POV Madu.
 

Depois que Jhon foi embora resolvi subir para meu quarto, já que o mimadinho babaca tomou conta da piscina, passei um bom tempo atoa ouvindo Creed, uma de minhas bandas favoritas, depois resolvi fuçar minhas redes sociais e conversar com algumas pessoas, fique nisso até cansar então fui para o banho, um banho demorado, relaxante e quente, como eu amava banho quente, tira todo o stress, como o banheiro ficava no quarto sai só de calcinha e sutiã, era engraçado como a gente se preocupa tanto com as roupas intimas se ninguém além de nós vai ver,estava em um debate interno sobre isso, quando alguém mal educado e prepotente abriu a porta do quarto e ainda continuou me encarando com indiferença.
 

– O que deu em você eu estava me trocando. – Gritei pegando um travesseiro e tentando tampar o corpo.

– A deixa de frescura vai ,eu só vim trazer o seu celular que não parava de tocar, e a propósito não que tenha muita coisa pra se ver né, mas nada que eu não tenha visto na piscina. - disse ele fazendo uma careta.- alias bem que você poderia aproveitar que esta precisando dar uma engordada e ir fazer alguma coisa pra gente comer, minha mãe não vem pra casa hoje, não custa nada fazer alguma coisa que preste uma vez na vida. – insolente pensei e joguei o travesseiro que segurava na cara dele, afinal ele já tinha me jogado na cara que eu sou magrela e feia mesmo, e pensando por outro lado ele deveria realmente ter me visto na piscina.

– Me deixa ver se entendi, você invade meu quarto, me chama de magricela e feia, e ainda quer que eu cozinhe pra você? -Perguntei sarcástica e quase me esquecendo de me vestir.

– levando em conta que a única coisa que eu sei cozinhar é macarrão instantâneo, e que a D. Helena não vem pra casa hoje, é isso sim você é mulher e as mulheres servem pra isso não é?

– então Machismo é mais um item da sua lista de qualidades. – ri com escárnio enquanto me virava pra pegar meu short.

– Vem cá você não vai se vestir não?

– por que incomoda? Pensei que eu fosse a magrela feia que você já tinha visto de biquíni hoje cedo. - Falei em um tom de deboche.

– ta que seja, se quer ficar assim fique, só não pense que eu vou te agarrar porque não vou, agora você vai fazer alguma coisa pra gente comer ou não?

– em primeiro lugar, eu não quero e nem preciso que você me agarre, se eu quisesse que alguém me agarrasse meu pedia pra alguém que fosse fazer isso direito. - disse já me vestindo. - em segundo eu não sou sua cozinheira e nem empregada, mas como eu também estou com fome sim eu vou fazer alguma coisa pra comer.

– tudo bem então eu te ajudo.

– pensei que seu aviso ainda estivesse valendo.

– e esta considere isso como uma trégua estabelecida por um motivo maior, no caso a fome.

– tudo bem então. – disse já passando por ele que me seguiu até a cozinha.

Fiz um strogonoff de frango e um arroz branco para acompanhar, como era um prato fácil e rápido logo já estava servindo enquanto o ser que disse que iria me ajudar e não sabia nem cortar uma cebola estava sentado mexendo no celular.

– Podemos comer? – perguntei fazendo com que ele parasse com o que estava fazendo.

POV Matheus.

– Ainda não. - disse quando a campainha tocou. – agora podemos, Jhon se convidou pra jantar aqui. - disse indo até o interfone abrir o portão.

– tudo bem, vou por outro prato então. – disse sorrindo.

Talvez o Jhon tivesse razão eu poderia tentar ser uma pessoa mais sociável e dar uma chance a garota, afinal ela não fez nada pra eu a tratar mal, e pelo cheiro cozinhava bem o que me surpreendeu.

– nossa que cheiro bom. – Jhon disse entrando na cozinha.

– vamos ver se o gosto também é. – desse pelo simples prazer em irritar a Madu que pareceu nem ligar indo em direção ao Jhon e o abraçando. – então podemos comer estou com fome. .

Jantamos em meio a conversas aleatórias, quer dizer eu conversava com o Jhon sobre a faculdade, eu fazia engenharia e o Jhon direito, ele e a Madu conversavam animadamente também, sobre tudo desde as aulas até saírem e tal, a comida estava realmente ótima e como eu estava sobrando na mesa e era sábado, resolvi beber um pouco, peguei uma garrafa de vodka e yakut junto com três copos e uma jarra pra misturar.

– então vamos parar de papo e beber? – sem esperar resposta já fui pondo os copos.

– olha eu não devia, mas aceito sim. – Jhon nunca decepcionava.

– eu declínio a oferta. - Madu disse empurrando o copo de volta.

– qual é, é bom,  e experimentar só na faz mal.

– melhor deixar a Madu longe da bebida Matheus, ela é muito nova ainda. – Jhon o certinho disse.

– Ok Ok vocês estão certo.

Ficamos conversando por um bom tempo, na verdade conversamos e bebemos por horas, já se passavam das 00h30 quando Jhon resolveu ir pra casa, enquanto ainda conseguia dirigir. Fomos conversando até o portão, ainda não estávamos cem por cento bêbados, só uns 90%, depois que perdi o carro do Jhon de vista voltei pra dentro, e vi que a Madu estava apagada no sofá tentei a acordar mais foi impossível, apaguei tudo e subi para meu quarto e antes de dormir tomei um banho rápido, coloquei um samba canção e me deitei, e virei e virei mais o sono não vinha, as 2h05 da manhã eu ainda fitava o teto, até ouvir um grito vindo do andar de baixo, levantei assustado lembrei que a Madu estava na sala, desci correndo e a encontrei chorando eu realmente não sabia o que fazer acendi a luz e a chamei mas ela parecia não me ouvir.

– O que aconteceu.- perguntei ao sentar ao seu lado.

– Não foi nada, foi só a droga de um pesadelo. - disse ainda em prantos. - desculpe por te acordar.

– tudo bem - disse sincero. - vem vamos subir.

– ok.

– não quer falar sobre como foi este pesadelo?

– prefiro não tocar nesse assunto. Mas obrigada. - disse olhando em meus olhos, e pela primeira vez em dias me perdi em seus olhos e tudo que aconteceu durante a semana se passou novamente em minha cabeça, e impulsivamente, eu já estava beijando a Madu ela exitou, mas por fim correspondeu, o beijo dela tinha um gosto bom tinha gosto de morango, minhas mão involuntariamente começaram a percorrer seu corpo e subir por baixo de sua blusa, e quando chegaram onde eu queria ela se levantou assustada e foi se afastando.

– o que foi. - perguntei um pouco irritado.

– isso é errado você esta bebado.- ela disse calma.

– não eu não estou. - disse me aproximando devagar. - eu quero você e quero agora. - disse a puxando de volta talvez com um pouco demais de força.

– então você realmente acha que eu sou uma qualquer. - ela me parecia decepcionada.

– e não é. - tentei beija-la novamente e ela me empurrou e deu um tapa na cara .– o que foi ficou louca foi? 

 – é eu estou sim, agora, por favor, vai pro seu quarto. - disse seria.

Voltei para meu quarto, e pra ser sincero nem eu mesmo sabia o que tinha sido aquilo, efeito da bebida talvez, ou só desejo mesmo , só podia estar ficando louco e carente, e sabia muito bem o que fazer para acabar com isso. Peguei meu celular e liguei para alguém que eu sabia que estaria acordada e viria aqui pra casa.

– alô. - falou a voz sexy que eu precisava ouvir.

– Mandy. - disse animado. - o que acha de vir aqui pra casa passar a noite comigo.

– acho tentador, eu estou em uma balada aqui perto me espera no portão? - falou manhosa.

– claro que sim sempre, até então um beijo.