Wine Red escrita por Janis Joplin
Notas iniciais do capítulo
Sour significa 'azedo'
Annabeth Liddel POV
- Quantos quilômetros já andamos? Por que meu, já ta quase escurecendo. – To rodando a baiana já, Andy roubou o meu mapa e agora estamos QUASE perdidos. Estamos seguindo de relance uns quatro magrelinhos que estão fazendo a mesma trilha.
- Calma, estamos fazendo tudo certinho. A metade da trilha já ta quase aí e daqui a pouco vamos encontrar um vilarejo onde vamos acampar. Se vocês quiserem, é claro. – Certinho é o cacete, Andy.
- Vamos tentar fazer a trilha sem interromper nada. Temos só duas barracas e então alguém vai ter que dormir comigo e tecnicamente eu vou ser estuprada. – Minhas panturrilhas estão doendo ainda mais e eu desacelero o meu passo. – A culpa é sua seu filho da mãe, tu disse que eu iria relaxar mas até agora eu só to me fudendo.
- Calma.
- Eu perdi as contas de quantas vezes você disse isso pra ela. – Juca e sua piadinhas. Ai meu pai. – Ei, ali tem umas casinhas. É o tal vilarejo?
- Deve ser. Vamos Anna, apressa o passo mulher!
- PORRA, EU TÔ MORRENDO ANDY E TU VEM ME FALA PRA ANDA MAIS RÁPIDO SEU FILHO DA. MÃE? E NÃO CORRE NÃO, ME ESPERA ANDY!
- Ei calma. – Eu passo o meu braço esquerdo no pescoço do Andy e o direito no pescoço do Jinxx.
- Fala mais uma vez ‘calma’ e você vai sentir dor. Muita dor. – Vingativa sim ou claro? – Se eu achar uma faca agorinha mesmo eu cortaria o seu...
- Guarde a sua vingança para você não meta o meu piu piu onde não é chamado. – Momento gargalhadas e facepalm do Jinxx.
- Eu iria falar pâncreas mas você me deu uma ótima idéia querido. - Paramos naquela vilinha de favelados e tomamos um pouco de água e descansamos. – E aí, vamos ficar ou continuar? Eu voto em continuar.
- Tudo bem. – Continuamos a nossa jornada. - Acho que até o meu duodeno ta cansado. Não, até as minhas células bastonetes e os meus cromossomos estão cansados.
- Calma Anna.
- Andy cala a boca, não vê que ta irritando ela? – OWN, Juca seu fofo.
- Obrigada Juca e viu como se trata uma donzela, Biersack? – Eu empino o meu nariz e agora nós encontramos uns trilhos e trem e nós acendemos as nossas lanternas por que agora ta bem escuro mesmo.
- Donzela? Tu é mais macho que muito homem. Se duvidar até tem piu piu. – Risos. Muitos risos. Risos risos risos. E eu pulando no colo do Andy por que...
- Andy eu escutei alguma coisa. – Eu sussurro e Jinxx pega a lanterna que eu deixei cair no chão.
- Eu sei o que é. É a minha coluna se quebrando quando você pulou nela, querida. – Esse cara ta mexendo com fogo. Um dia ainda esquartejo ele.
- Eu não estou brincando.
- Eu também não.
- Vocês não acham melhor voltar? Nós não fomos muito longe. Se continuarmos podemos nos perder. – Juca só na macumba pra nóis se ferrar né?
- Não acho seguro voltar, precisamos continuar. Anna, não foi nada. Dá pra sair de cima? Sabe eu preciso respirar. – Andy diz.
- Tudo bem. Mas daqui a pouco não vamos mais conseguir continuar, vamos ter que acampar. Vamos andar até achar um lugar bom. Andy, tem alguma coisa aí no mapa?
- Um campo liso não muito longe.
- Ótimo. Juca, minha lanterna, por favor. – Ele me entrega e começamos a andar de novo. – Quando chegarmos em casa, e se chegarmos, eu vou negar qualquer programa que você quiser fazer comigo, Andy. Eu e o coitado do Juca caímos em uma armadilha mortal sua. Humpf.
(...)
- Vai ficar assim então: Eu sozinha e vocês dois se ferrem em uma só. – Se estamos brigando pelas barracas sim ou claro?
- Não acha melhor um de nós dois ficar com você? Pode ser perigoso você sozinha. – Juca diz enquanto armamos as duas barracas.
- E correr o risco de um de vocês me tarar enquanto eu puxo um ronco? Ta doido, moleque. – Barracas montadas, tudo ok.
- Eu fico com você. Assim vai ter mais espaço pro Jinxx. – Andy veio se mostrar o machão e tentar me abraçar mas eu corri pra salvar a barraca junto com o Jinxx.
- VIU O QUE VOCÊ FEZ? A BARRACA RASGOU SEU GRANDE MERDA! – Momento socos no tórax do Andy. – QUAL É, VOCÊ NÃO SENTE DOR NÃO MEU FILHO?
- Para Anna, ow, ei garota, parou! – Isso foi digno de um prêmio nobel de constrangimento na frente dos garotos. Por que eles estão olhando pra mim e rindo, tem uma alface no meu dente por acaso? – Anna seu nariz ta sangrando.
- Ca...cete. Eu esqueci meus algodões de sorvete, o que eu faço agora? A gente trouxe alguma toalhinha? Paninho? Algo do gênero?
- Não mas pode usar a minha camiseta. – Uhul, o Andy vai fazer um strip pra mim. Ele tirou a jaqueta e a camiseta BRANQUINHA e me entregou e vestiu a jaqueta de novo.
- A camiseta é branca, as manchas nunca mais vão sair. Tem certeza? – Eu pergunto antes de enfiar a minha cara na camiseta.
- Eu nem gosto dela mesmo. – Andy pigarreia a garganta. – Então nós três vamos dividir a barraca, tudo bem Jinxx?
- Fazer o quê.
(...)
- Se vocês, de alguma forma, abusarem sexualmente do meu corpinho eu castro vocês dois. – UHUL eu to no meio de dois gostosos gente, tira foto!
- Não sei não eu, esse seu corpinho se esfregando no meu... Eu não vou agüentar a noite inteira meu amor.
- Cala a boca Andy. – Nossa, eu e o Juca falamos na mesma hora. Presságio de morte galera.
- Tudo bem. Calei. Agora vamos dormir povinho. – Andy começa a se ajeitar. Mais precisamente me esmagar contra si.
- Andy, eu não quero que o seu órgão genital fique cutucando a minha perna. – Isso foi muito mais constrangedor do que qualquer coisa mais constrangedora que isso.
- Desculpe se ele quer te conhecer. Ou conhecer o que tem entre as suas pernas... Não sei. AI CARALHO, não precisava dar uma joelhada no meu piu piu ta bom?
- Para de ser boca suja e dorme.
- Calem a boca. – Ui, o Juca ta de TPM.
(...)
Uma bela manhã pitoresca nos espera para continuarmos a nossa magnífica e rejuvenescedora caminhada pela floresta. Só que não.
- Acorda aê cambada, e veste a sua jaqueta Andrew por que mamãe me ensinou que eu não posso ver homem pelado.
- Vai dizer que não gosta? – Olhar mortal da Anna mode on.- Tudo bem, desculpa. Mas é que eu to com calor e você ensangüentou a minha camiseta.
- Ta, fica assim. Mas caso encontrarmos outras pessoas, mendiga umas camisetas pra ti. – Guardamos as norras coisas e ficamos tomando toddynho enquanto andávamos pra caralho. – Juca, você ta estranho. Não ta falando muito. Ta esquisito.
- Ele é misterioso. – Andy faz umas macumbas com a mão e eu acredito que um dia ele vai se revelar e sair do armário... Por que né.
- Mapa, Andy. - Juca diz e Andy começa a desdobrar aquela folha infinitamente infinita.
- Vamos caminhar mais três quilômetros só. E então vamos pegar uma ruazinha de táxis e pegar um táxi e voltar pro início da trilha e ir embora comer tacos de macarrão.
- Eu to com fome. Acabou a comida. – Eu faço um carinho esquisito no meu estômago quando encontramos o trilho dos trens.
- Aqui diz que devemos seguir esse trilho velho até uma casa abandonada e aí descer a escadona dessa casa que vai levar a gente pra uma outra trilha que é o fim dessa porra. – Andy diz.
(...)
- Essa casa é... Assustadora. – Eu murmuro quando entramos na casa toda destruída. – As pessoas freqüentam aqui, acho que deveriam restaurar essa casa, se ela fosse bonita a trilha seria muito mais convidativa.
- É. – Juca diz. – Ei, vamos, eu estou ficando com medo.
- Eu também. – Andy começa a andar mais rápido e nós encontramos a tal escadona e descemo-la. – Sassinhora, finalmente.
Uma trilha de pedrinhas – igual a do início – começa a partir do fim da escada e minhas panturrilhas agradecem.
- Santa mãe de Deus! – Só faltava o Juca beijar o chão por que ele tava vangloriando a estradinha!
(...)
- TAAAAAAAAAAAAXIIIIIIIIIIIIIIIIII! TAXI PELAMOR DE DEUS ME PONHA DENTRO DE VOCÊ! – Eu correndo atrás de um táxi e largando as mochilas. Cena épica.
- Anna espera os seus friends aqui né meu amor. – Andy burro.
- Ô sinhora. – O carinha bêbado do táxi parou aquela lata de sardinha e ficou me olhando como se eu fosse uma criancinha. – Levo ocêis pro ponto iniciar da trilha por sessenta pila.
- Vamos fazer assim então: Cada um dá vinte. Eu tenho trinta então se virem pra arranjar mais trinta aí. – Andy e Juca fazem umas caretas feiosas.
- Eu tenho deiz pila. – Juca imita o sotaque ‘ruralês’ do veio pançudo do táxi.
- Eu tenho vintão. – Andy diz. Porra, esse povo é tudo pobre.
- Ô véi, agente tem o dinheiro, beleza? – O véio faz sinal pra gente entrar na lata de sardinha e a gente ESTÁ INDO PARA CASA! UNICÓRNIOS COLORIDOS, POR FAVOR!
(...)
- Banho, tacos de macarrão e cama. – Eu digo entrando no elevador com as duas criaturas. E me olhando no espelho. – Eu estou num estado deplorável.
- Não só você, como eu e a minha chapinha. – Andy fingiu um chorinho tão gay que eu tive que rir. – Para de rir da desgraça alheia, sua vagabunda!
- Vagabunda é a veia seu mal comido!
- Ah, vai tomar no rabo!
- Parou né? – Juca estraga prazeres, até que tava legal a nossa mini discussão.
Jinxx (Juca) POV
Eu nem sei por que eu fui. É notável que ela nunca vai ligar pra mim e que eles estão perdidamente apaixonados. Argh. O elevador abre e eu nem me dou o luxo de ficar esperando aqueles dois.
Andy Sixx POV
- Você é um mongolóide babaca! – Eu gosto tanto do modo como ela fala comigo. Isso seria cômico se não fosse trágico. – Ah, e você me deve explicações sobre uma coisinha que eu achei no seu quarto.
- O que? – Eu pergunto.
- Essa coisa linda aqui.- Ela destranca a porta do ap dela e tira de uma gavetinha a... A minha cuequinha do Batman.
- Sua vaca, não deveria ter pego a minha relíquia. Eu ganhei do meu avô, ele disse que se eu usasse ela eu ganharia todas as minas da minha sala.
- Quanto otimismo. – Ela revira os olhos e guarda as mochilas em um canto e eu faço a mesma coisa. – Vai ficar me seguindo agora, sombra?
- Eu pensei que você gostava da minha companhia. – Momento biquinho do Andy.
- Para de fazer isso. Sabe que eu te acho ainda mais babaca. – Trinta segundos de silêncio. – Vai embora, ta fazendo o que aqui, estrupício?
- Eu quero ficar aqui e eu vou ficar aqui. – Persistêeeeencia homem! Persistência é tudo rapaziada, dica do Andy pra você.
- Fazer o quê. Só não se mete no meu caminho e menos gracinhas. – Nossa, alguém dá um copo de água pra Anna? Porra, que mulher seca! Sem sentimentos!
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