Slide Away escrita por letter


Capítulo 27
Capítulo XXVI


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO *o* Notinhas finais super importante ok? (LEIAM ELA U.U) E ai meu Merlin e Morgana, a Hadassa, Lírio, Babi Black e letycia se juntaram em um complô para cada uma fazer uma recomendação mais linda que a outra para eu ter um ataque u.u Eu nunca imaginei receber tão lindas recomendações em um intervalo de capítulo para o outro, por isso muito obrigada garotas. ENJOY IT.



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        O senhor Draco Malfoy se livrara de seu terno e capa negra e logo os substituíra por suas brancas vestes de curandeiro do St. Mungus. Ao longe era visível ver ele tomado de uma pose profissional conversando com Gui e Fleur, Teddy não estava no hospital, ao que parecia estava sendo retido na Toca por meus tios. Victoire estava em algum quarto, sedada, pois havia entrado em acesso histérico e Dominique em um quarto ao lado.

        Lucy, Albus, e eu nos dividimos assim que aparatamos a entrada do hospital St. Mungus, dispostos a tentar encontrar o quarto de Dominique e não sermos vistos, afinal, os pais de Dominique não queria mais ninguém – muito menos Teddy – perto de sua família agora. De alguma forma a crise familiar de Dominique, conseguia talvez superar a minha. Ou não, ela ficara com o cara que amava, e estava enfrentando as conseqüências disso. Minha mãe ficara com o cara que amava e quem enfrentava as consequências disso era eu, no caso havia certa discrepância.

        - Agora não, Rose – falei a mim mesma desviando o olhar de Draco Malfoy dialogando com meus tios. Enquanto tentava imaginar em qual das centenas de quartos estaria Dominique, um cartaz na recepção chamou minha atenção, e ele se lia as seguintes indicações:

Térreo – Acidentes com artefatos: Explosão de caldeirões, tiro pela culatra da varinha, batidas de vassoura, etc.

Primeiro andar - Ferimentos induzidos por criaturas: Mordidas, picadas, queimaduras, espinhos enfiados, etc.

Segundo andar - Acidentes mágicos: 'Doenças contagiosas, catapora e. g. de dragão, doença do desaparecimento, etc.

Terceiro andar - Envenenamento por poções ou plantas: Erupções na pele, regurgitação, descontrole 2, etc.

Quarto andar - Danos por magia: Azarações problemáticas, feitiços, aplicação incorreta de encantos, etc.

Quinto andar - Salão de chá para os visitantes/shopping do hospital

        No final do cartaz tinha a seguinte observação: "Se você não tem certeza aonde ir, possui incapacidade de conversar normalmente ou não consegue se lembrar porque está aqui, nossa recepção vai ter o prazer de ajudá-lo".

        Aparentemente não havia qualquer andar para encaixar Dominique. 

        - Ela está no sexto andar – senti meu coração tamborilar violentamente contra o peito antes de me virar para trás e me deparar com Nina De Lefebvre – Você procura por Dominique, certo?

        Nina trajava seu uniforme de quintanista da Corvinal, e em suas vestes apareciam indícios de cinzas o que indicava que se transportara até ali pela linha de flu.

        - Há um sexto andar? – perguntei perplexa por encontrá-la ali. Ela assentiu sorrindo e se virou me dando as costas – Nina! – chamei, ela se virou novamente – Você não devia estar em Hogwarts? – perguntei.

        - Você também não devia? – rebateu ela – Touché – disse ela com seu sotaque francês – Eu tenho autorização – começou ela a explicar quando eu não disse nada – Uma vez na semana a senhorita Chang me permite usar sua lareira para vir até aqui, para... – ela suspirou – Visitar minha mãe.

         - Sua mãe? – perguntei incrédula – Mas... Achei que ela havia aban... –Quero dizer, você não vive em um...

        - Orfanato? – perguntou ela – Vivo. Minha mãe perdeu o juízo depois de meu pai falecer e seu marido ter trocado-a por uma vida boemia. Mas nossos pais são nossos pais independente de tudo que nos fazem, certo? E ela não tem mais ninguém, então para o hospital não enxotá-la, eu a visito.

        - Eu sinto muito – murmurei enquanto pensava nas palavras de Nina.

        - Rose, eu a encontrei! – as costas de Nina, Albus vinha correndo ofegante – Ela está no sexto... – mas Albus não conseguiu concluir o que falava, pois percebera Nina – Nina... – balbuciou ele – O que você faz aqui?

        ­- Longa história – respondi por Nina – Vou deixar vocês conversarem.

        Eles não pareceram se importar com minha deixa, mas eu não me importava, apenas torcia para que se acertassem, pois não era possivel que ninguém da minha família poderia conseguir ficar com quem realmente amava.  

        O sexto andar se revelou ser um pequeno compartimento que havia atrás do quinto, não sobre ele. Era um corredor de uma dúzia de quartos apenas, e olhando pelos vidros da parede de cada quarto encontrei Dominique.

        A porta de seu quarto estava aberta, mas ela estava entretida de mais com a mão sobre a barriga, cantando uma música de ninar, para perceber que eu entrava. Ela cantava para o bebe.

        - Domi? – chamei, ela levantou os olhos claros para mim. Seus cachos loiros estavam presos em um coque, os olhos brilhavam e um sorriso sereno brincava em seus lábios – Você está bem?

        ­- Rosinha, que bom que veio – falou ela – Estou melhor.

        - O que houve, Domi?

        - Segundo o doutor Malfoy, todos esses problemas causaram uma histeria em mim, assim como em Vic... Mas ele disse que como eu nunca vim ao hospital depois de descobrir sobre a gravidez, e não estou fazendo acompanhamento... Está faltando uma série de coisa para a Ninfadora, vitaminas que eu deveria ingerir, cuidados que eu deveria tomar e tudo isso acumulado me fez passar mal.

        - Ninfadora? – perguntei me sentando a beirada da cama de Domi.

        - Sim – os olhos de Domi brilharam ainda mais – É uma garotinha, segundo o senhor Malfoy, e eu resolvi batizá-la em homenagem a mãe de Teddy.

        - Ele com certeza vai adorar – comentei.

        - Não sei se ele se importa – ela deu de ombros – Quando contei, na noite do seu aniversário, ele realmente me olhou como se me odiasse.

        - Vocês não conversaram depois disso? – ela negou com a cabeça, em minha mente a noite de meu aniversário parecia ter sido a dois séculos de tão distante que ficara, não ha dois dias – Bom, quando saí da Toca ele estava quase lançando uma cruciatos em James e Fred, para que eles o deixassem vir para cá – Domi sorriu.

        - Mas não importa, eu irei para a França de qualquer jeito – Domi baixou os olhos para o ventre, mas logo os levantou, esbugalhados como sempre fazia quando tinha uma nova ideia – Venha comigo.

        - O que? – balbuciei.

        - Quando estávamos brincando que todas nós devíamos ir para França, você realmente não pensou sério, mas pense agora Rose, duvido que depois de tudo queira ficar mais tempo aqui. Sim, eu sei o que aconteceu. Como você acabou de se tornar maior de idade você pode ir se quiser, e ficaríamos juntas, apenas mais um ano e você termina seus estudos, se quiser voltar, volte, se não quiser... Há um mundo de possibilidades.

        - Ir com você? – perguntei – Isso parece ser impossível, Domi.

        - Apenas pense, tudo bem?

        - Você irá para França? – perguntou uma grave voz parada a porta do quarto. Simultaneamente eu e Domi nos viramos para nos deparar com um Draco Malfoy perplexo. Embora ele parecesse diferente: suas roupas estavam surradas e manchadas, a varinha tremia em suas mãos e os cabelos platinados do senhor Malfoy sempre no lugar estavam totalmente desgrenhados. Não parecia o senhor Malfoy trajado de curandeiro que eu vira há apenas alguns minutos.

        O senhor Malfoy andou cambaleante até nós, mas mal parecia me ver, tinha olhos apenas para Dominique.

        - Você não pode ir – falou ele – Você não pode me deixar.

        Senti meu queixo cair e meus olhos esbugalharem. Com os punhos fechados cocei os olhos, era mesmo o senhor Malfoy que falava assim como Dominique? Mas por sua vez, minha prima sorriu e colocou uma das mãos sobre o rosto do senhor Malfoy que se ajoelhara ao lado de sua cama.  

        - Você não me odeia?

        Mas diante de meus olhos, os cabelos platinados de senhor Malfoy se transformaram em castanhos, assim como as íris de seus olhos, e aos poucos as fisionomias do senhor Malfoy o transformaram em Teddy Lupin. Ele usara sua metamorfomagia para conseguir chegar até Dominique.

        ­- Eu te amo Dominique Weasley, e acho que eu sempre soube disso. Mesmo nas noites em que você se trancava em seu quarto quando pequena, para chorar por sua mãe ou irmã terem feito algo, e você deixava apenas eu entrar para tentar fazer você dormir ou contar uma história... Mesmo naquela época eu acho que já te amava.

        - Isso parece pedofilia, Ted – falou Domi rindo, embora seus olhos estivessem cheios de lágrimas.

                - Não te amar dessa forma Domi... Eu apenas queria lhe proteger, e à medida que você cresceu e se transformou, o modo como eu te amava também cresceu e se transformou... Mas eu fui covarde de mais para me deixar admitir isso a mim mesmo, e agora...  

        - Você se casará com minha irmã – completou Domi.

        - Não – ele balançou a cabeça – Eu não poderia.

        ­- Por que meus pais não irão permitir? – perguntou Domi.

        - Por que eu te amo Dominique, por isso.

        Eu me sentia uma intrusa na cena, era um momento particular, especial para ambos e lá estava eu, vendo tudo. E a pior parte era que ao invés de me sentir feliz por ambos, por terem um amor recíproco e estarem dispostos a enfrentar todos que dissessem algo contra eles quererem ficar juntos, eu não estava feliz.

        Ver aquela cena fez meu coração apertar e meu estômago se revirar. Eu nunca havia sofrido qualquer tipo de violência, mas imaginava que um soco no estômago causava aquela sensação. Uma dor que impedia você de respirar ou pensar direito.

        Às cegas pela dor, cambaleei para fora do quarto, eu queria apenas me encolher em um canto e chorar, pensando em que tudo aquilo que eu acabara de presenciar... Todo aquele amor mútuo, era tudo parte de um pacote de coisas as quais eu não poderia viver, não com a pessoa que eu realmente amo.  

        Eu não via para onde estava indo, apenas queria me afastar novamente de tudo, queria chegar a meu lugar seguro e apertar um pause, para parar tudo que estava acontecendo naquele momento.

        Mas eu tropecei em alguém antes de chegar ao meu lugar feliz.

        - Desculpe – pedi.

        Mas a pessoa em quem eu havia tropeçado não falou nada, apenas me apertou entre seus braços.

        - Me desculpe, por favor, me perdoe – eu estava prestes a dizer que a culpa fora minha, que eu não a vira e tropeçara e deixaria de comentar a parte o quão estranho era alguém me abraçar logo depois de eu tropeçar sobre a pessoa, mas então eu reconheci a voz, era a mesma voz que sempre me acolhia depois de todos os problemas, a voz da pessoa em que eu mais confiava e amava no mundo, a voz da ultima pessoa que eu queria ver nesse momento ou em qualquer outro momento de minha vida. A voz de minha mãe – Nunca pensamos que isso aconteceria, filha. Eu nunca imaginei que...

        - Que eu me apaixonaria por um Malfoy? – perguntei me afastando de seu abraço e a olhando nos olhos, algo que eu não fizera há muito tempo – Que eu descobriria seu segredo? Que minha vida acabaria por sua causa?

        - Sim, sim e sim – ela falou com dor na voz – Me perdoe...

        - Eu não entendo – falei sentindo meus olhos queimarem – Nós já estamos juntos, e nada aconteceu...

        - Não juntos dessa forma, Rose... Juntos como um só... Corpo e alma – falou ela – Por isso nós ficamos tão preocupados quando vocês sumiram – mamãe colocou uma mexa de cabelo atrás de minha orelha – Por favor, não me odeie, eu não conseguiria aguentar.

        A voz de Nina ressoou em minha cabeça “Mas nossos pais são nossos pais independente de tudo que nos fazem, certo?”  

        - Eu não te odeio – falei por fim.

        Mamãe sorriu e olhou para os lados, papai e Hugo vinha até nós com um copo de café as mãos, novamente estávamos na recepção. Olhei em volta e vi os pais de Domi, meus avós, Albus e Nina conversando, e no canto mais afastado da recepção, Scorpius Hyperion Malfoy. Ele me olhava, intensamente, meu estômago novamente se revirou. Ele sabia da verdade e a todo esse tempo vinha me escondendo dela...

        E só nesse momento eu havia pensando nisso, e até o momento eu não pensara nele como outro traidor no grupo de tantos que mentira para mim, apenas como outra vítima. Algo que ele não era totalmente.   

        Desviei os olhos de Scorpius e voltei a fitar meus pais.

        - Estamos bem? – perguntou papai esperançoso.

        - Eu acho que... – pensei por um minuto – Eu vou para a França. 


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Notas finais do capítulo

HEY PESSOAL :3 O Epílogo será postado durante a semana, não sie o dia certo, mas antes do final da semana eu irei postar ele. Então como falta apenas um pouquinho para acabar eu queria saber o que vocês acham que acontecerá no final. E bom, já agradeço a todos que estão lendo aqui, por que quer dizer que você aguentou até essa reta final, então antes da despedida verdadeira, muito obrigada *-* Espero que tenham gostado do capítulo, e se você nunca comentou aproveite que as chances estão acabando e deixe um salve :3 E claro, fiquem a vontade para comentar, recomendar e favoritar por que isso me deixar extremamente feliz.