Me Perdoem escrita por Otani Masae
Notas iniciais do capítulo
Oque vocês acham que aconteceu com a Saki?
Dias após o incidente, a professora de literatura foi até nossa sala e começou a falar:
–Primeiramente, Shiori,gostaria que você reescrevesse o roteiro. O último não me pareceu decente para um filme de colégio. Me assustou e me deixou ofegante.
Shiori paraceu confusa, como se algo tivesse dado muito errado.
–Você leu?
–Sim, trate de refazê-lo, OK?
–OK.
–Agora, eu tenho uma notícia horrível para todos... Nossa estimada colega, Saki, não se recuperou de seus sitnomas daquele dia. Ela faleceu ontem no hospital.
Todos pareciam assustados e aflitos, alguns alunos começaram a chorar, mas Shiori simplesmente fez oque havia feito antes. Pegou papel e caneta e começou a reescrever sua história.
A tarde, na Ed.Física, enquanto esperávamos pela nossa vez de correr em círculos pela quadra, Eri me falou sobre o primeiro script escrito por Shiori.
–Sabe a história da Shiori? A que a professora guardou e disse que não gostou.
–Sim. Oque é que tem?
–Ela não me deixou ler. Proibiu a turma toda de ler!
–Porque você não esquece isso? A Saki já está morta, não é suficiente pra você?
– Você que colocou isso na minha cabeça! Além disso, a morte dela foi só uma coincidência. Shiori é fraca demais pra fazer algo assim.
"Talvez seja por isso que ela está com a saúde tão ruim." pensei.
Então, vi Megumi saindo do ginásio chorando, provavelmente pela perda da amiga, e Kana, uma outra amiga dela, levando sua mochila. Então Shiori, que apenas assistia as aulas de Ed.Física, agarrou o ombro de Megumi:
–Eu já escrevi o novo script. Porque você mesma não o lê dessa vez?
Kana a interrompeu e agarrou o roteiro.
–A Megumi não está se sentindo bem! Será que você não percebe? Eu fico com isso!
–Ah... Então, quando se sentir melhor, leia.
Shiori, provavelmente, não havia percebido o quanto eu prestava atenção nela. E Eri não parava de pensar em maneiras de roubar aquele texto da escrivaninha da professora.
A noite, Eri me ligou com a vóz fraca e ofegante.
–Eri? Oque houve?
–Eu lí... o texto... Shiori...
–Oque? Você leu?
–Sim... Não... leia...
Ouvi o som do telefone caindo das mãos de Eri. Me desesperei e, sem nem trocar de roupa, saí correndo até a casa dela.
Mas, quando cheguei lá, já era tarde. Vi a mãe dela chorando no portão da casa e a ambulância saindo rua a baixo. Eu soube, então, Eri havia parado de respirar. E a culpa era minha.
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Já não foi vingança o suficiente?