Eu ainda estava “presa” no salão principal porque meus pais decidiram que era mais seguro aqui. Então foi quando escutei tudo o que Voldemort disse a Harry entregar-se ou todos morrem... Ele esta enganado. Eu posso lutar. O meu Harry não iria entregar-se; precisava impedi-lo e rápido. Primeiramente precisava achar o Ron; achando ele achava Harry. Encontrar meu irmão parecia missão impossível no momento. Então acabei encontrando minha mãe, meu pai e meus irmãos. Então vi...

– Fred – gritei. Tarde demais... Abracei minha mãe e chorei, chorei, solucei e chorei até encharcar seu ombro.

Ron apareceu depois de uns minutos, e só o olhar que trocou com nossa mãe já foi o suficiente para ele entender que nosso irmão estava morto. Ron se jogou sobre o corpo de Fred e chorou feito uma criança desolada. Minha família ficou abraçada por momentos, que não quis contar, até eu perceber a ausência de Harry. Fui tentar puxar assunto com Hermione que estava abraçada a Ron. Dei um leve pigarro e eles olharam-me.

– Hermione, posso pedir uma coisa? – perguntei insegura de sua reação. Ron encarou-me levemente e retirou-se entendendo meu olhar.

– Sim, Gina; O que foi?

– Precisava saber se o mapa do maroto esta com você. – falei baixinho. Ela demorou um pouco para reagir a minha pergunta; então persisti – Hermione? Diga-me que o mapa do maroto esta com você! - Terminei a frase desesperadamente, tentando recuperar meu fôlego.

– Acalme-se Gina – ela disse e pegou meu braço e puxou-me lentamente para longe. – Esta aqui comigo, mas não deixe Ron perceber que estou te entregando-o.

Eu fiz uma careta, persistindo para que ela me explicasse.

– Eu peguei o mapa do Harry quando ele estava aqui. – ela falava e tirava o mapa do maroto do bolso. – Mas agora não sei onde Harry esta. Suponho que você quer encontra-lo.

Hermione terminou a frase já colocando o pedaço de pergaminho no meu bolso da minha blusa de frio de lã. Abracei Hermione e fui saindo, tentando não chamar atenção de ninguém. Minha mãe tinha que ser a ultima a perceber minha ausência. Sai do salão principal onde todos se aglomeravam, e me agachei em um canto, e tive a leve impressão de que Harry iria entregar-se. Junto com esse pensamento me deu calafrios dos pés a cabeça. Agora me concentrei no mapa... Toquei de leve com a varinha no pergaminho e disse: ”Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom”. Imediatamente linhas de tinta começaram a delinear as seguintes palavras:

Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

Fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores,

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO

Procurei Harry e achei-o saindo da sala do Dumbledore. Harry continuou seguindo para fora do castelo; estava perplexa e um turbilhão de pensamentos cruzou minha mente. Eu devia ter segui-lo de imediato ao perceber para onde ele estava indo. Então com um solavanco me levantei e corri em direção à floresta proibida. Ele não poderia estar sequer pensando em se entregar, pensei. Não vou deixa-lo fazer isso. A única coisa que olhava naquele pergaminho era Harry. Concentrei-me naqueles passos destinados a insanidades...

Eu desci correndo pela parte barrancosa para se esconder ao maximo dos olhares alheios e para ganhar tempo para alcança-lo. Escorreguei tantas vezes que minha blusa e meu jeans estavam cheio de barro. Queria que Harry não fosse cabeça dura; queria que ele tivesse pensado mais sobre isso. Não consigo acreditar que ele simplesmente estaria entregando-se ao Voldemort.

Percebi que Harry tinha parado, então alcancei ele, mas fiquei algumas árvores para trás. Observei, tentando entender que bolinha era aquela que ele segurava próximo a boca.

Harry Potter*

Meus dedos desvigorados tocaram por um momento a bolsa que ganhei de presente de Hagrid pendurada ao meu pescoço, e puxei o pomo de ouro, "Abro no fecho", respirei forte e rápido e contentei-o. Agora quero que o tempo passe o mais lento possível, este parece ter acelerado, e a minha compreensão veio tão rápido que parece presidir do meu pensamento. Este era o fecho. E o momento.

Eu encostei o pequeno metal dourados nos lábios e sussurrei: - Estou pronto para morrer.

A concha de metal se abre. Eu abaixo a minha mão trêmula, e ergo a varinha sob e murmuro: - Lumus!

A pedra negra com uma fenda irregular ao centro estava alinhada nas duas metades do pomo. A pedra da ressurreição cortava a linha vertical que representava a varinha das varinhas. o triângulo e o círculo representando a capa e a pedra eram perspectiveis. E novamente eu compreendi sem precisar pensar. Não faz diferença trazê-los de volta, por que^estou prestes a me reunir a eles. Não ia realmente buscá-los: eles estão vindo me buscar.

Eu fechei os olhos, e virei a pedra na mão três vezes.

Sabia que tinha acontecido, por que ouvi leves movimentos ao meu redor que sugeriam corpos frágeis pisando no chão terroso coberto de gravetos que marcava a orla externa da floresta. Abri meus olhos e olhei ao redor. Não eram fantasmas, nem propriamente corpos, isso eu via.

Gina Weasley*

Logo depois de Harry largar algo ao chão, notei que poderia ser uma pedra, poderosa, talvez. Ele olhava o nada; parecia querer alcançar algo. Então decidi ir até ele, e convence-lo a voltar comigo. Alguém ou... só parei por que ouvi um estalo... Acho que tem alguém me seguindo. Então me escondi rapidamente atrás da árvore e espiei. Uma neblina formou-se ao redor da pedra e como se fosse uma pena levitou. A pessoa se escondia atrás de uma árvore do outro lado. Afastei-me tentando lembrar qual era meu objetivo, e era seguir Harry. Mas antes que pudesse continuar a voltar esbarrei em um galho e cai; me levantei delicadamente para não fazer mais barulho e alguém apunhalou-me na cabeça com algum pedaço de pau e... esta escuro, e parece que estou caindo, caindo...