– Mais um pouco para esquerda... Aí! Perfeito. – disse o fotográfo.

Hoje meu dia começou cedo, às seis da manhã eu estava de pé a caminho do estúdio da Teen Vogue, fui convidada faz 1 mês e meio. Depois dessa turnê, finalmente, deu certo. Eu serei a capa.

– Dê para câmera um olhar sedutor, isso! – Flashes e mais, não parava por aí.

Era um pouco cansativo e irritante. De 5 em 5 minutos vinham ajeitar sua maquiagem ou trocar o figurino. Por mais que eu parece ser calma, eu não sou. Sou impaciente.

Mas, para quê reclamar? Apesar disso tudo, eu adorava essa vida. Era exatamente como eu imagina.

– Pronto. – disse. – Ótimo trabalho, Alex. – estendeu sua mão em despedida.

– Obrigada. – falei sorrindo.

Troquei de roupa, coloquei um vestido leve com uma sapatilha simples. Amarrei meu cabelo e tirei a maquiagem.

– Alex... – disse Joey entrando. – o Braun ligou.

– Scooter?

– Não, o irmão... Adam Braun. – disse. – Lembra que você falou, quero dizer, que você se ofereceu para ajudar no projeto da Pencil Of Promises?

Ah, verdade! Durante essa minha jornada, eu fiquei sabendo sobre esse projeto da POP. Eles são uma fundação que acreditam que cada criança deve ter acesso a uma boa qualidade de educação, criando escolas, programas e algumas comunidades globais em cada estado dos Estados Unidos.

Fiquei maravilhada sobre o projeto e pensei em me candidatar, pelo menos apoiar a esse bonito trabalho.

– Então, você entrou no time. – Joey riu e logo me puxou para o carro. – Já temos a primeira reunião e mais tarde tem audições para novos dançarinos.

– Eu tinha esquecido. – Sorri envergonhada e ele me reprovou no olhar. – Nem vem com essa cara Joey, eu estava ocupada demais tentando não pensar na dor que meus pés naquele salto de hoje.

Ele gargalhou.

Chegando lá, Joey rapidamente me empurrou para o local. Estava lotado de paparazzis, sim ele tinha pavor disso.

– Adam! – Chamei-o.

– Alex, você veio! – disse me abraçando. – Por favor junte-se a nós.

Olhando em volta vejo que eu não era única por ali, tinha o Sean Kingston, Justin Bieber, Christina Ricci e mais outros patrocinadores.

Justin me viu e acenou. Chamou-me para sentar ao seu lado e assim fiz.

– E aí? – falei. – Você por aqui?

– Gosto de ajudar. – disse. – Está me seguindo?!

– Claro, é só o que sei fazer, não é? – falei irônica e Sean Kingston ria ao seu lado. – Prazer, Alex. – apresentei-me.

– Sean. Prazer é todo meu, gata. – falou e eu ri. – Você arrasou nessa turnê, eu assisti alguns shows.

– É verdade, me falaram que você estava presente. Desculpa se eu não fui te cumprimentar, é que estava uma correria. – Ele riu.

– Sem problemas.

Adam Braun começou a falar. Disse que iríamos visitar um hospital aqui do lado. Apesar de ser um projeto educacional, Adam gostaria que visitássemos esse hospital, pois faríamos viagens e precisávamos ser fortes por eles.

(...)

– Você é tão linda. – disse uma pequena de nove anos de idade. Ela era minha fã e tinha leucemia. Eu sorri e abracei com cuidado, como se ela fosse de vidro.

– Você é linda, princesa. – Meus olhos estavam lacrimejando. Era incrível o fato dela estar passando por tudo isso e assim dar um pequeno sorriso. – Fique forte. – disse em seu ouvido e ela assentiu.

Braun guiou-me até outro paciente que sofreu queimaduras de um grau bastante elevado. Era um garoto, tinha treze anos e seu nome era Craig.

– Oi Craig. – falei entrando e ele me viu. Abriu um grande sorriso que me fez retribuir da mesma maneira. – Quer que eu assine isso? – Perguntei apontando para umas fotos minhas em cima de sua cabeceira. Ele assentiu.

– Tira uma foto comigo? – Assenti e agachei-me para foto. Então ele olhou para mim. – Casa comigo? – Perguntou fazendo todos da sala rirem.

– Claro. – falei e segurei sua mão.

Fiquei conversando com ele. Era difícil não reparar nas grandes marcas em seu rosto, ele parecia que iria explodir a qualquer momento. Craig era um rapaz de mente aberta e grande sonhos. Engolia o choro, eu não podia chorar em sua frente, eu tinha que ser forte. Por ele.

O tempo havia acabado e dei um beijo na cabeça de Craig e acenei me despedindo.

– Você é boa. – disse Justin surgindo ao meu lado me assustando. – Calma, assustei você?

– O que você acha? – perguntei irônica e ele riu.

– Nossa, um dia me conhecendo e você já esta sendo grossa. – falou bruto e eu bufei o agarrando pelo pescoço.

– Seu bobo, eu estava brincando. – falei o soltei e ele riu.

– Não sabia que você me achava um idiota.

– O quê?

– A entrevista...

Opa.

– Justin, você me contava cada piada que não tinha a mínima graça. – falei sincera e ele me olhou torto.

– Então, por que você ria?

– Para não perder sua amizade. – Falei rindo e ele bufou. – Admito que algumas, não todas, eram. Muito poucas.

– E o Jake? – perguntou.

– Ainda está nessa? Não estamos juntos. – falei indignada.

– Hum. – e então ele olhou para mim. – Posso tentar mais uma vez?

Eu sabia o que ele irai fazer. Revirei os olhos e assenti.

– Doeu?

– O quê? – perguntei.

– Quando você caiu do céu. – disse rindo travesso.

Olhei para ele, contendo minha risada e saí caminhando o deixando sozinho no caminho. Eu não acredito nisso, como diriam em meu país “se mata”.

– Acho que essa superou todas. – falei rindo junto com ele.

(...)

Joey e eu estávamos no estúdio trabalhando em música que eu compus. Sim, era a Bless Myself. Joey dava um sorrisinho em cada estrofe da canção, o que me fez arquear a sobrancelha.

– E aí? – perguntei receosa e ele desviou o olhar do papel para mim.

– Está ótima, Alex. Bom trabalho. – disse me abraçando e eu ri baixinho. – Você é muito talentosa, garota. – Sorri agradecendo e ele logo olhou para seu relógio.

– O que foi?

– Temos que ir! Combinamos de fazer as audições de dançarinos para sua turnê hoje, lembra? – Droga! Eu havia esquecido.

xXx

– PRÓXIMO! – gritava o meu amigo e coreógrafo da minha turnê, Dave. – Acho que estou com azar hoje.

Comecei a ficar preocupada, eu só havia gostado de pelo menos, dois deles que eram rapazes muito bons, estava difícil escolher um realmente que fosse bom.

De repente, uma garota de cabelos encaracolados entrou. Dave estava atentamente observando cada passo seu.

– Fique a vontade para começar. – falei confidante e ela sorriu para mim.

http://www.youtube.com/watch?v=j_3_D-82RtA&feature=plcp

Umas quatro amigas a acompanharam e ficaram elas em perfeita sicronia, consegui sentir Dave emocionado ao meu lado e eu estava totalmente aliviada por ter achado alguém bom.

A garota era boa, confesso que ela me supera, mas eu posso conseguir acompanhar seus passos. Levantei-me de onde eu estava e fui até seu lado, tentei acompanhar e consegui, bom não muito, pois eu usava salto.

A música parou e aplaudimos para garota que estava sem graça, fui até ela e a cumprimentei.

– Prazer, eu sou a Alex.

– Eu sou Danielle Peazer. – disse sorrindo e por um momento pensei que esse seu nome não me fosse estranho.

– Conheço esse nome de algum lugar, você já dançou para os meninos de LMFAO? – perguntei e ela sorriu extasiada.

– Sim! Eu dancei para eles por um bom tempo e para Jessie J, Pixie Lott. – Assenti.

– Eles que me indicaram você. – disse Dave. – Sou Dave.

– É uma honra Dave, eu admire muito seu trabalho. – Pelo seu sotaque percebi que ela era britânica e sorri com isso.

– Eu que o diga e alias, você está dentro. – disse ele e apontou para ela e suas amigas. – Vocês.

– Devíamos sair! – disse ela olhando para mim.

– Opa, eu estou dentro. – falei e Joey riu.

– Você merece, não sai de casa e está sem nada para fazer, vai sair.

Sorri para Joey e Danielle logo foi conversando comigo, percebi que seríamos boas amigas ao longo dessa minha nova jornada.

Próxima parada: VMA’S.

Próximo capítulo:

Começam os ensaios para os VMA’s.

One Direction está nos Estados Unidos.

Danielle e Alex ficam realmente bastante amigas.

Alex conhece o novo trabalho dos meninos britânicos.