Você Pode Ser Meu. escrita por Maria Vinagre
Notas iniciais do capítulo
Leitoras, fiquei uns dias sem escrever. Bom, o fim de semana geralmente não escrevo, mas eu ia postar esse capítulo na sexta feira, mas acordei com a vista muito embaçada, quase não conseguia ler, então deixei pra postar hoje. - Narrado pela Madison - Boa leitura!
Entrei de baixo do chuveiro e lavei o cabelo. Fechei meus olhos, então comecei a lembrar das palavras inesperadas do meu pai. Não pensei que ele fosse gelar daquele jeito quando eu disse que tinha beijado o Jessie. Não foi tão difícil assim contar pra ele, porque na minha cabeça eu não estava fazendo nada errado, eu era uma garota, e garotas da minha idade geralmente fazem isso, com um ou mais garotos. Eu comecei a ter medo. Tive medo de não poder mais ir pra escola com o Jessie, de não poder ficar horas na casa dele, e o mais triste: Não poder namorar com ele, beijar ele... Comecei a chorar. Chorei baixinho no banho, eu estava com pena de mim mesma, estava com saudade do abraço do Jessie. Me enrolei na toalha e fui pro meu quarto. Me sequei e coloquei meu pijama, e deitei na minha cama. Fiquei pensando: Será que meu pai acha que sou tão criança assim? Ele não vê que eu crescí? Afundei a cabeça no travesseiro e comecei a chorar. Chorei até minha cabeça doer. Quando eu ouço passos no corredor, era meu pai.
Pai: Posso entrar? - ele disse empurrando a porta -
Eu: Pode... - Eu disse me virando pra ele. -
Pai: Preciso te falar umas coisas, filha.
Eu: Fala...
Pai: Sei que deve estar chateado comigo, mas eu fiz isso pro seu bem.
Eu: Como pode ser pro meu bem se eu estou me sentindo a pior pessoa do mundo agora?
Pai: Mas, porque filha?
Eu: Parece que eu te insultei.
Pai: Você não me insultou...
Eu: ...
Pai: Filha, quando eu tinha 19 anos, conheci uma garota linda, com os olhos verdes, tinha os cabelos cheio de cachos e tinha o nome mais bonito que eu já tinha ouvido. April, a menina que me fez sorrir, que me fez ter alguém durante anos da minha vida. Nos casamos, e April engravidou de seu irmão mais velho, Peter, e ele era tudo pra mim, e a April mais ainda. Quando ela ficou grávida de novo, nós já tínhamos 25 e 20 anos. Sim, sua mãe tinha 14 anos quando a conheci, e ela queria um menininho, pra ser amiguinho do seu irmão. Quando você nasceu, e ela viu que era uma menina, ela entrou em depressão. Quando ela se recuperou, ela não era mais a mesma. A mesma companheira de sempre, a mesma mulher e amiga que era pra mim antes. Eu estava muito mal, queria fugir de todos os meus problemas. Um dia, brigamos feio por causa de uma grande bobeira, e acabou virando o motivo pra ela sair de casa com o Peter, e eu fiquei com você, a garotinha de 2 anos que ficava chamando a mamãe durante anos na porta do quarto, todas as noites até você esquecer que tinha uma mãe. Filha, o Jessie vai tirar a única coisa que eu tenho na vida que é você. É você minha filha, que cuidei todos os dias quando estávamos sem a April. Eu a amava, mas infelizmente ela se foi. Nunca mais soube dela. Ela deve estar muito bem com o Peter. Eu nunca arrumei outra namorada, pra não te prejudicar, ou te abandonar. Eu quero que você seja minha companheira, amiga e a garota alegre que você sempre foi, que cada sorriso que você dá, me lembra sua mãe. Eu te amo filha, não quero que você me deixe por um garoto.
Eu: Papai, eu não vou te deixar por causa de Jessie. Mas, estou apaixonada pelo Jessie. Queria deixar você sabendo disso.
Pai: É isso mesmo o que você quer?
Eu: Pai, é disso o que eu preciso. Eu amo de mais ele. Fomos feitos um para o outro..
Pai: Então faça um favor pro seu velho pai...
Eu: Diz, pai.
Pai: Eu quero esse garoto aqui em casa todas as vezes que forem se ver, quero ele aqui no natal, no dia de ações de graças, ano novo, nossos aniversários e todas as outras datas comemorativas que achamos importantes.
Eu: Pai, obrigada! – Eu disse rindo e mal conseguindo segurar uma lágrima eu abracei ele sobre seus ombros e dando um beijo na bochecha ele me abraçou com mais força. – Vou ligar pra ele.
Pai: Aproveita e pede desculpas pra ele por mim.
Eu: Tá bom! – Peguei meu celular e disquei o número do Jessie, e meu pai saiu do quarto, logo ele atendeu – Jessie, boas notícias...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Peço desculpas por postar capítulos menores agora, mas estou prometendo: a partir dessa semana posto capítulos maiores e com mais conteúdo. Beijos :*