Você Pode Ser Meu. escrita por Maria Vinagre
Notas iniciais do capítulo
Narrado pela Madison
Meu pai nos acompanhou até a porta da frente, o Jessie foi indo para o carro depois de se despedir do papai, e ele me perguntou á que horas eu iria voltar. Eu disse que não tinha certeza, mas, deixei o número da casa do Jessie com ele, e qualquer coisa ele me ligava. Papai confiava em mim, e pelo o que ele sabia do Jessie, ele era um bom garoto. Entrei no banco de ajudante, e Jessie já tinha entrado no carro. Coloquei o cinto de segurança e me aninhei no banco. Lá fora estava um pouco frio, mais estava bem quentinho dentro do carro. Por um minuto senti uma sensação diferente, e vontade de ficar alí a noite toda. Peguei meu celular e respondi umas sms antigas do Martin e do Jhony que fazia tempo que não falava com eles, enquanto Jessie dirigia rápido. Única coisa que se ouvia era o barulho do motor do carro e nossas respirações. Quando olhei pelo vidro, ví que ele estava fazendo um caminho diferente.
Eu: Só uma pergunta, onde está indo? Aqui não é o caminho da sua casa.
Jessie: Fica tranquila, vou te levar a um lugar diferente.
Eu: Mas... Onde ?
Jessie: Pode confiar, relaxa, é só... Uma surpresa.
Eu: Tudo bem.
Decidí relaxar, e confiar nele, não tinha motivos pra eu desconfiar de alguma coisa. Estava ansiosa e levemente feliz, pois estava percebendo que ele gostava de estar comigo, e isso me deixa animada. Ele estacionou o carro onde parecia ser um estacionamento abandonado. Olhei em volta, era tudo estrada, muito mato, e um prédio que também parecia abandonado. Ele disse pra eu descer, e quando abrí a porta o vento frio bateu forte no meu rosto. Saí do carro e olhei em volta e me virei pro Jessie fazendo cara de confusa. Ele veio ao meu lado e sinalizou que devíamos entrar no prédio. Ele disse enquanto caminhávamos que aquele prédio era propiedade do seu pai, ele iria reformar e fazer um negócio, mas como era distânte de tudo, pensava em vender também. Fiz cara de quem entendeu, e ele pegou de seu bolso uma chave,
Eu: Faz tempo que isso é dele?
Jessie: Faz uns 3 anos.
Ele abriu a porta, que fez um barulho de madeira rangendo insuportável. Entramos, e ele ligou o visor do celular e deu pra iluminar o lugar. Estava vazio e tinha um espaço muito grande, só tinha muita poeira e uma escadaria, na qual ele me guiou e subimos. Eram muitos degraus, e quando chegávamos no andar de cima, tinha mais outro pra subir, e igualmente ao primeiro, estava totalmente vazio. Eram três andares. E quando finalmente chegamos no andar de cima, chegamos até uma porta, que estava destrancada. Ele abriu e subimos no topo.
Quando estava lá em cima, olhei em volta, e tive uma sensação incrível. Estava muito frio, mas, a vista era linda. Não sabia se tínhamos saído da cidade, mas, ao longe dava pra ver morros com muitas e muitas árvores, a noite era de lua cheia, e tinham muitas estrelas. Não se ouvia barulhos nenhum, apenas de cigarras. Olhei pro Jessie sorrindo, e ele disse "Gostou?" e eu apenas respondí que sim com um aceno de cabeça. Dei mais uma rápida olhada em volta, e me virei de novo para o Jessie, que havia se sentado na pequena mureta que tinha em volta.
Jessie: Eu vim aqui durante o mês inteiro. Eu desabava totalmente aqui quando lembrava do papai e da mamãe. Foi difícil, mas me manti bem longe da Vó e da Brooke enquanto estava sofrendo muito.
Eu: Achei que tivesse apenas sofrendo por dentro..
Jessie: Engano seu. Eu decidí te trazer aqui porque você gostaria de ser esse lugar.
Eu: Como assim?
Jessie: Você queria que eu depositasse minha tristeza em você, confiasse em você... Antes de me dizer eu já tinha percebido. E, esse lugar é apenas o que eu tive pra me consolar.
Eu: acho que entendi.
Jessie: E além disso, todas as vezes que eu vinha aqui, eu lembrava de você.
Eu: Porque?
Jessie: Queria que estivesse aqui comigo. - Ele disse olhando no fundo dos meus olhos, de uma forma que nunca ninguém tinha falado. Cheguei mais perto dele e me sentei ao seu lado, olhando pra paisagem - Você acha que eu esquecí do nosso beijo, não é?
Eu; Eu.. É.. Não sei, porque?
Jessie: Eu não esquecí Mady, pelo ao contrário, lembro disso sempre, é uma lembrança boa, e não foi uma coisa boba de momento, pelo menos não pra mim.
Eu: Pra mim também não.
Jessie: Eu te amo, Madison.
Eu: Você... Sério?
Jessie: Sim. Eu amo muito você. Tem como acertarmos as coisas?
Eu segurei nas mãos dele, e quando me dei conta, estávamos nos beijando. Um beijo tranquilo, e delicado, que eu nem imaginava que isso iria acontecer. Meus braços estavam gelados, e ele colocou as mãos, me trazendo pra mais perto, ele parou de me beijar, e me abraçou. Foi muito mais carinhoso que o primeiro, e por mais que eu estivesse congelando, por incrível que pareça, consegui ignorar esse fato, e me concentrei no beijo que...talvezeu estivesse sentindo falta. Ficamos por alí abraçados por mais de uma hora. Ele me esquentava com o calor do seu corpo, e fiquei bem confortável. Decidimos ir pra casa dele, e enquanto descíamos as escadas, ele me dava selinhos, e me abraçava durante o caminho todo. Entramos no carro dele, e fomos conversando até chegar lá. Quando chegamos, estávamos rindo e brincando e s vovó Bertha veio abrir a porta pra gente.
D. Bertha: Não acredito que você falou pra ela já!
Jessie: Vovó..
Madison: O que?? Você sabia?
D. Bertha: Ai, querida, entra, você deve estar com frio com essa roupa...
Eu entrei na casa dele e antes de sentarmos no sofá, a vovó Bertha veio dizer que tinha comprado uma câmera fotográfica nova...
D. Bertha: E quero que vocês dois estreiem.
Madison: O que? não, vó, por favor, estou horrível.
D. Bertha: Parem com isso, parece que vocês estão tão felizes, eu vou lá buscar a câmera - disse ela subindo as escadas. -
Madison: Jessie... Não quero tirar foto.
Jessie: Tudo bem, você está linda. - disse colocando uma mecha do meu cabelo atras da minha orelha. - Além disso, nem temos foto juntos ainda. - Depois que me disse isso, me deu um selinho de leve e acariciou meu rosto -
D. Bertha: Cheguei.. Olha que câmera linda, vai, fiquem de pé, deixa eu tirar a foto...
Eu o abracei e ele colocou seu abraço em volta de mim. A foto ficou a pior de todas, mas Dona Bertha gostou, então eu não liguei de ela ficar com a foto. Depois, ele foi até a cozinha e disse que ia fazer um sanduiche com maionese pra mim, mais antes ele passou no quarto da Brooke vê-la dormindo mesmo. A Dona Bertha disse que ela estava com saudade do Jessie. Ele voltou pra sala com dois sanduiches e dois copos de refrigerante, ele colocou a bandeija na mesinha de centro e me deu um selinho. Ele colocou seu braço em volta da minha cintura, fazendo com que eu encostasse a cabeça no seu ombro. Pegamos os sanduíches e devoramos em um tapa, e nem percebemos o que estava passando na tv.
Jessie: Mady..
Madison: Oi..?
Jessie: Estou feliz por não ter se afastado de mim quando tentei te manter distânte.
Madison: Eu amo você.
Ele não disse nada, apenas me abraçou forte e beijou minha testa...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Deu trabalho mais tá ai. Deixem reviews. Beeijos :*