim. E vamos falar sobre outras coisas.

– Sobre o quê? – Esse garotinho que se diz macho enfiou um taco de macarrão praticamente inteiro na boca. A mãe dele não deu educação não?

– Não faço a menor idéia mas... Ammmm... Andy. Eu não quero que pense que temos algo. Não quero que aconteça com a gente o que está acontecendo entre mim e o Juca.

– Vocês estão ficando? – Facepalm da Anna agora por que o moleque pirou.

– Não, ele ta achando que eu gosto dele, ele ta achando que a gente ta ficando e isso é muito constrangedor e eu vou dar uma chinelada na cara dele se ele me beijar de novo, diga que entendeu, por favor.

– Tudo bem Anna. Calma, relaxa, eu entendi tudinho. – Ele fica quieto (finalmente senhor, glória a deus nas alturas, ainda bem que esse verme calou a boca).

(...)

– Tchau. – Eu digo depois de terminarmos os nossos deliciosos tacos de macarrão.

– Como assim tchau? Acha que é assim que se livra de mim? – Eu tento soca-lo mas o FILHO DA MERETRIZ é tão duro (não maliciem) que a minha mão ta doendo agora. – Alguém já te disse que não pode socar com o polegar dentro do punho?

– Tarde demais pra falar isso não acha? – Grossa? Magina!

– Fica com um cubo de gelo na base do polegar que já desincha. – Ok, ele vai dar uma de Dráuzio Varella agora, perfeito.

– Desde quando é médico? – Eu tiro dois cubos de gelo do congelador e os enrolo em uma toalha. UAAAAAL que delícia, tive um orgasmo agora, o gelo ta fazendo um ótimo trabalho aqui no meu polegar.

– Eu fiz vários tipos de luta quando tava no colegial sabia?

– Metido. – Eu reviro os olhos antes de bocejar. To com um puta sono. – Ei, ta olhando o que? Vai embora, eu preciso dormir.

– Posso dormir aqui? – Eu atirei pedra na cruz só pode. O garotinho quer dormir aqui. Eu nego com a cabeça e ele faz aquela carinha do gatinho do Shrek. – Por favor, nem cama eu tenho!

KKKKKKKKKKKKKKK risos eternos minha cambada

– Tudo bem. – Cara, eu ainda me mato. – Mas dorme no sofá.

– Mas as minhas costas... Eu tenho uma doença crônica nas costas se eu dormir no sofá eu vou morrer, ta loca?

– Não to loca e se quiser dormir aqui fica quieto.

– Por favor Anna, eu não vou fazer nada que você não queira. – Nossa desde quando o Andy é uma pessoa séria?

– Argh! Tá bom. Antes que eu me arrependa.

(...)

Andy Sixx POV

– Ual, isso tudo só pra mim? – Pobre Anna, não merece as minhas brincadeiras. Brincadeira, merece sim! Quem mandou ser tão chata e arrogante? Humpf. Ela ta com um pijama de bolinhas.

– É o que me cobre mais então é o suficiente. – Ela deita na cama. – Ta olhando o que? Nunca viu na vida não meu filho? Aff...

– Calma.

– CALMA É O CACETE, VOCÊ ME MANDA FICAR CALMA TODA HORA, SEU PUTREFATO, VAI TOMAR NO CU! – Imaginem uma cena muito sensual. Tripliquem a sensualidade da cena. Dupliquem o triplo da sensualidade. Sentiram o romance no ar? Uh uh. A Anna pulou encima de mim e ta batendo em mim agora. Sei lá... Até que ta legal essa posição.

– Isso Anna, me bate! É assim que eu gosto! – Risos, muitos risos internos. Por que se eu risse de verdade agora sairia daqui sem o meu piu piu.

– Não me fala pra ficar calma ou eu te castro. – Sentiram o MEDO agora? Pois é... Enfim... A Anna virou para o lado e eu não sei se ela ta dormindo ou ta planejando uma coisa maléfica pra me matar. Se ela estiver planejando algo daí a budega vira zona.

Quer saber? Faz um tempo que eu não durmo em uma caminha descente. Vou relaxar um pouco e sonhar com unicórnios na Disney tomando sorvete de tutti-frutti.

(...)

Annabeth Liddel POV

Eu nem sei que horas são. Eu ainda estou dormindo e meu celular começa a tocar e sem abrir os olhos eu o atendo. É minha mãe. Vaca. Me tirou de um sonho em que o Damon do Diário de um Vampiro me beijava.

- Anna! Como vai amoreco? – Porra nem sei quem é o sujeito. Ou a sujeita... Foda-se. Eu acordo de mal humor e ainda fazem perguntas idiotas.

- Com as pernas.

- IUASDHIAHSASUHDHNCJBHFVIUGUFGBY ok? – Você entendeu o que esse ser falou? Nem eu. Mas foda-se. Deve ser esses caras de cartão de crédito.

- Aham. Deixa eu dormir. – Desliguei na cara por que eu sou rebeldi forever.

- O que foi? – Eu escutei um corpo balbuciando. Só o corpo né por que a alma já foi faz tempo.

- Carinha do cartão de crédito. – Eu o abraço novamente. Espera... Processando a informação no cérebro... Puta que me pariu.

Falando em quem me pariu...

- Anna, por que não foi me recepcionar lá no portão? Tive que vir sozinha. Mas tudo bem. Trouxe quadros novos e presentinhos do Alaska pra você. – Elizabeth. Fudeu.

- M-mãe, o que faz aqui? – Eu to tipo: O.O e o Andy com cara de paisagem.

- Olha, eu não sabia que tava namorando! Nem me apresenta né? Calma garoto, a Annabeth tem esse costume. Sou Elizabeth, mãe da Anna. – Ela veio até nós para nos constranger e cumprimentar Andy. Eu mato a minha mãe :)

- Sou Edward.. Não, me desculpa sou Andrew. – De onde ele tirou Edward? Aff... Acho que ele tava sonhando com o vampirinho de glitter.

  De todas as formas... Fudeu. 

 



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